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[Crónica] Caldelas - Santiago - 250 km | 23/24/25 Julho 2009
Á semelhança do ano anterior, este ano a ida a Santiago nunca esteve descartada mas por outro percurso. Depois de umas pesquisas por track na net, juntei algumas e segui caminho.
Este percurso foi feito em 3 dias por mim e por uns amigos entre Caldelas e Santiago de Compostela, passando pelo Gerês, Xinzo de Limia e Ourense. Começa na Geira Romana percorrendo-a praticamente toda seguindo até Ourense onde lá segue pela Via de Prata.
Com 60% de estrada e 40% de terra batida revelou-se um percurso bastante duro principalmente no segundo dia pois fizemos muita estrada e a subir. Com mais de 4000 m de acumulado...
Track aqui: http://www.forumbtt.net/index.php/topic,63558.0.html
Fotos aqui: http://picasaweb.google.com/ivotiagofernandes/BragaSantiago?feat=directlink#
Blog: http://aventurasdeumgeocacher.tpfernandes.com
Deixo-vos o relato do primeiro dia...
1º Dia – Urjal – Xinzo de Limia – 23 Julho – 98 Km – 7h e 38 m a pedalar
7 da manhã, levantar, carregar tudo na Traffic e siga estrada fora. Chegámos a Urjal (a cerca de 40 km de minha casa) por volta das 8 e 50, ainda parámos pelo caminho para tomar café e comer qualquer coisa.
A 2 km do ponto de partida – obras na estrada – estava mesmo impedida. Para não perder mais tempo, decidimos fazer 2 km de bike e subir até Urjal.
Na parte da manhã surgiram alguns imprevistos. Primeiro, o crenque esquerdo da Runner do Paulinho teimava em desapertar, e porquê? Porque vinha moído de casa, tivemos que parar 3 ou 4 vezes para reapertar. Numa parte em que o terreno tinha muita pedra, um toque a mais no travão da frente fez-me ser cuspido da bike para a frente, batendo com os joelhos no guiador, passei por cima da bike, em seguida ela por cima de mim e o resto já se sabe. Resultado: 2 joelhos pisados, 4/5 minutos no chão meio tonto, 2 ou 3 riscos no GPS e mais tarde apercebi-me que o shifter direito deixou de funcionar, noto que está meio torto. 3 ou 4 km adiante volta a funcionar e uns 15 km depois pára novamente. Abri-o, pus-me a mexer para lá e até ao final do dia não se queixou mais, mas noto que o trabalhar dele não é tão suave como antes da queda.
A chuva ainda caiu de manhã, o meu casaco fez jeito, ainda bem que não dei ouvidos aos 3 “marmelos” que iam só de Jersey e diziam que não fazia falta, viu-se.
O terreno da parte da manhã foi o melhor do dia, possivelmente não encontrarei nada minimamente parecido com a Geira Romana em Espanha. A água e a travessia de pequenos riachos eram uma constante bem como os pedregulhos com que simpatizei, a partir da queda, o andamento e a confiança para abusar nunca mais foram os mesmos.
A fauna do Gerês é fantástica, cavalos selvagens, cabritos monteses, vacas barrosãs e muito mais que não tivemos oportunidade de observar. Houve um episódio engraçado com uma vaca que teimava em não sair do único caminho possível, a dita olhava duma maneira ameaçadora, mas rapidamente percebemos que tinha era medo e ainda andou uns metros à nossa frente.
A cena mais engraçada do dia foi que ao km 10 sensivelmente, 2 canideos (abandonados presumo), colaram-se a nós durante cerca de 15 km, ficaram com um nome pois claro, uma cadela de grande porte ficou baptizada como Braga, e o pequeno parecido com uma Raposa, o Santiago. Ainda dei uma barrita ao Santiago, já que a Braga não quis. Depois de comer, desapareceram, pena, pois se chegassem até Santiago vinham embora comigo.
Fizemos poucos kms de manhã (36) e não fomos almoçar às Cascatas das Pozas como previsto, almoçamos sim, num sitio simpático com umas mesas e com um riacho em plena Mata da Albergaria.
Da parte da tarde, não há muito para contar, não contava fazer 62 km em alcatrão sempre a subir praticamente, coisa que os Intense 2.25 não gostam, nem eu!.. Mas que me manda a mim ir à maluco com pneus de taco aberto?
Cumprimos os objectivos, chegamos a Xinzo de Limia (20:30). A primeira residencial que encontramos, ficámos. 35 € por quarto duplo é muito, mas como aquela hora e depois daquele dia estafante não apetecia andar à procura de quarto.
Banho tomado, bálsamo nas pernas, desci para comer qualquer coisa, não tinha fome. 2 copos de leite com café e uma torrada foram o bastante.
São agora 23:35 (hora portuguesa), vou dormir que amanhã às 8 estou a sair fora da cama para mais um dia duro praticamente todo em alcatrão. E eu a pensar que tinha revisto a track em condições.
Á semelhança do ano anterior, este ano a ida a Santiago nunca esteve descartada mas por outro percurso. Depois de umas pesquisas por track na net, juntei algumas e segui caminho.
Este percurso foi feito em 3 dias por mim e por uns amigos entre Caldelas e Santiago de Compostela, passando pelo Gerês, Xinzo de Limia e Ourense. Começa na Geira Romana percorrendo-a praticamente toda seguindo até Ourense onde lá segue pela Via de Prata.
Com 60% de estrada e 40% de terra batida revelou-se um percurso bastante duro principalmente no segundo dia pois fizemos muita estrada e a subir. Com mais de 4000 m de acumulado...
Track aqui: http://www.forumbtt.net/index.php/topic,63558.0.html
Fotos aqui: http://picasaweb.google.com/ivotiagofernandes/BragaSantiago?feat=directlink#
Blog: http://aventurasdeumgeocacher.tpfernandes.com
Deixo-vos o relato do primeiro dia...
1º Dia – Urjal – Xinzo de Limia – 23 Julho – 98 Km – 7h e 38 m a pedalar
7 da manhã, levantar, carregar tudo na Traffic e siga estrada fora. Chegámos a Urjal (a cerca de 40 km de minha casa) por volta das 8 e 50, ainda parámos pelo caminho para tomar café e comer qualquer coisa.
A 2 km do ponto de partida – obras na estrada – estava mesmo impedida. Para não perder mais tempo, decidimos fazer 2 km de bike e subir até Urjal.
Na parte da manhã surgiram alguns imprevistos. Primeiro, o crenque esquerdo da Runner do Paulinho teimava em desapertar, e porquê? Porque vinha moído de casa, tivemos que parar 3 ou 4 vezes para reapertar. Numa parte em que o terreno tinha muita pedra, um toque a mais no travão da frente fez-me ser cuspido da bike para a frente, batendo com os joelhos no guiador, passei por cima da bike, em seguida ela por cima de mim e o resto já se sabe. Resultado: 2 joelhos pisados, 4/5 minutos no chão meio tonto, 2 ou 3 riscos no GPS e mais tarde apercebi-me que o shifter direito deixou de funcionar, noto que está meio torto. 3 ou 4 km adiante volta a funcionar e uns 15 km depois pára novamente. Abri-o, pus-me a mexer para lá e até ao final do dia não se queixou mais, mas noto que o trabalhar dele não é tão suave como antes da queda.
A chuva ainda caiu de manhã, o meu casaco fez jeito, ainda bem que não dei ouvidos aos 3 “marmelos” que iam só de Jersey e diziam que não fazia falta, viu-se.
O terreno da parte da manhã foi o melhor do dia, possivelmente não encontrarei nada minimamente parecido com a Geira Romana em Espanha. A água e a travessia de pequenos riachos eram uma constante bem como os pedregulhos com que simpatizei, a partir da queda, o andamento e a confiança para abusar nunca mais foram os mesmos.
A fauna do Gerês é fantástica, cavalos selvagens, cabritos monteses, vacas barrosãs e muito mais que não tivemos oportunidade de observar. Houve um episódio engraçado com uma vaca que teimava em não sair do único caminho possível, a dita olhava duma maneira ameaçadora, mas rapidamente percebemos que tinha era medo e ainda andou uns metros à nossa frente.
A cena mais engraçada do dia foi que ao km 10 sensivelmente, 2 canideos (abandonados presumo), colaram-se a nós durante cerca de 15 km, ficaram com um nome pois claro, uma cadela de grande porte ficou baptizada como Braga, e o pequeno parecido com uma Raposa, o Santiago. Ainda dei uma barrita ao Santiago, já que a Braga não quis. Depois de comer, desapareceram, pena, pois se chegassem até Santiago vinham embora comigo.
Fizemos poucos kms de manhã (36) e não fomos almoçar às Cascatas das Pozas como previsto, almoçamos sim, num sitio simpático com umas mesas e com um riacho em plena Mata da Albergaria.
Da parte da tarde, não há muito para contar, não contava fazer 62 km em alcatrão sempre a subir praticamente, coisa que os Intense 2.25 não gostam, nem eu!.. Mas que me manda a mim ir à maluco com pneus de taco aberto?
Cumprimos os objectivos, chegamos a Xinzo de Limia (20:30). A primeira residencial que encontramos, ficámos. 35 € por quarto duplo é muito, mas como aquela hora e depois daquele dia estafante não apetecia andar à procura de quarto.
Banho tomado, bálsamo nas pernas, desci para comer qualquer coisa, não tinha fome. 2 copos de leite com café e uma torrada foram o bastante.
São agora 23:35 (hora portuguesa), vou dormir que amanhã às 8 estou a sair fora da cama para mais um dia duro praticamente todo em alcatrão. E eu a pensar que tinha revisto a track em condições.
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