Parti de casa na madrugada de 24 de Ago 2007 para esta tirada com muita vontade de chegar ao destino mas infelizmente o meu corpo pregou-me uma partida e a 40km do final tive de desistir ficando-me pela aldeia de Pedrogão a 12 km de Moura e 40 de Santo Aleixo.
Eram 05.30 da manhã quando parti. Na mochila levava comida, água, ferramentas e tudo mais que fosse necessário durante a viagem. Tinha montado o suporte da bicicleta atrás para o transporte da mochila ser mais facil, uma vez que o peso era muito (1º erro). O percurso escolhido começava em Corroios passava por Setúbal, Alcácer-do-Sal, Torrão, Alvito, Pedrogão, Moura, Safara e terminava em Santo Aleixo perto de Barrancos.
O caminho até Setúbal foi facil, facil demais, o que me permitiu aumentar o andamento (2º erro). Em Setúbal enganei-me no caminho e fui parar á Lisnave-Setnave. Voltei para trás e apanhei a N10 com destino a Alcácer-do-Sal. O caminho até lá foi complicado e perigoso com os automóveis a razar o meu guiador, o que me fez esforçar mais que o necessário devido a eu ter de me afastar para a berma com um asfalto muito estragado e de difícil progressão. Chegado a Alcácer, retemperei as forças abasteci de água e segui viagem até ao Torrão.
A etapa até ao Torrão foi dura, com grandes subidas e poucas descidas para descansar. Como já ia com atraso não descansei o suficiente durante esta etapa e penso que foi esta a razão da minha desistência mais tarde. E com o cansaço vêm mais erros. Chegado ao Torrão estourado bebi demasiado sumo fresco, comi pouco e descansei demasiado.
Segui para o Alvito pelas estradas alentejanas com um calor insuportável, e sem reparar que já não suava, tendo o caminho até lá sido penoso mas não tão duro como a anterior etapa. No Alvito contente por estar já a menos de metade do caminho e por não me sentir muito cansado também não descansei o suficiente porque tencionava chegar ainda com luz a Santo Aleixo.
Do Alvito até á Vidigueira foi quando começaram os sintomas de que algo não estaria bem. De um momento para o outro comecei a ficar muito cansado e com sede e toda a agua que bebia não me chegava. Parei muitas vezes e em quase todas as aldeias que encontrei apesar de estarem a meros 6/7 kilometros umas das outras. Finalmente cheguei á Vidigueira por volta das 19.30, já com pouca luz. Sem perder muito tempo arranquei com destino a Pedrogão.
E finalmente foi quando se deu o colapso, tendo os meus gemeos da perna esquerda recusado a colaborar...Caimbras. Uma atrás da outra. Vi que já não conseguía aguentar e informei minha esposa para me ir buscar a Pedrogão.
Enquanto esperava pela chegada da minha esposa, questionei-me o que teria causado tamanhas caimbras e cansaço e a resposta não se fez esperar com um fabuloso vomito...! Digestão parada.
Afinal tinha sido por isso que tinha deixado de transpirar, e porque de repente fiquei tão cansado. Toda a água que bebi, não chegou ao destino. E nem o Isostar fez efeito visto ter ficado no estômago!
Fica o recorde de distancia pessoal (190 km) e a vontade de repetir a tirada para o ano! Um beijo á minhas queridas esposa e filha e a familia que me apoiou!
Eram 05.30 da manhã quando parti. Na mochila levava comida, água, ferramentas e tudo mais que fosse necessário durante a viagem. Tinha montado o suporte da bicicleta atrás para o transporte da mochila ser mais facil, uma vez que o peso era muito (1º erro). O percurso escolhido começava em Corroios passava por Setúbal, Alcácer-do-Sal, Torrão, Alvito, Pedrogão, Moura, Safara e terminava em Santo Aleixo perto de Barrancos.
O caminho até Setúbal foi facil, facil demais, o que me permitiu aumentar o andamento (2º erro). Em Setúbal enganei-me no caminho e fui parar á Lisnave-Setnave. Voltei para trás e apanhei a N10 com destino a Alcácer-do-Sal. O caminho até lá foi complicado e perigoso com os automóveis a razar o meu guiador, o que me fez esforçar mais que o necessário devido a eu ter de me afastar para a berma com um asfalto muito estragado e de difícil progressão. Chegado a Alcácer, retemperei as forças abasteci de água e segui viagem até ao Torrão.
A etapa até ao Torrão foi dura, com grandes subidas e poucas descidas para descansar. Como já ia com atraso não descansei o suficiente durante esta etapa e penso que foi esta a razão da minha desistência mais tarde. E com o cansaço vêm mais erros. Chegado ao Torrão estourado bebi demasiado sumo fresco, comi pouco e descansei demasiado.
Segui para o Alvito pelas estradas alentejanas com um calor insuportável, e sem reparar que já não suava, tendo o caminho até lá sido penoso mas não tão duro como a anterior etapa. No Alvito contente por estar já a menos de metade do caminho e por não me sentir muito cansado também não descansei o suficiente porque tencionava chegar ainda com luz a Santo Aleixo.
Do Alvito até á Vidigueira foi quando começaram os sintomas de que algo não estaria bem. De um momento para o outro comecei a ficar muito cansado e com sede e toda a agua que bebia não me chegava. Parei muitas vezes e em quase todas as aldeias que encontrei apesar de estarem a meros 6/7 kilometros umas das outras. Finalmente cheguei á Vidigueira por volta das 19.30, já com pouca luz. Sem perder muito tempo arranquei com destino a Pedrogão.
E finalmente foi quando se deu o colapso, tendo os meus gemeos da perna esquerda recusado a colaborar...Caimbras. Uma atrás da outra. Vi que já não conseguía aguentar e informei minha esposa para me ir buscar a Pedrogão.
Enquanto esperava pela chegada da minha esposa, questionei-me o que teria causado tamanhas caimbras e cansaço e a resposta não se fez esperar com um fabuloso vomito...! Digestão parada.
Afinal tinha sido por isso que tinha deixado de transpirar, e porque de repente fiquei tão cansado. Toda a água que bebi, não chegou ao destino. E nem o Isostar fez efeito visto ter ficado no estômago!
Fica o recorde de distancia pessoal (190 km) e a vontade de repetir a tirada para o ano! Um beijo á minhas queridas esposa e filha e a familia que me apoiou!