Vou tentar explicar na minha opinião porque prefiro o sistema de fita e válvula versus o sistema de câmara no que toca ao encaixe do pneu no aro!. De facto a borracha em contacto com a camara veda melhor do que em contacto com o aro, mas se usarmos liquido com base latex essa desvantagem quase desaparece. Na minha opinião o aro tem um perfil para encaixe do pneu e o contacto entre ambos deve ser direto sem nada pelo meio para assegurar a melhor fixação possível e evitar que numa pancada lateral mais forte o pneu se desencaixe. O sistema de camara é muito prático de instalar mas embora a espessura da camara seja mínima é um elemento que vai reduzir o encaixe do pneu no aro. Ou seja, o pneu acaba mais preso pelo atrito com a borracha da câmara do que pelo encaixe no aro. Como sabemos este sistema de conversão é para aros convencionais, não tubless, onde o perfil de encaixe e fixação do pneu é por vezes mínimo. Aqui o maior problema não é isolar o fundo do aro seja com fita ou câmara , mas sim o perfeito e correto encaixe do pneu no perfil de fixação do aro. Não queremos que o pneu salte numa situação limite e devemos assegurar que o talão de borracha deste está inserido no aro o melhor possível, se é que me fiz entender.
No que toca ao aperto das válvulas, eu faço o seguinte: Quando estou a fazer a conversão e quero assegurar o correto isolamento do aro, aperto muito bem as válvulas para que estas colem bem á fita e fiquem o mais encaixadas possível no buraco do aro. Dou um pouco mais de pressão, cerca de 55psi e agito bem o pneu ou vou dar uma pequena volta perto de casa. Deixo assim até ao dia seguinte . Depois baixo a pressão para a desejada e desaperto ligeiramente a porca da válvula para que a possa afrouxar á mão se necessário. Uma coisa que ajuda é utilizar um oring em borracha entre o aro e a porca da válvula. Assim esta não desaperta tão facilmente e a borracha espalma o necessário para a desapertarmos manualmente.
Boas pedaladas
Cristiano