Olá,
tenho seguido com muita atenção este forum desde que o descobri à uns meses atrás, e tenho aprendido bastantes coisas com a experiência dos outros.
Uma das áreas que considero mais interessantes é a "Análises e testes", visto que poderemos ver a opinião sobre bicicletas e componentes, algo que nos pode ajudar na compra de determinado material. Como a maior parte das vezes, essas análises são feitas a bicicletas/componentes novos e com pouco tempo de utilização, dá para ter uma ideia, mas nunca sabemos como é a fiabilidade dos mesmos como o passar dos km's. Penso ser igualmente importante dar a conhecer como se comporta determinado material com a passagem dos anos e dos km's.
Sendo assim, aqui vou fazer uma análise das minhas duas bicicletas, que tenho utilizado desde que me iniciei neste desporto/hobby espectacular.
BH Coronas Replica Deore 2001
Depois de no ano 2000 me ter iniciado com uma BH Supra 100 (herdada do meu irmão) comprada num supermercado, optei em 2001 por comprar uma bicicleta nova e um pouco mais adequada aos caminhos que estava a começar a frequentar com mais assiduidade. Optei por ficar na mesma marca, visto que a BH Supra nunca me tinha dado problemas nos 3000km que fiz nela. Escolhi então uma BH Coronas Replica Deore, que adquiri nova em Jan 2001 por 550€ (ou melhor, 110 contos, visto que o euro ainda era uma miragem na altura)
Quadro: ALUMINIO 7005
Suspensão: SUNTOUR M9050
Caixa Direcção: YST
Travões: Intox V-Brake
Manipulos Mudanças: SHIMANO DEORE
Pedais: WELGO 813
Pedaleira: SUNTOUR CR 314
Aros: RODI ROCK
Cubos: SRAM 5.0
Desviador Dianteiro: SHIMANO DEORE
Desviador Traseiro: SHIMANO DEORE
Selim: SELLE BASSANO SMART CORONAS
Infelizmente não tenho nenhuma foto dela desse tempo, mas o que me deixa mais saudades, são os pneus com o piso verde, que davam um aspecto único à bicicleta.
Andei com ela com essa configuração durante 13.000km até Nov 2003, data em que comprei outra bicicleta, e esta encostou às boxes e passou a ser usada só nas férias de verão, ali para os lados de Pombal.
A única coisa que foi modificada durante esse período foi o aro dianteiro, que passou a ser um Mavic 117 Ceramic, e o selim que passou a ser um Fizik Nisene.
De Jan 2001 a Nov 2003, acompanhou-me por trilhos em Sintra, Arrábida, Jamor, algumas incursões por estrada das quais destaco 2x Troia-Sagres (feito não no fim do ano, mas em Abril), e uma incursão na serra do Sicó que tem alguns dos pisos mais duros que fiz com ela.
Em Fev 2005, resolvi trazé-la novamente para Lisboa, porque era pena uma bicicleta destas ser só usada durante umas semanas no verão.
Ainda fez mais 2.000km até lhe trocar a transmissão pela primeira vez. Em Maio 2005, levou então um novo eixo pedaleiro Shimano qualquer coisa (não sei qual a referência, mas penso ser Octalink :s), uma pedaleira Deore 2001 (acho eu ), porque era das mais baratas, uma cassete Shimano (das piores de 9v talvez tenha sido Deore, mais uma vez mandou o factor preço), e uma corrente shimano. como podem ver tudo material baixo de gama, mas que mesmo assim fez mais 17.000km até Nov deste ano.
Aos 17.000km o aro traseiro cedeu numa volta na serra de Sintra, e abriu uma barriga devido ao desgaste acumulado. Ainda bem que assim foi, porque os aros originais não eram grande coisa, visto ficarem empenados com alguma frequência. Levou então uma roda toda nova, composta por um aro Mavic X317 e um cubo Deore.
Tal como já disse, em Nov 2006 resolvi dar-lhe uma segunda vida, e fez uma manutenção/upgrade que lhe deixou revitalizada para mais alguns km's.
Mas chega de texto e vamos às fotos :mrgreen:
Aqui está ela na sua configuração actual e contabilizando mais ou menos 32.500km
Em termos de transmissão resolvi colocar-lhe um desviador traseiro Deore LX bem como uma cassete Deore LX
Bem como o dianteiro, que veio substituir o original Deore que estava com alguma folga, apesar de estar ainda 100% funcional
A pedaleira para não destoar passou a ser igualmente Deore LX. Somente a corrente se ficou por uma Deore. Os pedais são uns Wellgo M18 que vieram substituir os originais que ao fim de 12.000km se começaram a desintegrar :mrgreen:
Outro dos componentes que necessitava de mudança urgente, era a suspensão original Suntour M9050 que tinha uma folga considerável. Optei por lhe meter uma Rock Shox Duke C U-Turn de 2003 que comprei usada. Esta suspensão tem 10.000km e 3 manutenções feitas, a última das quais em Nov 2006 antes de me vir parar às mãos, pelo que está como nova
Destaco a suavidade do seu funcionamento e a meu ver só tem o defeito de não ter um bloqueio no guiador :|
Tal como referi, o selim é um Fizik Nisene, excelente em conforto e robustez :wink:
Em termos de rodas, a dianteira tem o tal aro Mavic Ceramic, que tem uma robustez impressionante (nunca empenou :shock bem como uma boa eficácia de travagem mesmo com chuva e lama, isto porque também tenho uns calços especiais para aros de cerâmica
Já o cubo dianteiro, ainda é original, e devido a esse facto e de nunca ter tido manutenção, apresenta uma ligeira folga, pelo que brevemente vai para manutenção
O aro traseiro, optei igualmente por um Mavic, neste caso um X317, que em 15.000km nunca empenou e espero que assim continue
O cubo traseiro, é um Deore, que tambem nunca viu manutenção nem me deu chatiçes em 15.000km
Já os travões, são o elo mais fraco, visto que a sua eficácia, mesmo em novos, nunca foi exemplar, mas brevemente, e aproveitando o facto de ter que mudar os calços traseiros, vou-lhe trocar toda a cablagem (cabos + bichas) pelo que espero que fique um pouco melhor, do que está actualmente
Em termos de posto de condução, destaco o guiador e o seu tamanho que considero quase ideal, principalmente nos single tracks :wink:, bem como o facto de lhe puder puxar o lustro e o usar como espelho :mrgreen: A única coisa que não é original aqui, são os manipulos de mudanças, que com este último upgrade passaram a ser igualmente Deore LX, substituindo os originais Deore. Dos originais, o manipulo das mudanças dianteiras estava nas últimas, visto ter começado a ficar a trabalhar no vazio de vez em quando (parecia que fica o cabo solto), já o traseiro ainda estava para as curvas, mas
foi igualmente trocado. Podemos ver igualmente o ciclometro do Lidl, que custou a módica quantia de 5€ e tem 20 funções, das quais destaco a temperatura
O modelo mais baixo das réplicas disponiveis no catálogo de 2001, mas que nunca me deixou apeado (mesmo com o aro traseiro com uma barriga, ainda fez mais 50km até casa) :mrgreen:
Em resumo, estou mais do que satisfeito com a minha opção feita em 2001, bem como com o upgrade que lhe fiz recentemente, visto que passou de uma bike baixo de gama, para uma gama média (média/baixa para alguns, e para outros continua gama baixa, depende da perspectiva :mrgreen, que chega e quase que sobra para aquilo que eu pretendo
Pontos Positivos
- Relação preço/qualidade/componentes (inicialmente, principal motivo que levou à sua aquisição)
- Rodas actuais, pela sua robustez (nunca tive necessidade de as desempenar)
- Eficácia da suspensão actual
- Posição de condução, boa para rolar
Pontos Negativos
- fixação do cantil no tubo vertical do espigão, não pode ser utilizado (pelo menos para cantil) visto que o fundo do mesmo (cantil) fica a bater no quadro, mas que de momento não me faz falta.
- Eficácia dos V-Brake com chuva e lama (principalmente o traseiro, visto que o aro dianteiro em cerâmica ajuda a atenuar esse facto)
- O quadro não dá para travões de disco :evil:
- As rodas originais, que empenavam com facilidade
- Peso, algo que foi atenuado neste upgrade, mas que para ser sincero, o único momento em que o noto, é quando tenho que agarrar nela para ir para casa (3º andar), porque a rolar ou no monte não noto nada
BH Expert Team Disc 2004
A minha segunda bicicleta, e visto ter ficado satisfeito com as experiências anteriores, é também uma BH modelo Expert Team Disc modelo 2004, que adquiri em Nov 2003 por 1000€.
Apesar de estar satisfeito à data com a BH Coronas, tinha chegado a altura de comprar uma bike um pouco melhor. O que me levou a optar por esta foi:
1- Ter chegado a altura de fazer a manutenção na Coronas (transmissão completa)
2- Ter travões de disco Hidráulicos 8)
3- No global, melhores componentes, que garantiam mais eficiência e robustez
Configuração de origem:
Quadro: Aluminio 7005 D-B Slop Racing disc
Suspensão: Suntour Axon S-RL
Travões: Hidráulicos Formula B4 Sport
Manipulos Mudanças: Shimano LX
Pedais: WELGO 813
Pedaleiro: Truvativ Firex SL
Pneus: Michelin Wildgripper X-Comp
Aros: Mavic X223 disc
Cubos: Shimano M475
Avanço: Truvativ XR
Guiador: Truvativ XR Flatbar
Desviador Dianteiro: Shimano LX
Desviador Traseiro: Shimano XT
Selim: Fizik Pave
Peso: 11.8 kg
Tal como a Coronas, a sua utilização foi principalmente por trilhos de Sintra, Arrábida e Jamor, tendo feita tambem algumas maratonas, nomedamente Mafra, Penedo Gordo e Idanha-a-Nova Raia90
Aqui está ela na sua configuração actual, depois de em julho 2005 ter levado uma transmissão nova
O desviador traseiro, continua a ser o original, visto ainda estar para as curvas, apesar de estar a precisar de uma ligeira afinação. A cassete no upgrade passou a ser uma SRam PG970 e a corrente uma SRam PC99. Nesta imagem podem ver igualmente o único dano no quadro, devido a um erro no cálculo de trajectória, raspei num pilar de cimento com o quadro e com o desviador traseiro. Nada de grave :wink:
O desviador dianteiro continua igualmente a ser o original e está a 90% visto estar com uma pequena folga. Esta folga não tem influência nenhuma no seu funcionamento que está nos 99% (precisa de uma ligeira afinação)
A pedaleira, levou um upgrade para Deore LX. Até agora e com 6.000km, continua como nova, apesar de ter lhe dado recentemente com lubrificante nos rolamentos, visto que isto de andar à chuva e nunca ter levado manutenção, fez com que ficasse um pouco "presa". Mas ficou resolvido o problema com a lubrificação
Em termos de rodas, robustez a toda a prova isto apesar de tanto os aros como os cubos, serem baixo de gama. Nestes pouco mais de 23.000km que ela tem feitos, nunca tive que desempenar as rodas :wink:
De realçar que ambos os cubos nunca levaram manutenção :shock:
Roda traseira
O pneu traseiro é um Michelin Wildgripper P Resistant, que tem um piso excelente para este tempo de lama. De referir que só utilizo este pneu aos fins de semana nas incursões pelo monte. Durante a semana, e para a vida citadina que ambas fazem, utilizo pneus de btt, com o piso mais gasto (para não dizer carecas, ou slicks, como prefiram :mrgreen
Em termos de pedais, tal como a Coronas, está equipada com uns Wellgo M18, com uma boa relação preço/qualidade, e têm a vantagem de ter uma estrutura "aberta" que permite um encaixe mesmo com lama
Em termos de selim, este Fizik Pavé, não é tão confortável como o Nisene da Coronas, mas chega por agora
A suspensão é que foi uma das maiores surpresas da bicicleta :shock:. Quando a encomendei, sem a ter visto ou experimentado (só o que tinha visto na net), fiquei assim um bocado de pé atrás :roll: "Então vou dar 1000€ por uma bike que trás uma suntour como suspensão :evil:". Isto é o que muitos ainda pensam das suspensões da Suntour. Mesmo assim decidi arriscar, por dois motivos, primeiro, pelo que tinha lido na net sobre a suspensão (caracteristicas e ensaios), e segundo, porque alguns modelos da BH desse mesmo ano, mas de gamas superiores em preço, também a traziam de série, por isso não
devia ser má de todo.
E ainda bem que arriquei. Este modelo Axon S-RL a ar, tem me surpreendido pelo positiva, pela sua eficácia e robustez :yeah:
Apesar de ter um pouco mais de 23.000km, nunca levou nenhuma manutenção, visto que nunca foi necessário, porque a sua eficácia está igual a nova, ou melhor, visto que acho que acertei com a pressão correcta para o meu peso/uso :mrgreen:
Ou seja, neste momento a trocar de suspensão (neste caso, só quando esta der algum problema), irá ser por outra Suntour modelo equivalente, visto estar plenamente satisfeito com a sua eficácia/robustez :wink:
Mas numa volta na arrábida no inicio deste ano, ainda apanhei um susto que pensei ser da suspensão. Para quem conhece, no fim dos trilhos onde se encontra um moinho, continuando pelo sopé dos montes, apanha-se um estradão de terra batida que termina junto de uma estrada alcatroada perto de uma capela (peço desculpa pela descrição, mas penso que conseguem identificar qual é ). Este estradão é um constante sobe e desce, que se faz a uma velocidade considerável, visto ser necessário ganhar balanço para as subidas. Ora numa destas descidas em que ia lançado a 40km/h ou mais, apanhei um buraco considerável na estrada :evil: Foi impossivel evitá-lo. Ainda pensei, "vou-me partir todo", mas a suspensão lá conseguiu aguentar aquilo. Mas quando cheguei perto da capela e parei, notei uma pequena folga :cry: Pensei logo, ok, fiquei com uma folga na suspensão, afinal isto não deixa de ser Suntour :evil: Andei com essa ideia durante alguns meses, e já andava a pesquisar uma nova suspensão. Mas devido ao que se aprende aqui no forum, resolvi ver se o problema não era da caixa de direcção, e de facto era Estava ligeiramente desapertada. Já lhe dei uns apertos, mas já voltou a desapertar, pelo que penso que não ficou a 100%
Em termos de posto de condução, só não aprecio a largura exagerada do guiador
Os travões estão a cargo de uns Formula B4 Sport, que têm uma eficácia boa (nunca utilizei outros travões disco hidráulicos, pelo que não posso comparar). Até ao momento só me deram um problema, ao ter uma fuga de oleo pelo depósito que se encontra junto do manipulo de travagem (isto por volta dos 19.000km).
Tive igualmente alguns problemas iniciais para afinar os travões, visto estarem a roçar as pastilhas nos discos. Com a utilização de algumas anilhas, consegui corrigir essa afinação (apesar dos discos estarem desde inicio ligeiramente empenados) :evil: Realço a qualidade das pastilhas originais, que juntaram uma boa eficácia de travagem com uma boa durabilidade (13.000km) :wink:
O dianteiro com um disco de 160mm (segundo par de pastilhas)
E o traseiro com um disco de 140mm (terceiro par de pastilhas)
Aqui podemos ver o ciclometro, mais uma vez do Lidl e que encontra protegido com um plástico, porque apesar de ser à prova de salpicos, a acumulação de água entre o ciclometro e o suporte na zona dos contactos, provoca um funcionamento irregular, pelo que optei por protegê-lo com um plástico. O bloqueio remoto da suspensão no guiador é excelente, apesar de já não prender na posição de bloqueio pelo que quando quero bloquear a suspensão (principalmente, quando pedalo de pé), tenho que o segurar na posição de bloqueio com o polegar. Pensado bem e agora que me habituei, não é assim tão mau, pelo menos não existe o perigo de me esqueçer dela bloqeada (algo que aconteceu no inicio) :wink:
Mas algo que continuo a adorar, ainda hoje 3 anos depois de a comprar, é o design dos tubos em forma de diamante (isto segundo a BH, para mim são losangos). Este quadro alia uma estética boa, com uma boa posição para "atacar" aqueles trilhos mais técnicos (ao contrário da Coronas que tem um quadro com uma geometria melhor para rolar)
Actualmente, utilizo ambas (uma de cada vez, como é óbvio :mrgreen as bicicletas quase todos os dias (daí a quilometragem elevada das duas, em pouco tempo), visto que ao fim de semana, vão para o monte, e durante a semana, são o meu meio de transporte para o trabalho. Como prova que elas também vão para o monte, aqui está ela, no fim de um passeio recente na Arrábida :mrgreen:
Em resumo, estou igualmente satisfeito com a compra da Expert Team Disc, tanto pelos componentes que vinham de origem (só troquei as peças de desgaste rápido), bem como pela sua eficácia.
Pontos Positivos
- Estética, adoro aquele quadro
- Relação preço/qualidade/componentes
- Travões, pela sua eficácia e fiabilidade (manutenção uma vez, em 3 anos e 23.000km)
- Rodas, pela sua robustez (nunca tive necessidade de as desempenar)
- Eficácia e robustez da suspensão (nunca viu as mãos de um mecânico, mantendo a eficácia original)
- Posição de condução, boa para trilhos técnicos
- Pintura resistente à projecção das pedras
Pontos Negativos
- fixação do cantil do tubo vertical do espigão, não pode ser utilizado (pelo menos para cantil) visto que o fundo do mesmo (cantil) fica a bater no quadro (parece ser problema crónico das BH's visto que o mesmo acontece na Coronas).
- a pintura não é envernizada, segundo as informações que estavam no catálogo da BH era "mate", ou seja, é algo "gomosa" que é excelente para a proteger contra pedras, mas que a torna dificil de limpar a seco, implica passar sempre com um pano húmido. Tanto podemos considerar este facto positivo, visto tornar a pintura mais resistente a pedras projectadas pelas rodas, como negativo, visto tornar a limpeza menos fácil
Os meus objectivos com este longo discurso foram:
1- Dar a conhecer a experiência com alguns componentes ao longo de bastantes km's de utilização. Apesar de utilizar as bikes como meio de transporte, talvez 30% dos km's foram efectuados no monte. Mas não pensem que nos dias de semana elas andam só em alcatrão, longe disso, sempre que posso, vou por caminhos, estradas secundárias (normalmente com pior piso, por vezes mesmo pior que alguns estradões nas serras) e passeios. Neste dia-à-dia, talvez faça 20 a 30% em alcatrão. Mais, esta utilização, é feita em todas as condições climatéricas (excepto em dias de temporal), pelo que apanham com muita chuva, lama e areia. Poderá não ser uma utilização tão exigente como no monte, mas provoca igualmente algum desgaste.
2- Nem só de bikes topo de gama vive este desporto/hobby. Como veêm, é perfeitamente possivel, com bicicletas gama baixa/média, tirar todo o prazer desta modalidade. Não estou com isto contra os que têm grandes máquinas (quem me dera ter uma :mrgreen, mas qualquer uma das minhas bikes me deixa um sorriso na cara no fim da cada voltinha
3- Agradecia que não fizessem comentários do tipo "o teu ciclometro deve de estar avariado", "x0.000 km e nunca fizeste manutenção à suspensão", visto que não seria a primeira vez que tais seriam feitos A esses agradeço que façam as seguintes contas. Utilizo as bicicletas quase todos os dias desde Abril de 2004 como meio de transporte. No inicio para fazer cerca de 40km diários, que passaram a ser 66km desde o inicio de Out 2005. isto fora as voltinhas de fim de semana, que quase sempre são Sábado e Domingo e com voltas nunca menos de 40km. Por isso façam as contas antes de vir fazer comentário desse cariz. :evil: :mrgreen:
Espero ter ajudado alguém com a partilha desta experiência :wink:
Abraços
tenho seguido com muita atenção este forum desde que o descobri à uns meses atrás, e tenho aprendido bastantes coisas com a experiência dos outros.
Uma das áreas que considero mais interessantes é a "Análises e testes", visto que poderemos ver a opinião sobre bicicletas e componentes, algo que nos pode ajudar na compra de determinado material. Como a maior parte das vezes, essas análises são feitas a bicicletas/componentes novos e com pouco tempo de utilização, dá para ter uma ideia, mas nunca sabemos como é a fiabilidade dos mesmos como o passar dos km's. Penso ser igualmente importante dar a conhecer como se comporta determinado material com a passagem dos anos e dos km's.
Sendo assim, aqui vou fazer uma análise das minhas duas bicicletas, que tenho utilizado desde que me iniciei neste desporto/hobby espectacular.
BH Coronas Replica Deore 2001
Depois de no ano 2000 me ter iniciado com uma BH Supra 100 (herdada do meu irmão) comprada num supermercado, optei em 2001 por comprar uma bicicleta nova e um pouco mais adequada aos caminhos que estava a começar a frequentar com mais assiduidade. Optei por ficar na mesma marca, visto que a BH Supra nunca me tinha dado problemas nos 3000km que fiz nela. Escolhi então uma BH Coronas Replica Deore, que adquiri nova em Jan 2001 por 550€ (ou melhor, 110 contos, visto que o euro ainda era uma miragem na altura)
Quadro: ALUMINIO 7005
Suspensão: SUNTOUR M9050
Caixa Direcção: YST
Travões: Intox V-Brake
Manipulos Mudanças: SHIMANO DEORE
Pedais: WELGO 813
Pedaleira: SUNTOUR CR 314
Aros: RODI ROCK
Cubos: SRAM 5.0
Desviador Dianteiro: SHIMANO DEORE
Desviador Traseiro: SHIMANO DEORE
Selim: SELLE BASSANO SMART CORONAS
Infelizmente não tenho nenhuma foto dela desse tempo, mas o que me deixa mais saudades, são os pneus com o piso verde, que davam um aspecto único à bicicleta.
Andei com ela com essa configuração durante 13.000km até Nov 2003, data em que comprei outra bicicleta, e esta encostou às boxes e passou a ser usada só nas férias de verão, ali para os lados de Pombal.
A única coisa que foi modificada durante esse período foi o aro dianteiro, que passou a ser um Mavic 117 Ceramic, e o selim que passou a ser um Fizik Nisene.
De Jan 2001 a Nov 2003, acompanhou-me por trilhos em Sintra, Arrábida, Jamor, algumas incursões por estrada das quais destaco 2x Troia-Sagres (feito não no fim do ano, mas em Abril), e uma incursão na serra do Sicó que tem alguns dos pisos mais duros que fiz com ela.
Em Fev 2005, resolvi trazé-la novamente para Lisboa, porque era pena uma bicicleta destas ser só usada durante umas semanas no verão.
Ainda fez mais 2.000km até lhe trocar a transmissão pela primeira vez. Em Maio 2005, levou então um novo eixo pedaleiro Shimano qualquer coisa (não sei qual a referência, mas penso ser Octalink :s), uma pedaleira Deore 2001 (acho eu ), porque era das mais baratas, uma cassete Shimano (das piores de 9v talvez tenha sido Deore, mais uma vez mandou o factor preço), e uma corrente shimano. como podem ver tudo material baixo de gama, mas que mesmo assim fez mais 17.000km até Nov deste ano.
Aos 17.000km o aro traseiro cedeu numa volta na serra de Sintra, e abriu uma barriga devido ao desgaste acumulado. Ainda bem que assim foi, porque os aros originais não eram grande coisa, visto ficarem empenados com alguma frequência. Levou então uma roda toda nova, composta por um aro Mavic X317 e um cubo Deore.
Tal como já disse, em Nov 2006 resolvi dar-lhe uma segunda vida, e fez uma manutenção/upgrade que lhe deixou revitalizada para mais alguns km's.
Mas chega de texto e vamos às fotos :mrgreen:
Aqui está ela na sua configuração actual e contabilizando mais ou menos 32.500km
Em termos de transmissão resolvi colocar-lhe um desviador traseiro Deore LX bem como uma cassete Deore LX
Bem como o dianteiro, que veio substituir o original Deore que estava com alguma folga, apesar de estar ainda 100% funcional
A pedaleira para não destoar passou a ser igualmente Deore LX. Somente a corrente se ficou por uma Deore. Os pedais são uns Wellgo M18 que vieram substituir os originais que ao fim de 12.000km se começaram a desintegrar :mrgreen:
Outro dos componentes que necessitava de mudança urgente, era a suspensão original Suntour M9050 que tinha uma folga considerável. Optei por lhe meter uma Rock Shox Duke C U-Turn de 2003 que comprei usada. Esta suspensão tem 10.000km e 3 manutenções feitas, a última das quais em Nov 2006 antes de me vir parar às mãos, pelo que está como nova
Destaco a suavidade do seu funcionamento e a meu ver só tem o defeito de não ter um bloqueio no guiador :|
Tal como referi, o selim é um Fizik Nisene, excelente em conforto e robustez :wink:
Em termos de rodas, a dianteira tem o tal aro Mavic Ceramic, que tem uma robustez impressionante (nunca empenou :shock bem como uma boa eficácia de travagem mesmo com chuva e lama, isto porque também tenho uns calços especiais para aros de cerâmica
Já o cubo dianteiro, ainda é original, e devido a esse facto e de nunca ter tido manutenção, apresenta uma ligeira folga, pelo que brevemente vai para manutenção
O aro traseiro, optei igualmente por um Mavic, neste caso um X317, que em 15.000km nunca empenou e espero que assim continue
O cubo traseiro, é um Deore, que tambem nunca viu manutenção nem me deu chatiçes em 15.000km
Já os travões, são o elo mais fraco, visto que a sua eficácia, mesmo em novos, nunca foi exemplar, mas brevemente, e aproveitando o facto de ter que mudar os calços traseiros, vou-lhe trocar toda a cablagem (cabos + bichas) pelo que espero que fique um pouco melhor, do que está actualmente
Em termos de posto de condução, destaco o guiador e o seu tamanho que considero quase ideal, principalmente nos single tracks :wink:, bem como o facto de lhe puder puxar o lustro e o usar como espelho :mrgreen: A única coisa que não é original aqui, são os manipulos de mudanças, que com este último upgrade passaram a ser igualmente Deore LX, substituindo os originais Deore. Dos originais, o manipulo das mudanças dianteiras estava nas últimas, visto ter começado a ficar a trabalhar no vazio de vez em quando (parecia que fica o cabo solto), já o traseiro ainda estava para as curvas, mas
foi igualmente trocado. Podemos ver igualmente o ciclometro do Lidl, que custou a módica quantia de 5€ e tem 20 funções, das quais destaco a temperatura
O modelo mais baixo das réplicas disponiveis no catálogo de 2001, mas que nunca me deixou apeado (mesmo com o aro traseiro com uma barriga, ainda fez mais 50km até casa) :mrgreen:
Em resumo, estou mais do que satisfeito com a minha opção feita em 2001, bem como com o upgrade que lhe fiz recentemente, visto que passou de uma bike baixo de gama, para uma gama média (média/baixa para alguns, e para outros continua gama baixa, depende da perspectiva :mrgreen, que chega e quase que sobra para aquilo que eu pretendo
Pontos Positivos
- Relação preço/qualidade/componentes (inicialmente, principal motivo que levou à sua aquisição)
- Rodas actuais, pela sua robustez (nunca tive necessidade de as desempenar)
- Eficácia da suspensão actual
- Posição de condução, boa para rolar
Pontos Negativos
- fixação do cantil no tubo vertical do espigão, não pode ser utilizado (pelo menos para cantil) visto que o fundo do mesmo (cantil) fica a bater no quadro, mas que de momento não me faz falta.
- Eficácia dos V-Brake com chuva e lama (principalmente o traseiro, visto que o aro dianteiro em cerâmica ajuda a atenuar esse facto)
- O quadro não dá para travões de disco :evil:
- As rodas originais, que empenavam com facilidade
- Peso, algo que foi atenuado neste upgrade, mas que para ser sincero, o único momento em que o noto, é quando tenho que agarrar nela para ir para casa (3º andar), porque a rolar ou no monte não noto nada
BH Expert Team Disc 2004
A minha segunda bicicleta, e visto ter ficado satisfeito com as experiências anteriores, é também uma BH modelo Expert Team Disc modelo 2004, que adquiri em Nov 2003 por 1000€.
Apesar de estar satisfeito à data com a BH Coronas, tinha chegado a altura de comprar uma bike um pouco melhor. O que me levou a optar por esta foi:
1- Ter chegado a altura de fazer a manutenção na Coronas (transmissão completa)
2- Ter travões de disco Hidráulicos 8)
3- No global, melhores componentes, que garantiam mais eficiência e robustez
Configuração de origem:
Quadro: Aluminio 7005 D-B Slop Racing disc
Suspensão: Suntour Axon S-RL
Travões: Hidráulicos Formula B4 Sport
Manipulos Mudanças: Shimano LX
Pedais: WELGO 813
Pedaleiro: Truvativ Firex SL
Pneus: Michelin Wildgripper X-Comp
Aros: Mavic X223 disc
Cubos: Shimano M475
Avanço: Truvativ XR
Guiador: Truvativ XR Flatbar
Desviador Dianteiro: Shimano LX
Desviador Traseiro: Shimano XT
Selim: Fizik Pave
Peso: 11.8 kg
Tal como a Coronas, a sua utilização foi principalmente por trilhos de Sintra, Arrábida e Jamor, tendo feita tambem algumas maratonas, nomedamente Mafra, Penedo Gordo e Idanha-a-Nova Raia90
Aqui está ela na sua configuração actual, depois de em julho 2005 ter levado uma transmissão nova
O desviador traseiro, continua a ser o original, visto ainda estar para as curvas, apesar de estar a precisar de uma ligeira afinação. A cassete no upgrade passou a ser uma SRam PG970 e a corrente uma SRam PC99. Nesta imagem podem ver igualmente o único dano no quadro, devido a um erro no cálculo de trajectória, raspei num pilar de cimento com o quadro e com o desviador traseiro. Nada de grave :wink:
O desviador dianteiro continua igualmente a ser o original e está a 90% visto estar com uma pequena folga. Esta folga não tem influência nenhuma no seu funcionamento que está nos 99% (precisa de uma ligeira afinação)
A pedaleira, levou um upgrade para Deore LX. Até agora e com 6.000km, continua como nova, apesar de ter lhe dado recentemente com lubrificante nos rolamentos, visto que isto de andar à chuva e nunca ter levado manutenção, fez com que ficasse um pouco "presa". Mas ficou resolvido o problema com a lubrificação
Em termos de rodas, robustez a toda a prova isto apesar de tanto os aros como os cubos, serem baixo de gama. Nestes pouco mais de 23.000km que ela tem feitos, nunca tive que desempenar as rodas :wink:
De realçar que ambos os cubos nunca levaram manutenção :shock:
Roda traseira
O pneu traseiro é um Michelin Wildgripper P Resistant, que tem um piso excelente para este tempo de lama. De referir que só utilizo este pneu aos fins de semana nas incursões pelo monte. Durante a semana, e para a vida citadina que ambas fazem, utilizo pneus de btt, com o piso mais gasto (para não dizer carecas, ou slicks, como prefiram :mrgreen
Em termos de pedais, tal como a Coronas, está equipada com uns Wellgo M18, com uma boa relação preço/qualidade, e têm a vantagem de ter uma estrutura "aberta" que permite um encaixe mesmo com lama
Em termos de selim, este Fizik Pavé, não é tão confortável como o Nisene da Coronas, mas chega por agora
A suspensão é que foi uma das maiores surpresas da bicicleta :shock:. Quando a encomendei, sem a ter visto ou experimentado (só o que tinha visto na net), fiquei assim um bocado de pé atrás :roll: "Então vou dar 1000€ por uma bike que trás uma suntour como suspensão :evil:". Isto é o que muitos ainda pensam das suspensões da Suntour. Mesmo assim decidi arriscar, por dois motivos, primeiro, pelo que tinha lido na net sobre a suspensão (caracteristicas e ensaios), e segundo, porque alguns modelos da BH desse mesmo ano, mas de gamas superiores em preço, também a traziam de série, por isso não
devia ser má de todo.
E ainda bem que arriquei. Este modelo Axon S-RL a ar, tem me surpreendido pelo positiva, pela sua eficácia e robustez :yeah:
Apesar de ter um pouco mais de 23.000km, nunca levou nenhuma manutenção, visto que nunca foi necessário, porque a sua eficácia está igual a nova, ou melhor, visto que acho que acertei com a pressão correcta para o meu peso/uso :mrgreen:
Ou seja, neste momento a trocar de suspensão (neste caso, só quando esta der algum problema), irá ser por outra Suntour modelo equivalente, visto estar plenamente satisfeito com a sua eficácia/robustez :wink:
Mas numa volta na arrábida no inicio deste ano, ainda apanhei um susto que pensei ser da suspensão. Para quem conhece, no fim dos trilhos onde se encontra um moinho, continuando pelo sopé dos montes, apanha-se um estradão de terra batida que termina junto de uma estrada alcatroada perto de uma capela (peço desculpa pela descrição, mas penso que conseguem identificar qual é ). Este estradão é um constante sobe e desce, que se faz a uma velocidade considerável, visto ser necessário ganhar balanço para as subidas. Ora numa destas descidas em que ia lançado a 40km/h ou mais, apanhei um buraco considerável na estrada :evil: Foi impossivel evitá-lo. Ainda pensei, "vou-me partir todo", mas a suspensão lá conseguiu aguentar aquilo. Mas quando cheguei perto da capela e parei, notei uma pequena folga :cry: Pensei logo, ok, fiquei com uma folga na suspensão, afinal isto não deixa de ser Suntour :evil: Andei com essa ideia durante alguns meses, e já andava a pesquisar uma nova suspensão. Mas devido ao que se aprende aqui no forum, resolvi ver se o problema não era da caixa de direcção, e de facto era Estava ligeiramente desapertada. Já lhe dei uns apertos, mas já voltou a desapertar, pelo que penso que não ficou a 100%
Em termos de posto de condução, só não aprecio a largura exagerada do guiador
Os travões estão a cargo de uns Formula B4 Sport, que têm uma eficácia boa (nunca utilizei outros travões disco hidráulicos, pelo que não posso comparar). Até ao momento só me deram um problema, ao ter uma fuga de oleo pelo depósito que se encontra junto do manipulo de travagem (isto por volta dos 19.000km).
Tive igualmente alguns problemas iniciais para afinar os travões, visto estarem a roçar as pastilhas nos discos. Com a utilização de algumas anilhas, consegui corrigir essa afinação (apesar dos discos estarem desde inicio ligeiramente empenados) :evil: Realço a qualidade das pastilhas originais, que juntaram uma boa eficácia de travagem com uma boa durabilidade (13.000km) :wink:
O dianteiro com um disco de 160mm (segundo par de pastilhas)
E o traseiro com um disco de 140mm (terceiro par de pastilhas)
Aqui podemos ver o ciclometro, mais uma vez do Lidl e que encontra protegido com um plástico, porque apesar de ser à prova de salpicos, a acumulação de água entre o ciclometro e o suporte na zona dos contactos, provoca um funcionamento irregular, pelo que optei por protegê-lo com um plástico. O bloqueio remoto da suspensão no guiador é excelente, apesar de já não prender na posição de bloqueio pelo que quando quero bloquear a suspensão (principalmente, quando pedalo de pé), tenho que o segurar na posição de bloqueio com o polegar. Pensado bem e agora que me habituei, não é assim tão mau, pelo menos não existe o perigo de me esqueçer dela bloqeada (algo que aconteceu no inicio) :wink:
Mas algo que continuo a adorar, ainda hoje 3 anos depois de a comprar, é o design dos tubos em forma de diamante (isto segundo a BH, para mim são losangos). Este quadro alia uma estética boa, com uma boa posição para "atacar" aqueles trilhos mais técnicos (ao contrário da Coronas que tem um quadro com uma geometria melhor para rolar)
Actualmente, utilizo ambas (uma de cada vez, como é óbvio :mrgreen as bicicletas quase todos os dias (daí a quilometragem elevada das duas, em pouco tempo), visto que ao fim de semana, vão para o monte, e durante a semana, são o meu meio de transporte para o trabalho. Como prova que elas também vão para o monte, aqui está ela, no fim de um passeio recente na Arrábida :mrgreen:
Em resumo, estou igualmente satisfeito com a compra da Expert Team Disc, tanto pelos componentes que vinham de origem (só troquei as peças de desgaste rápido), bem como pela sua eficácia.
Pontos Positivos
- Estética, adoro aquele quadro
- Relação preço/qualidade/componentes
- Travões, pela sua eficácia e fiabilidade (manutenção uma vez, em 3 anos e 23.000km)
- Rodas, pela sua robustez (nunca tive necessidade de as desempenar)
- Eficácia e robustez da suspensão (nunca viu as mãos de um mecânico, mantendo a eficácia original)
- Posição de condução, boa para trilhos técnicos
- Pintura resistente à projecção das pedras
Pontos Negativos
- fixação do cantil do tubo vertical do espigão, não pode ser utilizado (pelo menos para cantil) visto que o fundo do mesmo (cantil) fica a bater no quadro (parece ser problema crónico das BH's visto que o mesmo acontece na Coronas).
- a pintura não é envernizada, segundo as informações que estavam no catálogo da BH era "mate", ou seja, é algo "gomosa" que é excelente para a proteger contra pedras, mas que a torna dificil de limpar a seco, implica passar sempre com um pano húmido. Tanto podemos considerar este facto positivo, visto tornar a pintura mais resistente a pedras projectadas pelas rodas, como negativo, visto tornar a limpeza menos fácil
Os meus objectivos com este longo discurso foram:
1- Dar a conhecer a experiência com alguns componentes ao longo de bastantes km's de utilização. Apesar de utilizar as bikes como meio de transporte, talvez 30% dos km's foram efectuados no monte. Mas não pensem que nos dias de semana elas andam só em alcatrão, longe disso, sempre que posso, vou por caminhos, estradas secundárias (normalmente com pior piso, por vezes mesmo pior que alguns estradões nas serras) e passeios. Neste dia-à-dia, talvez faça 20 a 30% em alcatrão. Mais, esta utilização, é feita em todas as condições climatéricas (excepto em dias de temporal), pelo que apanham com muita chuva, lama e areia. Poderá não ser uma utilização tão exigente como no monte, mas provoca igualmente algum desgaste.
2- Nem só de bikes topo de gama vive este desporto/hobby. Como veêm, é perfeitamente possivel, com bicicletas gama baixa/média, tirar todo o prazer desta modalidade. Não estou com isto contra os que têm grandes máquinas (quem me dera ter uma :mrgreen, mas qualquer uma das minhas bikes me deixa um sorriso na cara no fim da cada voltinha
3- Agradecia que não fizessem comentários do tipo "o teu ciclometro deve de estar avariado", "x0.000 km e nunca fizeste manutenção à suspensão", visto que não seria a primeira vez que tais seriam feitos A esses agradeço que façam as seguintes contas. Utilizo as bicicletas quase todos os dias desde Abril de 2004 como meio de transporte. No inicio para fazer cerca de 40km diários, que passaram a ser 66km desde o inicio de Out 2005. isto fora as voltinhas de fim de semana, que quase sempre são Sábado e Domingo e com voltas nunca menos de 40km. Por isso façam as contas antes de vir fazer comentário desse cariz. :evil: :mrgreen:
Espero ter ajudado alguém com a partilha desta experiência :wink:
Abraços