Afinal qual é o problema de Portugal??

ernez

Active Member
O pior não é só isso, mas sim a intenção de voto dos portugueses estar no 37%, para, advinhem... PS, á pois é PS, os Portugueses, não aprendem, é uma tristeza.
 

rodda

New Member
Praia, sol, cerveja, bola, festivais rock de Verão, novelas, programações e concursos estúpidos, apresentadores que metem dó...enfim, infelizmente somos um povo mmmuuuiiittttoooo diferente dos nossos antepassados lusos. Honra, coragem e luta são agora palavras que só se vê nos dicionários. O povo continua adormecido e já nem se esforça para encontrar novamente o real significado dessas importantes palavras.

Pareces o TheTraveler a falar, voçes afinal até têm a mesma linha de ideia só que não se lembravam... hehehe
 

RMMTB

New Member
Com o devido respeito por todos, porque bons e maus há em todo o lado e eu também tenho os meus momentos de incompetência, mas já que perguntam:

- A justiça lenta e morosa que parece mais uma injustiça por favorecer os prevaricadores e facilitar a vida a quem não merece;

Acho um mal menor. A Europa, de uma forma geral, tem pouco crime. O pior são crimes do "colarinho" ou seja, financeiros/políticos. Mas aí o problema é que nem chegam a ser acusados, quanto mais devidamente investigados e levados a julgamento. E quando são, há sempre formas milagrosas de fazer desaparecer provas, seja universidades que não fazem registos dos alunos, seja uma das maiores operadoras nacionais a "perder" registos de chamadas. Enfim... Corrupção ao máximo, mas quando é na política/governo/ministérios, sendo a justiça controlada por um desses ministérios, dificilmente se resolve.

- A educação e formação dos nossos jovens que deveria ser mais profissional e rigorosa;
100% de acordo. Mas mudem os programas primeiro. Digam-me o que disserem, jamais acharei correcto andarem a ensinar literatura a alunos de ciências, quando os mesmos nunca aprenderam a escrever uma carta formal, um relatório ou outros documentos fundamentais para o futuro profissional. Pior, terem que saber interpretar os Maias, quando ainda escrevem "senoura" ou "diçeçe". Sim, eu conheço-os. Ao ponto de na minha universidade a reitoria ter ordenado todos os cursos de engenharia terem 1h semanal de português. Andar fazer as fichas de exercícios de pontuação que fazia na primária com 19 anos é triste, no mínimo.
Isso e educação física ou desporto não ter peso na média. De que me serve aquele 19 afinal?! Fiz competição, aprendi as regras de N desportos e o valor que isso tem é 0. Mas se fosse um sedentário que soubesse falar bem sobre os "êtrónimos" (sim, escrevi mal de propósito) já seria valorizado?
Não me entendam mal. Eu tive boas notas noutras cadeiras, como por exemplo 18 a Física, por isso não sou nenhum calão que só pensa em dar chutos na bola. Mas acho mal desvalorizarem desporto, em relação a outras matérias igualmente obrigatórias. É uma questão de disciplina e igualdade. As únicas coisas que concordo que tenham mais peso é Matemática e Português (português, não é literatura).

- A reabilitação da nossa agricultura;
Quem é que vai cavar se somos todos engenheiros e doutores? É mal visto tirar um curso técnico ou profissional. Os pais querem é filhos com canudos, de preferência médicos ou economistas. Mas concordo que fazia falta... Até para criar emprego e fomentar a vida fora dos centros urbanos. Espalhar um pouco a malta para não andarmos todos em cima uns dos outros. :)

- Apostar mais e melhor na nossa indústria;
Não há dinheiro. Temos mão de obra especializada de topo, ao nível dos melhores, mas cara devido à escassez e muitos abandonam o país. Além de ser difícil competir com os mercados emergentes em capacidade/preço. E também temos pouca aposta na exportação. As pessoas focam-se na ideia do produto nacional, mas esquecem-se que o produto nacional usualmente tem uma qualidade/preço acima daquilo que o português pode pagar nos dias de hoje. O padeiro também não faz pão para ele, faz principalmente para vender aos outros. E é nisto que nós falhamos. Aliás, nós até gozamos em vez de apoiar. Tenho como exemplo o papel higiénico colorido, que eu próprio pude ver a ser vendido do outro lado do atlântico a preços surreais.

- Ajudar mais as PME's para revitalizar a nossa economia;
Fomentar mais o empreendedorismo. Há pessoas com boas ideias e sem fundos, assim como pessoas com dinheiro que não sabem o que fazer com ele. Os bancos são quem mais ajuda neste aspecto, mas ou há pouca procura ou então há pouca credibilidade / insegurança por parte de quem investe. Não sei ao certo. Também, da minha experiência, os apoios e informações nem sempre chegam onde devem, por falha dos serviços, mas isso vem noutro ponto mais adiante.

- Melhorar o nosso sistema de saúde e de segurança social;
Aqui seria para mim o ponto de partida. Subsídios à ciganada? Eu tinha dois full-times, 80h semanais e quando precisei, levantaram-me o dedo porque era recibos e a lei dos recibos era recente e sem retroactivos. 5 anos a alimentar chungaria calona e porcos abastados.
Serviços de saúde? Tudo para a rua. Médicos a acumular horas entre público e privado, com ordenados de luxo e ainda a receber bónus pela porta do cavalo dos laboratórios e farmacêuticas por cada exame ou receita passada. Sim, é verídico e sei-o de fontes seguras. Inclusivamente em situações totalmente desnecessárias, o que interessa é ganhar o dito bónus.
Nunca mais me esqueço também de ter estado 4h nas urgências, à espera de ser operado, com um senhor ao meu lado. Senhor esse que já lá estava desde o dia anterior, com a mão cortada numa serra giratória. Isto já depois de ele ter sido "chutado" entre as urgências de três hospitais, para acabar o mesmo onde começou.

- Apostar mais na formação dos nossos funcionários públicos e privados;
Não digo formação, digo mesmo escravatura. É que no sector privado, cada um contrata quem quer e paga o que quer. É problema da empresa. No público já não devia ser bem assim. Durante muitos anos foi um luxo! Boas regalias, ordenados acima da média, progressões automáticas, lugares cativos e reformas a condizer. Agora choram, mesmo continuando com condições acima da média. E competência?! Volto a repetir, perdoem-me o comentário, porque bons e maus há em todo o lado e todos nós temos os nossos dias, mas a percentagem de funcionários públicos sem competência é enorme. E não é falta de competência devido a formação, é falta de competência porque não querem saber, falta de brio profissional, o importante é picar o ponto das 9h às 17h e siga. Muito foram lá parar só porque são amigos da prima do fulano que por acaso até é amigo da directora da repartição...

- Tentar acabar de vez com a corrupção.
Opah... Entre S.Bento, tribunais, empresas públicas e parcerias privadas, estádios e afins... Só S.Bento era preciso uma carabina de repetição automática e uma tarde inteira a disparar. É um ninho de vespas.

Para contextualizar esta amargura toda, sou um jovem que estudou, serviu a República Portuguesa (ex-militar), trabalhou anos a fio muitas vezes só com descanso domingo à tarde e a bater as 12h por dia, para agora ter que me agarrar ao que aparece, sem qualquer perspectiva de um futuro aceitável. Não me posso queixar de desemprego, mas mato-me e esfolo-me sem nada em troca. E afinal de contas em pediu subsídios para a ciganada? Quem meteu lá aqueles porcos mandato após mandato, sempre a rodar pelos mesmos que nem SL Benfica e FC Porto? Quem deixou crescer esta geração ao sabor do vento para depois lhes chamar "rasca"? Quem nos educou com a ideia de que temos que ser todos doutores "das caixas de supermercado" com o BMW pago às prestações?

Podem não concordar com nada do que disse, mas achando que já dei mais a este país do que devia ter dado, ao menos o direito à minha opinião ninguém me tira (enquanto não houver imposto sobre opiniões).
 

Mach 4

New Member
RMMTB, muito bem falado (escrito)!!!

Mas és apenas mais um a desabafar, mais um com boas idéias, mais um que sabe o que está mal e o que se devia fazer para endireitar esta merd* toda. Mas a verdade é mesmo essa - mais um.

Hoje li numa revista que saiu com a edição do "Diário de Noticias" uma frase da Silvia Alberto (que eu admiro muito).
Ela numa entrevista disse o seguinte :

- "Estou admirada com a letargia dos portugueses, mas sei que o povo vai acordar um dia".

Meus amigos, sem luta, a verdadeira, nas ruas a partir tudo e mais alguma coisa, acreditem que não vamos a lado nenhum.
Quem vier com a lenga lenga que isso não iria mudar nada então que vão ás urnas e que coloquem lá a cruzinha milagrosa que nos irá tirar deste buraco. Acordem!!

Já nada há a fazer agora a não ser isso, e sei que mais tarde ou mais cedo, é o que vai ter de acontecer.

Só existe um tipo de lixívia para se fazer uma limpeza a fundo. Garanto-vos!!

E nos entretantos fiquem com mais esta :

Corte de pensões vitalícias de ex-políticos
adiado

As subvenções vitalícias dos antigos políticos escapam aos novos cortes nas reformas e pensões porque "não cabem, naturalmente, no Estatuto da Aposentação, regime jurídico próprio que regula a matéria das pensões dos funcionários públicos". "Não poderiam ser tratadas ou constar na proposta enviada esta semana aos sindicatos", disseram ontem as Finanças. A sede própria para este tipo de medidas é o Orçamento do Estado (OE/2014), que já está em preparação e será apresentado em outubro. Foi assim nos últimos anos.

Bom fim de semana a todos.
 

RMMTB

New Member
Eu sei perfeitamente que sou só mais um... Só que há um problema naquilo que pedes. Há cerca de 30 anos atrás, as forças militares também saíram à rua. O movimento foi iniciado por militares e não por civis. Em que é que isto é relevante?
Na medida em que se vais com um grupo de pessoas fazer barulho para S. Bento, cai-te a PSP logo em cima. Já passei por isso, até numa cena completamente pacífica, em que íamos fotografar o Gel vestido de vendedor e com uma placa da ERA a vender a Assembleia pelos 78 mil milhões. Veio logo a PSP dizer que não podíamos fazer aquilo.
No entanto se apareces lá com meia dúzia de blindados e G3 na mão, como aconteceu da primeira vez, saltam todos cá para fora de calças na mão e a PSP já não se mete de certeza.

Se algum dia quiserem ir por aí, aí sim, terei todo o prazer em voltar a pegar na G3. Tal não acontece porque muitos esquecem-se que juraram defender a pátria e a sua constituição, não o governo. E por vezes era preciso proteger dos males que nós próprios criamos...
 

miguelcarromeu

Active Member
RMMTB,

Não percebi uma coisa:

No público já não devia ser bem assim. Durante muitos anos foi um luxo! Boas regalias, ordenados acima da média, progressões automáticas, lugares cativos e reformas a condizer. Agora choram, mesmo continuando com condições acima da média. E competência?! Volto a repetir, perdoem-me o comentário, porque bons e maus há em todo o lado e todos nós temos os nossos dias, mas a percentagem de funcionários públicos sem competência é enorme. E não é falta de competência devido a formação, é falta de competência porque não querem saber, falta de brio profissional, o importante é picar o ponto das 9h às 17h e siga. Muito foram lá parar só porque são amigos da prima do fulano que por acaso até é amigo da directora da repartição...

E pronto... está resumida a função pública! Ou seja, a função pública, voltamos ao mesmo, é personificada pela senhora gorda de óculos à ponta do nariz.

A última vez que olhei, as forças armadas ainda eram parte da função pública.
 

RMMTB

New Member
miguelcarromeu,

E pronto... está resumida a função pública! Ou seja, a função pública, voltamos ao mesmo, é personificada pela senhora gorda de óculos à ponta do nariz.

Como disse, há bons e maus profissionais em todo o lado. Mas és capaz de argumentar que os serviços públicos funcionam bem? Que é falso que muitas vezes se apanham funcionários em conversa de café com dezenas de pessoas à espera? Ou que muita daquela gente, se fosse um serviço privado, não tinha já sido dispensada?

A última vez que olhei, as forças armadas ainda eram parte da função pública.
Há uma diferença grande entre não fazer porque "apetece" trabalhar pouco e não fazer porque não há para fazer ou ninguém "ordena" que se faça. E recomendo-te que fales com militares, vais ver quantos se queixam exactamente do contrário, de querer fazer e não permitirem.

Deixo-te um exemplo, que tanto ouvi reclamar:



Sabes o que é? Segundo me disseram, existem 6 kits desses no Montijo. Sabes por que razão não são usados? Vai lá perguntar se é porque os pilotos têm preguiça... E isto é um exemplo no meio de muitos.
 

miguelcarromeu

Active Member
Não preciso argumentar em defesa de outrém; o ónus da prova cabe a quem acusa e, eu, não acusei ninguém. Parece-me é que foi esquecido o quão transversal é a função pública - são esses "maus" serviços que acusas, sim, mas também são os serviços de saúde, os serviços de segurança, os serviços de justiça, de educação, etc.

De seguida, dir-me-ás "ah, mas esses também funcionam mal!" - então, nesse caso, usemos a tua lógica:

RMMTB said:
Há uma diferença grande entre não fazer porque "apetece" trabalhar pouco e não fazer porque não há para fazer ou ninguém "ordena" que se faça.

Entre outros motivos; mas também ninguém lhes foi perguntar o porquê de algumas atitudes, certo?

Relativamente aos militares, conheço suficientemente bem para não ter de perguntar a nenhum. Tendo ordens ou não tendo ordens, a real verdade é que o grosso das forças armadas serve, neste momento, como sorvedouro dos dinheiros públicos.

Relativamente à imagem, não sei exactamente o que será, mas, talvez algum aparelho anti-incêndio?!

Também saberás, por certo, quanto custa meter um menino desses no ar. Porventura, se despedissem 2/3 dos efectivos dos vários ramos das FA, já sobraria mais algum para meter os C130 a voar mais vezes.
 

mpc

New Member
O pior não é só isso, mas sim a intenção de voto dos portugueses estar no 37%, para, advinhem... PS, á pois é PS, os Portugueses, não aprendem, é uma tristeza.

Sim é verdade! O povo não passa disto, ora vota, PS, PSD, CDS ou PCP/CDU!

"Estou admirada com a letargia dos portugueses, mas sei que o povo vai acordar um dia".

Vão acordar? com tanta emigração não sei se não acordaram já, mas para fugir do país!

Corte de pensões vitalícias de ex-políticos adiado

Cortar nas pensões deles? Há-de ser difícil, só se forem obrigados!


Resumindo e concluindo, ou baralhando ainda mais! Eu não sei em quem votar nas próximas eleições autárquicas (29 Set. 2013)! Mas uma coisa eu sei, quero mostrar um Cartão Vermelho aos partidos do arco da governação, PS, PSD e CDS!

Como? :confused: Votando ou não votando? :confused:

Qual é a vossa opinião? se calhar o melhor é votar noutro partido mais pequeno!? lá terá que ser . . .
 
Last edited:

Joseelias

Well-Known Member
mpc

A Abstenção não é uma opção pois torna-te cúmplice dos resultados eleitorais em particular do vencedor. Isto é, quem cala consente e a meu ver retira-te o direito de contestar e protestar. Quem não participa nas eleições não tem o direito de criticar. A meu ver é o que distingue um Cidadão Português de um simples Habitante de Portugal. Basicamente como se fosse um imigrante que tivesse para vindo viver mas não fosse Português. Como também é um voto contra a democracia pois quando não se exerce um direito acaba-se por o perder. Imaginemos que 80% da população deixa de votar. O que impede por exemplo os militares nessa altura apoiarem alguém que decide que se o povo não quer este sistema politico porque não o exerce e portanto temos aí outro Salazar?

Votar em branco é uma opção pois defende-se o regime democrático ao exercer o direito de voto mas nada muda pois não contam para nada. Há até quem alegue que se podem usar esses boletins de voto em branco para lá pôr a cruzinha dos partidos que interessam a alguns... Por isso há quem vote nulo ao inutilizar o boletim de voto colocando cruzes em todos os partidos ou escrevendo mensagens de protesto. Mas não muda nada na mesma na prática.

Na minha opinião para se fazer diferença deve-se votar em partidos que nunca estiveram no poder, isto é, excluir completamente PS/PSD/PP. Dentro do parlamento há mais partidos que nunca estiveram no governo (PCP/Verdes e BE), e fora do parlamento há partidos que vão da extrema-direita como o PNR até à extrema-esquerda como o PCTP-MRPP passando por muitas formações do centro.

Quando os partidos que ficam sempre no poder se virem de tal forma reduzidos ao ponto de terem que fazer alianças com outros fora do arco da governação, e que com sorte nossa possam exercer um efeito fiscalizador pode ser que a corja corrupta que está sempre no poder se contenha um bocado.

Ou quem sabe surja um conjunto de partidos no parlamento que façam uma aliança parlamentar e que juntos consigam formar um governo sem incluir um desses três, e de uma vez por todas exponham a público a podridão que esses três partidos têm feito em Portugal bem como o próprio Presidente.

O PS/PSD/PP são irreformáveis por dentro. A corrupção e a podridão está de tal forma enraizada neles que não acredito que a consigam purgar. O número de pessoas honestas em lugares de poder e de decisão são quase nulas e qualquer personalidade nova que surja ver-se-á enredada naquilo tudo mesmo que não queira, e ficará de mãos atadas.

Aliás, se houvesse gente honesta e com as mãos limpas nesses partidos já tinham saído e formado um novo partido. Mas estão TODOS entalados... Nos anos 80 surgiu um partido, o PRD, que logo nas primeira eleições teve 18 ou 20% dos votos. Por isso há eleitorado para uma mudança, mas como disse as personalidade politicas do PS/PSD/PP estão tão atolados no lodo da corrupção que ninguém ousa concorrer contra esses partidos numa nova formação ou ficava-se logo a saber quem eram na realidade.

A meu ver Portugal só tens duas soluções, ou abrimos os olhos e corremos com os partidos com responsabilidade na situação actual apoiando outros da direita à esquerda que nunca estiveram no poder, ou cairemos mais cedo ou mais tarde no caos e potencialmente numa ditadura. Aliás, foi o que aconteceu na primeira-república até que em 1926...
 

mpc

New Member
Na minha opinião para se fazer diferença deve-se votar em partidos que nunca estiveram no poder, isto é, excluir completamente PS/PSD/PP.

Concordo, mas para a junta de freguesia da minha terra, só haverá listas dos partidos PS, PSD e PP (e talvez CDU) :confused:
 

Joseelias

Well-Known Member
mpc

Isso agora fica com a tua consciência. Se conheceres e confiares em algum cadidato vota nele, já que a junta é uma coisa mais pequena e próxima de nós e temos mais facilidade de acesso a ela e aos seus responsáveis.

Se quiseres pregar um "cagaço" aos partidos do centrão vota na CDU se não for completamente contra as tuas convicções. Ou votas em branco, ou nulo se te sentires mais seguro que ninguém vai votar por ti quando estiverem a contar os votos.

A nível da junta as coisas ainda não são tão graves.
 

oliana

Active Member
Ao que parece vem aí borrasca da grossa. Ainda não chegaram á conclusão que este tipo de austeridade não vai levar a bom porto. Por outro lado já há uns hipócritas que admitiram (DENTRO DO FMI) que afinal não é este o caminho ideal. E parecem o Saddam Hussein que apesar de ter os canhões ás portas de Bagdad não admitia a derrota. E depois temos a Alemanha. Que a mim não me interessa para nada!
Mas como é difícil engolir o sapo e voltar atrás, vamos continuar a levar porrada. Ou seja, não se adivinha nada de bom depois das eleições de dia 29.
E eu vou mesmo votar no mesmo candidato em que votei á anos atrás, da mesma forma que votarei na mesma cor para o governo de Portugal. Ou seja;
VERMELHO!

Estarei a ser um perigoso radical de esquerda que defende o fim desta (DESTA) austeridade?
 

Joseelias

Well-Known Member
Eu já digo há anos que Portugal está acabado e que é preciso mudar de politica urgentemente. Que para termos futuro temos que ter a economia a servir as pessoas, e não as pessoas a servir a economia, o que na prática significa ter as pessoas a servir meia dúzia de magnatas e políticos corruptos oriundos sempre dos mesmos partidos com contas em off-shores para não pagar impostos...

Só não vê quem não quer que Portugal não tem argumentos para competir na economia mundial e que a retoma é inacreditavelmente difícil, para não dizer impossível.

Deixámos de conseguir competir em preço desde que a China, Índia e Paquistão entraram no "campeonato". E isso não mudará pois nunca poderemos baixar os preços dos custos de produção sem um corte de pelo menos 50% no ordenado mínimo e nos outros todos. Bem como a redução brutal da carga fiscal sobre essas pessoas para não morrerem de fome logo no primeiro mês, bem como sobre as empresas para serem competitivas. Mas isso não pode ocorrer porque tem que se alimentar a máquina do estado.

Não conseguimos concorrer em termos de alta-qualidade e de produtos de alto-valor, pois perdemos esse comboio quando os governos de Cavaco e de Guterres em particular, deixaram que os fundos da UE fossem gastos pelas associações criminosas que lideravam, em Ferraris e casas de férias em vez de terem sido investidos na modernização das empresas. Hoje em dia temos empresas desactualizadas, sem ideias e sem a mão-de-obra qualificada jovem e criativa que abandona o país.

Como deixámos também de concorrer em termos de mão-de-obra qualificada com a entrada da Europa de Leste na UE, e na qual para além dos salários mais baixos têm uma ética de trabalho a anos-luz de nós.

Em termos agrícolas então é o desastre. Entre os pequenos produtores do Centro e do Norte do país que preferem morrer à fome que a organizarem-se a sério em cooperativas como se faz pelo resto da Europa para poderem ser competitivos em quantidade e preço, e a devolução das grandes propriedades agrícolas do Sul aos antigos donos que as tinham ao abandono, e assim continuam em vez de os incentivarem a produzir, ou entregar a quem os queira pôr a produzir isto não tem ponta por onde se lhe pegue.

Se alguém me souber responder o que nos sobra agradecia. E não me falem do turismo pois para além de sermos uma migalha quando comparados com outros países, por mais barulho que façam nas noticias quando temos um Hostel premiado, não vai conseguir alimentar uma população inteira.

O que nos resta? Alguém me sabe dizer? Em particular se continuarmos a apoiar os partidos que nos governaram durante 40 anos e nos trouxeram onde estamos agora? E se há coisa que não falta são outras opções dentro e fora do parlamento. Da minha parte vos digo, votaria com uma consciência mais tranquila num partido cujo programa eleitoral seria obrigar que as caricas das garrafas fossem todas amarelas, que naqueles partidos que nos têm governado, muitas vezes com maiorias absolutas, e mesmo assim conseguiram destruir este país.
 

oliana

Active Member
Podemos acreditar que se deve governar sem rosa dos ventos, mas na verdade isso é impossível. É que na política existe mesmo esquerda e direita. E embora a convergência de algumas ideias e políticas aplicadas poderem ser comuns em alguns países, na verdade há enormes diferenças ideológicas.
E não vale a pena procurarmos utopias fora daquilo que temos porque iremos continuar a ser governados durante muito tempo, por políticos da actual linha. Seja dos que já, ou ainda não governaram. Somos nós que teremos de procurar onde podem estar os mais sérios e pôr de parte para sempre aqueles que já lá estiveram e prejudicaram o país. E nunca esquecer esse pormenor, tão característico do povo português. Vejam só, que o povo português elegeu para presidente da republica o destruidor da nossa agricultura e pescas com a batuta da CEE. Agora assobiam-lhe!
Meus amigos;

Os comunistas já não "comem criancinhas"!

A extrema direita já não expulsa ninguém que não mereça!

A extrema esquerda não vai abrir casas de "xuto" em todo o lado!

E há independentes de valor e inteligência suficiente para governar!

Mas o PS, CDS ( aquela que vai com todos) e PSD vão continuar a ser uns "paus" mandados. Para mim não merecem credibilidade nenhuma.

As desculpas do costume que todos são iguais e não votar, só vai contribuir para o arrastamento da situação em que estamos. Não votar é um acomodamento perigoso para a democracia que só contribui para a nossa própria destruição.

Votar dá-nos também o direito legítimo de dizer mal ou criticar quem foi eleito.
Não votando demonstramos mais tarde a cobardia ao criticar e dizer mal daqueles que foram eleitos pelos outros.

Não votando contribuímos para um Portugal pior daquele que já temos. E este é o meu país! E eu sou capaz de muita coisa para o defender! Sou mesmo capaz de pegar numa arma! Era capaz de muita coisa para encostar á parede, os carrascos do meu país!
Se alguém achar que é desabafo, engana-se!
 
Top