Boa tarde caros amigos!
Embora não me tenha esquecido do fórum e dos seus assíduos intervenientes, a profissão tem-me obrigado a algum jejum de leitura... lol :mrgreen:
No entanto, e de acordo com o combinado, teria de fazer mais 250 km's para actualizar esta análise de longa duração
Ontem ao olhar para o Conta-Km, reparei que atingi a marca dos 500 km! :shock: o que para um mês e uma semana de utilização não está mau! Bem diz o António Costa que não tenho dado descanso à "bichinha"! :wink:
Mas o importante vem já de seguida;
Resultados práticos:
Forqueta RS SID Team 2009 - A forqueta tem-se portado a nivel... No entanto, e derivado aos redentores já estarem "no ponto" os 125 psi´s foram aumentados para 130 na câmara positiva (afinação superior perna esquerda) e 125 psi's na câmara negativa (afinação inferior da mesma perna)! Quero com isto dizer, que devido à forqueta estar "solta" de funcionamento, tive de diminuir a pressão negativa para que ela trabalhe sem afundar ou trabalhar indevidamente!
A diferença de 5 psi's entre câmaras deve-se ao mesmo motivo; como a forqueta está soltinha, compenso com pressão mais baixa na câmara negativa, para que ela trabalhe sem ser em demasia, evitando o bombear excessivo e "contaminante" enquanto pedalo em pé! - parágrafo editado a 27.12.08
Mais uma vez, alerto que ao optar por esta afinação a leitura de terreno/pequenos impactos é menor, exigindo alguma paciência e atenção ao que vão a fazer... pois a direcção torna-se bem mais rápida de reacções, transmitindo-nos tudo o que vamos a pisar! A grande vantagem é poderem fazer linhas com grandes obstáculos com a forqueta a acusar progressividade imediatamente após 50 % de curso esgotado, prevenindo afundanços de frente, que normalmente acabam com um O.T.B. -
over the bar que,em português, quer dizer saída pela frente do guiador/haste de guiador! :twisted:
Reforço também o que apontei num post anterior; a forqueta, devido a elevados níveis de abuso e ao meu rico peso "pluma" - também fui testar a bike numa trialeira "tipo" romana perto de Folgosinho, junto a Gouveia - vai-se "queixando" ao nivel da rigidez! Como já devem estar a imaginar, com as rodas a levarem pancada de todos os lados (as tais linhas a direito que eu tanto falo), a forqueta ia cedendo, obrigando a fazer-me várias correcções de direcção, mas nada de grave! Muito pelo contrário.... é só nestas situações extremas que realmente noto diferença para outras mais pesadas e reforçadas!
Veredicto aos 500 km - mantenho orgulhosamente os 4,75 pontos em 5 possíveis
Rodas Fulcrum Red Metal 1 - Tem sido a maior dor de cabeça de todo o conjunto... :| Nada que me tenha impedido de andar quando quero, mas é que eu sou um "ga
ijo" chato e não gosto nada de elementos pouco fiáveis... a ver:
1º Problema (já divulgado) - questão da folga no cubo traseiro, devido à grande dose de massa que o mesmo traz! Foi resolvido na hora e antes mesmo do 1º quilómetro! Porreiro pá!
2º Problema (já divulgado) - válvula UST com defeito! Mantenho o que disse atrás, acontece a todos, mas... a verdade é que a de substituição ainda não chegou... e ainda não consegui arranjar nenhuma compativel e fiável (Shimano quase que dá, ainda consegui fazer 100 km's com uma mas depois disso teve de ser mesmo de câmara :cry:!
3º Problema - O rolamento exterior do cepo gripou com pouco mais de 300 quilometros... e só fiz meia duzia deles à chuva!
No contacto com o importador, foi comunicado que não haveria qualquer problema e que um conjunto seria enviado para a LBS aonde adquiri o conjunto de rodas! Mas até hoje, não os vi! Tenho resolvido o problema através de lubrificação semanal do mesmo, mas confesso que já tive mais paciência!
Para quem não sabe, o sintoma desta "patologia" é a roda traseira ter dificuldade em fazer roda livre ou não conseguir recolher a corrente cada vez que se pedala para trás!
4º Problema - A roda de trás, devido a ser mantida semanalmente pelo problema supracitado, fica sempre com folga, pois sempre que é mexida é consequentemente lubrificada, e voltamos a ter o 1º problema apontado... :s
5º Problema/Dúvida - Assim como a forqueta, também as rodas já acamaram, e apesar das mesmas não terem desafinado ao nivel dos raios e manterem o alinhamento inicial de forma imaculada, a rigidez intransigente inicial já era... Mesmo com os aros mais largos, as rodas vergam como umas rodas de XC... só que estas têm mais 200 gr :cry:! Adiante... gostaria de ver este mesmo conjunto com raios de aço de secção circular contínua de 1,8 mm. Tenho a impressão que, embora as rodas ficassem prejudicadas dinâmicamente quando comparadas com as espalmadas de origem, iriam ganhar muito em termos de rigidez lateral sem acréscimo de peso!
Vantagens demarcadas - Nem tudo são espinhos
Os cubos são fantásticos... parece que não param de rolar! O atrito é quase inexistente e o facto de serem rolamentos de alta precisão afináveis justificam essa inexistência! Já tive oportunidade de fazer o teste com outros cubos em roda livre (com montagens similares em termos de peso) e estas rodas são as últimas a parar! Se souberem a diferença que isto é a rolar.... vão já comprar (ou procurar) estes cubos!
"Galo" das rodas - No fim de semana passado aterrei em cima de uma pedra do tamanho da cabeça de uma pessoa, e amolguei a lateral do aro da frente... curiosamente nem um mínimo empeno ou "força" na roda! Esta é das poucas vantagens das rodas vergarem... Mas a verdade é que acho que não vou ter a roda da frente em sistema UST tão cedo...
Veredicto aos 500 Km - infelizmente sou levado a baixar drasticamente a pontuação - 3,5 pontos em 5 possíveis! Em resumo, aponto como responsáveis a questão da rigidez lateral (com as rodas devidamente "rodadas") e os dois defeitos ainda não resolvidos pelo importador...
Se soubesse o que sei hoje, pelo mesmo preço e peso montava umas CrossMax SX 2009! Ou emagrecia e com o dinheiro que me sobrasse da comida :rotfl:, montava umas SLR 2009, que devem ficar a matar nesta bike!
Pneu Frente - Continental Mountain King 2.2 ProTection UST - com pressão de 30 psi's
Este pneu é mesmo muito bom! Mas encontrei-lhe um terreno que ele detesta... e não é para mais lol!
Calçadas romanas molhadas... A verdade é que não conheço nenhum que seja bom nestas condições, mas o facto deste pneu ter os tacos muito altos e espaçados e flancos rigídos, prejudica-o em demasia! Os pontos de apoio são tão poucos que,quando se rola nas condições supracitadas, o pneu lava com muita facilidade. Nota-se claramente que o racing ralph consegue lidar, embora com dificuldade, bem melhor com estas condições! Aconteceu por várias vezes perder a frente e a traseira ficar estável!
Sugestão - nem sei se existe, mas este modelo com a borracha macia da Continental (Black Chili Compound) deve resolver o problema, ou pelo menos atenuá-lo!
Veredicto dos 500 km - Mantenho, como seria de esperar, pontuação máxima - 5 pontos em 5 possíveis
Travões Avid Exilir SL R (160 mm frente e 140 mm trás)
O funcionamento, entenda-se travagem tem sido fenomenal e mais do que suficiente, tendo a apontar apenas um atrito que a manete do travão de trás criou... e digo criou, porque o embolo interno começou a roçar nas paredes que lhe servem de guia sem se saber porquê! Solução - desmontou-se a manete toda, limpou-se e lubrificou-se e até hoje tem estado impecável!
No entanto, gostava de deixar um conselho... para quem gosta de travagens potentes, mas de curta duração e quer utilizar esta dimensão de discos, não deve utilizar as pastilhas sintetirizadas da Avid... falo por experiência própria! Sou a explicar...
Por causa do problema da manete, acabei por fazer uma revisão a todo o sistema e reparei que o consumo das pastilhas de trás estava descalibrado! Uma vez que tive de sangrar todo o circuito pelo desmantelamento da manete, apliquei umas pastilhas sintetirizadas novas, mais adequadas ao desgaste brutal que a chuva e lama provoca nestes componentes! Mas vou voltar para as pastilhas orgânicas! É que com estas, o disco de 140 mm não me chega! Dei várias vezes comigo a alongar travagens e a ter que me "pendurar" em demasia no travão da frente, sintoma que nunca sucedeu com as pastilhas orgânicas montadas de origem, uma vez que as mesmas são mais macias e permitem uma melhor adaptação de contacto ao disco! Como contra têm o desgaste superior e o aquecimento se se travar por "arrasto"!
Veredicto dos 500 km - mantenho os 5 pontos em 5 possíveis, com a ressalva da utilização das pastilhas orgânicas! Caso pretendam utilizar pastilhas sintetirizadas, aconselho a subirem uma medida ao disco traseiro (140 mm para 160 mm)
Quadro Epic Comp
A minha satisfação mantem-se imaculada.
Estou mesmo muito contente com a bicicleta! 8)
Como sugeri, e derivado às condicões meteorológicas que se fizeram sentir ao longo destas semanas (alguma chuva e muita humidade) acabei por dar mais dois cliks ao rebound do amortecedor (Tenho 4 clicks a partir da posição mais rápida) para me ajudar na tracção, evitando as "cuspidelas" por velocidade de recuperação! Quanto ao brain, e uma vez que o amortecedor também já está "acamado", estou a trabalhar com ele com 18 clicks em 20 possíveis! Para as condições que tenho apanhado a bike está impecável!
Agora leiam e releiam, questionem, abordem, falem, digam o que quiserem, mas façam-me um favor... tenham um FELIZ NATAL com os que vos são mais queridos e sejam muito, mas mesmo muito felizes! :lol: Conto convosco para o verdadeiro espírito natalício!
Um abraço a todos!
gonçalo