Seguro automóvel deve pagar por acidentes provocados por ciclistas?

sfl

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Mais alguns "sound bites" polémicos:

(Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=157068)

«Seguro automóvel deve pagar por acidentes provocados por ciclistas?

É o que propõe a Federação Portuguesa de Cicloturismo. Defende que, em caso de colisão entre um veículo a motor e uma bicicleta, deve ser sempre activado o seguro do motorizado.

As associações de ciclistas defendem que os estragos causados por um acidente entre um veículo a motor e uma bicicleta devem ser pagos pela seguradora do motorizado, independentemente de quem é culpado e mesmo que o seguro seja agravado.

A Federação Portuguesa de Cicloturismo considera que deve ser seguida uma directiva europeia denominada "responsabilidade objectiva", que diz ser aplicada noutros países da União Europeia.

O presidente da federação, José Caetano, considera que, em caso de colisão entre os dois veículos, e ao abrigo desta directiva, deve ser activado o seguro do veículo motorizado como forma de "proteger os utilizadores da via mais vulneráveis, que são os peões e os utilizadores de bicicleta".

José Caetano alega ainda que a sinistralidade em Portugal é provocada pelos veículos motorizados, não por bicicletas, e que pedir aos ciclistas que tenham um seguro é uma questão que não pode ser levantada em tempo de crise.

"Há pessoas que andam de bicicleta porque não têm dinheiro para um passe social ou para um automóvel, quanto mais para um seguro", argumenta.


"Ciclistas continuam a não utilizar o Código da Estrada"

As regras do novo Código da Estrada para as bicicletas estão a causar discórdia nas entidades do sector quanto aos direitos e deveres dos ciclistas, levantando questões como a necessidade de matrícula e de seguro, uma posição defendida pelo Automóvel Clube de Portugal.

"Os ciclistas continuam a não utilizar o Código da Estrada correctamente e têm de ser responsáveis por aquilo que fazem", defende o presidente da ACP.

Carlos Barbosa diz que não entende as reticências da Federação Portuguesa de Cicloturismo quanto à necessidade da matrícula e defende que todas as bicicletas possam ser identificadas em caso de incumprimento.

Também o responsável pela Unidade Nacional de Trânsito da GNR diz que seria benéfica a obrigatoriedade de matrícula nos velocípedes.

À Lusa, Gabriel Barão Mendes defendeu também que que os ciclistas recebam formação sobre as regras para circular na via pública e uma licença de condução.»
 

Jocas22

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carrega lobbie pela campanha de ódio contra os ciclistas. Obviamente estamos perante um bando de idiotas de ambos os lados, matriculas pra bikes e automobilistas a pagarem seguros mais altos por acidentes por culpa de 3os. Tudo internado.
 

Baba

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E ainda te agrava o seguro..... sim, claro....
E ainda vamos ter matriculas..... e qundo é que vem a pide? e a proibição de isqueiros???
Anda tudo louco
 

jonyboy

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ja tinha visto isto ahaha muito estupido, atão se eu bater com o carro num pesado quero que ele tambem me pague os estragos, é quase o mesmo, mas agora falando a serio este "bike hate" tambem é muito por culpa de alguns ciclistas quem continuam a não respeitar as regras de transito, ha muitos casos que eu paro num vermelho e passam 4 ou 5 ciclistas ou ate mais por mim e alguns ainda gozam. enfim falta de civismo ha em todo o lado
 
Esta aqui uma faca com dois bicos a malta aqui anda de bicicleta e anda de carro , mas acho mal o carro pagar mais o seguro por culpa dos outros.
Mas como estamos em Portugal tenho de acreditar em tudo.
O que eu pergunto será assim nos outros países da europa?
 
No facebook da FPCUB pode-se lêr em resposta a comentários na página

FPCUB - Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta
Este artigo é enganador (principalmente o título), e não reflecte correctamente a posição da FPCUB em relação a este tema. Ainda hoje será publicado um comunicado com o devido esclarecimento. Obrigado.

29/07/2014
 

nasp

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Lá está o verdadeiro jornalismo da treta.
Desculpem lá a minha opinião mas concordo com o seguro responsabilidade civil, a matricula da bike e formação para os ciclistas sem carta de condução e ou menores.
Passo a explicar
Seguro, sim concordo, nem toda a gente consegue pagar uma porta um parabrisas ou um radiador furado, os acidentes acontecem a todos, com ou sem culpa.
Matricula concordo, claro com algumas alterações não precisa daquee tamanho todo como nas motos mas sim alguma coisa que identifique. Transgressoes existem e todos sabemos dissso, não há mal nenhum em ser identificados, ou sera que há.
Formação concordo vejo por ai muito miudo e alguns graudos a fazerem completas atrocidades por falta de conhecimento.

Faço centenas de km por dia de carro e vejo e passo por coisas que as vezes não consigo compreender tanta irresponsabilidade.
Detesto andar de bike na estrada por isso mesmo.
 

miguelcarromeu

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Volto a perguntar o que já perguntei noutro tópico semelhante e cujo conteúdo foi bater ao mesmo que este foi:

- acidentes com peões também acontecem; não será melhor pendurar uma placa com matrícula ao pescoço de todos os transeuntes, obrigá-los a ter formação (os miúdos menores até vão para a escola sozinhos!!!) e um seguro de RC?! A lógica é EXACTAMENTE a mesma.
 

anarciso

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olá malta,
é engraçado que em nenhum país da Europa existem tais exigências, e já agora estive a rever algumas noticias sobre acidentes de veículos automóvel com bicicletas e mais de 99% para não dizer 100% são da responsabilidade do automóvel. Para que conste eu tenho e sempre tive seguro
 

canuco

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Eu penso que esta discussão já ultrapassa a obrigação de segurar um velocípede ou identifica-lo com um matrícula... é inaceitável que o veículo a motor, só porque provoca mais danos materiais seja ele a pagar os danos resultantes do acidente. É no minimo ridículo. Se for para a frente está lei, eu sou o primeiro a espetar-me contra um carro sempre que me apeteça trocar o quadro....
 

easy

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Convinha informarem-se sobre o que está em causa antes de dizerem asneiras. Comecem pelos comunicados da FPCUB e da MUBi.


O que está em causa é a "responsabilidade objetiva" (internacionalmente conhecida como "strict liability").


A "responsabilidade objetiva" serve para que, em caso de acidente, haja indemnizações expeditas aos utilizadores mais vulneráveis (aqueles que mais provavelmente saem feridos dos acidentes). Isto sem qualquer embargo a que haja lugar a apuramento de culpas no acidente. Serve portanto para pagar hospitalizações, recuperações, baixas médicas, etc. Caso o utilizador vulnerável seja, à posteriori, considerado culpado, a companhia de seguros do veículo motorizado deve ser restituída do dinheiro indemnizado, com juros.


Acham isto injusto? Eu acho bem mais injusto o nosso sistema atual, que, por exemplo, obriga muitas das vezes uma vitima de atropelamento, a ter de recorrer aos tribunais, para provar que não teve culpa e ser indemnizada por parte da seguradora. Como sabem, há casos que chegam a arrastar-se anos em tribunal

Um sistema de "responsabilidade objetiva" inverte a coisa, obriga a seguradora veículo automóvel a responsabilizar-se civilmente pelo acidente dando-lhe depois a hipótese de contestar e de provar que não é culpada. Mesmo que o caso se arraste anos a fio em tribunal, a responsabilidade civil já está salvaguardada à partida. Faz toda a diferença, no fundo, coloca pessoas à frente de bens.


Desenganem-se os que pensam que este sistema da "responsabilidade objetiva" serve para terem bicicletas novas. Tirem o cavalinho da chuva, não serve para isso. Se tiverem dúvidas, podem sempre tentar a vossa sorte já aqui ao lado, em Espanha, onde se encontra consagrado na lei um sistema de "responsabilidade objetiva".
 

jonyboy

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miguelcarromeu, todos os transeuntes já tem uma placa de matricula, não colada ao pescoço mas no bolso ou na carteira, chama-se BI, e ja vi policias a identificarem pessoas por provocarem um acidente por se terem posto a estrada inadvertidamente.
 

jonyboy

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E para responsabilizar os utilizadores de bicicletas não é necessária matricula, um policia pode mandar parar o ciclista e aplicar-lhe uma multa ou o que quer que seja. pois anda ai muito boa gente a pedi-las.

O meu seguro automóvel cobre as minhas "andaças" de bike.
 

canuco

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Mas se já existe legislação sobre esta matéria, alguém que me explique o porquê de querem alterar o que já está escrito.
O Decreto de Lei nº 291/2007 de 21 de Agosto, no artº 47º diz:

Fundo de Garantia Automóvel
1 — A reparação dos danos causados por responsável desconhecido ou isento da obrigação de seguro em razão do veículo em si mesmo, ou por responsável incumpridor da obrigação de seguro de responsabilidade civil automóvel,é garantida pelo Fundo de Garantia Automóvel nos termos da secção seguinte.
2 — O Fundo de Garantia Automóvel é dotado de auto- nomia administrativa e financeira.
3 — Os órgãos do Instituto de Seguros de Portugal asse- guram a gestão do Fundo de Garantia Automóvel.
4 — O Fundo de Garantia Automóvel, existente nos termos do Decreto -Lei n.º 522/85, de 31 de Dezembro, mantém todos os seus direitos e obrigações.
5 — O Fundo de Garantia Automóvel pode efectuar o resseguro das suas responsabilidades.

Agora, alguém se lembrou de atribuir essa responsabilidade ás seguradoras porquê? Como todos devem saber, o que descontamos todos os anos no nosso seguro para o fundo de garantia automovel, corresponde a 2,5% do prémio comercial da cobertura de responsabilidade civil obrigatória. Infelizmente, esta parece-me mais uma manobra mal explicada que nada tem a ver com bicicletas ou automóveis...mais um lobbie de interesses. Anda meio mundo a tentar enganar o outro!!
 

canuco

New Member
Posso ainda colocar outra questão, e se o condutor do velocipede atropelar um peão na passadeira...quem assume a responsabilidade civil de reparar os danos, neste caso ao peão, que entre os 2 é claramente o mais vulnerável???
 
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