Seguro automóvel deve pagar por acidentes provocados por ciclistas?

easy

New Member
Eu conheço bem o significado das palavras e sei perfeitamente a diferença entre uma mera referência, uma sugestão e uma recomendação. Aliás não me pareceu ter feito qualquer tipo de confusão entre quaisquer dos termos no que escrevi anteriormente. Se achas que a obrigatoriedade de manter a distância de segurança para o veículo da frente, para usar o teu exemplo, é uma simples referência abstracta e não uma norma obrigatória de cumprir, boa sorte quando disseres isso a um juiz...

Simplesmente discordo completamente que o código da estrada ande a fazer simples referências, e não a estabelecer normas em questões de segurança que podem vir a ter influência no assacar de responsabilidades civis e até criminais...

Mas já agora, como afirmaste várias vezes que a questão da distância que devemos de manter da berma e dos passeios não passa de uma referência, e tens um gosto algo particular em colocar links para "educar" a malta, importaste de apontar links onde é dito que esta distância não passa de uma referência? Em que é que te baseias, em concreto, para escamoteares o que lá está escrito como sendo apenas uma referência e não uma norma?

Ou é apenas um interpretação pessoal?

Sim, porque até prova em contrário eu assumo que tudo o que está no Código da Estrada são normas com força de lei e não meras referência que estão lá por estar. Acho que nestes casos, e por medida de precaução, devemos ler o que está lá escrito e não aquilo que queríamos que lá estivesse.

Estás a ter uma argumentação falaciosa baseada numa construção tua e não em coisas que eu escrevi. Esse tipo de argumentação é conhecida como falácia do espantalho. Repara que sempre que escreves a palavra "referência" estás a desvalorizar a mesma. Também não fiz as afirmações que me atribuis, não dessa maneira. Não me peças para responder a construções que tu próprio fizeste e não eu.
 

Joseelias

Well-Known Member
Continuo à espera que indiques ao fórum fontes onde se classificam como simples "Referências" a distância de estacionamento para uma passadeira, a distância de segurança entre dois veículos em circulação ou a distância que se deve de manter das bermas ou dos passeios no caso das bicicletas.

É que foste TU quem classificaste estas normas (penso que são assim que se chamam, corrijam-me se estiver errado)como "Referências", e foste TU quem deu o link para a definição da palavra "Referência" no site da Primberam, em que de acordo com o que lá está significa menção, registo, alusão. Isto é, nada com poder vinculativo contrariamente ao termo "Norma" ou "Lei". E o Código da Estrada é um conjunto de normas com poder de lei. Ou algo semelhante, pois sou leigo e não advogado. Agora que não são apenas referências, isso não são de modo algum muito em particular os exemplos que deste!

Parece que afinal sou eu quem está a usar a definição correcta de "Referência" e estou a interpretar o que escreves com base na definição correcta da palavra. A tua definição para essa palavra é que ainda não percebi.

De resto, jogas o joguinho dos links e das definições e regularmente atribuis rótulos às pessoas que debatem contigo, fazendo de uma forma encapotada, passivo-agressiva, aquilo que acusas os outros isto é, o argumentum ad hominem. Mas quando se pede que justifiques o que escreves, em particular quando despromoves normas a referências não o fazes.

Por isso, gostaria que me indicasses onde é que diz que esta frase do Código da Estrada -"(...) conservando das bermas ou passeios uma distância suficiente que permita evitar acidentes" - e os outros dois exemplos que deste são apenas uma referência de acordo com a definição que deste do dicionário Priberam, e não normas obrigatórias de cumprir e que acarretam consequências legais e mesmo penais caso não se cumpram.

É que o comportamento que somos obrigados a ter se se tratar de uma referência ou de uma norma são absolutamente diferentes. Exactamente como o que se passava anteriormente na circulação das rotundas, em que aquilo que antes era apenas um conselho/sugestão passou a ser uma norma do código da estrada neste ano.

É uma questão simples. Só tens que a responder. E poupa links e tentativas de rotular os outros pois até agora estive estritamente a debater contigo o assunto em questão sem colocar no fórum a minha opinião pessoal de ti.
 

canuco

New Member
De resto, jogas o joguinho dos links e das definições e regularmente atribuis rótulos às pessoas que debatem contigo, fazendo de uma forma encapotada, passivo-agressiva, aquilo que acusas os outros isto é, o argumentum ad hominem. Mas quando se pede que justifiques o que escreves, em particular quando despromoves normas a referências não o fazes.

Verdade verdadeira.
 

easy

New Member
Quando usei a palavra "referência" não a usei para desvalorizar o a lei nem parte do seu texto. Pretendi dizer apenas que no texto da lei, a berma ou passeio aparecem como sendo a referência pela qual nos devemos guiar para o posicionamento. Tal como a passadeira é a referência a partir da qual se tem de contar os 5 metros que a antecedem onde é proibido estacionar. Talvez depois desta explicação fique mais fácil interpretar o que escrevi antes:

A berma e o passeio aparecem como referência. Se devemos circular longe ou perto, o texto da lei deixou de referir. Dantes referia que era o mais perto possível. Parece-me que a tendência indica alguma coisa. A tónica mantém-se no evitar acidentes. Se eu ao circular mais longe da berma ou passeio, numa posição primária, estou a evitar correr riscos desnecessário e por conseguinte alguns acidentes, não tenho muitas dúvidas de que me devo afastar e não aproximar da berma.

Eu sinto-me confortável com a minha argumentação. Não é falaciosa nem ad hominem. Não dei opiniões pessoais sobre ninguém, apenas sobre a argumentação usada.
 

gcaetano

Member
Se antes já estávamos no limite do off...topic! Desta vez acho que estamos claramente "adiantados" relativamente ao tema do topico. ;)
 

Hardskin

Well-Known Member
Se antes já estávamos no limite do off...topic! Desta vez acho que estamos claramente "adiantados" relativamente ao tema do topico. :wink:

Verdade verdadeira.:)

Parece ter havido um mal entendido... vamos lá para os trilhos... Ups!! Aqui chove a cântaros!!
Sorry...:eek:fftopic: ... ;) :yeah:
 

Joseelias

Well-Known Member
Relativamente ao tópico acho que já quase tudo foi dito. No meu ponto de vista, e a ser verdade que há ideias em algumas pessoas no sentido de querer imputar aos condutores os custos dos danos provocados por ciclistas através do seguro automóvel, tal não passa de uma aberração.

É uma ideia que fará pior pela nossa imagem e pela nossa segurança (há condutores que exercem represálias) que todos os ciclistas que andam em passeios e passam vermelhos. A estes podem assacar-se responsabilidades individuais, mas quando associações avançam com ideias espatafurdias, na opinião pública eles representam TODOS os ciclistas, mesmo que apenas uma ínfima fracção se envolva nestas organizações.
 

gcaetano

Member
É uma ideia que fará pior pela nossa imagem e pela nossa segurança (há condutores que exercem represálias) que todos os ciclistas que andam em passeios e passam vermelhos. A estes podem assacar-se responsabilidades individuais, mas quando associações avançam com ideias espatafurdias, na opinião pública eles representam TODOS os ciclistas, mesmo que apenas uma ínfima fracção se envolva nestas organizações.

A minha opinião vai um pouco de encontro a esta observação do Joseelias. Como já disse, creio que foram dados passos importantes que obrigam a um ajustar de posição por parte de todos nós (automobilistas e ciclistas). E não é de um dia para o outro que anos e anos de hábitos de condução se mudam. Creio que é necessário dar um passo de cada vez e só avançar para uma próxima fase quando as coisas estiverem um pouco mais assimiladas da parte de todos.
 

Joana Simoes

New Member
Li tudo o que foi escrito muito atentamente (mesmo os off-topics :) )

Há 2 dias atrás fiz um seguro chamado "Liberty Bike"...passando a publicidade, que não é esse o intuito aqui....
Os meus pensamentos foram:

- Ando na estrada, sou maçarica ainda...se caio por alguma razão e provoco um acidente?
- Ando no mato, se caio por alguma razão e parto-me toda?
- Se na rua alguém me aparece à frente e eu passo-lhe por cima?

Entre outros, foi isto que basicamente me fez fazer o seguro....se ando de carro e tenho seguro, porque não fazer para a bike?!?!? Pode ser muita preocupação, mas sinceramente sinto-me bem mais descansada cada vez que vou pedalar. Se tivesse um acidente e a culpa fosse minha, onde ia buscar o dinheiro para pagar o que fosse preciso? Na.....fi-lo e não estou nada arrependida!
 

Jocas22

Active Member
ó canuco pra isso tens de ficar com incapacidade, dispenso, prefiro dar no batente :D


já olharam pro seguro da FPCUB, fartei-me de dar voltas e a mim pareceu-me o melhor. Mas seguros é tudo uma porcaria, eu que o diga, quando precisamos dele é só chatices, mas convem ter, aliás toda a gente devia ter ainda que nunca vá concordar que seja obrigatório.
 

gcaetano

Member
Epá, esse endereço que o canuco colocou é à inglesa! No Reino Unido é que existe um lobbying grande nos "compensantion funds". Veremos se a moda pega por cá. Embora tenha as minhas dúvidas, nunca se sabe!

Eu também já andei a ver o da FPCUB e é porreirito. Embora como disseste, nestas coisas dos seguros, acho importante termos o apoio de um mediador e, nesse caso, o da Liberty também me pareça fixe.
 

canuco

New Member
ó canuco pra isso tens de ficar com incapacidade, dispenso, prefiro dar no batente

Basta dizeres que te doiem as costas e que não consegues andar...pelo menos uma semana tens de baixa...e quem é que paga???? O seguro automovel....
Ou até podes já ter alguma lesão que digas que foi provocada pelo acidente. Existem mil e uma maneiras de ludibriar as seguradoras.
 

Jocas22

Active Member
bom por estas alturas não é fácil meter baixas mesmo que te doia as costas. E tambem não é facil ludibriar tamanhos vigaristas. E depois se eles se negam vais pra tribunal? pois é. Mas percebo o que queres dizer e o meu comentário era mais uma brincadeira.

e sim o da FPCUB tem parcerias com descontos.
 

gcaetano

Member
Há 1001 formas de ludibriar seguradoras, da mesma forma como as seguradoras tentam fugir de 1001 formas quando chega a altura de se chegarem à frente... Esta é uma luta que não terá fim cujo equilíbrio de forças está em constante atualização. É quase como em tudo na vida! ;)
 
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