Novo Código da Estrada - Balanço - Melhorias ou não?

Jocas22

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canuco

para um peão que circule na berma tens de deixar o mesmo 1,5m

é proibido apitar para assinalar uma ultrapassagem. Poderes usar a buzina tem regras e multas.

Não te tirei a razão, os ciclistas têm de facilitar a ultrapassagem depois de quem os vai ultrapassar a sinalizar e só então. Só nessa altura têm de se encostar, porque até então já não são obrigados a circular encostados á berma foi o que disse se leres com atenção.


ernez
se á coisa que abomino é apitarem nas minhas costas, por vezes é com cada susto e pode provocar um acidente. Para além de como referi não se poder apitar apenas para pedir ultrapassagem. Era uma cacofonia linda pelas estradas fora, apitadela cada vez que se queria ultrapassar. O que se deve fazer é abrandar e depois só ultrapassar quando não ocorrer perigo para ciclista ou quem circula na outra via, e guardando a distância de segurança para carros e o 1.5m para velocipedes. Se abrandares o ciclista vai dar por estares atrás dele.
Se apitam atrás de mim provavelmente nem me desvio, se abrandam, desvio-me para facilitar.


Baba
deviam ter espelhos, matricula, motor, sintos de segurança, pisca.... deviam ser carros, mas não são, vivam com isso.
 
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Baba

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Sim, deviam ter espelhos, para segurança própria e dos outros, e só quem não anda na estrada tem tal dificuldade em entender o quando um espelho pode facilitar, e neste momento há espelhos minimos que em nada atrapalham. Mas pronto, cada macaco no seu galho e cada um com a sua opinião, se bem que ninguem falou em comparações com carros, nem motor, nem cintos de segurança, já os piscas vêm equipados de serie em qualquer bicicleta, isto pelo menos para quem os saiba fazer....
 

canuco

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Se há coisa que eu gosto é de ensinar o código da estrada a quem pensa que o conhece...vamos aprender mais um pouco.

Artigo 22.º
Sinais sonoros

1 – Os sinais sonoros devem ser breves.

2 – Só é permitida a utilização de sinais sonoros:

a) Em caso de perigo iminente;

b) Fora das localidades, para prevenir um condutor da intenção de o ultrapassar e, bem assim, nas curvas, cruzamentos, entroncamentos e lombas de visibilidade reduzida.

Diz-me onde viste que para contornar um peão tenho que deixar 1,5m de distancia lateral????

Quando um veículo motorizado ultrapasse um velocípede, deve guardar deste uma distância lateral mínima de 1,5m, para evitar acidentes, devendo o veículo motorizado ocupar a via de trânsito adjacente
àquela em que circula o velocípede
 

ernez

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Concordo jocas22, por vezes torna-se perigoso, um gajo até manda um pinote do selim, mas se o toque de buzina for feito com alguma distância, até se torna benéfico, no caso de o pessoal ir em grupo.
 

miguelcarromeu

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Tal com quem tem como opinião que as bicicletas deveriam ter espelhos e matrículas apenas usa a mesma num ambiente de lazer / deslocação do ponto A a B e/ou em contexto de utilização informal.

Ou seja, desprezam-se todos os outros que fazem um uso desportivo/competitivo/profissional da bicicleta.

Ainda bem que é apenas mesmo uma questão de opiniões. Caso contrário, para deleite de alguns, no trajecto casa-Sintra ou casa-Monsanto, talvez tenha de começar a ir de espelhos no capacete e matrícula nas costas. Delicioso.
 

Baba

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Acho que aqui não se falou em uso desportivo/competição, fala-se de utilização na via pública, e aí não existe o conceito de utilização desportiva ou competição, se estás em competição, nomeadamente provas em via pública, por norma as essas são fechadas ao transito para essas mesmas competições e as regras do tansito não se aplicam. E concordando que as matriculas podem ser consideradas um exagero, se bem que a minha opinião é que se a questão dos seguros for para a frente as matriculas devem vir a seguir, a utilização de espelhos não me parece assim tão descabida, e neste momento existem espelhos pequenos, para colocar no local das proteções do guiador. E aqui nem vou tanto pela obrigatoriedade, vou pelo sentido em que realmente é util e te aumenta a capacidade de antecipar uma ultrapassagem ou fazer uma curva em segurança. ou facilitar uma mudança de faixa, ou mesmo antecipar um acidente. Claro que não tem lógica andar com isso no mato, mas na estrada a meu ver pode facilitar a vida.
 

Jocas22

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a distância de 1,5 metros para os peões foi dita na televisão por um responsável pela alteração do código, não sei o artigo.

confesso que não sabia que fora das localidades se podia buzinar para pedir para ultrapassar. Ainda assim acho absurdo que se possa buzinar atrás de um condutor de velocipede assim como acho mal atrás de um cavaleiro pois podem assustar e provocar mais estragos do que trazer quaisquer beneficios. Ainda que fora das localidades não faça tanta confusão porque como disse o ernez as velocidades e distâncias são diferentes e se o fizerem ao longe não tem problema, agora apitarem mesmo em cima de um gajo é de dar vontade de lhe ir ás trombas, é estupido e perigoso.
De qualquer modo estava errado. :(

provavelmente o equivoco de quem me disse isso foi que ai refere condutor, e só agora os velocipedes são equiparados aos condutores. Não sei. Quem me informou disto foi um policia de transito.
 

easy

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Artigo 38.°
2 e) Na ultrapassagem de velocípedes ou à passagem de peões que circulem ou se encontrem na berma, guarda a distância lateral mínima de 1,5 metros e abranda a velocidade.
 

abelha2

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Respondendo ao primeiro post (não li ainda os outros), e mesmo tendo andado pouco de bicicleta desde a entrada em vigor, acho que nada ou pouco mudou.

O problema não está só nas regras, está na mentalidade das pessoas, e na falta de respeito pelos outros.

Na minha zona irrita-me particularmente a passividade das autoridades (no caso Guarda Nacional Republicana). As pessoas estacionam em qualquer sitio, não têm respeito pelos outros. Deixam o carro a embaraçar o transito, para não terem de caminhar 50 metros (vivo numa vila pequena, há sempre lugar para estacionar). Sei que em algumas cidades à excesso de zelo e caça à multa.
Não defendo também uma politica de caça à multa excessiva, mas em vez de aumentarem os impostos, multavam os incumpridores e assim aumentavam as receitas, e educavam as pessoas.

Ainda na quarta no programa prova oral, da antena 3 um motorista da STCP falou disto. Basicamente disse que as pessoas que buzinam quando um autocarro está a impedir o transito enquanto entram e saem os passageiros, são as mesmas que estacionam na paragem, e que fazem com que o autocarro fique no meio da rua.
Acrescentou ainda, que para ele como condutor, era indiferente parar no meio da rua, ou na paragem, mas que para pessoas de mobilidade reduzida ou invisuais a situação complica-se muito.

Infelizmente acho que isto só lá vai com a repressão, e quanto mais deixarem andar, pior. Acredito também, que andarem sempre a mudar o código da estrada (tenho carta à 7 anos e já assisti a não sei quantas alterações) também não ajuda em nada.
 

abelha2

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isto é offtopic mas pronto

"Mais ou menos???? Ou é ou não é!!!
O limite de velocidade na auto estrada não é mais ou menos 120km/h....A margem que existe é do erro de velocimetro, se for medido por satélite não existe margem de erro!"


Canuco isto é falso. Um velocímetro de um carro tem um erro "grande" porque legalmente se o erro do aparelho for +/- 2km\h, ele tem de estar regulado para que no caso do erro atingir 2km\h, aparecer a velocidade real.

Um GPS não é mais preciso, aliás pelo contrário pode ser menos. Se fores ver nas características dos dispositivos, aposto que o grau de precisão não é assim tão grande. Aliado ao intervalo de tempo em que este marca a posição, tens aí um erro bem grande.

Os radares que se usam para medir a velocidade, são muito mais precisos e sofisticados, tem erros na ordem dos 5km\h ou mais, para velocidades mais altas...E custam uns milhares de euros, comparativamente a um GPS.

Relativamente ao que escreveste sobre os 1.5metros ou 1.49, infelizmente acho que tens razão. Temo que qualquer pessoa que seja multada e contestar a multa, não a paga,

Existia aqui à uns anos o mito de que se fosses a 80 numa zona de 50, e fosse a policia atras de ti, podiam-te multar, mesmo sem radar, apenas pelo velocímetro deles. E isso não é possível, so com radar, e devidamente calibrado. se multarem alguém nestas circunstancias, só se for por velocidade excessiva, e não excesso de velocidade.
 

canuco

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Canuco isto é falso. Um velocímetro de um carro tem um erro "grande" porque legalmente se o erro do aparelho for +/- 2km\h, ele tem de estar regulado para que no caso do erro atingir 2km\h, aparecer a velocidade real.

Um GPS não é mais preciso, aliás pelo contrário pode ser menos. Se fores ver nas características dos dispositivos, aposto que o grau de precisão não é assim tão grande. Aliado ao intervalo de tempo em que este marca a posição, tens aí um erro bem grande.

Os radares que se usam para medir a velocidade, são muito mais precisos e sofisticados, tem erros na ordem dos 5km\h ou mais, para velocidades mais altas...E custam uns milhares de euros, comparativamente a um GPS.
Estamos sempre a aprender. :p
 

nuno_85

New Member
Utilizo muitas vezes a bicicleta como meio de transporte em Lisboa e não sou nenhum santo. No entanto ha uma coisa que acho das maiores disfunções e que não consigo entender:
A polícia municipal ou emel ou la como se chama, quando esta alguem estacionado num local destinado a esse fim mas ou tem o ticket do parquimetro ou nao o pagou mete fitas à volta dos carros, mete-lhes o tampão na roda...mas, depois carros parados na via de circulação, parados nas paragens de autocarros, etc, etc a criar filas de transito e pondo em perigo quem circula ninguém (autoridade) faz nada...
 

proque

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A distância de 1,5 m. é aquela que, internacionalmente, é considerada como a adequada para a ultrapassagem do ciclista. Não foi nenhuma invenção nacional.

Obviamente que não é passível de ser medida com rigor e, desse modo age como uma mnemónica para o automobilista dar um espaço lateral de segurança na manobra.
 

canuco

New Member
Do que tenho andado a estudar, há coisas bem mais graves nestas alterações ao código da estrada do que a distãncia lateral aos velocipedes!!! Essa regra até parece simpática ao lado das outras incongruências que por lá aparecem...
Enfim, estamos em portugal.
 

proque

Member
Do que tenho andado a estudar, há coisas bem mais graves nestas alterações ao código da estrada do que a distãncia lateral aos velocipedes!!! Essa regra até parece simpática ao lado das outras incongruências que por lá aparecem...
Enfim, estamos em portugal.

A que incongruências te referes?
 

Joseelias

Well-Known Member
Já deixei um comentário em resposta a um idiota, mentiroso e execrável, nesse artigo.

Apesar das melhorias que tenho referido, ainda ontem a minha mulher ia sendo atropelada de forma muitíssimo grave numa estrada com excelente visibilidade, com duas faixas para cada lado e sem trânsito. Ela deslocou-se para o meio da faixa da direita para se afastar de uma lagoa que ocupava o lado direito desta durante uns 20 metros, e mesmo estando a faixa da esquerda (no mesmo sentido) totalmente desobstruída um taxista avançou pela faixa da direita como se ela não existisse. Não fosse ela ter-se atirado para o meio da "lagoa" tinha sido atropelada com consequências muito graves.

Acho que ao nível de puro ódio dedicado por muitos automobilistas aos ciclistas em fóruns, vejo poucas respostas de objectivo educativo por parte dos ciclistas. Penso que era positivo a malta ser um pouco mais activa em expor os nossos pontos de vista nesses locais, especialmente de forma educativa e explicativa sobre o comportamento de uma bicicleta na estrada e a muitas vezes necessidade de auto-preservação.
 

proque

Member
O problema não está tanto no CE mas na sua implementação prático.

Agora não tenhamos dúvidas de duas coisas:

. 1 - É um passo giganetesco no reconhecimento da mobilidade ciclável ao conferir determinados direitos aos ciclistas que, há muito, já estavam consagrados noutras legislações congéneres de outros Estados - membro da UE

. 2 - O reconhecimento legislativo não implica, automaticamente, uma mudança nas mentalidades. Por isso concordo com o comentário do "Joseelias" e evitar o despique com alguns fundamentalistas do volante que se julgam donos da estrada.
 

canuco

New Member
2 - O reconhecimento legislativo não implica, automaticamente, uma mudança nas mentalidades. Por isso concordo com o comentário do "Joseelias" e evitar o despique com alguns fundamentalistas do volante que se julgam donos da estrada.

Este é o ponto fundamental...este tipo de alteração demora a entrar na mentalidade dos condutores. Ainda sou do tempo que se andava de moto sem capacete, e de carro se cintos de segurança....e hoje vejam o que já mudou em relação a isso.
Vai demorar, mas penso que os condutores se vão habituar á ideia.
 
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