Finalmente, depois da minha viagem a Aveiro ao importador nacional, Pernalonga, para ir buscar a minha nova BLT2, lá consegui dar uma voltinha de cerca de 30km com ela.
Vindo de uma Santa Cruz Superlight (3,5 anos, 6.000 km), a diferença é... colossal.
Primeiras impressões: é enorme! Tenho um quadro tamanho L com uma Fox Talas 150mm à frente. Comparada com a minha Superlight, parece que vou num autocarro de dois andares...
A Superlight tinha um sistema de suspensão de pivô simples e uma suspensão da frente de apenas 100mm (Fox também).
Primeiro a configuração da Blur LT2:
Santa Cruz Blur LT2 tamanho L
Suspensão da Frente: Fox Talas 150 QR15
Amortecedor: Fox RP23 Boost Valve 140mm
Travões: Hope Mono Mini (183mm frente / 163mm trás)
Transmissão: Shimanho XT completo
Rodas: Mavic Crossmax ST
Espigão de Selim: Crank Brothers Joplin R
A minha saída foi por trilhos na Arrábida que estavam bem enlameados. Por esse motivo não deu para me largar muito nas descidas. Desci com cuidados redobrados para não estragar logo a primeira saída da menina. Também desci umas escadas. Pareceu-me, sobretudo, muito mais robusta do que a Superlight.
Já quanto a subidas, a história foi bem diferente. O VPP tem um efeito a subir que me deixou um pouco perplexo. Quando começamos a subir, tendencialmente começamos a pedalar com mais força. Ao exercer mais força sobre os pedais, sentimos o quadro a agachar-se... literalmente. A distância entre as rodas parece aumentar e o quadro cola-se ao chão, aumentando brutalmente a estabilidade da subida. Muito impressionante mesmo! Se aliarmos a isto, baixar a suspensão da frente para os 110mm, então entramos no reino de uma lapa trepadeira que responde com enorme estabilidade ao aumento da inclinação do terreno e do esforço do desgraçado do ciclista que tenta vencer o obstáculo. E sim, consegui pedalar em pé com grande à vontade com a suspensão nos 110mm.
Uma última palavra para o espigão de selim com comando remoto Crank Brothers Joplin R. É muito bom poder baixar o selim sem ter de parar para abordar um pequeno drop. Agora, sem perder o ritmo da pedalada, consigo vir num estradão a pedalar com o selim na posição ideal e, com apenas o toque numa pequena alavanca no guiador, baixar o selim e colocar o rabo em cima da roda de trás para abordar com toda a segurança um drop quase vertical com um metro e meio de altura. Eu sempre fiz aquele drop sem baixar o selim. Mas era um pouco na onda de "atirar-me por ali abaixo" e haveria de resultar. Com o selim em baixo o controlo é T-O-T-A-L. Muito bom, mesmo!
E pronto, 30 km e as condições do terreno não deram para muito mais, mas prometo ir voltando para partilhar convosco as emoções e as experiências sentidas com a Santa Cruz Blur LT2!