Ensaio Em Detalhe: Merida One-Twenty Carbon 3000-D

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Ensaio Em Detalhe:
Merida One-Twenty Carbon 3000-D


Texto: Eduardo Marques
Fotos: Valentin


A Merida é uma das maiores potências industriais no panorama actual do BTT, tendo crescido com a imparável expansão do mercado das bicicletas nas últimas duas décadas. Como empresa especializou-se na arte de montar bicicletas e nas técnicas de construção necessárias para fabricar quadros com qualidade de referência. A Merida One-Twenty 3000-D que aqui ensaiamos é uma das propostas mais ambiciosas desta marca da ilha Formosa. Com um quadro em fibra de carbono e munida com avançadas suspensões de 120 mm de curso em ambos os extremos, esta bicicleta perfila-se como uma montra tecnológica das capacidades da marca Merida e promete ser a companheira ideal para todos aqueles fãs do cross-country que buscam um pouco mais de curso para desbravar os trilhos do nosso país.

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Índice

  • [iurl="aspectos"]Quadro e construção[/iurl]
    [iurl="montagem"]
  • Componentes[/iurl]
    [iurl="trilhos"]
  • Nos Trilhos[/iurl]
    [iurl="suma"]
  • Em suma[/iurl]


  • [iurl="ficha"]Ficha técnica do quadro[/iurl]
    [iurl="componentes"]
  • Componentes da bicicleta testada[/iurl]
    [iurl="geometria"]
  • Geometria[/iurl]
    [iurl="agradecimentos"]
  • Agradecimentos[/iurl]

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[anchor="aspectos"]Quadro e construção[/anchor]

O quadro que serve de base a esta bicicleta é uma peça de design e engenharia muito elaborada, com inúmeros pormenores distintivos. A sua construção é do tipo monocoque, produzido com recurso a um molde que, graças à aplicação de pressão interna e temperatura, cura as várias camadas de fibra de carbono numa forma sem interrupções e com excelente acabamento superficial. A Merida não deixa transparecer informação muito clara relativamente ao material usado neste quadro, mas menciona que nas camadas de material compósito são introduzidas fibras com três valores de rigidez distintos. Como é habitual nos quadros de carbono de construção moderna, a espessura das camadas e a distribuição destes tipos diferentes de fibras são variadas ao longo do quadro para que melhor correspondam às forças que actuam em cada local.

No projecto do quadro, a equipa de engenheiros e designers liderada por Juergen Falke descartou as secções de tubo puramente circulares e optou por formas mais elaboradas, com várias estruturas de reforço a completar as uniões dos tubos. O triângulo que une o tubo de selim ao tubo superior do quadro é uma dessas estruturas de reforço e acaba por ser um dos pontos mais marcantes do quadro em termos visuais. Este detalhe permite ter uma inclinação agressiva do tubo superior sem sacrificar a resistência da parte superior do tubo de selim.

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A manipulação geométrica elaborada não se limita ao exterior do quadro. Escondido dentro do tubo diagonal existe um fino reforço interno que divide o tubo em duas secções distintas. Este detalhe invisível emprega um fina lâmina de material adicional para resistir as torções verticais impostas pelos impactos na suspensão sem grande acréscimo do peso do quadro. As ponteiras traseiras são integralmente moldadas em carbono e unidas ao quadro com resina epoxy. Para protecção do quadro, existe na terminação da ponteira direita um simples dropout substituível de alumínio.

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A testa do quadro é muito reforçada, com um formato de barril e um grande diâmetro na secção central. Esta forma é uma opção consciente para aumentar a rigidez desta parte do quadro (a marca chama-lhe tecnologia EGG SHAPE). O uso desta solução é interessante pois contrasta com a tendência recente do uso de testas cónicas para alojar suspensões com tubo de direcção de diâmetro variável. Apenas o aspecto visual perde um pouco, está claramente contra a moda das testas cónicas imponentes. A Merida recorre a uma testa cónica nas versões de alumínio do One-Twenty mas parece confiar na excepcional rigidez específica do carbono para garantir a precisão direccional nestas versões compósitas.

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Também contra a tendência actual de muitas outras marcas, a Merida não faz aqui uso do tubo superior curvo ou com “quebra” a meio vão para reduzir a altura de cavalo ( o chamado standover em inglês). Em seu lugar encontramos uma forma mais tradicional nas bicicletas de todo o terreno, o uso de um tubo superior com uma inclinação elevada. Esta solução permite um standover suficientemente baixo para facilitar a movimentação em cima da bicicleta e mantém a geometria triangular sem quebras na secção frontal do quadro.

Na passagem dos cabos nota-se cuidado no arranjo e fixação dos mesmos. Os cabos, que passam externamente, são eficazmente restringidos com recurso a um conjunto de fixações muito discretas que aparafusam directamente no tubo diagonal do triângulo principal, dispensando nessa zona as comuns abraçadeiras plásticas. As rotas escolhidas para a passagem destes cabos estão também muito bem conseguidas, acompanhando o quadro de perto nas zonas com curvatura vincada.

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A fixar o espigão de selim encontramos um aperto de alumínio, ajustado com um parafuso. Este aperto apresenta uma grande aba na zona posterior para melhor distribuir as forças tangenciais pelo quadro. Para minimizar as hipóteses de falha e evitar que aperto em excesso possa destruir o quadro ou espigão de selim, a Merida optou também por incluir um valioso gráfico de informação sobre o binário de aperto máximo admitido.

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Uma das peças mais interessantes do quadro é o balanceiro em carbono que une as escoras ao amortecedor. É uma peça muito trabalhada, moldada totalmente em material compósito. O uso deste material permite dar lhe uma forma orgânica, que varia de forma de um extremo ao outro de modo a cumprir a sua função usando o mínimo de material possível. Nas escoras traseiras constatamos que o espaço livre para o pneu é um pouco limitado e impede o uso de pneus maiores que os Rocket Ron 2.25 fornecidos nesta bicicleta. Gostaríamos de ver um pouco mais de espaço aqui, não necessariamente para para montar pneus maiores mas de modo a permitir que lama ou obstruções possam passar de forma mais livre. Na escora traseira demos também pela falta de um protector de escora, que é habitual ser fornecido em quadros de carbono.

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Em termos de decoração, o quadro da Merida One-Twenty Carbon tem um impacto visual muito distinto e próprio da Merida. As cores, formas dos tubos e acabamentos seguem todos uma linha que a Merida tem vindo a cultivar desde que introduziu a primeira versão do modelo Ninety-Six no mercado. A pintura do quadro é complexa, alternando entre zonas pintadas e zonas com verniz transparente, que funciona como uma janela para a camada superior de fibras unidireccionais.

O resultado de todas estas técnicas de construção é um quadro com um peso muito competitivo para a classe de 120 mm em que se insere. A marca afirma que, em tamanho M e sem amortecedor, um quadro One-Twenty de carbono pauta-se pelos 1840 g. Com o Fox RP2 o peso ronda os 2045 g, muito respeitável para um quadro de 120 mm e perto dos valores referência para quadros de 100 mm.

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[anchor="montagem"]Componentes[/anchor]

O One-Twenty 3000-D Carbon que aqui ensaiamos é o mais acessível dos três modelos One-Twenty Carbon propostos pela Merida. Mas mesmo sendo a versão mais barata, não existe poupança na qualidade dos componentes que acompanham o quadro.

Os deveres de suspensão e amortecimento são entregues a um conjunto da Fox Racing Shox. Na frente desta Merida One-Twenty encontramos uma Fox 32 F120 RL e o amortecimento dos impactos e vibrações traseiros fica entregue a um amortecedor Fox RP2 munido com a obrigatória válvula de inércia Propedal.

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As rodas são montadas com cubos DT Swiss 350 e aros DT Swiss XR445, numa versão específica para a Merida. Estranhamente, a Merida não usa raios da DT Swiss para unir os dois componentes helvéticos optando por um conjunto de raios Pillar PSR com diâmetro de 1.8 mm.

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Os pneumáticos que equipam as rodas são um conjunto de Schwalbe Rocket Ron Evolution fornecidos na generosa medida de 2.25 polegadas. Este opção da Schwalbe destina-se a uso em XC mais agressivo, encaixando perfeitamente na filosofia da Merida One-Twenty. Durante as nossas voltas de teste provaram ser um pneu com boa aderência em travagem ou curva.

O avanço, guiador e caixa de direcção são fornecidos pela Full Speed Ahead. A 3000-D recorre a um guiador FSA de alumínio, sobrelevado e com uns generosos 660 mm de largura, que permite manobrar a bicicleta facilmente em zonas técnicas.

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O espigão de selim é de carbono e produzido pela própria Merida. Usa o comprovado sistema de dois parafusos de aperto, mas tem a particularidade de o ajuste no parafuso da frente ser feito sem recurso a ferramentas graças a um barril metálico.

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Como é muito habitual em bicicletas de 2011 desta gama, a transmissão é baseada no sistema XT Dyna-sys de 3x10 velocidades. No entanto a Merida não recorreu ao grupo XT completo, introduzindo no lugar do pedaleiro XT um conjunto FSA SL-K com braços em carbono. Os rácios de transmissão utilizados mantêm-se no entanto os típicos do Dyna-sys 3x10, com os pratos de 42-32-24 dentes a interagirem com uma cassete de 10 velocidades que varia dos 11 aos 36 dentes. Em ensaios anteriores já tivemos oportunidade de comentar detalhadamente o funcionamento prático deste escalonamento de transmissão, mas pode-se sucintamente resumir que este é um sistema com um espaçamento entre mudanças muito agradável e uma boa aposta da Shimano. Devemos no entanto relembrar que a combinação mais pesada (42-11) resulta numa pequena perda de velocidade de ponta, perceptível para todos aqueles habituados ao clássico sistema 3x9.

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A travagem fica a cargo de um conjunto de travões Avid Elixir R, montados com discos de 185 mm em em ambas as rodas. Estes travões revelaram-se um conjunto de confiança, capazes de controlar eficazmente a velocidade da bicicleta em todas as situações. A sua potência não é brusca nem avassaladora, mas são certamente muito competentes e agradáveis de utilizar.

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[anchor="trilhos"]Nos trilhos[/anchor]

Após uns curtos quilómetros de adaptação, percebe-se que a geometria da Merida One-Twenty parte claramente de um conceito de bicicleta de cross country, mas com diversas modificações que criam um comportamento um pouco mais relaxado e menos focado na vertente competitiva. Estamos numa posição que é boa para colocar potência nos pedais mas suficientemente vertical para manter uma pose confortável e ágil.

A segurança em descida é certamente um dos pontos fortes desta bicicleta. Os 120 mm de curso são muito bem aproveitados e permitem abusar na velocidade de descida sem qualquer receio. A estabilidade de descida não é no entanto conseguida recorrendo a uma direcção preguiçosa, pois o controlo desta bicicleta é directo e preciso. Isto resulta num comportamento muito ágil a alta velocidade, sempre com excelente sensibilidade aos comandos que transmitimos à bicicleta. A direcção apresenta um ângulo de 69º, um valor certamente mais relaxado que outras bicicletas da sua classe mas ainda longe dos valores típicos de bicicletas destinadas a dominar nas descidas complicadas.

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A agilidade é também muito bem vinda em zonas lentas e técnicas, havendo um nível de controlo muito bom sobre o pneu da frente quando abordamos pendentes elevadas, especialmente aquelas que nos obrigam a gerir constantemente a posição do corpo. Aqui, a pose geral do conjunto ajuda a manter o controlo. Extraímos grande divertimento ao negociar zonas rochosas irregulares nesta bicicleta, que tem o curso suficiente para digerir os impactos sem acrescentar peso nem inércia em lançar a bicicleta para frente. Este comportamento divertido e comunicativo da bicicleta deve-se não só à geometria que falamos anteriormente mas também se deve à rigidez do conjunto quadro/suspensões, cuja flexão é reduzida mesmo sob impactos.

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O comportamento em subida da One-Twenty é semelhante ao de outras bicicletas da classe que não usam sistemas de suspensão activos para controlar o movimento do triângulo traseiro. O sistema de suspensão é uma variação de mono-pivot com um balanceiro e articulação de barras a actuar o Fox RP2. Este sistema introduz boa sensibilidade de funcionamento da traseira mas, sem um bloqueio a 100%, não é o mais apropriado para fortes acelerações fora do selim. O quadro e pivots são muito rígidos, com boa resistência a torções laterais, mas não é possível escapar a alguma oscilação da traseira induzida pela pedalada. Nesta bicicleta, é aparente que a Merida procurou privilegiar a sensibilidade ao equipar a bicicleta com uma afinação de pro-pedal pouco agressiva e como tal a pedalada é bem mais eficiente quando se pedala de uma posição sentada. O comportamento aqui é muito agradável e o RP2 cumpre a sua função com afinco. O curso generoso é também muito útil para auxiliar a transposição de obstáculos que possam surgir em subidas técnicas. Os 120 mm de curso traseiro permitem ir buscar tracção a situações muito complicadas e ao mesmo tempo mantém os pedais constantemente afastados dos obstáculos quando trepamos zonas rochosas.

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[anchor="suma"]Em suma[/anchor]

Durante o período de ensaio, a One Twenty revelou-se uma bicicleta multifacetada, capaz de abordar uma diversidade de terrenos sem evidentes limitações. Parece desenhada para fornecer ao seu rider condições de controlo e conforto que permitam rolar sem problema durante quilómetros a fio. Os 120 mm de curso em ambas as rodas são muito apropriados para este carácter de endurance e suficientes para abordar com segurança e rapidez as partes mais exigentes de maratonas. Permitem até uma ou outra brincadeira técnica mais arriscada. Não é de modo algum uma bicicleta all-mountain, nem a sua geometria está afinada para pendentes agressivas, mas é capaz de descer com muita segurança e subir com desenvoltura. Com um quadro em carbono impecavelmente produzido, pormenores cuidados e um peso interessante, esta é uma bicicleta para aqueles que procuram uma máquina confortável e ainda assim suficientemente rápida para subir, descer e rolar, sempre a ritmo forte, em todo o tipo de provas e trilhos que o nosso país tem para oferecer.

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[anchor="ficha"]Ficha Técnica do Quadro[/anchor]
  • Material do quadro: Compósito de fibra de carbono (Nano-Matrix Carbon)
  • Curso traseiro: 120 mm
  • Curso máximo permissível de suspensão frontal: 120 mm
  • Tamanhos disponíveis: 16”, 18”, 20"
  • Caixa de direcção: Integrada
  • Diâmetro espigão de selim: 30.9 mm
  • Aperto de espigão de selim: 34.9 mm
  • Tipo de desviador da frente: Top Swing / Bottom Pull
  • Linha de corrente: 50 mm
  • Dropout traseiro: 135 x 10 mm
  • Tamanho de rotor máximo: 185 mm
  • Rota de passagem de cabos: Externo, cabos de desviadores e tubo hidráulico sob e sobre o tubo diagonal.

[anchor="componentes"]Componentes da Bicicleta Testada[/anchor]
  • Quadro: One-Twenty Carbon-D EG C-link
  • Suspensão: Fox F-Series RL FIT 120mm; Eixo QR15
  • Amortecedor: Fox Float RP2
  • Manípulo: Shimano XT SL-M770-10R
  • Desviador F: Shimano XT FD-M771-10
  • Desviador T: Shimano XT Shadow RD-M773 Caixa Longa
  • Pedaleira: FSA SL-K 42-32-24d
  • Eixo Pedaleiro: FSA Integrado
  • Cassete: Shimano HG81-10 11-36
  • Corrente: Shimano CN-HG94-10
  • Travões: Avid Elixir R 185/185mm
  • Rodas: Aros DT Swiss XR445D com Cubos DT Swiss 350 Disc e Raios PSR 1.8mm Inox
  • Pneus F/T: Schwalbe Rocket Ron 2.25” Evolution
  • Selim: Selle Italia SL XC M
  • Espigão de Selim: Merida Ultralite SB15 31.6mm (Carbono)
  • Avanço: FSA SL-K 6º
  • Guiador: FSA XC 282L OverSized; 18mm elevação; 660mm largura
  • Caixa Direcção: FSA BB-410 Neck
  • Punhos: Merida Vise
  • Pedais: Shimano M520

  • Importador: Merida SWE
  • Peso: 11.1 kg
  • Preço: 4650€

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[anchor="geometria"]Geometria[/anchor]

Para o tamanho M testado:
  • HTA - Ângulo de direcção: 69º
  • STA - Ângulo de tubo de selim: 73.5º
  • ETT - Tubo superior efectivo : 590 mm
  • ST - Tubo selim: 457 mm
  • HT - Tubo direcção: 120 mm
  • CS - Escora inferior: 423 mm
  • SO - Standover: Não disponível
  • BB - Altura da caixa do pedaleiro: Não disponível
  • WB - Distância entre-eixos: 1104 mm
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[anchor="agradecimentos"]Agradecimentos[/anchor]

O staff do FórumBTT agradece à Merida e à loja Afa Cycles a cedência da bicicleta de teste para a realização deste ensaio.
 

Espigão

New Member
Excelente análise! Nada a apontar.

Sou um grande admirador da marca (ainda mantenho a minha de 2005) e mesmo não apreciando FS´s, só tenho a dizer que a máquina é linda e após esta análise, só dá vontade de pegar na mesma e lançar-me nos trilhos.

A Merida há uns 6/7 anos atrás era das marcas que apresentava uma das melhores relações qualidade/preço. É pena que hoje não seja assim. Quer dizer a qualidade está toda lá mas os preços...

Este modelo é um exemplo do que falo e os pormenores que o evideciam são bem visíveis.

- A montagem de um selim de baixa gama da Selle Italia. Merecia pelo menos um SLR sem ser necessário dos de carbono...

- O desviador traseiro podia perfeitamente ser já um XTR... (hoje em dia são "n" as marcas a trazerem nos seus modelos de 2011 de carbono desviadores XTR em máquinas entre os 2000 e os 3000€)...

- Pedais igualmente de baixa gama... podiam ao menos ser uns XT...

- Cassete e corrente igualmente fraquitas. Merecia também pelo menos uma XT (cassete)...

- Os travões em vez de uns R também poderiam perfeitamente ser uns CR...

- E podia continuar... sem alterar muito ou nada o preço a esta máquina.

Todo este material cumpre mas numa bicicleta de 5000€... e estamos a falar do modelo mais acessível... não de certeza a todas as bolsas e mesmo assim já não digo nada... :lol:

De qualquer maneira, um quadro de elevada qualidade e de resto, boa análise.

Cumprimentos

Hugo
 

Iloper

Member
Excelente análise! Nada a apontar.

Sou um grande admirador da marca (ainda mantenho a minha de 2005) e mesmo não apreciando FS´s, só tenho a dizer que a máquina é linda e após esta análise, só dá vontade de pegar na mesma e lançar-me nos trilhos.

A Merida há uns 6/7 anos atrás era das marcas que apresentava uma das melhores relações qualidade/preço. É pena que hoje não seja assim. Quer dizer a qualidade está toda lá mas os preços...

Este modelo é um exemplo do que falo e os pormenores que o evideciam são bem visíveis.

- A montagem de um selim de baixa gama da Selle Italia. Merecia pelo menos um SLR sem ser necessário dos de carbono...

- O desviador traseiro podia perfeitamente ser já um XTR... (hoje em dia são "n" as marcas a trazerem nos seus modelos de 2011 de carbono desviadores XTR em máquinas entre os 2000 e os 3000€)...

- Pedais igualmente de baixa gama... podiam ao menos ser uns XT...

- Cassete e corrente igualmente fraquitas. Merecia também pelo menos uma XT (cassete)...

- Os travões em vez de uns R também poderiam perfeitamente ser uns CR...

- E podia continuar... sem alterar muito ou nada o preço a esta máquina.

Todo este material cumpre mas numa bicicleta de 5000€... e estamos a falar do modelo mais acessível... não de certeza a todas as bolsas e mesmo assim já não digo nada... :lol:

De qualquer maneira, um quadro de elevada qualidade e de resto, boa análise.

Cumprimentos

Hugo

eu gosto é do Guiador de 20e ;)
 

Jorge Dias

New Member
Bom trabalho, se se pode chamar trabalho dar umas voltas nesta máquina:p.

Gostei dos pormenores, das fotos, e da máquina, pena é o preço:mad:

Parabéns.

Jorge Dias
 

Nunomlcs

New Member
Adquiri uma à cerca de um mês, e só posso dizer bem.

O que mais saliente é sem dúvida o conforto e a agilidade, para quem vinha de uma rígida de alumínio, parece que ando de sofá, lollll

Agora é só por-lhe km em cima.
 

Beknhek

New Member
Boas

Alguem me saberá dizer quando estará disponivel a "irmã" One-Twenty XT-D, em aluminio? Ou então a "prima" Ninety-Nine XT-D, tambem em aluminio?
 

M.E.G.M.

New Member
Uma excelente analise de uma bike de alto valor para muitos.
Em tempos de crise, é uma valor muito acima do orçamento de muitos.
O que não deixa de ser uma grande máquina.
 

Nunomlcs

New Member
Um ano após a aquisição desta bike, posso confirmar que a análise do ensaio é super precisa. Neste ultimo ano devo ter feito cerca de 3000km com a bike e cerca de 20 provas/passeios, e na minha opinião a bike tem duas caracteristicas principais.

Em primeiro lugar o conforto, nomeadamente pela postura que a permite, fiz um Troia Sagres com ela e os km passaram sem dores nas costas....
Em segundo lugar a agilidade, a bike é extremamente agil principalmente a descer, tendo em conta que não se trata de uma bike particularmente leve (11,8 kg já com pedais), mas os 120 de curso fazem maravilhas....

O aspecto que menos gosto na bike e que para mim é o aspecto menos positivo é o funcionamento do Fox Float RP2, com o propedal a funcionar a bike altera muito o comportamento, principalmente em valas fundas, e com a valvula desbloqueada, o bombear e bastante quando pedalamos, neste aspecto acho que que preferia um amortecedor com bloqueio no guiador.

Estou no entanto bastante satisfeito com a máquina.
 
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