Emagrecer sem comprometer (a bicicleta)

j.santos

New Member
Olá a todos.

Uns mais que os outros (dependendo dos € de cada um) temos a ânsia de sujeitar as "meninas" a dietas rigorosas.
Quando parar sem comprometer a fiabilidade? Bem, podemos sempre dizer que só se para quando acabar os € ou quando atingir os 9kg... (a baixo disso é anorexia :D ).

Até as marcas o estão a fazer comprometendo a fiabilidade. E passo a explicar onde; espigões da grossura de "palitos", guiadores do tamanho de paus de vassouras, pneus que parecem feitos de papel...

Digo isto por experiência própria. Comprei à meses uma 29r de carbono que vem com 11,05kg de base e ainda posso emagrecer mudando os periféricos para carbono. E aqui reside a duvida; espigão de carbono de 27,2?? Será fiável?? (isto para dar apenas um exemplo)

Da minha experiencia posso já dizer que as coisas não estão a correr muito bem... ao fim da segunda saída a pintura estalou num dos reforços do quadro (garantia já acionada)... um pneu praticamente novo rasgado (pneu super leve mas da espessura do papel)...

E convosco? Já alguma vez se arrependeram da dieta que fizeram às "meninas"?
 

Jepas

Super Moderador
Acho que para uma discussão séria sobe o peso, performance, qualidade, etc é necessária muito mais informação. Não se podem fazer omeletes sem ovos e quando não sabemos que tipo de ovos foram usados nem que omeletes síiram da frigideira, dificilmente alguém poderá ajudar.

Há uma frase que se aplica: Leve, Barato, Resistente - Escolha duas opções!

Como eu não sei de que material aqui se está a discutir, presumo que as opções foram: Leve e Barato mas aguardo uma descrição do material defeituoso por falta de peso e das condições em que foi utilizado.
 

xmeiro

Member
Boas.

A escolha pelos designers de quadros do diametro do espigão de selim e do diametro e formato do tubo de selim não seguem só a ideia de conseguir o melhor rácio resistencia peso. Essas duas partes de uma bicicleta são de importancia extrema para a rigidez ou conforto gerado pelo quadro.
Por esse motivo em corridas de estrada como o Paris-Roubaix ainda é muito comum ver-se corredores com espigões de carbono redondos.
No BTT a maioria dos quadros hardtail de xc (sobretudo os mais rigidos e menos confotáveis em aluminio) continuam a ter diametro de espigão de 27,2mm, sendo os quadros para utilizações mais abusivas ou que potencialmente possam necessitar de um espigão retractil (dropper post) os que utilizam diametros superiores.

Apenas como referência rápida a Cannondale F29 tanto em carbono como em aluminio recorre sempre a espigão de 27,2 mm, e na Specialized a Stumpy S-Works também o usa (não fui ver outros mas na KTM lembro-me de ver a apresentação da gama de 2014 e era a mesma coisa - hardtail tudo com 27,2).


Em relação à escolha de um componente especifico da marca X ou Y é sempre como referiu o colega Jepas: de entre leve, barato e resistente tem de se escolher o que se quer.
 

j.santos

New Member
Jepas, a ideia era alargar o tema... mas tens razão, é preciso mas pormenor. Já agora agradeço a ajuda.

A bike que comprei foi uma Bergamont revox ltd 2013. E os componentes que me trouxeram problemas foi o quadro (conforme referi já acionei a garantia) e os pneus em questão são uns schwalbe racing ralph evolution tlr. Quanto aos pneus posso dizer que parecem de papel... quanto à utilização, bem... acho que foi normal... é verdade que tinha umas pedras, mas nada que eu considere anormal para quem anda no monte. É verdade que são uma pluma, mas não me parecem nada fiaveis. E é aqui que se levantou a duvida; as marcas estão a entrar na onda das gramas a menos comprometendo a fiabilidade. Ok, concordo com a escolha das 2 opções leve, barato, resistente... mas aqui trata-se de uma bike que foi comprada assim. É muito bonito olhar pro catalogo e ver anunciado um peso inferior a 11kg, mas com pneus de papel??
Quanto ao espigão, queria mudar pra carbono por causa do conforto, mas os 27,2 de diametro metem medo.
 
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red46

Member
Boas.

A nivel de espigão em carbono, vê o Syntace P6. É um dos melhores, senão o melhor, a nivel de conforto e tem a garantia da máquina de testes da Syntace (VR-3). Qualquer material, seja em carbono ou aluminio, tem que se respeitar o limite de aperto (torque) dos componentes. Se assim não for, "não há" material que resista ;)

Cumprimentos
 

Jepas

Super Moderador
Acho que o tema pode ser discutido de uma forma alargada, mas se calhar há muita gente satisfeita com os RacingRalph mesmo na versão EVO (a mais leve e menos resistente) e a Scwhalbe certamente terá essa informação nos gráficos comparativos.

Quanto ao equipamento de série: muitas lojas facilitam a troca de componentes aquando da compra e o ForumBTT costuma ajudar os seus utilizadores na escolha de material. As lojas têm gosto em servir bem o cliente vendendo-lhe o que precisa nem que para isso tenha que trocar algumas peças face às que estão no catálogo.

Já levo pelo menos 10 anos de guiadores em carbono e quase tantos de espigões, talvez por ter usado marcas "reconhecidas" nunca tive problemas. Usei por opção um espigão Ritchey WCS 27.2 em carbono (o quadro era 31.6 mas usei um casquilho redutor para os 27.2) e nunca lhe senti falta de rigidez.

Pneus estreitos serão sempre menos aderentes que pneus largos, pneus finos furarão sempre primeiro que pneus grossos, pneus baratos vão sempre agarrar menos que pneus caros. É tudo uma questão de compromisso, o pneu mais robusto e mais aderente talvez seja o de DH mas ninguém o quer por ser muito pesado. Se as marcas têm catálogos é para que os consumidores possam saber de antemão o que estão a comprar e acho que havendo a hipótese de trocar um ou dois componentes por outros diferentes (mais leve, mais pesados, mais bonitos, mais baratos, mais eficazes) não há muitos motivos de queixa, uma vez que a escolha da compra tanto quanto sei, foi livre (e informada).

Pelo menos é assim que eu vejo as coisas.
 

nmt

Active Member
j. santos, aquela descida tinha alguma pedra... eu sei, pois ia 50 metros atrás de ti, hehehe... e tinhas os pneus com pressão baixa, certo? A minha 29" trazia os RR Evo tlr que duraram perto de 2000 kms sem um furo, só furaram, em estrada, quando estavam completamente carecas e um arame atravessou mesmo na zona onde deviam existir tacos se o pneu não estivesse tipo slick. Actualmente ando com o mesmo pneu na versão Performance (pesa mais 50 g, mas custa metade) e tive um furo ao fim de 200 kms... que o gel da câmara selou. Pois, é verdade, uso câmaras, nunca passei para tubeless... Também é verdade que é muito raro ter um furo, pois costumo andar com os pneus bem cheios, saltam mais mas não furam!
 

j.santos

New Member
Nuno, peguei na minha experiência pessoal, mas deve haver aqui casos maiores. No caso, como viste, não me pareceu nada que justifica-se aquele rasgão no pneu. O que me impressionou foi quando cheguei a casa e tirei o pneu!!! Bem! Aquilo é leve que nem uma pena, mas parece de papel...

A questão que quis levantar aqui tem a ver com o facto das marcas lançarem bikes pro mercado onde a preocupação maior é a relação peso, descorando algo importante que é a fiabilidade.
Vou gastar os que tenho, mas quando mudar não meto igual, nem que para isso tenha de engordar umas gramas.
Também aceito o que já foi dito; "tem utilizadores destes mesos pneus que nunca tiveram problemas".

Tenho a certeza que deve haver aqui casos de outra situações (que não estejam relacionadas só com os pneus)
 
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tonyV

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Se a maioria quer e usa pneus leves, e gostam de pouco peso, as marcas colocam esses mesmos pneus.

Umas gramas podem ser 50gr ou 500gr e a resistência do pneu será proporcional ao peso do mesmo. Eu para andar a 1.2-1.5bar à vontade ando com um pneu de ~900gr e isso ninguém gosta;)
 

Jocas22

Active Member
isso tambem depende muito de um factor que me parece estar ausente da discussão, o peso do "animal" que monta a bike :cool: Depois depende por onde andam (as pedras) e o que fazem (a fazer DH ou saltos exagerados com bikes de cross country)

nunca tive problemas com o ralph evo e andava por pedras bem afiadas, autênticas facas, os rocket ron o mesmo. Tambem nunca andei com ninguem que se queixasse de partir algo em carbono só por ser 27.2, mas todos sabem que bike têm e pra que serve.

Depois é preciso respeitar as recomendações, força de aperto, minimo de inserção, peso, etc...
 

j.santos

New Member
Penso que se está a afunilar a discusão. Eu falei no meu caso que foi muito especifico, mas a ideia é alargar o tema a outros componentes.
Lancei o tema para falarmos de componentes que as bikes de "fabrica" trazem de forma a que fiquem bem na balança contudo saiem mal na fiabilidade.
E não me refiro à utilização abusiva da bike!

Mas pelo que parece todos defendem o que as marcas fazem e mandam pró mercado...
 
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