Ficam aqui algumas fotos do épico. Um passeio tri-céfalo, com 3 guias, 3 trialeiras monumentais e 3 subidas. Alguns a farão em 3 dias, outros 3 vezes mais folgados que nós. Tanto se me dá. Confesso que gostei muito. Do passeio e da companhia.
Eis aqui a abordagem à trialeira de Cortinhas-Cutelo
Depois de Cutelo, o (ainda) sorridente Jorge GT não previa o frio que o haveria de assolar mais para o final.
nem o Luís
Depois de Cutelo, rapidamente em direcção à estrada
e, depois, em estrada, em direcção a Germil, sedentos da segunda trialeira.
Já nessa sacudida descida, o Tico, com a sua voz mais fininha “que d’habitude”, foi o único a passar a escorregadia ponte. Em casa tinham-no avisado: “se me lascas a porcelana outra vez, dormes lá fora!”, mas ele não ligou.
Durante a descida, apreciam-se as paisagens,
a técnica do ICH,
o Indy em relaxada cavaqueira com o Jorge,
enquanto o Eduardo 350 extra-plus se encolhe para caber na foto
e o mestre dos singles, o outro Jorge, o Moniz, é iniciado nas trialeiras do lobo.
Chegados à linha de água, determinada pelo Lima aprisionado na barragem, mais baixo não poderíamos descer sem um botija de O2. Por isso, cruzámos a ponte.
Depois de uma frugal refeição, iniciámos a subida, apreciando o amarelo, uma côr outonal, a antecâmara do Inverno, o princípio do fim e a antevisão de uma outra vida...
A meio da grande subida à Amarela, deu-se o grande cisma. A alguns não apeteceu sofrer e decidiram não subir os 7 Km que ainda faltavam, com os seus 450m de desnível. Como o frio era muito, decidimos não esperar pelos outros. “Que se lixem” foi a palavra, de apoio aos bravos, que foi pronunciada. Era melhor esperar na tasca do ceguinho em Ermida. Eu, pessoalmente, talvez tivesse sido louco suficiente para subir se não tivesse a companhia da brigada famalicense. Ainda mais, o JMoniz iria mostrar uma alternativa na descida a Ermida que eu queria conhecer e que começa no prado que tem a maior densidade de Santos Antónios que conheço.
A eles fico eternamente grato pelos anos de vida extra que me concederam com a sua companhia e uma opção mais inteligente.
A nova versão da descida era menos traiçoeira que a que tinha experimentado com o Indy em Julho passado e tinha zonas bem divertidas. Aqui vemos o carismático Cunha a vencer o granito
seguido pelo Miguel.
Em Ermida ainda esperámos um pouco, mas vendo o sol a descer no horizonte e fazendo contas às horas que teríamos que somar às 3 da tarde que já eram, votámos iniciar a descida sem esperar pelos bravos, não sem antes lhes ter desejado a melhor sorte: “que se lixem”.
O “o” já foi aqui devidamente louvado e, pela sua descoberta, deverá merecer uma estátua ao JMoniz. Talvez se possa colocar junto às dos Santos Antónios. A sua extensão é tanta que nem fresco deverei conseguir fazê-la sem ter que parar a meio para recuperar o fôlego e descansar os punhos. Lá em baixo, junto ao rio de Froufe, todos falam excitados e exibem sorrisos cheios de dentes.
Em Lourido, começa a segunda grande subida, aquela que psicologicamente tem o dobro da extensão que geograficamente. Embora a tenha iniciado solidário com o resto do grupo, resolvi manter o meu ritmo e avancei solitário, pois a noite aproximava-se e o vento frio não aconselhava paragens à espera de ninguém. Solidariamente, pensei “Que se...” ... já sabem...
Em Brufe, junto a’O Abocanhado, vi o Sol desaparecer.
No entanto, ainda tive luz para chegar, enregelado, ao automóvel.
Curiosamente, ao colocar estas fotos, reparo que não tenho qualquer foto do ET. Acho que deve ser porque o tipo anda sempre lá à frente e não espera pelo pessoal. Que se lixe.