Durante 3 épocas natalícias existiu sempre uma passa que tinha este desejo, depois de a cerca de 3 anos atrás ter subido a um 4º andar e ter ficado com o coração na boca, chegou então finalmente o dia…
Confesso que o nervosismo estava cá, mas chegou a altura de calçar os sapatos e durante 22km esquecer as Troikas, os IVA’s, os problemas… 2horas onde o meu mundo se iria limitar apenas a um monte de rochas coberto por alcatrão… que já foi conquistado pelos maiores ciclistas de todos os tempos, tinha apenas uma certeza… ia chegar onde eles chegaram nem que chovessem picaretas!
Parti então do centro da Covilhã, a cerca de 22km da Torre. Gostaria de ter começado um pouco mais abaixo, teria sido benéfico para o aquecimento, mas o tempo não era muito.
Decidi então controlar a “máquina bombeadora de líquido vermelho” no quilómetros iniciais, para compensar a falta de aquecimento. Estava a espera de sentir algum peso nas pernas devido a maratona de Idanha-a-Nova no domingo passado mas a adrenalina é uma droga do catano!!
3km depois tive a minha primeira placa motivadora! Bem que precisava pois tinha já apanhado umas belas paredes, e sem inclinações que dessem para descansar…
Começaram então as placas que me iriam acompanhar ao longo do percurso. Na 1ª passei logo o meu record de altitude.. que curiosamente tinha sido estabelecido a 2 dias atrás em Monsanto (aldeia mais portuguesa de Portugal, linda! recomendo!)
O calor começava a fazer das suas… atrás de mim ficava um rasto de suor, até pensei que tinha o radiador furado! Acho que passou por mim um mecânico da zona a esfregar as mão de contentamento!
Depois dos 1200m cheguei finalmente a uma zona em que dava para descansar um pouco os “pistões” , e a paisagem ajudava bastante! Foi nesta zona que deu para subir um pouco a média, apesar de não ser a direito, dava facilmente para colocar andamentos mais pesados e atingir cerca de 25km/h.
1400 metros na zona das Penhas da Saude… brevemente iria começar a doer novamente.
Mais umas centenas de metros a frente vi o que faltava ainda trepar… faltavam “apenas” 400metros. Nesta zona temos uma pequena descida de 500 metros.. recomendação: estiquem as pernas!!!!
Ah pois Zé Pinto… se calhar nesta altura pensaste em sacar da internet uma foto da Torre… e depois fazias uma montagem no paint… my friends até fiquei com pele de galinha. Faltavam 7km para o objectivo. Para aqueles com um “bom olhal”(LOL) já se vê um pouco da Torre lá em cima a fazer pirraças…
Tu queres ver que afinal não é a Estrela que te vai derrotar mas sim uma bela de uma marrada!?!
Bem, depois deste sinal ou nunca desceu dos 10% ou então foi a minha roda da frente que dilatou. De vez enquando lá passava um turista a acenar ou a fazer um grande confere! O que me fazia pensar que de Armstrong não tinha só a camisola! Erradamente claro (era da falta de oxigénio ).
1700 metros… e de repente o gajo que vinha todo todo esgargalado com calor sentiu novamente um arrepio, mas desta vez não era de emoção mas sim de frio. Estava geladinho! E começou a rezar para que a menina do carro de apoio passasse com um chocolate quente… ou um daqueles cães com um mini-barril ao pescoço.
1800 metros… e o que sempre ouvi falar acerca da redução de oxigénio tornou-se realidade. Tinha estabelecido um intervalo de 160 a 170 batimentos por minuto para toda a subida … mas estava com dificuldades em manter abaixo dos 185 nesta zona. A velocidade era a mesma, a inclinação também.. mas o pulmão já não.
1900 metros… o frio e as dores desapareceram…
Aos 1930 metros comecei a pensar o que dizer no vídeo prós Zés…
E agora palavras??? Para acabar o rescaldo… não as tenho… parece que os Zés vão ter de me acompanhar em 2012.
Subida duríssima… longuíssima… conhecem mais a acabar em “íssima” ??
Ahhhh… é verdade… quando eu pensava que as minhas supra-renais não tinham mais adrenalina para segregar.. eis que me lembro: “Péra lá!! Se subiste 22km.. vais descer 22km!!!!!”
Um grande abraço a todos!!
Confesso que o nervosismo estava cá, mas chegou a altura de calçar os sapatos e durante 22km esquecer as Troikas, os IVA’s, os problemas… 2horas onde o meu mundo se iria limitar apenas a um monte de rochas coberto por alcatrão… que já foi conquistado pelos maiores ciclistas de todos os tempos, tinha apenas uma certeza… ia chegar onde eles chegaram nem que chovessem picaretas!
Parti então do centro da Covilhã, a cerca de 22km da Torre. Gostaria de ter começado um pouco mais abaixo, teria sido benéfico para o aquecimento, mas o tempo não era muito.
Decidi então controlar a “máquina bombeadora de líquido vermelho” no quilómetros iniciais, para compensar a falta de aquecimento. Estava a espera de sentir algum peso nas pernas devido a maratona de Idanha-a-Nova no domingo passado mas a adrenalina é uma droga do catano!!
3km depois tive a minha primeira placa motivadora! Bem que precisava pois tinha já apanhado umas belas paredes, e sem inclinações que dessem para descansar…
Começaram então as placas que me iriam acompanhar ao longo do percurso. Na 1ª passei logo o meu record de altitude.. que curiosamente tinha sido estabelecido a 2 dias atrás em Monsanto (aldeia mais portuguesa de Portugal, linda! recomendo!)
O calor começava a fazer das suas… atrás de mim ficava um rasto de suor, até pensei que tinha o radiador furado! Acho que passou por mim um mecânico da zona a esfregar as mão de contentamento!
Depois dos 1200m cheguei finalmente a uma zona em que dava para descansar um pouco os “pistões” , e a paisagem ajudava bastante! Foi nesta zona que deu para subir um pouco a média, apesar de não ser a direito, dava facilmente para colocar andamentos mais pesados e atingir cerca de 25km/h.
1400 metros na zona das Penhas da Saude… brevemente iria começar a doer novamente.
Mais umas centenas de metros a frente vi o que faltava ainda trepar… faltavam “apenas” 400metros. Nesta zona temos uma pequena descida de 500 metros.. recomendação: estiquem as pernas!!!!
Ah pois Zé Pinto… se calhar nesta altura pensaste em sacar da internet uma foto da Torre… e depois fazias uma montagem no paint… my friends até fiquei com pele de galinha. Faltavam 7km para o objectivo. Para aqueles com um “bom olhal”(LOL) já se vê um pouco da Torre lá em cima a fazer pirraças…
Tu queres ver que afinal não é a Estrela que te vai derrotar mas sim uma bela de uma marrada!?!
Bem, depois deste sinal ou nunca desceu dos 10% ou então foi a minha roda da frente que dilatou. De vez enquando lá passava um turista a acenar ou a fazer um grande confere! O que me fazia pensar que de Armstrong não tinha só a camisola! Erradamente claro (era da falta de oxigénio ).
1700 metros… e de repente o gajo que vinha todo todo esgargalado com calor sentiu novamente um arrepio, mas desta vez não era de emoção mas sim de frio. Estava geladinho! E começou a rezar para que a menina do carro de apoio passasse com um chocolate quente… ou um daqueles cães com um mini-barril ao pescoço.
1800 metros… e o que sempre ouvi falar acerca da redução de oxigénio tornou-se realidade. Tinha estabelecido um intervalo de 160 a 170 batimentos por minuto para toda a subida … mas estava com dificuldades em manter abaixo dos 185 nesta zona. A velocidade era a mesma, a inclinação também.. mas o pulmão já não.
1900 metros… o frio e as dores desapareceram…
Aos 1930 metros comecei a pensar o que dizer no vídeo prós Zés…
E agora palavras??? Para acabar o rescaldo… não as tenho… parece que os Zés vão ter de me acompanhar em 2012.
Subida duríssima… longuíssima… conhecem mais a acabar em “íssima” ??
Ahhhh… é verdade… quando eu pensava que as minhas supra-renais não tinham mais adrenalina para segregar.. eis que me lembro: “Péra lá!! Se subiste 22km.. vais descer 22km!!!!!”
Um grande abraço a todos!!