Tu não és um bttista

card050

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Viva o Anarquismo! Viva a Extrema Esquerda! Viva a Extrema Direita ! :confused: :confused: :confused:
Ele há coisas que realmente me fazem muita confusão...
Eu sou novo (22anos), e não quer dizer com isso que também não tenha andado em bicicletas de ferro. Eu sou novo e andei em bicicletas de ferro, em singlespeeds, com travão de contra-movimento no agora chamado "crank", em bicicletas com forquetas rigidas, com uma "suspensão", andei em bicicletas de aço, de aluminio de carbono, com suspensão, sem suspensão, com amortecedor traseiro e mola traseira. Com pneus tubeless e sem pneus quase, com XO e XT, com alivio e shimano SIS ! COm discos hidraulicos, mecanicos, v-brakes, cantilevers etc e tal.
Desde os triciclos provavelemente, aos carrinhos a pedais, a primeira bicicleta! Uma BMX, sem mudanças, com um selim enorme, com um protecção para os dentes daquelas grandes no quiador e no proprio quadro, e com os melhores pneus que vi até hoje que o meu padrinho ganhou por ser o melhor marcador de um torneio de futebol e me ofereceu!!! E depois passei pelas Tagas, Esmaltinas, Taga outra vez e uns anos depois a minha primeira Merida.
Lembro-me também de ir todos os fins de semana prá catequese de bicicleta, e de efectivamente nem ir a catequese para ficar a andar de bicicleta, ou então pra ir roubar ameixos ao vizinho da igreja. Lembro-me de passar tardes com a enxada, com pá e ancinhos e os meus amigos a abrir caminhos pelos montes abaixo, e a estragar as quintas e as vedações aos pobres homens que lá vinham atrás de nós para nos "bater". E nós toca de montar as biclas e abrir por ali diante.
Se o que nós faziamos era BTT ? Claro que era... Se nessa altura ja andavamos a ver quem é que chegava mais rapido ao fim da descida? ou ia mais rápido da igreja ao campo de futebol?? Com certeza que sim! Inclusivé faziamos provas "cronometradas" ahah
Desde há uns anos pra cá deixei-me dessas coisas. O meu pai que sempre foi jogador de futebol, descobriu o prazer da bicicleta TODO O TERRENO. E além de não e chatear tanto para ter cuidado etc, começou-me a desafiar tambem. Após isso, deu-me uma bicicleta de aluminio, suspensão total, Merida. E eu muitas voltas dei nela... E juntamo-nos a vários grupos. e dávamos voltas excepcionais conheciamos trilhos novos etc. Mas por muito que se queira, os trilhos esgotam e be podemos procurar por novos etc que vamos acabar por repetir. E se num outro dia vamos repetir aquele trilho que tanto nos empenou, com certeza vamos querer conseguir fazê-lo sem sofrer tanto. Vamos querer chegar primeiro que o outro. Vamos querer estar no alto da subida primeiro, até porque podemos ir comendo sem atrasar muito o grupo, OU ... Porque as fotografias têm que ser tiradas por alguém, e com certeza não vai ser pelo último.
Entretanto voltei a trocar de bicicleta e desta vez para uma rigida de carbono! MAS NÂO DEIXEI DE FAZER BTT! Troquei simplesmente porque gostava mais, era mais bonita, sentia-me melhor, dava-me mais ânimo. Conheci colegas que faziam competição e interessei-me. COmecei a treinar, em estrada, nos rolos, sem bicicleta inclusivamente só corrida etc. E o que é certo é que não deixei de me juntar a um grupo e ir andar, e cada vez tirava mais prazer de ir andar com o grupo. Porque podia ir para a frente e posicionar-me para tirar fotografias, porque podia ajudar o que tinha mais dificuldades na subida, dar ânimo como ja me tinham feito a mim, para nao desistirem. Treinei, fiz provas, passeei, descobri e criei trilhos experimentei de tudo. Depois troquei de bicicleta de novo para uma suspensão total, e o que é certo é que pouco depois e durante 2 anos perdi a motivação pelo BTT.
Afinal em que ponto ficamos?
Nenhum... Em setembro do ano passado, voltei a sentir o sangue ferver. Peguei na bicicleta e fui para o monte. No dia a seguir peguei e fiz uns kms em estrada. Passado 2 dias fui à Sra. da Graça e voltei para casa. Custou-me tanto. Mas não fiz BTT porque estava a andar em estrada. E continuei a andar regularmente durante mais uns dias. depois voltei a esquecer-me.
Há uns dias deu-me outra vez a necessidade de pegar na bicicleta e ir andar. Peguei e fui... e agora tenho treinado mais ou menos regularmente, rolo inclusivé. Estou a pensar fazer os 100kms em Portalegre e ninguem me vai impedir. Estou inclusivé a pensar ir fazer a Douro Bike Race mais pro fim do ano. Mas sei que tenho que treinar. EM estrada, no monte, em casa inclusivé. Se vou estar a praticar BTT? Claro... Se até lá me canso e desisto? QUem sabe, mas enquanto durar o vicio, estou a viver.
e o BTT não passa disso, é viver.
Pois é!

Não admito que me digam que quando eu treinava para esta ou aquela maratona especificamente, não estava a praticar BTT. Não admito que me digam que se for andar para a Ciclo-Via, não estou a praticar BTT, não admito também que me digam que se for andar na estrada não estou a praticar BTT. Não admito que quando ando nos rolos não esteja a praticar BTT. Não admito que quando não ando sequer durante uns ttempos me digam que não sou BTTista.
BTT - Bicicleta Todo o TErreno.
Cada um o vive á sua maneira. E eu sei que posso até não andar durante muito tempo, mas de repente vou querer andar. e efectivamente vou. Não ando por obrigação. Ando por prazer. Treino por obrigação, mas é uma obrigação que assumi para comigo, pois sei que disso vou retirar todo o prazer que se calhar quem anda só por andar não consegue retirar. Tal como eu faço as vezes :p

Abraço a todos os BTTistas. Aos de competição, aos de passeio, aos domingueiros, aos autónomos, aos dependentes, aos iniciados, aos experientes, aos de estrada, aos de bicicleta (que são felizes por ter uma bicicleta espectacular e tomar conta dela, mesmo que so sintam necessidade de dar uma volta de ano a ano) !
 

Un4s33n

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O texto que li mostra a tua opinião sobre o que é o bttista... conta como opinião tua.

Na minha opinião há a malta que compete, há a malta doente (podem andar algo ou nada), há malta equilibrada (podem andar algo ou nada) e há a malta que passeia.

O que concordo é que cada vez vejo mais malta doente, não que lhes seja retirado o estatuto de bttista!
 

MrPierre

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Concordo inteiramente com a opinião do Josant. Também não me entra a mania do "eu é que sei o que é fazer btt, eu é que faço btt desde 1900 e troca o passo, e etc...".

Eu adoro andar no mato, conhecer trilhos novos todas as semanas, ler relatos de percursos que outros fizeram e que me deixaram cheio de água na boca e querer ir fazê-los logo na semana seguinte, ficar com aquele bichinho a roer de cada vez que estou de carro e olho para um qualquer monte e penso "tenho que ir lá cima", chegar ao topo do monte e ficar babado com a paisagem, estar no meio do mato e não ouvir absolutamente nada a não ser a natureza.
Mas também adoro treinar, melhorar a minha condição física, fazer aquela subida lixada de 2 kms e 13% de inclinação média com um ritmo superior ao mês passado e ainda chegar lá cima com pulmão, andar na estrada só mesmo para treinar, competir nas maratonas (com os outros e também comigo), sentir prazer só por treinar, melhorar as minhas capacidades.
Eu ADORO andar de bicicleta, e para mim o que verdadeiramente importa é que cada um retire da utilização desse veículo maravilhoso o maior prazer possível, seja a andar na estrada, a matar-se para melhorar o tempo do ano anterior, a passear com os amigos e parar em todos os tascos, a andar em estradas, estradões, estradinhas, corta-fogos e crateras, a andar à beira-mar, a gastar o dinheiro que era para comprar o carro para tirar 5 gramas aos pedais, etc.

Se no final não é bttista é bttasta ou bttasca ou outra coisa qualquer, desde que não se ponham à minha frente a bloquear a estrada e me deixem passar (aí é que eu dizia que não eram bbtistas) por mim tudo bem.
 

Skyforger

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Para além das bicicletas, outra grande paixão que tenho é pela música, qual já dura há mais de quinze anos. Ao longo de todo este tempo dedicado à música (em prol da qual desenvolvi e desenvolvo bastantes actividades) assisti a muitas tendências, a muitas teorias e manias. Era frequentador assíduo de um forum dedicado ao meu género musical de eleição mas o fundamentalismo e a ditadura que por lá se começou a instalar levou-me a afastar do tal fórum. Comecei a saturar-me da velha conversa do "no meu tempo é que era", " tu não és um verdadeiro porque não ouves a banda X ou Y, eu é que sou", "tu não és verdadeiro porque não te vestes da forma X ou Y"...enfim aquele tipo de conversa fiada de quem se acha dono e senhor da razão e um ser todo iluminado com a suprema sabedoria e autenticidade!
Para lidar com este tipo de pessoas e de atitude já me chegava a música, sempre que no mundo das bicicletas sempre encontrei espírito de sã e verdadeira camaradagem...até encontrar este tópico! Afinal por aqui também há disto? Afinal por aqui também há iluminados que se acham donos da razão e dignos de julgar os outros com base em principios infundados?
Eu não sou um Bttista, pois não! Afinal o que é isso de ser Bttista? Sou um tipo que gosta de bicicletas, que gosta das de todo o terreno (BTT), que gosta da estrada, que se diverte a descobrir trilhos, que gosta de convivio, que gosta de aventura, de liberdade, que gosta de fazer amigos e curtir com os já existentes (seja a andar de bicicleta, seja a beber uma mini numa esplanada à beira mar), que gosta de tanta e tanta coisa, que gosta menos de outras, que fica a diferente a outras tantas. Enfim, sou um tipo normal que detesta rótulos! Não sou bttista e ainda bem! Sou eu! E quanto a vocês, divirtam-se, sejam vocês próprios, bttistas ou outra coisa qualquer...pouco importa!
 

Nozes

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Boas!

Obrigado a todos os que dispensaram tempo a ler o texto e a comentar.

Este tópico podia ter tido por título "Que bttista és tu?" ou "Serás tu um bttista?".Fui obviamente para um título mais controverso,mais por ser chamativo do que depreciativo
É claro que não sou,acho que ninguém é,uma "Alta Autoridade do BTT",nem tenho direito a dizer quem é ou não praticante da modalidade.O meu objectivo foi despertar a consciência nas pessoas a quem me refiro no texto para um mundo muito mais abrangente,e (no meu entender),divertido e entusiasmante,dentro desta modalidade.Eu sei que passada esta "febre",este desporto perderá muitos praticantes,como já sucedeu noutras alturas.Alguém que apenas pega na bicicleta para treinar,com o objectivo de fazer um bom resultado na próxima prova (ou passeio...),é muito difícil que se mantenha com o mesmo entusiasmo durante muito tempo.Digo isto olhando para alguns conhecidos meus,é neles que baseei este texto.Uns já abandonaram,outros vejo-os saturados.
Não vejo como pode alguém divertir-se num percurso de 80km de estradão,como por exemplo a maratona aqui em Santarém.Isto não consigo conceber.

Mas é claro que existe lugar para todos,nem eu disse o contrário!
E sim,tenho saudades de algumas (poucas) coisas do antigamente...há mal nisso?

Boas pedaladas,e muito divertimento para todos!

Mais uma vez...porque parece que nem todos perceberam o sentido da coisa. ;)
 

MrPierre

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D
Nunca te aventuras a descobrir caminhos novos,muito menos sozinho,mesmo com o telemóvel,porque “pode não haver rede”,

Independente da opinião do Nozes (e cada um tem a sua), com isto eu não concordo.
Vais sozinho, cais numa ribanceira e nunca ninguém mais sabe de ti.
É uma questão de assumir ou não riscos, de ser ou não prudente. Penso que este argumento não se enquadra no espírito do restante texto.

Um abraço,

Alexandre
 
Pois a mim parece-me que esta frase faz todo o sentido e quem o nega dificilmente apreciará este desporto na sua plenitude. BTT é sinónimo de evasão e essa sensação não será fácil de atingir quando pedalamos, sempre e por sistema, em grupo. Eu não sou nenhum fanático do perigo e prezo muito a minha vida mas confesso que andar no meio do mato, sozinho e desligado do mundo, para mim, é um dos maiores prazeres que a bicicleta me pode proporcionar. Tem tudo a ver, apenas e só, com os níveis de adrenalina pretendidos e com os riscos que estamos dispostos a correr para os alcançar. E se for para elevar a coisa a um maior expoente então decididamente terá que ser de noite e na serra de Sintra, de preferência com lua cheia... Todos os ruídos parecem sobrenaturais e não nego que se apanham uns cagaços valentes que, de quando em vez, nos fazem querer sair dali para fora no mais curto espaço de tempo mas também não é menos verdade que a parte racional acaba invariavelmente por controlar a coisa sem grandes estragos... É claro que sim, que é perigoso, que nos pode dar um treco e que nos podem acontecer mil e uma coisas, todas elas pouco recomendáveis... E viver?... Não é isso?...

Pedalem muito, não importa em que condições...
 
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uGo

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Pelo que eu estou a perceber o BTT não pode ser considerado um desporto e nem serve para um gajo manter/ subir de forma fisíca.
Então o Julian Absalon não pode ser o idolo de nenhum betetista...
Um desportista se praticar BTT deixa de ser desportista... áaaa já percebi. Os praticantes de Down Hill e de All Mountain é que são os verdadeiros desportistas, têm-nos no sitio.
 
E digo mais: neste tópico do Nozes faltava apenas referir aqueles artistas que teimam em trepar à serra levezinhos, sem ferramentas, sem câmara de ar, sem bomba e com 1/4 l de água para andarem depressa e sem peso nas costas porque incomoda. Depois, quando lhes acontece algum percalço, é vê-los de braços no ar a cravar material aos camelos que, como eu, andam carregados que nem umas mulas para conseguirem voltar para casa em autonomia e sem terem que andar a ligar às respectivas mulheres a pedir para os irem buscar porque, coitadinhos, tiveram um furo no meio do mato. Lá está: a culpa é sempre do ABSALON...
 
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ze_zaskar

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Honestamente, por estas lógicas que aqui se vêm mais valia a criação duma "licença" de betetista, em que o candidato teria de ter tempo mínimo de pratica, aptidões mecânicas, x capacidade técnica e horas mínimas mensais de condução em x tipo de trilhos. Resta saber quem a iria emitir. Encarem-no, o btt é simplesmente andar de bicicleta fora de uma estrada, nem precisa de ser um bicicleta de btt, desde que se tire gozo da actividade.

Lá por ser este o desporto que praticam e se identificam, não quer dizer que se deva começar com elitismos ou códigos de honra, como um colega me disse há pouco tempo, por este começar a ser sobre-democratizado. Não perdem a vossa individualidade por causa disso.
Alem de que, fazer uma coisa há muito tempo não quer dizer que se a faça bem. Pode-se andar 20 ou 30 anos a fazer asneira. Portanto não usem isso como o santo graal dos argumentos de honra betetistica.
Lembrem-se quem nem toda a gente tem montes e bom trilhos alem de estradões ao pé de casa. Que nem toda a gente se quer ou pode arriscar a fazer muitas maluqueiras. Nem toda a gente tira prazer de esforços físicos extremos. Nem toda a gente tem o mesmo jeito. Mas têm todos direito a andar de bicicleta fora de estrada, e, como tal, são betetistas
E se comprarem uma bicicleta XPTO que adoraram, para a qual nem têm pernas, qual o problema?
Gostava de saber quantos é que têm carros com à volta de 200cv, cada vez mais comuns, e sabem de facto espremer todas as capacidades do veiculo (e não estou a falar em dar 200 numa recta de AE). Não costumo ouvir muitas criticas a estes casos.

Se não houvesse variedade de abordagens ao btt nem haveriam modalidades diferentes dentro dele. O DH, por exemplo, era assim considerado coisa de maricas, que não conseguiam dar ao pedal.

;)
 

Nintuga

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Grande Nozes,

O teu post é magnífico, não porque concorde contigo em tudo, mas porque me fez reflectir.
Só faço BTT desde 07, logo sou um novato. Sou daqueles que começou sozinho, mas que depressa encontrou mais uns quantos e com eles apanhou o “bicho”. Mas algures pelo meio do percurso, verificou que só passear não chegava, era preciso manter o convívio, mas a isso juntar o desafio de vencer aquela subida, fazer aquela distância, descer aquele trilho técnico, sentir o gosto de ultrapassar o frio do Inverno ou superar o calor abrasador do Verão.
Não faço competição, mas gosto de saber que me superei. Não me interessam os tempos dos outros, mas confesso que olho bastante para os meus próprios tempos. Mas continuo a ter tempo para parar, olhar e apreciar, com isso não deixei de gostar da Natureza. Não! Pelo contrário agora sinto, que eu e a minha Bike somos parte integrante Natureza.
Começo agora a descobrir verdadeiramente o “meu BTT”, agora que me conheço melhor, já posso arriscar, já posso ir por aquele trilho desconhecido, sem ter medo do que vou encontrar, já posso chegar ao fim e ver que afinal não existe saída e no entanto poder sorrir por ter de voltar para traz.
“Afinal o que interessa não é o destino, mas sim o caminho que tenho de percorrer para lá chegar”

Obrigado Noz.
César Coelho
 

uGo

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Se há pessoas que se consideram camelos ou não isso cada um sabe de si, mas considerarem betetistas pessoas que compram bicicletas para participarem em passeios, e depois isso serve de desculpa para irem comer e beber sem terem a mulher á perna por eles beberem demais, já não é correcto. É muito fácil criticar quando não se tem pernas para andar de bicicleta e acompanhar o ritmo dos betetistas. Já vi pessoas que se dizem bettistas e acham-se uns heróis só porque pararam a meio de um passeio para ir á garagem de alguém enfrascar-se de vinho, comem barras energética ou geis e deitam o recipiente para o chão...
Lá que não gostem de desporto, tudo bem, agora quererem á força que o BTT deixe de ser uma modalidade desportiva... Já não é correcto.
E não há que esquecer que o BTT é uma vertente do ciclismo, tem a ver com desporto, o desporto serve para as pessoas se manterem saudaveis e fazer com que a nossa máquina que é o corpo humano, responda sempre com eficácia ás nossas necesidades. É claro que o Absalon não tem culpa, mas se em qualquer desporto existem idolos, porque é que o BTT tem de ser diferente?????

Lembrem-se que o BTT não tem de ser o desporto dos fracos, mas sim um desporto como outro qualquer. Nós os praticantes é que somos a imagem da modalidade. Se os passeios fossem só para quem não "puxa" pela Bike mais cedo ou mais tare iria perder adeptos. Todos são precisos e fazem parte da enorme familia de betetistas. O desporto está ao alcace de todos, basta ter coragem para o praticar.
 

ze_zaskar

New Member
E eu que pensava que ser betitista era praticar btt, ou seja, andar de bicicleta fora de estrada. Aparentemente temos também de ter um determinado perfil :lol:
 
Se calhar o ideal é usar uma etiqueta a dizer a que grupo/perfil pertencemos: aos "originais" (pessoal pertencente à descrição da mensagem inicial), aos "vendidos" (que só pensam no peso, no marketing das marcas, no último modelo acabado de sair, etc), aos "competidores" (que apenas vêm os tempos à frente, ganhar provas e maratonas), aos "estradistas" (que para poupar material ou não sujarem a bike com lama, vão para a estrada) etc, etc...

Enfim, não podemos conviver todos? Cada um faz o que quer e o conceito de btt, como eu o conheço, é andar fora do alcatrão, por terra, mato, montes, onde puder ser possível de passar com a bike. Agora condicionar uma "designação" ao facto de a opinião/acção de alguns não ir ao encontro dos nossos gostos é, no mínimo, discutível!

Em relação ao título do tópico, realmente não sou bttista. Eu ando com a minha bicicleta (se calhar nem devíamos designar as nossas bike como bikes de btt, se calhar são mais um derivado das bicicletas de estrada), por terra, montes, vales, até já fiquei cheio de lama. Se isso faz ou não de mim um bttista, não sei. Também não acho importante.

Não vou pedir desculpa por responder neste tom, porque, honestamente, não acho que faça sentido.
 
Last edited:

oliana

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Gostaria de chamar a atenção para um pequeno pormenor. TT é todo o terreno. Logo, é para andar em todo o lado, quer no mato ou alcatrão. Ou só somos bttistas se andarmos no mato?. Parece-me que há por aqui alguma confusão. Eu cá ando onde bem me apetece. E quase sempre sózinho. Perigoso andar no mato sózinho?. E depois?
Não corremos riscos em todo o lado a vida toda. Andar no alcatrão é que é um risco tremendo. Eu que o diga. Ando no mato sózinho e gosto. Um pouco de solidão sem ver pessoas, nem que seja por umas horas, tambem faz muito bem á alma. Ouvir só os pássaros, os grilos e ver as raposas e os saca-rabos a correrem á nossa frente. Um coelho que salta amedrontado e o voar gracioso do gavião e da águia. Pormenores muito simples a que muitos ditos bttistas ignoram. Deixo de ser bttista se por alguns momentos desviar a minha atenção para estas pequenas coisas.

Duvido que um grupo em alegre cavaqueira consiga ver e ouvir muitas destas coisas. Por isso eu gosto de andar sózinho, no mato e no alcatrão. Onde me apetecer e me der na gana. Sózinho ou acompanhado. Agora apetece-me treinar bem para passar melhor em Portalegre. Se calhar vou me concentrar melhor no treino e ligar menos a estas coisas. Mas não deixo de ser um bttista. Que anda em todo o lado.
 

ze_zaskar

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Disclaimer: referi "andar fora de estrada" por isso ser o elemento diferenciador relativamente a um ciclista de estrada. Não queria com isto dizer que todo-terreno é só mato.
 

el gato

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Gostaria de chamar a atenção para um pequeno pormenor. TT é todo o terreno. Logo, é para andar em todo o lado, quer no mato ou alcatrão. Ou só somos bttistas se andarmos no mato?. Parece-me que há por aqui alguma confusão. Eu cá ando onde bem me apetece. E quase sempre sózinho. Perigoso andar no mato sózinho?. E depois?
Não corremos riscos em todo o lado a vida toda. Andar no alcatrão é que é um risco tremendo. Eu que o diga. Ando no mato sózinho e gosto. Um pouco de solidão sem ver pessoas, nem que seja por umas horas, tambem faz muito bem á alma. Ouvir só os pássaros, os grilos e ver as raposas e os saca-rabos a correrem á nossa frente. Um coelho que salta amedrontado e o voar gracioso do gavião e da águia. Pormenores muito simples a que muitos ditos bttistas ignoram. Deixo de ser bttista se por alguns momentos desviar a minha atenção para estas pequenas coisas.

Duvido que um grupo em alegre cavaqueira consiga ver e ouvir muitas destas coisas. Por isso eu gosto de andar sózinho, no mato e no alcatrão. Onde me apetecer e me der na gana. Sózinho ou acompanhado. Agora apetece-me treinar bem para passar melhor em Portalegre. Se calhar vou me concentrar melhor no treino e ligar menos a estas coisas. Mas não deixo de ser um bttista. Que anda em todo o lado.

Concordo plenamente. Mas ainda vou dar mais uma achega que creio ser importante. Os verdadeiros betetistas não somos nós na actualidade, mas na miha modesta opinião são os pioneiros da califórnia dos anos 60 ou 70 que com bicicletas arcaicas inventaram ou reinventaram ( não nos esqueçamos do ciclocross, modalidade off-road mais velha que o mtb) o montain bike...
mesmo no inicio do ciclismo de estrada onde as etapas na sua maioria eram em verdadeiros estradões de terra, onde não havia desviadores,etc, o pneu sobressalente era transportado ás costas e mesmo a indumentária desportiva era de rir. O que estes homens sofriam...como referi desde que leio revistas ou outros meios de informação acerca do passado e do inicio do ciclismo quer de estrada como o montain- bike, fico completamente estupefacto com a coragem desses pioneiros, verdadeiros homens com eles no sitio...esses sim verdadeiros btetistas ou ciclistas.
 

zeduarte

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Realmente é triste mas é uma grande verdade o que o Nozes diz!
A maior parte da malta que anda hoje só pensa em competir e mostrar que tem a bike melhor que os outros!!
Mas graças a deus ainda existe pessoal que gosta do convivio entre a malta e de descobrir novos trilhos(muitas vezes com as bikes à mão).
Para mim o mais importante é a interajuda entre o pessoal o conhecer nova malta,conversar enquanto se rola, parar para tirar umas fotos etc.
O que mais detesto são os picanços e as competições malta a mostrar que sobe melhor desçe melhor isso irrita-me!!Já cheguei a ver em passeios tipos a provocarem açidentes por ultrapassarem em sitios técnicos!!

O convivio e a amizade é o mais importante do btt!!
abraço a todos os que pensam assim!
 
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