Boas!
Falei de câmaras leves porque é raro ter furos… e os que tive até hoje (e já lá vão +19 anos de BTT) contam-se pelos dedos da mão os que tive e o pneu vazou logo!
Eu sei… eu sei, é uma grande sorte (é para compensar outros lados, heheheh!)!
Por isso falei em câmaras leves mas sem ser as de Látex. Essas perdem ar mesmo com a bike parada, que não é nada bom!
Uma câmara que eu considero leve e pesa em média 130 grm são as Torelli, como exemplo.
Existem outros locais onde poupar peso… como por exemplo nipples (embora pense que toda a gente anda com nipples em alumínio! Existem muitas rodas com elas em latão e que se podem assemelhar-se a alumínio!)
Depois… bem depois temos de ver uma coisa ainda mais importante que gramas e isto deve ser interessante para pessoal de Marathonas/Raids e resistência que é:
A fórmula mais simples de se andar mais e durar mais e embora seja básico… penso que nunca é demais lembrar.
Basicamente para andar, é preciso vencer várias forças como:
- Resistência/atrito das partes móveis
- Resistência aerodinâmica
- Resistência/agarre do pneu – principalmente o tamanho dos pitões dos pneus
A resistência das partes móveis temos vários pontos onde podemos incidir:
- Eixo dos pedais
- BB ou eixo pedaleiro
- Eixo das rodas
- Eixo das rodas do desviador trás
- Corrente
Em todos eles temos de ter fiabilidade! Mas, e como já podem ter verificado, existem diferenças abismais entre produtos que ao princípio podem ser semelhantes.
Infelizmente não existe um teste sobre resistência, mas normalmente estão directamente relacionados com os vedantes. Quantos mais, mais fiabilidade, mais kms… mas mais atrito.
Actualmente merece a pena mexer nos rolamentos das rodas, e nos eixos pedaleiros. Os restantes também importantes mas com menos percentagem na equação.
Uma corrente bem lubificada… e se possível limpa (muito!), e parafinada.
Não vou falar de desgaste porque vou assumir que está tudo em ordem.
A seguir vem a resistência aerodinâmica.
Aqui à pouco a fazer, principalmente quando falamos em BTT e as velocidades praticadas… não é? Mas em tantos kilómetros fazem-se sentir as diferenças!
Raios espalmados ou os aero (embora sejam muito mais difíceis de laçar!!)
Pneus com os pitões menos sobressaídos e aqui prevalece o bom senso. Ou seja… é preciso que agarre, mas quanto mais “knobby”/pitões tiver for o pneu… mais resistente este se torna. Usar pneus usados… ou mesmo cortar alguns pitões, é uma das possíveis soluções.
Jantes aero e que tampem os niples.
Discos são mais aerodinâmicos que cantilevers e Vbrakes… embora mais pesados é verdade… mas uma vez não existem estudos sobre as vantagens aerodinâmicas versus peso!
E depois disto tudo ainda temos de adicionar outros factores como por exemplo:
- Geometria e medidas de quadros – Isto é mais importante que peso do quadro, dado que pode tornar a bike mais eficiente do que 200 ou 300 grm a menos!
- Ergonomia e conforto (banco/punhos/pedais/manípulos/suspensão/etc…)
- Modo de pedalar – Ergonomia-fisonomia versus Aerodinâmica (joelhos para dentro por exemplo)
Mas é isso que um instituto de medicina desportiva deve fazer, e é o que os países evoluídos em termos de desporto têm e põem ao dispor dos seus atletas olímpicos!
São estas pequeníssimas coisas que um atleta de XC não nota em termos de tempo (poucos kilómetros) mas que maratonistas notam!
E notam bastante, podem ser a diferença entre dois atletas “semelhantes”.
No caso de um atleta “amador”, humildemente aconselhava (se é que me dão essa hipótese):
1- Treino da pedala (ensinar/tornar inconsciente a pedala circular – empurra e puxa) E treinar muito assim.
2- Tornar o passeio/corrida fluida! Não travar muito… ganhar técnica para não perder muita força e desgaste mental nas descidas e poupar forças e deixar a inércia ganhar “vontade”. Palavra de ordem: Fluidez. Um bom treino é fazer o máximo que podem sem pedalar, movendo o corpo e aprendendo como tudo se desenrola.
3- Kitar ao nível do que é possível economicamente falando (rolamentos melhorzitos, reduzir o atrito/aerodinâmica… etc), pneus… etc!
4- Verificar a eficiência do quadro e posição de condução (altura do selim… avanço… etc!). E isto pode ser possível embora seja muito empírico e um pouco relativo. Que é arranjar uma subida, um cronómetro, GPS, pulsómetro. Fazer 10 subidas intervaladas de forma a iniciar a subida sempre com as pulsações aproximadas. O vento tem de ser verificado! E dps de umas subidas de forma a ter dados um pouco semelhantes (efectuar a média, e excluir os valores mais altos e mais baixos). Mudar e repetir tudo. Testar em terreno
5- Preparação psicológica (e esta é para mim a mais imporatante! E aqui é não cair na gracinha… )
6- Alimentação, mas isto penso ser óbvio
Isto… para provas muito, muito longas! O XC é outra história!
Isto… faz um bom tornar melhor!
E o melhor… hehehehe um pouquinho melhor se é que já não aplica isto!
abraços, e peço se vos preguei uma grande seca!
tchau