No dia 22 de Agosto, eu e o primo Speças cá do forum, decidimos arrancar com uma ideia que a nossa trupe já magicava à algum tempo e que consistia em fazer a travessia de todo o Ribatejo, unindo os nossos locais de residência à aldeia da família, o Pereiro, em Mação (Beira Baixa).
Denominamos o trajecto de TransRibatejo.
O percurso, em estrada, obrigou à aquisição do belo do pneu slick e respectivas câmaras de ar (abençoadas, como se verá mais adiante) e realizou-se totalmente em autonomia (um eventual carro de apoio iria partir com meio dia de atraso para nos apanhar algures se fosse necessário, mas alguns contratempos fizeram-no chegar muita horas depois de nós).
Num total de 205 Kms, percorreram-se as localidades de Aroeira (Charneca da Caparica), Amora, Moita, Sarilhos, Alcochete, Porto Alto, Benavente, Salvaterra, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Carregueira, Arripiado, Constância, Sta. Margarida, Tramagal, Rossio de Abrantes, Pego, Concavada, Mouriscas e Mação.
A partida, em princípio agendada para as 05h.00m, acabou por acontecer 10 minutos depois, fruto da dificuldade em atafulhar no "camelback" toda a espécie de líquidos, frutas, barras e um gel marado que comprei para o efeito... e ainda as ferramentas, câmaras de ar, bomba, telemóvel, auricular... e alguns aéreo$ (o Speças ainda levou umas sandes!...).
Noite cerrada, parti ao encontro do Speças que se juntaria em Sarilhos, por volta das 6h 25m. O rádio c/ auricular que arranjei para ultrapassar esta hora e pouco em solitário revelou-se uma bela m..., pois não apanhou uma estação 10 segundos seguidos.
Nasceu o dia e com ele levantou-se algum vento de nordeste (era o nosso pior pesadelo) mas que felizmente nunca foi muito forte. Chegamos então à recta que liga o Campo de Tiro de Alcochete ao Porto Alto - 18 kms intermináveis, com berma reduzida, mas com a bela lezíria como fundo...
A primeira paragem aconteceu ainda antes das 8h00m, em Samora Correia, para um cafézinho e uns açucares em forma de Bola de berlim e "palmier" recheado!
Mais aconchegados, mas com o traseiro já a dar de si (este era outro pesadelo), retomamos a estrada e pouco depois, ainda dentro da localidade, uma buzinadela quase me mandava ao chão só com o susto: era um daqueles camionistas que ainda devem pensar que a estrada é só deles e que devia ir a ouvir uma certa música que a dada altura apela ao óbito dos ciclistas e dos homenzinhos que andam de bicicleta!!!
Adiante...
Até Vale de Cavalos, foi ver-nos aproveitar a roda do pessoal que rola na estrada: primeiro dois "manos" que em Almeirim viraram para Santarém e depois o "homem dos 20 kms de Almeirim" que também aproveitou a nossa roda para fazer alguns kms mais resguardado. Um bem haja para eles!
Na Chamusca, a segunda paragem. Abastecimentos sólidos (que gel manhoso), liquidos, alongamentos e o Speças a ultrapassar a sua barreira psicológica: "até à Chamusca eu chego... depois logo se vê!" - pela primeira vez passava a barreira dos 100 kms.
A partir daqui, começou a mudar a paisagem e as rectas mais ou menos planas da lezíria começaram a dar lugar ao sobe e desce da charneca ribatejana. A velocidade média desceu, mas a vontade de conseguir chegar era cada vez maior. Passada a "cheirosa" celulose de Constância, vieram as curvas (e as subidas) do Tramagal e o telefonema (muito mais tardio do que se imaginava) do Broa de Milho que não acreditava que vínhamos já ali.
No Rossio de Abrantes, a terceira e última paragem (planeada). Aí, a bela da bifana da Leitaria Anita, foi raínha!
a seguir, mais duas ou três subidas à séria, veio o Pego, a Concavada, rotunda à esquerda, descida para a ponte nova das Mouriscas (passagem para norte do Tejo) e veio essa p*t* dessa junta de dilatação, qual trilhador de rodas, que me empenou os aros e nos obrigou a uma 4ª paragem forçada para mudança das duas câmaras de ar (sensacional record: praí 10 minutos e estavamos a rolar outra vez).
Rapidamente esqueci este infortúnio quando deparei com a desolação (uma vez mais) dos incêndios no concelho de Mação. Muitos troncos ainda a fumegar e muitas corporações de bombeiros de prevenção a possíveis reacendimentos. Uma lástima já habitual neste (nosso) concelho.
Foi neste cenário que enfrentamos a mais dura das subidas (com quase 200 kms nas pernitas) até á ponte sobre a A23, a 4 kms de Mação. Mas também se fêz!
Passada a sede de concelho, rumamos à aldeia do Pereiro, 5 kms para norte, à qual chegamos bem antes das 16h00m, com 205 kms, mais de 10 horas e meia depois da partida e com cerca de 9 horas a pedalar.
Depois... bem depois foi o que se viu, quatro dias das grandiosas festas do PEREIRO, as melhores do concelho de Mação!
E quem sabe se para o ano há mais... TransRibatejo, porque a festa acho que está garantida!
Denominamos o trajecto de TransRibatejo.
O percurso, em estrada, obrigou à aquisição do belo do pneu slick e respectivas câmaras de ar (abençoadas, como se verá mais adiante) e realizou-se totalmente em autonomia (um eventual carro de apoio iria partir com meio dia de atraso para nos apanhar algures se fosse necessário, mas alguns contratempos fizeram-no chegar muita horas depois de nós).
Num total de 205 Kms, percorreram-se as localidades de Aroeira (Charneca da Caparica), Amora, Moita, Sarilhos, Alcochete, Porto Alto, Benavente, Salvaterra, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Carregueira, Arripiado, Constância, Sta. Margarida, Tramagal, Rossio de Abrantes, Pego, Concavada, Mouriscas e Mação.
A partida, em princípio agendada para as 05h.00m, acabou por acontecer 10 minutos depois, fruto da dificuldade em atafulhar no "camelback" toda a espécie de líquidos, frutas, barras e um gel marado que comprei para o efeito... e ainda as ferramentas, câmaras de ar, bomba, telemóvel, auricular... e alguns aéreo$ (o Speças ainda levou umas sandes!...).
Noite cerrada, parti ao encontro do Speças que se juntaria em Sarilhos, por volta das 6h 25m. O rádio c/ auricular que arranjei para ultrapassar esta hora e pouco em solitário revelou-se uma bela m..., pois não apanhou uma estação 10 segundos seguidos.
Nasceu o dia e com ele levantou-se algum vento de nordeste (era o nosso pior pesadelo) mas que felizmente nunca foi muito forte. Chegamos então à recta que liga o Campo de Tiro de Alcochete ao Porto Alto - 18 kms intermináveis, com berma reduzida, mas com a bela lezíria como fundo...
A primeira paragem aconteceu ainda antes das 8h00m, em Samora Correia, para um cafézinho e uns açucares em forma de Bola de berlim e "palmier" recheado!
Mais aconchegados, mas com o traseiro já a dar de si (este era outro pesadelo), retomamos a estrada e pouco depois, ainda dentro da localidade, uma buzinadela quase me mandava ao chão só com o susto: era um daqueles camionistas que ainda devem pensar que a estrada é só deles e que devia ir a ouvir uma certa música que a dada altura apela ao óbito dos ciclistas e dos homenzinhos que andam de bicicleta!!!
Adiante...
Até Vale de Cavalos, foi ver-nos aproveitar a roda do pessoal que rola na estrada: primeiro dois "manos" que em Almeirim viraram para Santarém e depois o "homem dos 20 kms de Almeirim" que também aproveitou a nossa roda para fazer alguns kms mais resguardado. Um bem haja para eles!
Na Chamusca, a segunda paragem. Abastecimentos sólidos (que gel manhoso), liquidos, alongamentos e o Speças a ultrapassar a sua barreira psicológica: "até à Chamusca eu chego... depois logo se vê!" - pela primeira vez passava a barreira dos 100 kms.
A partir daqui, começou a mudar a paisagem e as rectas mais ou menos planas da lezíria começaram a dar lugar ao sobe e desce da charneca ribatejana. A velocidade média desceu, mas a vontade de conseguir chegar era cada vez maior. Passada a "cheirosa" celulose de Constância, vieram as curvas (e as subidas) do Tramagal e o telefonema (muito mais tardio do que se imaginava) do Broa de Milho que não acreditava que vínhamos já ali.
No Rossio de Abrantes, a terceira e última paragem (planeada). Aí, a bela da bifana da Leitaria Anita, foi raínha!
a seguir, mais duas ou três subidas à séria, veio o Pego, a Concavada, rotunda à esquerda, descida para a ponte nova das Mouriscas (passagem para norte do Tejo) e veio essa p*t* dessa junta de dilatação, qual trilhador de rodas, que me empenou os aros e nos obrigou a uma 4ª paragem forçada para mudança das duas câmaras de ar (sensacional record: praí 10 minutos e estavamos a rolar outra vez).
Rapidamente esqueci este infortúnio quando deparei com a desolação (uma vez mais) dos incêndios no concelho de Mação. Muitos troncos ainda a fumegar e muitas corporações de bombeiros de prevenção a possíveis reacendimentos. Uma lástima já habitual neste (nosso) concelho.
Foi neste cenário que enfrentamos a mais dura das subidas (com quase 200 kms nas pernitas) até á ponte sobre a A23, a 4 kms de Mação. Mas também se fêz!
Passada a sede de concelho, rumamos à aldeia do Pereiro, 5 kms para norte, à qual chegamos bem antes das 16h00m, com 205 kms, mais de 10 horas e meia depois da partida e com cerca de 9 horas a pedalar.
Depois... bem depois foi o que se viu, quatro dias das grandiosas festas do PEREIRO, as melhores do concelho de Mação!
E quem sabe se para o ano há mais... TransRibatejo, porque a festa acho que está garantida!
mg: :aiui: :doente: treinando o dobro do que vocês treinaram...