Boas estimados amigos.
Em 2011 realizar-se-á a 4ª edição do SRP 160/80. Muito se discutiu aqui o preço da inscrição, não só o referente ao evento de 2011, como também o dos anos transactos (2008, 2009 e de 2010). No que toca a este ponto, a importância da inscrição, não me pronunciarei pois considero que todos os que acham que se trata de uma quantia elevada não devem ir e deverão optar por alternativas bem mais em conta do que os 39 euros pedidos.
Com efeito, em 2010 assistimos à proliferação de raids, maratonas, provas de 12 e de 24 horas, com inscrições a 7, 10, 15, 20 ou 25 euros. Algumas destas provas evidenciaram uma organização exemplar, apresentando uma oferta de serviços verdadeiramente notável. Concluio dizendo que existem escolhas bem mais em conta do que o SRP 160/80 atendendo ao custo de inscrição e serviços por esta proporcionados. É claro que todos podem e devem dar a sua opinião, mesmo que o conteúdo relatado não seja simpático para a organização. Esta já referiu que é uma entidade que visa o lucro e aí nada mais há a acrescentar.
O que efectivamente me leva a expressar, aqui e agora, o meu ponto de vista , testemunho subjectivo, e como tal, com o valor de uma opinião, é a reflexão que faço daquilo que se passou a nível da marcação dos percursos da ultramaratona de 2009 e que, pelos testemunhos aqui expressos, voltou a acontecer em 2010 na prova dos 80 km.
Uma prova desta envergadura não pode repetir o mesmo erro duas vezes em duas edições consecutivas. Podemos discutir a qualidade do almoço, dos abastecimentos, das jerseys, das t-shirts, das lembranças, da simpatia das pessoas da organização, elementos todos eles com a sua importância, mas que são secundários, de acordo com a minha opinião, face à marcação do percurso. Quando os participantes com 20, 40, 60, 80 km nas pernas andam aos zigue zagues, depois do esforço dispendido, o desalento é indescritível.
Em 2009 foi o que se viu. Basta dar uma vista de olhos no link aqui colocado à disposição. Fui dos que , embora não seguia no grupo da frente, chegado a um determinado momento do percurso, constatei que os atletas que seguiam à minha frente andavam literalmente às aranhas sem saber por onde deveriam seguir.
Em 2010 terá ocorrido, a fazer fé pelos testemunhos aqui deixados, visto não ter participado, uma situação semelhante com o percurso de 80 km. Em ambas as situações a organização não terá publicado classificações da chegada dos respectivos participantes pois reconheceu que se o fizesse a verdade desportiva seria desvirtuada.
O profissionalismo das organizações deste tipo de eventos destaca-se pelas decisões que se tomam em tempo útil, ponderados todos os factores e variáveis. Improvisar de véspera ou confiar no acaso, na sorte, fazendo fé de que as coisas acabam sempre por se resolver, ou então, quando as coisas correm mal, responsabilizar o S. Pedro pelos seus maus humores ou terceiros sem formação cívica que vandalizaram as marcações, ilustra o quanto esta organização tem ainda de aprender de forma a assegurar um evento de BTT de projecção nacional.
Para 2011 ? Espero que tudo corra pelo melhor e que as apreciações do rescaldo do SRP 160, fugindo da suspeição da unanimidade de opiniões, possam ser mais positivas para a organização.
Vasco Sousa