Rota do Crocodilo [by bttpinoco]

pin7as

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Muito calor e um crocodilo, predicados mais que suficientes para supor uma paisagem tropical, mas não, apenas um passeio interessante e cheio de (des)aventuras...
A tão esperada Rota do Crocodilo* começou a ser pensada logo após a Neve de Pitões de Júnias e desenhada depois de Salamonde com água e Mariolas, isto porque fica sensivelmente no meio dos dois locais. Ainda que afastada dos dois percursos anteriores, esta tinha a particularidade de fazer a circumpedalada (nome da moda por estes dias) à albufeira da barragem da Paradela.

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Tudo começou na ponte dos Lagos em Frades, o outro extremo da barragem de Salamonde, que para além de um bom local para estacionar, é um bom local para se dar início a uma pedalada de 50km. Pelas 8h45m, já visitávamos a ponte da Misarela, ponte que outrora fora defendida das tropas francesas, vai para 2 séculos. Além da beleza do local, é dado o início a um trilho interessante em calçada romana, ainda que a subir nos leva a uma outra ponte menos interessante que marca limite de Cabril. Subida em alcatrão, sempre em amena cavaqueira e uma pequena paragem na capela da Nª. Sra. das Neves, algo perdida na serra, mas que se encontra em belo estado de conservação.

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O desvio à direita veio a revelar-se imensamente belo e prazeroso, mas como tudo na vida, antes tivémos de penar um pouco com as bikes às costas, pois os efeitos da erosão "apagaram" o trilho. A rota, não sabemos se pequena ou grande, estava sinalizada com setas amarelas e levou-nos por um grande trilho cheio de sombras e paisagens deslumbrantes. Um pequeno furo, típico destes dias em que o calor faz das suas ao dilatar a borracha, e seguimos viagem encontrando pequenos sinais de uma cultura diferentes, como animais soltos e despreocupados ou cemitérios amplamente afastados das aldeias, enfim, feitios! Um pouco de alcatrão de de volta ao trilho, este técnico, em descida e à sombra a desembocar numa pequena ponte em madeira que escondia um riacho.

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Hora de mergulho pensaram algum, fizeram-no outros, uma boa desculpa para entreter o estômago também. Reabastecidos e algum refrescados iniciamos a subida penosa a altas temperaturas rumo à capela de Cela, também perdida no meio da bela paisagem. (...) Silenciados pelo calor e pela paisagem, sempre bela, mas agora com o tom azul da água da albufeira, lá subimos novamente pela margem. Um sobe e desce, tipo carrossel, que terminou na afluência do ribeiro Dola na albufeira. Aqui, a parte a cortar desde percurso. O gps marcava "em frente", o trilho mostrava água, escassa por sinal na albufeira. Os pacientes pescadores gritavam da outra margem "amigos, por aí não tem trilho"!

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Talvez com fé nas tecnologias e suas vantagens decidimos arriscar e depois de fazer uma travessia quase em rappel, lá encontrámos mato e mais mato, até que, encontrámos mais mato e aí sim, encontrámos o trilhos tapado por, lá está, mato. Com as forças a desaparecer e a água esgotada, a paragem para reabastecer parecia acertada, assim foi. Acompanhados por cavalos numa rica sombra fizemos o aconchego de estômago e seguimos por uma rápida descida para mais uns belos trilhos. Umas pontes, umas subidas e estávamos em Parada do Outeiro, onde se podem encontrar as coca-colas mais fresquinhas que por aí andam! Publicidade meio deturpada pela necessidade, mas foi aqui que assistimos ao choro mais sufocado que existe por causa de um animal.

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O boi havia quebrado uma das suas patas, o que fez que sua dona chorar o seu azar tão intensamente que nos perguntámos se não seria uma pessoa. Enfim, creio que a frase de um familiar seu resume tudo aquilo que poderia ser dito, "come-o, em vez de chorar"! Deixámos a desgraça alheia e voltámos ao trilho, mas sem antes sermos olhados de soslaio por quem apreciava a piscina em plenos 30 e muitos graus. Mais um singletrack e colocar-nos numa calçada romana, esta que subia para Fiães. Ao som do rio Cávado, as bombas davam pressão aos pneus, numa sinfonia que atrasava o grupo, atraso esse que seria compensado por um pequeno desvio do track original. Algum alcatrão depois e Ferral guardava o último singletrack de volta à Misarela. Nunca se cansa de lá passar, porque a beleza está lá e o local inspira...

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*porquê Crocodilo?

Mais Fotos
 
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SURFAS

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Essa do Crocodilo .......

Que belas fotos!!! E com o sol que se demonstra pelas fotos as coca colas deviam estar uma delicia.
 

pin7as

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crocodilo....hum?!!?!? deixo isso à vossa curiosidade, o porquê de se chamar crocodilo? e não, não vimos nenhum...

as coca-colas são sempre uma delicia, pois com este tempo nao me ocorre nada melhor!!!!

abraço!
 

helderfva

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E o crocodilo????

Quanto as coca colas também sou apreciador, mas uma mini não fica nada atrás.

Parabéns por mais uma grande aventura.
 

artursantos

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Eu já andei perto desse crocodilo... e não deu pra fugir, tive de sofrer à grande!!!

Estes bttpinocos não facilitam... Parabéns pela aventura!

Abraço a todos
 
Relativamente ao passeio, pelo menos para mim não foi fácil. Foi um empeno mais ou menos e aquela do rapel queimou-me os fusíveis... Para não falar do calor que não foi fácil de suportar!

Aventura espectacular! Grande abraço!
 
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duartec

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Mais uma grande aventura deste pessoal, voçês realmente fazem umas voltas que são de deslumbrar, continuem a postar aqui as voças aventuras porque tenho a certeza que toda a gente as gosta de ver!!!

cumprimentos!!
 

ZE KTM

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Algumas fotos que retratam este dia bem passado...

A estreia do meu jersey do forum
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sognimod

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Com muita pena não participei na voltinha de Salamonde com àgua e Mariolas e pelos comentários e fotos fiquei-me a roer todo, logo na altura foi dito que iria surgir uma coisa parecida (também com muito "com ela ao lado" e "com ela ás costas") e logo fiquei na expectativa.
O dia aproximava-se e os detalhes da Rota do Crocodilo iam aparecendo, dizia-me alguém que tinha muito GE pelo meio e eu cá só para mim pensava: eh se estiver calor é que vai ser ... e esteve mesmo calor. Das que considero poucas abordagens ao Parque Nacional Peneda - Gerês (que é agora Reserva Mundial da Bioesfera), esta foi sem dúvida a mais recheada de bombardeamentos paisagísticos na minha retina.
Em suma passeio mesmo como gosto; paisagem, muito verde, muita água a correr, pontes, aldeias, contacto com as gentes, e mais não digo fiquem com o registo de video.

Após (como quase sempre) uma batalha com a tecnologia, eis que surgiu [video=vimeo;12065532]http://vimeo.com/12065532[/video]
* e aquele galo a cantar, ah grande arroz de cabidela!
 
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