Resistencia do Carbono

Ludos

Benevolent dictator for life
Staff member
Eu queria mesmo saber é se o carbono resiste aqueles calhaus que saltam disparados da roda da frente e batem no tubo diagonal, ou quando um gajo malha, ou....

Mas pronto, é sempre bom aprofundar o know-how acerca das técnicas utilizadas na construção de quadros em aluminio :mrgreen:
 

vig@s

New Member
P.M. said:
Vig@s, eu percebo o que queres dizer (nota-se ai uma certa formação), mas o conceito que tentas fazer passar é errado...

Hydroforming é apenas e só um processo de deformação pástica. É obvio que todo o processo de desenvolvimento deve ser pensado com todos os factores. Não se pode apenas trabalhar a pensar no desenho da estrutura sem se saber como vai reagir a esforços. De notar que este processo não é apenas utilizado em bicicletas, ou sequer apenas em processos que envolvam a soldadura!

Se calhar o cordão de soldadura numa tubo "hydroformado" é maior que um cordão de um tubo redondo mais o cordão do reforço... E pimba, lá se vai a lógica...

Isto faz-me lembrar certos engenheiros de processos, que me diziam que a culpa de umas peças virem soldadas fora de cota era do jig (estrutura) de soldadura, pois não compensava o eventual erro destas. Ora, o objectivo de um jig de soldadura é soldar peças soltas num conjunto nas cotas pretendidas. Se as peças não vêm certas e fora de cotas, não é o jig que as vai tornar em peças boas e obter um conjunto dentro de tolerâncias...

pois...
obrigado...mas agora vou ser mesmo "off-topic"...

:sorry: Ludos :wink:

estive por acaso em final de tarde na casa de um amigo que se "alimenta" de publicações estrangeiras e nem de propósito...qual o meu espanto ao deparar com um artigo muito curioso na Bike francesa deste mês e que transcrevo:

(desculpem a seca mas não resisti...se calhar era melhor um novo tópico)

"Qu'est-ce que...le "fluid-forming"? :sabichao:

"En français, on parle de d'hydroformage.
Ce procédé consiste à travailler les tubes d'un cadre en y injectant un fluide (huile ou eau) sous haute pression pour les former au dessin souhaité. Enserrés dans une matrice, les tubes sont bouchés aux extrémités, et l'on y injecte alors le liquide sous pression afin que lá pièce ce moule. Ce procédé permet d'éviter lájout de goussets de renfort soudés aux points de contraintes. Cést plus esthétique, mais aussi plus mécanique puisque cela permet dáccoître la rigidité des tubes (une soudure les fragilise), et cést moins coûteux. Logique donc que l´hydroformage des tubes - démocratisé par Giant - se généralise de plus en plus sur nos VTT."

legenda sob foto de grande plano de cx. direcção de um quadro:

Le tube diagonal de ce Giant STP á été hydroformé dans sa partie inférieure pour remplacer le traditionnel gousset de renfort.
C'est beacoup plus esthétique qu'une soudre et moins contraignant pour les tubes."


in BIKE nº35 Fevrier 2005 pag.24


e agora se alguem se quiser dar ao trabalho de traduzir tambem não é dificil: http://babelfish.altavista.com/

no entanto do meu franceguês rudimentar deduzo que os srs. da revista especializada em foco, o que nos dizem e para alem do que já sabemos ser o "Hydroforming", são as vantagens do mesmo aplicadas á industria velocipédica e que podemos sintetizar em 3:

-menos "stressante" para a tubagem por exigir menos soldaduras o que se traduz em maior rigidez
-estéticamente melhor conseguido
-mais económico

...foi apenas para clarificar...e porque o "saber não ocupa lugar"....

fikem-se :cheers:
 

Ludos

Benevolent dictator for life
Staff member
vig@s, dahhh :eek:fftopic:

:lol: :rotfl:

Já agora, a propósito do teu off-topic, o teu amigo não terá também a tal revista francesa que fala nas reparações de quadros em carbono? Também me parece ser um artigo interessante.

Este tópico está a revelar-se uma boa fonte de conhecimento, mas acho que ainda vou moderar isto e editar os titulos para Aluminio hidroformado :mrgreen:

Interrogo-me acerca do que andaram os carbónicos a fazer que ainda não responderam à minha questão tão simples :hmmm:

Bons posts pessoal :yeah:
 

P.M.

Member
Caro Vig@s,

Ao outros perdoem-me a continuação do off topic, mas não gosto de deixar questões mal respondidas...
Infelizmente ninguem percebeu a pequena história que deixei... A moral dessa história é que cada processo tem uma finalidade e um objectivo e apenas esse.

Pequenas questões:
- Se eu fizer um tudo numa prensa com o mesmo formato que um obtido através de hydroform, este resistirá mais ou menos? Qual o mais fiável e o mais resistente?
- Porque são os tubos ovais ou quadrados?
- Porque têm secções variáveis?
- Afinal pq se utilizam os reforços?

Uma maior secção de tubo, permite resistência a maiores tensões, sendo as tensões proeminentes de tracção e compressão. Assim, a zona menos solicitada é a do centro do tubo e a mais solicitadas as mais afastadas do centro. Dai se usar tubos com secções ovais ou (quase) rectangulares. Utilizam-se secções variáveis, porque como existem zonas onde é necessária menos resistencia que noutras, poupa-se material e peso.

Assim, será ideal numa zona o tubo ter maior diametro (testa do quadro) e noutra menor (espigão selim).

Ora a solução mais simples, é soldar um reforço e assim, aumentar a quantidade de material na zona mais solicitada.
A consequência é o aumento da zona soldada, que como é obvio e não é nenhuma novidade, vai fragilizar o tubo, aumento do peso e é estéticamente menos bonita.

Então resta a solução de deformar o tubo na area pretendida e na medida necessária PARA RESPONDER À CARGA DE TENSÕES PREVISTA. Restam dois processos mecânicos para fazer esta solução. Ou se tem umas ferramentas e prensas proprias para o fazer ou se recorre ao Hydroform.
A primeira solução é economicamente inviável e estupidamente trabalhosa. Resta a segunda.

E em resposta à primeira questão, a solução é: IGUAL!

A soldadura tem importancia mais é um parametro menos importante que a análise das tensões necessárias. Soldar um reforço é a soluçao economicamente mais viável e de processo mais fácil.
Um tubo hydroformado garante uma melhor distribuição de tensões, menores problemas com soldadura e um tubo mais bonito, sendo no entanto um processo mais dispendioso.

Tudo isto apenas para contestar que a razão por que se utiliza o hydroform é apenas por causa da soldadura. É um processo de deformação e não apenas utilizado em tubos. Este processo usa-se porque é o unico economicamente viável para fazer as deformações.
E peço desculpa se a minha formação e experiência vai de encontro ao gajo que escreveu na revista...

Pedro
 

frezite

New Member
eu tenho carbono na escora traseira da minha BH

o que noto... rigidez nas subidas e nas pedalas... no saltos aquela pancada seca dos alumínios é para esquecer...

claro que não é nenhuma suspensão traseira... mas é mais suave...
diferença noto tb a tentar sacer cavalos... de inicio quando não estava habituado ao quadro e quase que não conseguia levantar a roda da frente... agora que já levanto na boa... peguei numa bike de aluminio e ia dando a volta da força que fiz... é estranho pois noto que é muita rígido nas subidas e depois estas cenas...

agora sobre levar pancadas... eh pá... não é uma zona muito sujeita a pancadas mas até agora...

só se fizer um teste... um serra... vejo quanto tempo demoro a serrar o alumínio e depois comparo com o tempo que demoro a serrar o carbono!!! :D :D :D :D :lol: :lol: :lol: :lol:


um abraço

Rui
 

fire4me

New Member
Ludos pega na tesoura e faz 2 tópicos, 1 da resistência do carbono outro de alumínio: mrgreen:

Voltando ao tópico...

Para quem ainda não sabe, desde 2003 que eu sou o feliz proprietário de uma scott strike team issue o que me leva a poder responder infelizmente não com tantos conhecimentos técnicos, mas com os conhecimentos práticos que fui adquirindo ao longo de mais de 8000km.


Em relação a pergunta da resistência aos calhaus.

A minha bike já levou com vários calhaus, aqueles que saem projectados da roda da frente e vão bater na parte inferior do quadro e fazem um barulho que nos faz doer o coração. :eek:mg:

O resultado desses impactos na parte inferior do tubo diagonal é um ligeiro "picado" que danificou parte do "verniz" que cobre a bike.
Para minimizar isso optei por colar um plástico protector, tipo aquele que se usa para proteger os livros escolares só que com um bocadinho de mais espessura. :ideia:

Em relação a quedas ainda só dei uma verdadeiramente digna desse nome, choquei com uma árvore em pleno voo... :oops: e ainda andei de rastos um bocadinho… eu juro que a arvore se mexeu.

Foi exactamente no mesmo sitio onde tirei a foto que esta no meu avatar.

Como resultado dessa queda fiquei com mais alguns riscos no "verniz" que esta por cima do carbono.

É claro que temos de ver que há quedas e quedas...

Resumindo o carbono não é aquela coisa tão frágil que certas pessoas pensam, mas também não é nenhum “tanque de guerra”.
 

vig@s

New Member
caríssimo P.M.

P.M. said:
Caro Vig@s,
...
Tudo isto apenas para contestar que a razão por que se utiliza o hydroform é apenas por causa
da soldadura. É um processo de deformação e não apenas utilizado em tubos. Este processo usa-se porque é o unico economicamente viável para fazer as deformações.
E peço desculpa se a minha formação e experiência vai de encontro ao gajo que escreveu na revista...

Pedro

...desculpas aceites... :mrgreen:...dahh...mas:

...eu não afirmo que o Hydroforming se deve apenas ás soldaduras mas permite evitá-las...

...quanto ao gajo da revista tambem não me parece que só fale em...soldaduras.. :shh:

...sobre o resto é tarde, tenho sono e não quero tirar nenhum curso á distância...
...e depois, como dizia o outro.."tá bem, leva lá a bciclete"... :podio:
hasta :cheers:
 

Barney

New Member
Entao mas o carbono é susceptivel a quebras ou nao?

Será menos resistente que o aluminio?

Sabem de algumas comparaçoes?

Penso que esta era a questao!! :mrgreen: :mrgreen:
 

siulm10

New Member
Boas ppl alguém que me possa explicar o que é:

Carbono FACT 8M

Carbono FACT 9M

Carbono FACT 10M

Quais as diferenças entre eles se é que existem e porquê?
 
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