Até agora a queda mais grave que tive foi em Julho de 2011. Vinha a descer a minha rua (tinha acabado de sair de casa para ir dar uma voltinha com 2 amigos, tinha andado 100m, se tanto) quando me aparece um carro de frente logo a seguir a uma ligeira curva. Não ia muito depressa, mas o que é certo é que acabei por dar uma valente cambalhota e a bicicleta saiu a voar. Quando "recuperei" vi que a bike tinha ido parar uns bons 10m à minha frente, e por sorte não tocou no carro. Depois de pensar no que poderia ter causado a queda, lembrei-me que não tinha limpo o disco de trás depois de estar a lubrificar a corrente. Ora, numa descida estar a contar com os dois travões mas ter só o da frente a funcionar a 100%... não é preciso dizer mais nada... Juntando a isso alguma falta de experiência a andar com os pés presos, não podia dar bom resultado.
Lesões na bike: só 1 banco completamente deformado e com o apoio de um dos carris partido (digo "só" porque para a queda que foi parecia ter feito muito mais estragos, mas nem um arranhão teve).
Quanto a mim, fiquei com o ombro esquerdo feito num oito, pois caí em cima dele, e com o braço e outras partes do corpo "esmurradas" e o pulso direito muito dorido.
Mas não quis saber de nada disso. Mesmo todo dorido e atordoado optei por ir fazer aquilo que tinha combinado, ir dar uma volta com os meus amigos. O que me doía mais era o pulso, mas confiei num deles que dizia que aquilo "era normal", estava "dorido da queda". Lá fomos nós serra acima, mas após 30km decidi não continuar porque as dores no pulso eram imensas. Quando tirei a luva vi que tinha um grande inchaço e não conseguia dobrar o pulso. Se calhar não era tão normal quanto isso
Fui às urgências, onde depois de me fazerem um raio-x, que não apresentou nada de anormal, me disseram que era "uma entorse". Imobilizaram-me o pulso com ligaduras, receitaram-me alguma coisa para as dores, e disseram-me para andar assim durante uma semana que aquilo ia passar. Depois de umas noites mal dormidas por estar dorido em todo o corpo, passou-se a tal semana, e melhorias nem vê-las. Mais uma vez, afinal era algo mais que uma entorse. Marquei uma consulta de fisiatria, e comecei a ter sessões diárias durante um mês. Pelos vistos o que era "só dorido", e mais tarde era "só uma entorse" era afinal uma contusão
e o problema estava num dos ossos do pulso. Nessa altura o médico que me atendeu disse que não voltaria a ficar a 100%. O que é certo é que melhorou, sem dúvida, mas passado um ano por vezes ainda sinto uma picada, especialmente quando faço mais força com o pulso dobrado, como fazer flexões por exemplo.
De resto, felizmente, nada de grave. Tive uma queda algo aparatosa há menos de meio ano numa maratona. Mais uma vez numa descida, pelo que dizem algumas pessoas que estavam no local bati com a roda da frente numa grande pedra e dei uma cambalhota. Resultado: 1 guiador para o lixo, entortou completamente; 1 capacete esmurrado (se não fosse ele...); o famoso pulso novamente dorido, mas desta vez foi mesmo só dorido, ainda deu para acabar a maratona.