PNSAC-Percursos no Reino da Pedra

3dmania

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LONGAS... no Ribatejo. Do Alviela ao PNSAC


Com força, determinação e gosto de aventuras no btt, fomos 4 os herois do dia! Este percurso previa-se duro mas o que nos esperava, dava-nos força para continuar! A cada dificuldade juntava-se um enorme prazer pelas paisagens e trilhos magnificos! Começamos junto ao rio Alviela, por trilhos que ha muitos anos não passavam bicicletas, abertos apenas por animais que por ali pastam! Só tenho pena de ninguem aproveitar aqueles caminhos antigos de acesso a hortas que dão um aroma tão agradavel a quem passa por ali! Mas adiante... chegados aos Olhos de Agua, nascente do Alviela, conduzidos pelos belos dos singles, deparamo-nos com tamanha destruição da praia fluvial, onde transformaram as margens em muros de pedra e ate o leito do rio estava com uma cor de sabão! Junto a gruta, andavam individuos a cortar arvores de dezenas de anos que nasceram nas rochas...! Lamentavel!!!

Dali até ao reino da pedra foi um tirinho! Começava ali a dureza mas com ela a beleza daqueles caminhos ladeados por muros de pedras. Subir, subir, subir e chegavamos ao topo da serra de S.António. Ja se pensava no almoço e ainda nem imaginavamos o que estava para vir! A medida que andavamos, encontravamos caminhos com muita pedra mas outros a seguir ja nos aliviavam um pouco da dureza.
Mas quando chegamos à costa de Alvados, as emoções aumentavam e começamos logo a tirar fotos a toda aquela beleza construída pela natureza! Como é que a 500 e tal metros alguem se lembra de fazer um single numa encosta perigosíssima...! E ainda bem... ehehe porque aquele single foi o que me marcou mais!
Depois foi a descida para Porto de Mós para o repasto. Não saimos daquela cidade sem visitarmos o emblemático Castelo e avistarmos aquela subidinha aos moinhos ja para começarmos o regresso.
Foi uma subida suada mas acabado o estradão, a subida continuava por caminhos de pedra e mais pedra! O almoço teria ficado logo ali...!
Estas tinha sido a segunda dificuldade do dia, onde chegamos a atingir os mais de 600m de altimetria. Começamos a ver que a hora avançava depressa e ja nos apercebiamos que não chegavamos a hora prevista. O nosso lema foi não deixar ninguem para tras e esperarmos sempre uns pelos outros! Tivemos 2 furos e um rasgo num pneu que ainda nos atrasou mais! No Arrimal tivemos de pensar em alternativas mais rapidas para o regresso, pois apenas eu levava luzes! A partir das pedreiras de Alcanede foi em modo "extenuante" até S.Vicente do Paúl!
Esta foi das voltas mais duras mas também a que mais prazer me deu em cima de uma bicicleta! Foram mais de 120kms com 2600D+ no Garmin.
Agradeço muito aos 3 companheiros que me acompanharam pois sozinho nesta serra seria muito penoso!


 
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3dmania

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Recordar como foi no Reino da Pedra!

[video]https://picasaweb.google.com/lh/photo/RiZcjB4eRiwmYxypgYcnIKKhP0dvCiqLJPBj0H1vQgw?feat=e mail[/video]
 

RTC

Super Moderador
Boa reportagem fotográfica.
Apesar dos contratempos, foi um dia em cheio. Já se sabe que na pedra, os riscos de furos ou rasgos nos pneus são maiores.
Pena é que os teus amigos não tenham levado luzes. Tendo em conta o tempo que iriam demorar mais os contratempos que podem acontecer, era quase obrigatório levar luzes. ;)
 

SeteGu

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Fazendo também o resumo:

Saí de casa ás 7:15 (+/-) em direção a São Vicente do Paul. Chegando lá foi palheta daqui, palheta dali, comer qualquer coisa (que o 3dmania gentilmente preparou para nós) até à altura de nos pormos a caminho.

De inicio desviamo-nos um pouco do track inicialmente planeado (devido ao caminho estar fechado) seguindo sempre perto do Rio Alviela por caminhos de Ovelhas (single track´s) bastante interessantes e com algum sobe e desce.
Um pouco mais à frente retomamos o track e fomos dar aos olhos de água... parámos um bocado, tiramos umas fotos e sempre se aproveita para comer qualquer coisa para repor energia: a subida que se seguia metia algum respeito.

Ao quilometro 30 (desde que saímos de S. Vicente do Paul) já levávamos 1.000 e poucos metros de acumulado. Foi, salvo erro, mais ou menos por essa altura que começou a subida para a serra com uma bela amostra do que do que nos iria acompanhar no restante percurso: pedra e mais pedra. Chegando finalmente lá acima (nesta altura já todos de manga curta e bem quentinhos) deu para parar um pouco, tirar mais umas fotos e pensar no almoço estaria quase (e que seria em Porto de Mós +/- a 20 kms dali).

Foi então nesse trajeto que passámos pela mítica Costa de Alvados: uma paisagem única e de incontestável beleza. Sem dúvida a zona mais marcante de todo o percurso. Já depois da Fórnea começamos a descer mas desta vez enganamo-nos no track acabando por seguir um outro caminho. A descida foi feita constantemente em cima de calhau e cheguei cá abaixo com algumas dores: não propriamente nos pulsos mas nas palmas das mãos.

Depois do almoço no local que o Rui Marçal nos indicou (sem dúvida um bom sitio para relaxar) e de uma visita rápida ao Castelo da cidade foi altura de voltar novamente a subir. A partir daqui, dada a dureza do terreno e do percurso em si o meu ritmo começou a diminuir... do lado de Serro Ventoso basicamente andámos de topo em topo até finalmente chegarmos ao Arrimal onde parámos para descançar, beber uma água das pedras (para ajudar à digestão do almoço) e para resolver um ou outro problema mecânico (furos e um pequeno corte num pneu).
Por essas razões (para além de já estar a ficar tarde) decidimos subir novamente depois do arrimal não pelo trilho mas por estradão com menos pedra descendo depois já pelo track indo assim ter a Alcanede.

Nessa altura, precisamente por ser tarde, estar roto e não querer atrasar o "comboio" (era o mais cansado do grupo), decidi seguir diretamente para Santarém (poupando assim uns 20 kms).

Acabei por chegar a casa (já depois das 20h) com o conta-kms a marcar 133 kms e 2 860m de acumulado positivo.
Mas para mim o mais difícil nem foram os quilómetros ou o acumulado (apesar de nunca antes ter feito tanto)... foi mesmo a dureza do terreno.

Se valeu a pena? Sem dúvida que sim... e sem dúvida que quero voltar ao PNSAC.

Agradeço também aos companheiros (José, Bruno e Henrique) pelo excelente apoio e companhia.

PS: As fotos estão no link que o 3dmania disponobilizou.

EDIT: Tínhamos 2 luzes mas entretanto eu segui caminho por outro lado (quando já estávamos fora da Serra).
 
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Nozes

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Que grande tareia na espinha deve ter sido,malta!

Realmente uma aventura desta envergadura seria melhor levada a cabo nos "dias maiores",para não se acabar de noite.

O percurso de volta é que deve ter sido pouco interessante,tanto em trilhos como em paisagem...mas também cansados como já vinham,imagino que tanto fez :)

Parabéns!
 

Rui Marçal

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E chegaram ao fim, *****. Devem ter um rabo jeitoso devem, lol...

Agora, que já tem o livrete para pedalar no PNSAC, começa a estar na hora de comerem pedra a valer, ou seja, começar nos singles...e eles são tantos...
 

SeteGu

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Os dias maiores podiam ter também a desvantagem do calor (eu pessoalmente dou-me mal, prefiro o frio)... mesmo assim ainda apanhamos 26-27º o que sempre a subir também não é muito fresco...

Mesmo assim, por sorte, apanhámos um dia bastante bom: bom tempo sem estar demasiado calor.
 

Jocas22

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existe no PNSAC algum daqueles eventos desorganizados guiados por GPS estilo Arruda Montejunto por exemplo?

senao existir e alguem pensar em fazer arranjo ja interessados ;)
 
100.000 Visualizações.

No dealbar das 100.000 visualizações (!!!) é com satisfação que vejo este tópico continuar a ser procurado, embora, ultimamente, eu não tenha colocado aqui novos percursos.
E não o tenho feito, em primeiro lugar, porque não tenho ido ao PNSAC fazer novos percursos. Na realidade, das poucas vezes que por lá tenho ido é p´ra repetir coisas já feitas.
Além disso, notei que muitas das ilustrações dos percursos que aqui coloquei ficaram inacessíveis o que "desilustra" a coisa e desmotiva novas publicações.
Devido a isso, e conforme a disponibilidade temporal, vou recriando o que aqui escrevi e ilustrei num blogue: PNSAC- Percursos no Reino da Pedra :pesquisa:

Boas pedaladas, com ou sem pedra.
 
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