A curvatura para trás num espigão de selim serve para, em conjunto com alguns quadros,
conseguir um geometria do conjunto (quadro / espigão) mais adequada a cada um.
Traduzindo por miúdos, certos quadros têm geometrias em que o angulo do tubo do selim é maior ou menor
que outros, ora isso faz com que a nossa posição em cima da bike também seja diferente.
Medida "A" na fig. indica o ângulo do tubo de selim dso quadros.
Idealmente deveria existir um ângulo de 0º entre a parte da frente do nosso joelho,
e uma linha imaginária vertical que passa pelo eixo do pedal quando o crank está da horizontal.
Por outras palavras a nossa rótula devia estar "na prumada" do eixo do pedal.
Ora, como nós nem todos temos o fémur do mesmo tamanho, muitas vezes, em quadros com angulos maiores,
não é possível conseguir esta posição com um espigão direito, por isso uma alternativa é colocar um desses espigões recuados.
Também serve para casos em que o quadro é um pouco pequeno e em que não queremos aumentar o tamanho do avanço,
então um espigão desses pode-nos dar mais dois ou três centimetros.
Em qualquer das situações há sempre uma diferença no sentido em que, com os espigões recuados,
ficamos com o centro de gravidade mais atrás, ou seja, melhor para descer.
Para ilustras a coisa aqui fica:
Espigões direitos:
Espigão recuado:
E espigão "torto" para trás: :lol:
Atenção que no caso destes ultimos, há certas marcas que em alguns dos seus modelos de quadros,
só recomendam a sua utilização precisamente por complementar a geometria do próprio quadro.
Estou naturalmente a falar da Specialized, e mais concretamente da Epic.
Por isso é que todos os quadros Epic vêm com aquele espigão da Thomson, e se não vêm,
deviam vir, pois é a própria marca a aconsekhar a sua utilização.