Doutorphil said:
...precisam é de sangue novo, uma equipa jovem com olho para o mercado, que tenha uma imagem cuidada e de vanguarda, ponham os olhos na industria artesanal inglesa, marcas como a Charge, DMR etc têm produtos altamente desejáveis, e que fazem eles de diferente do que nos pudéssemos fazer?....
Acabem com nomes tipo Orbita, confersil, vilar, catita e sirla e o camandro, abram a pestana...
...o futuro são os nichos de mercado...
posso dar um exemplo recente de sucesso na industria portuguesa:
Boca do Lobo...esta é uma empresa de mobiliario orientada para o mercado high end, produtos originais e com acabamentos excelentes...que foi necessario para existirem...simples, compraram uma empresa dessas de moveis "tipo paços de ferreira" que estava moribunda, e usaram a cabeça! fartam se de ir a feiras, vendem mto a preços exorbitantes...
..enquanto houver velhos do restelo nestas empresas, só têm um futuro, a falência...
...caraças, é que isto tem que se lhe diga, vão ao site da orbita e vejam as bikes que eles têm todas em carbono...uma xc totalmente em carbono full xtr por 2200€???.....mas caraças...orbita!? chamem lhe qq coisa menos orbita...e depois é como tudo...bikes a 2700€....bikes a 130€....mas que raio de mercado é este? ou oito, ou oitenta......uma boa proposta que eu faria a orbita, era, criem uma marca nova dedicada ao mercado high end, criem uma imagem de marca de qualidade, com um nome vendavel...é que nós temos excelentes designers...n entendo....aí, até eu pensava numa orbita....
Concordo plenamente com o Doutor phill.
A sociedade actual não se compadece de saudossismo pelo que é nacional.
A lei de mercado obriga a marcas fortes, com nomes sólidos e sonantes, conhecidos e de reconhecido valor. Por alguma razão ou outra já todos ouviram falar em SPec. Scott, Cannondale, Trek...perguntem a um espanhol se já ouvi falar em Sirla, vag ou outra qualquer....interessa lá ao comprador que a marca é do pais A, B ou C?!...interessa o valor da marca, aquilo que qualquer um pensa assim que ouve um nome...
Em Portugal a coisa foi-se aguentando pois toda a parafernália de marcas foi conseguindo escoar stocks para continentes e modelos e coisas afins...mas vejamos algumas pequenas estratégias:
:arrow: houve uma preocupação em investir em markting?
:arrow: criar nomes apelativos?
:arrow: desenvolver um logótipo que se destaque pela beleza e pelo que transmite ao comprador?
:arrow: publicitar os produtos em feiras e outros eventos?
:arrow: praticar preços pouco rentáveis mas muito competitivos (ainda que durante um breve tempo)?
:arrow: investir em novas tecnologias e não ficar parado no tempo?
:arrow: modificar o aspecto geral dos quadros (pra muitos um bike é sempre o mesmo n.º de tubos soldados :roll
?
:arrow: estabelecer protocolos de colaboração com marcas de componentes?
:arrow: permitir a fusão de várias pequenas empresas (algumas de carácter quase familiar e artesanal)?
...e sei lá que mais...mas atenção, falo sem saber se algo disto foi tentado pelas empresas portuguesas, agora que já vi muita empresa (não forçosamente de bicicletas) fechar porque o dono só se preocupou com os lucros até a empresa dar o estouro e fechar, já!!!
A empresa tradicional portuguesa ainda tem uma mentalidade pequenina e regional (que não se ofenda ninguém, onde vivo é a percepção que tenho
). O mundo já não é assim, e o 25 de abril já há muito ficou pra trás...ainda assim é sempre triste ver uma empresa Portuguesa fechar
...
Cumps