Concordo ali com o António. Hoje em dia, já não se deve colocar tanto a questão se o atleta se dopa ou não, mas sim em que quantidades se dopa. É certo e sabido por todos aqueles que acompanham bem de perto o ciclismo de estrada, que a grande maioria de quem lá anda a pedalar, toma substâncias que lhe permitam aumentar as suas performances. O que eles fazem, é controlar muito bem as dosagens para que estas depois não excedam os limites impostos pelas federações. Se essas substâncias podem vir a ser nefastas para o organismo a médio ou longo prazo, já é secundário, pois o que interessa são os resultados do momento. Como disse o António lá atrás, e muito bem, são quase sempre os próprios directores desportivos das equipas que quase impôem isso aos atletas. "Se não queres tomar, depressa arranjo um para o teu lugar que queira." é o que concerteza já muitos ciclistas ouviram. E pior, ouviram-no quando ainda andavam pelos escalões mais jovens.
No BTT, isto tudo ainda está tudo muito "verde", porque ainda é um bocado "cada um por si", em vez de se organizarem em equipas semi, ou mesmo profissionais. O negativo da situação é que muitos, influenciados por conversas de café, ou por vendedores da "banha da cobra", acabam por começar a ingerir tudo o que lhe aparece à frente, sem nenhum tipo de controlo. Acho que esse é o alerta que deve começar a ser passado, de forma a que cada um possa ter um pouco mais de informação sobre o que anda a fazer, de forma a poder fazer um controle mais eficaz do que toma. Senão, é esperar mais uns anitos, e começaros a ouvir casos de impotência, insuficiências renais, arritmias ou ataques cardíacos. Talvez nessa altura o pessoal começe a abrir os olhos. Esperemos é que não seja tarde demais...