Moniz... fantástico post!
Diz tudo pelo qual me tenho batido, por vezes sem esta forma bonita com que tu te exprimiste, por vezes até de forma agressiva.
Um dia esta Federação vai de certeza acordar, ainda e sempre a tempo para ela própria que tem "todo o tempo do mundo", mas se calhar para muitos atletas já será tarde como para muitos já o foi. E perceberá esta Federação mas noutro tempo... noutra cultura, o que é óbvio para todos, menos para uma Federação que com a Estrada é como uma Cuba Fidelista que isolada insiste que o "ideal" ainda existe. Em Portugal a estrada está morta em termos de desporto que não tem expressão, não aparece na TV, não é falado no café, ninguém sabe o nome de um ciclista sem ser o Cândido Barbosa, salvando-se apenas a Volta e mais nada, seja em onde for, excepto a Volta ao Algarve quando cá vêem os Armstrongs, e mesmo nestas 2 situações já não há "amor" como houve noutros tempos que a malta vivia o ciclismo, sabia as equipas, conhecia os atletas... tudo isso morreu nos frascos de doping de um desporto viciado e caduco. Há ainda muito grupos de ciclo-turistas de estrada, mas basta num dia de sol ir a Sintra e perceber através dos milhares de Betetistas que lá estão, que o milagre que a Vanessa fez trazendo um desporto pouco comum e pouco fácil de praticar enquanto lazer, ser mais fácil de fazer no Btt, e terá um retorno muito maior à modalidade e consequentemente à própria Federação... mas também sei que isto só acontecerá quando houver uma "Vanessa" no Btt que faça pelo Btt o que ela fez por uma modalidade que eu nunca ví ninguém a practicar ao contrário do Btt... a modalidade mais praticada em lazer depois do futebol... e o teu post espelha tudo o que digo de uma forma simpática e bonita efectivamente... mas a base é essa: um atleta de top a ganhar lá fora e que demonstre claramente que é limpo, que não se droga, que é predestinado e obstinado pois se se sentir que é dopado é mais um que não se saberá o nome e que não servirá este propósito de levar todo o Btt consigo e com as suas vitórias, a bater-se com os melhores do Mundo, vai aparecer na TV e em todo o lado e torne-se ícone, exemplo. De seguida muitos putos entram com esta motivação para a modalidade e nessa situação, aparecerão sempre predestinados pela quantidade e só na quantidade se apanham os que "nasceram"... muitos terão orgulho em se federarem mesmo que para apenas andarem ao fim de semana com seguro da federação e "orgulho"... e a modalidade crescerá. Esta é a única sequência que existe... mas é preciso aparecer o tal ícone, a tal "Vanessa", e esse terá que trabalhar muito e corajosamente e com espírito de guerreiro para bater os estrangeiros, com espírito e atitude de vencedor pois só assim motivará orgulho nos conterrâneos, pois nós amamos como todos os povos do mundo, ganhar aos outros, seja no futebol, no ciclismo, no triatlo, no atletismo ou no automobilismo... é preciso é bater pessoal lá fora para puxar pelo nosso amor ao país.
No final digo... dessa forma simples de primeiro fazer um campeão, se fez o Triatlo português no que é hoje, se fez o Btt espanhol no que é hoje através do Hermida e da Marga Fullana, se fez o Btt francês através d Absalon que é hoje com um ícone que bate todos no prémio de atleta do ano e Velodor em França que vem do Btt, se fez o btt suiço que orgulha os suiços e acreditem que posso postar aqui, noticias da SwissPowerCup a dizer como foi a prova no Telejornal suiço das 8h da noite como nós cá vemos o futebol todas as noites mesmo que se apenas por uma constipação do Ronaldo...
Chegará esse dia em que a Federação irá ler sobre Pirâmide de Cobertain e verá através dela o potencial que tem o Btt, através dos seus milhares de praticantes e se dedicará a esta modalidade como se dedica à estrada... mas teremos que esperar que as mentalidades da roda fina mudem muito, e isso vai levar ainda décadas...
paulo marinheiro
ps. ...o triatlo já pertenceu à Federação Portuguesa de Ciclismo! Neste momento tem salvaguardado atletas com nível para as próximas 3 olimpíadas, em várias gerações de "vanessas" que agora se formam, num trabalho fantástico que tem que ter campeões na actualidade para mostrar serviço e ter apoios, mas que salvaguarda o futuro. Em cada captação que esta federação faz, são centenas de atletas a quererem entrar e mais 90% fica à porta.