FireEye Burning

PedroTenreiro

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Com o tempo e a experiência, cheguei à conclusão de que o que gosto mesmo de faz no BTT são coisas mais técnicas. Não ligo peva aos tempos e cada vez mais olho para os estradões com cara de aborrecimento. Do que gosto mesmo são de trajectos técnicos (seja a subir ou a descer) e de singletracks (ahhh, singletracks!!!).
Não que isto signifique que não goste do resto. Aliás, o "resto" está sempre presente porque, para mim, no BTT tem de haver pedal e na minha zona, para chegar aquilo que gosto, tem necessariamente de se pedalar.

Adorei as minhas HT, principalmente as últimas duas mais radicais que me passaram pelas mãos (a 456 de carbono e a flame em cromoly) e ainda hoje olho para alguns modelos de aço com os olhos mais cobiçosos à face da terra...
No entanto há outros mundos a explorar e oportunidades que não se podem desperdiçar. Isto aplica-se a tudo e também ao mundo das bikes.

Assim sendo, com alguma mágoa me despedi do meu Flame e, em troca, recebi isto:



Um quadro FireEye Burning, com uma Manitou Mattoc de 160mm e um Xfusion O2 PVA.
Fui busca-lo no dia 7 de Janeiro, tendo sido montado no fds seguinte (14 e 15). Ficou assim:



Desde então até agora, sofreu algumas alterações. Umas de maior monta que outras, mas que melhoraram a bike no seu todo. Neste momento está mais ou menos assim:



 

PedroTenreiro

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Melhor do que estava à espera para uma bike com 150mm de curso traseiro isto em termos de rendimento de pedalada. Pensei que fosse bem mais molengona neste aspecto que as minhas HT. Tem sido uma agradável surpresa: o amortecedor não bombeia muito mesmo quando está aberto. Ando quase sempre com ele em "trail" e apenas o meto em climb em longas subidas de alcatrão e em descent em coisas mais técnicas. O trail é um bom compromisso entre ambas as posições.
A descer, é muito boa, como é óbvio. Tem uma geometria bacana com 160mm (HA de 67º) embora as minhas HT conseguissem ser mais agressivas neste aspecto (principalmente a 456) com 150mm e rodas 27.5 que a coloca num compromisso confortável com o "subir" e o "descer". As minhas HT tinham alguma tendência em levantar a frente em subidas mais inclinadas. Esta mantém a frente colada sem grandes espinhas. Neste aspecto, tem também as escoras um pouco mais longas e um TT um pouco-nada mais curto. O weelbase deve ser praticamente o mesmo em relação às HT: aumenta atrás e encurta na frente.
De resto, esta é 1x10 (embora use um desviador de 11) e este é o principal contra que lhe saliento.
A mattoc é, mais uma vez, muito boa e nada fica a dever à minha ex 34 factory e é quase tão ajustável como a fox mesmo sendo o modelo base. Só não gosto muito da cor do conjunto. Quando me veio parar às mão estive mesmo para o decapar e deixa-lo em alumínio cru. Esta ideia não está de todo afastada e mais cedo ou mais tarde é o que irei fazer, mas por enquanto fica assim.
Não que me dê mal com este tipo de transmissão, mas acho que faz umas linhas de corrente muito estranhas, principalmente em 32-42. Acho que um 2x10 caia que nem ginjas.
 

AntónioSouza

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Mais uma montagem bem engraçada. Tenho de confessar que já era fã das tuas bicicletas, tendo eu feito um caminho parecido em termos de evolução...
As rígidas têm sempre o seu lugar e ter um brinquedo destes na garagem permite sempre atacar trilhos mais exigentes com segurança e "aliviar" um pouco as costas.
Boa pedaladas e vai dando report desse fireeye em termos de funcionamento e fiabilidade.
 

PedroTenreiro

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Amigo António, pessoalmente acho que o XC é uma espécie de prolongamento do ciclismo de estrada mas em que se usa suspensões e rodas mais grossas. Associo sempre o XC a competição, a tempos, etc. Como não gosto disso, virei-me para outra vertente. Acho que o All Mountain enquanto disciplina encarna perfeitamente a ideia que sempre tive do BTT: andar por divertimento. Há competição, claro, mas tenho-a como uma disciplina muito mais relaxada e não tão focada.

Quanto à bicla, continua boa e recomenda-se. Não referi acima mas nos inícios deste mês troquei o amortecedor por um Fox Float CTD e tenho o Xfusion guardado até encontrar novo dono ou então ficará simplesmente como reserva. Não sinto grandes diferenças entre eles em termos de comportamento (independentemente de as haver), no entanto acho o Fox mais simples de utilizar uma vez que tem 3 posições fixas em comparação com as 4 (ou 5) do Xfusion. Em princípio voltarei ao 2x10 ainda esta semana. A ideia de decapar o quadro, adensa-se cada vez mais. Sei que mais cedo ou mais tarde é o que lhe vai acontecer. O que custa é começar.
 
Por acaso até gostava do amarelo nessa bike, no entanto estou curioso para ver o desfecho. Já agora que decapante usaste?
 

PedroTenreiro

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A suspensão ficará como está. Mudarei no futuro os autocolantes, mas apenas isso.
O decapante usado era da marca "triunfante" em gel. Tinha-o por cá e uma lata deu para decapar o quadro inteiro, mesmo aplicando mais do que se calhar seria necessário. No final ainda sobrou algum. É bastante eficaz, mas acho que a tinta do quadro também não era muita e não teria muita qualidade.
 
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