Feel the heat with Merida FLX team by David Raquel

David Raquel

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Boas pessoal!

Chegou a altura de apresentar a minha última brincadeira. Começo por referir que a montagem desta bike não passa por ser um exercício de leveza mas encaro-a, antes, como um "laboratório de experiências" onde é testado material que depois irá (ou não) ser adoptado pela irmã ghost. O peso vem, então, por acréscimo (ou decréscimo?) e não foi, de todo, prioridade.

Surgiu a oportunidade de adquirir este quadro "novo" a bom preço e aproveitei. Tentei montar uma bike que fugisse um bocado ao que tenho estado habituado, onde não teria medo de arriscar e experimentar coisas novas. Algum material transitou da antiga Epic, outro já tinha por casa mas nunca tinha usado e algum veio novo também.

Passemos então ao que interessa. O quadro é este Merida FLX team edition que não sendo nenhum recordista de peso, pareceu-me uma boa escolha e confesso que sempre simpatizei muito com este modelo apesar de não ser grande fã das chamas empregadas pela Merida nas suas Pinturas. Acusou 1214gr na balança, com dropout (1196 sem o mesmo)



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No capítulo do amortecimento, a velhinha SID world cup que estava na Epic foi a primeira escolha para este projecto. Porém, depois de algumas voltas com a bike e de estar agora habituado aos 100mm (e consequente altura de direcção) da DTswiss da ghost, senti a necessidade de trocar por algo mais "recente". Apesar da velha sid ainda estar mais que funcional, acusa já o peso da idade (ou neste caso não o acusa eheheh) e já tinha guardado o mais que merecido lugar na prateleira das relíquias lá em casa.

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A escolha para substituir a velha SID foi.....uma SID, das "novas"! Saltou fora a SID wc de 2005, entrou a SID wc de 2009 e com ela uma diferença de 406gr! (infelizmente não tirei foto na balança mas com o poplock a sid de 2009 acusou mesmo 1524gr de peso).


A primeira novidade na montagem veio através do guiador escolhido. Queria algo diferente do ax lightness de 560mm e 3º da Ghost e tinha em casa um Extralite Lowrize de 600mm, um Easton ec 90 de 550mm e um Schmolke sl de 9º e 640mm (sim, 64cm de guiador recto!). A primeira montagem fez-se com o Extralite e confesso que gostei bastante mas sentia a bike um pouco mais "pastelona" do que devia então dei a oportunidade ao Schmolke..e que oportunidade! Excelente opção! Sim é um guiador enorme mas passa uma confiança difícil de descrever. Perde um pouco na posição que temos a subir e em singles estreitos mas compensa muito essa perda com o que ganha a descer. Deu mesmo uma alma nova à bike!
O peso (116gr), mais uma vez, não é recordista mas não deixa de ser simpático para um guiador com estas características.

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Tinha um avanço Pro XLT de 110mm em casa que usei mas, senti a necessidade de trocar por algo mais curto e com um ângulo menor. A escolha foi então o Syntace F99 na medida 105mm e com 6º de inclinação contra os 10º do Pro.
Os punhos escolhidos dispensam também apresentações, os mais que aprovados ESI grips na sua versão mais fina, edge. Existem punhos mais leves mas estes cumprem o seu papel com notória destinção

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A segunda novidade da montagem é relativa às rodas. Decidi experimentar os tão falados Tubulares. Aproveitei uns cubos Dtswiss 240s que tinha em casa e enraiei-os a uns aros remex com raios Dtswiss revolution 2.0-1.5-2.0 na roda traseira e 1.8-1.5-1.8 na dianteira.
O peso dos aros decepcionou um pouco, especialmente porque são tubulares, mas é relativamente aceitável.

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As rodas, depois de montadas, ficaram com um peso de 1400gr o que não é, nem de perto, leve, tendo em conta os actuais padrões de leveza mas a ideia era mesmo a de experimentar os tubulares. Os tubulares escolhidos foram os famosíssimos Tufo Xc2, nesta sua versão mais pesada (e também algo mais barata) Pryma.

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O pedaleiro foi directamente importado da Epic, o já mais que conhecido FRM CU Intregral 2 com os seus simpáticos 680gr completo. Para fazer o contacto com os pés uns Eggbeater 4ti. Duas escolhas leves e das quais nunca tive qualquer razão de queixa. Simples e funcionais, tanto o pedaleiro como os pedais.

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Os Travões também eles vieram directos da Epic, uns robustos e potentes Avid Elixir CR com manetes em carbono e discos hope pro 160/140mm. Não é o conjunto mais leve (perdem cerca de 200 a 250gr para os R1 da ghost) mas travam muitíssimo bem e nunca me deram problemas. Conseguem ser uns travões bem doseáveis mas com a potência toda disponível quando solicitada. uma boa escolha para quem não vê no peso uma prioridade.

Na transmissão a palavra de ordem é: Sem espinhas! Transmissão composta por Shifters, desviador traseiro, cassete e corrente Shimano XT acompanhados por um desviador frontal Shimano Ultegra para tentar manter o peso contido. Escolha "barata", 100% funcional e fiável. Peca por ser um conjunto algo pesado mas já sabíamos não ser essa a principal prioridade.

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O selim que tenho agora montado é um Essax Adrenaline, nesta versão de teste que encaixa pefeitamente nas cores da Merida. Não é um selim leve mas é um selim simpático com o seu formato literalmente copiado do Selle Italia SLR (selim do qual já tive vários exemplares). Em termos de conforto e apesar de não incomodar não faz frente (nem de perto) ao Tune Speedneedle, selim que irá mais cedo ou mais tarde ocupar o lugar do Essax.

O espigão é o actual componente mais provisório de toda a montagem. Foi o primeiro que arranjei para fazer a montagem e é um pesadíssimo Oxygen, de 280gr. Cumpre o seu papel sem problemas mas confesso que o peso é exagerado e, como tal, estou à espera de um espigão feito por medida para o substituir. Com esta troca conto retirar cerca de 170/180gr.



Infelizmente o tempo agora esta contado, vou tentar escrever mais umas palavras sobre o resto da montagem mais logo mas fica, para já, "um cheirinho" do resultado final (ou pelo menos actual).

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O peso final tal como na última foto é de cerca de 9.240Kg com suporte de bidon, conta km e sensor de cadência. Pesada mas uma bike mutíssimo funcional e divertida. Com a velhinha sid, o peso estava nuns mais agradáveis 8.840kg. Cresceu o peso mas também a performance foi melhorada, daí que o balanço da troca seja muito positivo! Facilmente conseguia atingir um peso bem baixo com a troca de alguns componentes e/ou com alguns outros emprestados pela mana Ghost mas sendo esta uma bike de treino/testes não o considero necessário e confesso que me tenho divertido imenso com a bike exactamente na configuração que está.


abraços

David
 
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gongas84

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Bem o que se pode dizer... Mais um grande projecto Ha David... sem duvida uma bike a tua maneira que prima neste caso por peso e acima de tudo fiabilidade.
O teu guidao e sem duvida desporporcional outra palavra eu diria gigante, porem tive a oportunidade de exprimentar e a descer isso sao outros quinhentos mt estavel seguro e nao se nota q pesa apenas116gr.
Os pneus adorei e pena nao conhecer uns clincher assim.
tens ai uma bela maquina quer pra treinos quer pra provas..
adoro
 

RicardoCupra

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Grande analise, dá gosto ler, boa informação e bem explicada. Ainda não conhecia esse sistema de pneus tubulares, tenho de pesquisar um pouco mais sobre isso fiquei curioso.

Vou acompanhar o projecto, o quadro tem um look que não o deixa mesmo passar despercebido.

Tanta gente a montar essax's e eu nunca os vi a venda... alguma loja online que os venda ?

cumpts.
 

Vieira Optimos

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Boas David

Em 1 lugar obrigado por partilhares este projecto Relativamente a Bicicleta, têm aspecto de ser ágil, rápida sair, eu sinceramente não acho pesada.

David como tens material da FRM onde posso adquirir pratos dessa marca para um pedaleiro Sram xx ?

PS: Deverias cortar o tubo de trás do travão pode ser perigoso ...

Cumps

Vieira
 
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essence_s

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Muita nice a verdinha de treinos!
Como é que é andar de rigida depois de habituado a suspensão total?No minimo estranho, n?
 

Patitos

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Mais uma montagem á " David "
Bike bem construida, alternando componentes de topo com outros mais vulgares, não deixando no entanto de ter um aspecto racing. Tenho a certeza que nunca mais vais largares os tubulares, quer em segurança em curva, quer a rolar, são simplesmentes fantasticos. O unico contra é o Preço....mas isso já se contorna .
Abraço e boa sorte amigo .
 

Gun_Hugo_Dale

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o David até está no estrangeiro (ou já não ??) pode ser que traga alguma lembrança para a malta...

Merida, Ghost, Epic, mais projectos até quando ?? eheheh
 

David Raquel

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Ehehehe grandes voltinhas com a malta do Sul!!

Cezinho por falar em rodas, fica então uma pequena opinião delas.




O processo de montagem: primeiro que tudo, pesar as partes ehehehehe

Uma vez que já tinhamos o peso dos aros, fica o do resto do material

56 raios dtswiss revolution (28x 2.0-1.5-2.0 + 28x1.8-1.5-1.8 ). Se bem me recordo nas medidas 256 e 259

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Cubo dtswiss 240s dianteiro

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Cubo dtswiss 240s traseiro

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O processo de enraiamento da roda, primeiro do lado da transmissão e depois do lado do disco

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Aqui a roda traseira já enraiada com os raios 2.0-1.5-2.0. Neste momento faltava apertar e dar tensão aos raios e centrar a roda

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A mesma situação para a roda da frente com os raios 1.8-1.5-1.8

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Em relação ao comportamento das rodas, ainda é cedo para falar (tenho cerca de 800km com elas agora) mas já dá para tirar algumas conclusões. Do que andei com elas deu para perceber o porquê de 90% das pessoas que usam tubular em btt o usarem em....quadros HT em vez de FS! E porquê? Porque os tubulares dão precisamente esse "feeling" de uma suspensão total!!

Confesso que a rolar não senti grande diferença, ou então estava com demasiadas espectativas, do que tinha ouvido e lido. Mas, a verdade é que encontrei enormes diferenças noutros campos. Em zonas técnicas, subidas com raizes ou obstáculos a palavra de ordem é: tracção infinita!

Não poucas vezes dei por mim a chegar a subidas daquelas bem técnicas para as quais partimos já sem qualquer esperança de as conseguir subir devido à sua dificuldade e os tubulares literalmente levaram-me ao colo! Incríveis neste aspecto!
A descer os tubulares fazem com que esta bike não tenha o típico comportamento saltitão, característico das HT. Obviamente não a transforma numa FS mas dá uma boa ajuda a mantê-la (pelo menos mais tempo) colada ao piso.

Claro que ainda é uma opinião muito verde, preciso de mais tempo com eles mas efeito placebo ou não, foi o que senti do pouco tempo que tive com estas rodas.

Infelizmente nem tudo são rosas e se acho que em competição os tubulares são capaz de fazer a diferença para quem usa HT, nesta bike não passa de um "capricho" pois apenas a uso como bike de treino, é um desperdício fazer kms com estas rodas e quando chegar a altura de os trocar muito provavelmente vou ter um ataque cardíaco com o preço de cada pneu! Por isso mesmo ou arranjo outro par de rodas mais fraco (de pneu) para usar como 2º par de rodas da bike de treino (por mais parvo que possa parecer) ou então se alguém quiser experimentar os tubulares e tiver algumas rodas de gama equivalente mas de pneu que queira trocar que me faça uma proposta e trocamos ehehehehe

Entrentanto, o avanço f99 também já foi montado e já tem alguns km em cima também! Nesta gama de avanços super leves reina, na minha opinião, o Extralite Ul3 que, sendo 15gr mais leve que este Syntace, consegue ainda assim ser bem mais rígido! É um avanço com uma boa relação peso/rigidez mas nada bate o extralite na minha opinião...pena o preço e claro nesta bike não justifica o investimento!

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E a última novidade chama-se Saevid e está também em fase de testes. Para já ainda é cedo para falar (só tenho 12h com ele) e vou fazer mais km's com ele antes que diga qualquer coisa que me arrependa :mrgreen:

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abraços!

David
 

gongas84

New Member
Atao mas 12 h de utlizaçao ja da pra dizer alguma coisa desse selim nao?
minha opiniao nao tendo testado o mesmo e que isso e bom pra 40km mais do q isso e pau... mas que dizes?
 
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