Como prometido aqui vai a devida análise a Bergamont e com fotos e tudo.
Para quem viu o tópico desde a primeira página, já se apercebeu que fui dos que fez o percurso inverso.
Conforme a idade vai avançando vai-se querendo mais conforto e procuram-se posições de condução mais descontraídas, não é uma regra,
mas é a tendência natural da coisa.
Desde que comecei a fazer btt em 2006 que sempre tive full sups, e então o ultimo quadro era um autentico sofá com rodas, 140 mm a frente e 120 mm atrás.
Então a nova máquina tem apenas uns míseros 100 mm a frente e atrás 0 mm ou muito poucos, apenas o que o carbono flete, mas já lá vou.
Sendo a minha BGM a limited edition, sofreu logo alterações a nascença.
Quadro - Vou começar por falar da peça central da bike, não tendo termo de comparação pois pouco andei com rígidas, apenas testei por poucos km uma focus e uma cube em carbono e 26er. Noto que este este quadro é bastante rígido, a torção do mesmo é quase nula, o que foi uma agradável surpresa, apesar das costas se queixarem (bastante). Toda a força que exerço nos cranks noto que são transmitidos "diretos" a roda o que se nota na resposta do conjunto, bastante rápida. Estando a falar de uma 29er em tamanho S e aqui a comparação vai direta ao quadro stumpjumper fsr que tinha, este quadro é mais curto que o anterior, o que faz que a agilidade do conjunto seja muito bom, não notei perca para o anterior mesmo tendo umas rodas maiores, mesmo nos percursos mais técnicos. Já fiz alguns percursos onde abusava com a bike anterior e com este continuo abusar.
Agora vamos lá tocar aqui num ponto que tenho lido algures pela net e opiniões de café, quero aqui deixar a minha opinião que vale o que vale e tida com base na minha experiencia.
Estou a utilizar as minhas 2 bikes como comparação este novo foguete 29er com o sofá 26er, e sempre duvidei quando ouvia / lia que uma 29er tinha +/- o mesmo conforto que uma 26 suspensão total. Não sei que bikes testaram para chegarem a essa conclusão mas... As minhas costas não tem a mesma opinião, Sim nota-se algum conforto dado pelo tamanho da roda e pelo quadro fletir ali qualquer coisa, o que no meu caso é quase nula, portanto que senti e vou continuar a sentir em algumas situações saudades daqueles 120mm na traseira, se me arrependi da troca... Nem pensar. Depois de mais de 500 km feitos já com a BGM, em que tive oportunidade de lhe fazer um grande teste no Sudoex, com uma primeira etapa de 140 km com 4200 D+ e uma 2ª de 100 km com sensivelmente 2000 D+ era isto que eu procurava, uma devoradora de km. Mas no final dos dois dias terminei as provas e não me conseguia dobrar. Para o próximo ano, lá vou ter que fazer reforço muscular com bastante core
. Quadro para já
APROVADÍSSIMO.
FOX CTD - Já na 26er tinha FOX e nesta quis que fosse igual, foi logo o primeiro componente a alterar pois este modelo vinha equipado com RS Reba. Gosto bastante do trabalhar da FOX, este sistema CTD torna esta suspensão bastante simples e fácil de regular, pois é só meter a pressão de ar correta, dizer-lhe como gostamos do rebound e está feito.
Depois é só utilizar cada um das 3 opções com o rodar do botão da perna direita para cada situação e diga-se aquilo funciona mesmo, talvez se possível coloca-se a posição climb a bloquear a 100% como tinha na talas da FSR, pois a CTD bloqueia aí a 95%. A posição trail é talvez a mais utilizada, utilizando como termo de comparação, o trabalhar desta posição será algo parecido com um pro-pedal utilizado nos amortecedores ou até o sistema brain da specilized. Depois existe o descend que é mesmo para descer, aqui a suspenção fica bastante macia utilizando quase a totalidade do curso, neste caso os 100 mm, mas nunca batendo no fundo e quero aqui reforçar precisamente esta parte. Para quem como eu vinha de um curso de 140 mm, pensei que iria esgotar constantemente este 100 mm, mas não e se a descer a serra da Foia no 1º dia do Sudoex por aquele single track a velocidades já pouco recomendadas com curva e contra curva bastante rápidas, bastante pedra e alguns drops de respeito ela não bateu uma vez no fundo, não acredito que alguma vez a venha a esgotar.
APROVADO
TRANSMISSÃO - Na transmissão apenas troquei o pedaleiro que equipava a BGM pelo que eu tinha na FSR, o deore pelo XT, de resto mantive tudo. O desviador traseiro é um XT, já conhecia pois tinha na antiga bike, já bastante falado aqui pelo fórum, certinho como se quer não falha e para quem como eu faz grandes distancias é o minimo. Na frente está um SLX, vinha habituado do XT que tinha a frente na FSR e sou sincero não sinto diferença, até agora tirando o barro que apanhou em Santarém que o baralhou um pouco e não metia a talega, mas está desculpado pois ali não havia material que resisti-se, será para manter a não ser que começe a dar chatices (não me parece). Até aqui está tudo
APROVADO
Agora vamos lá falar no único componente vai ser trocado pois não me convence, os shiters SLX, estes são os de 2013 e tem o funcionamento dos XT de 2012 a que eu estava habituado, mas a funcionar não são de todo iguais, mais rijos, secos, não são muito precisos. Atenção que digo isto com o passar das horas em cima da bicicleta, nas voltas acima de 100 km, e a exigir que aquilo não falhe, porque em percursos pequenos e com um ritmo descontraído, desempenham bem a sua função. Para mim
REPROVADO
PERIFÉRICOS - Todos os periféricos são FSA K-force guiador e espigão de selim e suporte de Bidon em carbono e o avanço em alumínio em verde a condizer com a bike, Quando a medidas estou a utilizar o avanço com 90 mm e o guiador com 660 mm. Havia a opção de vir com guiador sobre elevado mas a escolha recaio sobre este recto, por achar que esteticamente ficar melhor e por pretender uma posição mais agressiva de condução. Quanto a altura do guiador/avanço ainda estou em testes, depois das queixas das costas, por assim que a bike chegou inverti logo o avanço de forma a ficar a 0º e baixei 10 mm tirando uma das anilhas, tinha 15 mm de anilhas em baixo, ficando só com 5 mm abaixo do avanço. Mas já voltei a trocar a anilha de 5 mm para cima e a de 10 mm para baixo de forma a ter menos queixas nas costas, parece-me bem assim, mas esta troca ainda tem poucos km para ser definitivo.
TRAVÕES - Pouco tenho a dizer sobre estes travões, não me convencem de todo, sim travam, são progressivos, mas são esponjosos o que eu detesto nuns travões, e pior com o desgaste das pastilhas as manetes vão-se chegando punho, quando as pastilhas tiverem no fim de vida acredito que aquilo toque.
REPROVADO
Existem algumas hipóteses, depende das promoções que apanhe aí pela net. Aceito sugestões.
SELIM - Foi mais uma troca efetuada a nascença, a bike vinha equipada com o F'is'i'k Trundra 2 branquinho e verde a fazer pandam com a bike, mas olhei para o selim e achei que aquilo não iria fazer pandam com o mais importante o meu rabo, e as muitas horas seguidas que tencionava passar sentado em cima dele. A escolha recaio para este ESSAX EXtreme de 185grs, e foi aposta ganha. É um selim que não inspira muita confiança pela baixa espessura do mesmo, mas que encaixei bastante bem neste selim. E fazer dois dias seguidos, totalizando 250 km com um total de 18h ali sentado e terminar e estar preparado para mais 250 km e outras tantas horas, pareceu-me bem.
APROVADÍSSIMO
RODAS - As DT Swiss 485 D com cubos SRAM, rolam bastante bem, noto alguma torçam lateral das mesmas mas nada de outro mundo e pouco sei mais sobre as mesmas, pesos, rolamentos destes cubos, etc. são ainda uma incognita. Quando trocar estes pneus faço a pesagem das mesmas e divulgo aqui. São um componente a trocar, ou melhor vou ficar com elas a mesma como suplentes até pelos km que faço anualmente, apenas pretendo adquirir algo mais leve (estas não tem nenhum peso exagerado, mas...) aceito sugestões... mas as SLR estão fora de questão e as ZTR só se forem com cubos DT Swiss, mas depois o preço destas mesmas rodas já se aproxima de outras como as Alquimist ou as TOR, que estão na lista de hipóteses.
Não tenho foto com a pesagem mas até ao final de semana faço e posto, está tal e qual como nas fotos acima (sem bidon) com GPS e encontra-se com camaras de ar de gel nos 11,4 kg.
Para já vai levar 2 pratos 24/40, abdicando assim do de 32 e vai levar os parafusos do prato em verde.
Gostava de com as trocas que mencionei e colocação dos pneus tubless chegar perto dos 10kg. Não sei se lá consigo chegar a ver vamos.
Qualquer questão estejam a vontade e se me esqueci de referir algum componente que queriam informação disponham que terei todo o gosto de ajudar.