Enfarte aos 34 anos!!!

peterbiker27

New Member
Boas pessoal. Sou um bttista com quase 35 anos, praticante há 20 anos...é verdade desde 1991 que entrei neste mundo fantástico e desde aí o bichinho não mais me largou. Fiz competição durante alguns anos, com resultados bastante decentes até, mas por razões de ordem profissional (não me sobrava muito tempo para treinar) deixei de correr desde 2004, embora nunca tenha deixado de praticar sempre que podia. A parte triste da minha história começou no dia 24 de julho de 2010, depois de um treino de 55 kms na bike de estrada e depois de chegar a casa comecei a sentir-me muito mal, enjoado e com o ritmo cardíaco elevadissimo, levado ao hospital por familiares e entrei em paragem cardíaca, tendo sido reanimado e alvo de uma angioplastia. Primeira reacção:- isto não pode estar a acontecer-me a mim, como é possível? tenho 34 anos, não fumo, não bebo, pratico desporto desde os 14 anos - mas aconteceu amigos e hoje mais de 6 meses depois cá estou eu a partilhar convosco a minha história e com um conselho final: por muito bem que se sintam e por muito que achem que isto só acontece aos outros, vigiem a vossa saúde, não exagerem no esforço e divirtam-se, porque a vida é muito curta para ser desperdiçada. Um abraço e boas pedaladas.
 

jmdcfigueiredo

New Member
Boas peterbiker27.

No final de contas a tua história acabou bastante bem e espero que estejas recomposto desse contratempo...

Mas a titulo de curiosidade fazias exames médicos com algum frequência, entre eles provas de esforço!?

Um abraço e tudo de bom
 

Kamoes

Active Member
Obrigado por partilhares a história.


Fico feliz por saber que não houve consequências...

uma coisa que gostava de fazer notar no que dizes.. é o ritmo cardíaco elevado.

Nós, que praticamos desporto regular conseguimos perceber melhor o que se passa com o nosso corpo que outras pessoas mais sedentárias. Por sermos activos e levarmos o coração a pulsações mais altas, conseguimos perceber as diferenças quando "algo não está bem".

Muito provavelmente, alguém menos alerta da sua condição física, poderia ter-se acomodado e permanecido em casa... e aí talvez as consequências fossem mais graves.


Abraço e obrigado ;)
 

peterbiker27

New Member
Boas. Os únicos exames que fazia eram para a medicina no trabalho, mais ou menos de dois em dois anos, nunca tinha feito um teste de esforço, embora agora ache que devia ter feito com alguma frequência, o problema é que se mete na nossa cabeça que vamos ser jovens para sempre...

Abraço.
 

JoãoLopes

New Member
Boas!

Outra questão é por vezes não haver sintomas! Digo isto porque joguei futebol federado (escalões de formação) durante anos e apenas a entrar nos juvenis/juniores fiz a bateria de exames que costumam ser normais. E quando fiz os exames no cardiologista foi me diagnosticado uma bloqueio numa zona do coração, nunca tive dores ou quaisquer outros sintomas, foi me dito que poderia estar associado algum risco mas que certamente não me afectaria em nada na minha vida.

Por isso, exames nunca são demais!!
 

alupo

New Member
A vida continua mas devagarinho sr doutor

Fico feliz sabendo que estas bem:p
A vida têm destas coisas nós temos é que estar alerta aos sinais de que algo corre mal, o que por vezes nem damos conta.
Um abraço
 

k7ou8

New Member
Eu sou Bttista de fim-de-semana, tenho 35 anos e anualmente não dispenso uma visita ao medico de familia para a habitual, "rotina desportiva". Este ano fiz um teste de esforço ( este teste, os medicos não pedem todos os anos ), mas analises, electo, eco e rx torax é sagrado...
Cuidem-se e pedalem. Por esta ordem.
 

nasp

Member
Eu tenho 34 anos e sou o exemplo daquilo que nao devemos fazer. Tenho peso a mais 1.77 para 100kg, gosto muito de comer, principalmente aquilo que faz terrivelmente mal, sou sedentario apenas pego na bike ao domingo de manha, para parar a meio da volta num tasco para umas minizitas e uns petiscos. A unica coisa ate hoje que fiz pela saude foi deixar de fumar à 3 anos (fumei desde os 12 aos 31) exames de rotina poucos fiz e nunca os mostrei ao médico.
Depois de ler o que aconteceu ao peterbiker27 deixou-me de boca aberta, talvez a pensar em ir ao médico o mais depressa possivel, para fazer aquilo que nunca fiz. Cuidar da minha saude.
 

rm6

Member
Boas,
Fico contente por não ter havido consequências de "maior". É sempre bom quando se partilham situações destas, pois leva-nos a reflectir um pouco sobre o que podemos fazer em prol da nossa saúde. Sou praticante assiduo e ultimamente um pouco mais a sério de xc, o que me leva a faer alguns exames. Irei fazer em breve ECG, Elect, e rx para "ver" como anda a maquinaria e possivelmente irei consultar um nutricionista, porque nem só de exames, se consegue "controlar" a máquina :)
Desejo-te rápidas melhoras e vai dando notícias.
 

manzanita

New Member
Peterbiker,a mim aconteceu quase a mesma coisa,só que a mim foi muito soft,tambem fiz desporto federado durante alguns anos e nunca fiquei muito tempo parado...........acordar na cama do Hospital com a familia a chorar ao lado da cama é muiiiiiiiiiiiito forte! E marca muito.Cuidado ,vai com calma e vigia-te!!;)
Nasp,cuidado tens aí uma mistura explosiva,na minha opinião e podendo ser um contracenso enorme digo-te,ex-fumador e sedentario............é muito perigoso,mexe-te,nem que seja caminhadas!!;)
 

JNR

New Member
Bom, já abri a pestana, obrigado.

E ainda bem que não houve consequencias de maior, mas diz-me, peterbiker27, ficaste com alguma restrição médica, aconselharam-te algum tipo de exercico, e já agora, não andas/andava com cardiofrequencimetro?

já agora, adivinhem qual a maior causa de morte em Portugal (não, não é atropelamento...)
 

Espigão

New Member
Peterbiker27, obrigado pelo teu valioso testemunho e infelizmente cada vez mais real e em idades que assustam muito...

Felizmente, tudo correu pelo melhor.

Referiste que "não fumas e não bebes" e o porquê disto ter acontecido. Fossem apenas essas as possíveis causas mas não...

- Maus hábitos alimentares;

- Stress;

- Antecedentes pessoais e familiares de patologias cardiovasculares...

E podia continuar uma lista bem longa.

E há muitas outras que nem aparecem na lista pois são indetectáveis aos mais rigorosos exames (malformações cardíacas, etc) e que têm sido exemplo em alguns casos bem conhecidos de atletas profissionais.

Antes de se entrar em alarmismos, só quero avisar que eles podem acontecer a qualquer pessoa. Seja atleta de lazer, seja profissional, seja sedentário, seja saudável, etc.

Existem é pessoas com mais probabilidades de acontecer e não só a essas como a todas, a vigilância é de facto muito importante embora tal como referi atrás, existem muitos casos indetectáveis e que acontecem...

A vida é assim e enquanto cá andamos há que aproveitá-la ao máximo. Ao máximo não é sinónimo de excessos mas é vivê-la com prazer mas sempre com uma boa vigilância. No meu caso, análises de 6 em 6 meses, RX tórax e ECG uma vez por ano e sempre que se justificar.

Cumprimentos

Hugo
 

trek8900

New Member
independente da vossa condição física, hábitos alimentares, tabagismo, stress...
todos estão sujeitos a qq uma dessas maleitas da moda, não é só o tabaquito e a bela da sanes de entremeada que faz um ataque cardíaco ou um AVC, a possibilidade de existência de uma cardiopatia é grande nos tempos que decorrem... basta uma discussão mais alterada e lá vão vocês direitinhos a uma sala de angiografia colocar o belo do STENT pois a máquina té não está má mas as artérias estão em mau estado, enfraquecidas por N situações, não defendo que fuma e até condeno ( eu sou um desses condenados) é sim provavel que quem fuma está em maior risco, mas quem não está?
só o avô de 70 anos é que está safo pois o pessoal dessa idade é rijo como o membro masculino, ou então como as protuberâncias do gado bovino, esses sim que andavam a pé e faziam de pasteleira mais de 100km por dia para ir e vir do trabalho, tb havia tabaco mas eram poucos os que fumavam.
Desculpem qq coisa mas aqui vos deixo este bitaite, pois quase todos os dias vejo todo o tipo de enfermidades passar pelas minhas unhas pelas mais variadas razões, que não são poucas, e às vezes com desfechos MUITO variados.
Boas pedaladas!! :D
 
Z

zeca73

Guest
Alerta...

Quero aqui deixar o meu apoio e solidariedade para o Peterbiker e todos os que já passaram/passam por esta situação.Com o vosso testemunho cheguei á conclusão que, este ano,vou sem falta fazer exames.Tenho 37 anos,92 kgs,fumador,uns copitos ao fim de semana.Efectuo os meus passeios ao fim de semana,bem como treino de spinning/atletismo durante a semana.Estando inserido num grupo de risco é melhor precaver.Obrigado pelo vosso testemunho que certamente alertou a mente de algumas pessoas.As melhoras e um abraço.
 

peterbiker27

New Member
Boas JNR, as restrições médicas são algumas, posso andar de bike mas não devo fazer subidas muito íngremes nem treinos muito longos e intensos, em relação ao monitor cardíaco, tive um mas avariou e já algum tempo que andava a pensar adquirir outro, coisa que vou fazer brevemente.
Abraço
 
Boas

Embora ainda seja novo e faça exames de rotinas todos os anos, esta situação não pode deixar de me alarmar, pelo facto do peter não dizer no seu estilo de vida o que o levou a ter o enfarte? Foi ter feito competição(excesso de esforço), alguma deficiência congénita, teve a ver com o passado familiar? O médico disse-te a razão do enfarte ou simplesmente "aconteceu" sem previsão possível?

cumps
 

Mach 4

New Member
Hugo, como sempre um :bompost:vindo de ti.

Eu tenho 40 anos, 1,73 de altura e peso actualmente 65kg, e sou hipotenso.
E vocês? - são hipotensos, normais, ou hipertensos?

Desde pequeno que faço desporto, inclusivè na escola onde segui a disciplina de desporto no 9º ano.
Sempre gostei de actividade, de dinâmica e velocidade.
Sou daqueles em que o pessoal por vezes se queixa do meu andamento, pois não consigo andar devagar por muito tempo.

No entanto, depois ouvir e de saber de certos episódios (como os que tem aparecido no tópico "Até um dia amigo, pedala em paz") e agora mais este do user Peterbiker27, começo a pensar 2 vezes antes de puxar a sério.
Temos de conhecer muito bem o nosso corpo, não só o corpo humano, mas acima de tudo o nosso corpo.
É também fundamental conhecer minimamente bem o orgão soberano, o coração, e como ele funciona.
O coração é um motor, uma bomba, com válvulas, e com o passar dos anos começa a ficar com algum desgaste (como em tudo na vida) sendo por vezes os exercicios fisicos repetidos muito benéficos para o mesmo, mas acelarando por vezes também o desgaste dessas mesmas valvúlas.

Ou seja, ninguém pode exigir a mesma frequência cardíaca ao seu coração como há 10 ou 20 anos atrás, simplesmente porque ainda podemos conseguir correr muito depressa, mas o nosso coração não. Para ele nos "acompanhar" é sempre melhor sermos nós a reduzir a velocidade em vez de fazer acelarar este músculo ao máximo.
É neste limiar que por vezes se dão paragens cardio-respiratórias, por isso estejam atentos a sinais como tonturas, visão turva, suores frios, vómitos e um aperto (nem que ligeiro) no peito.

Eu uma vez no monte, ainda sem grande preparação, comecei a ofegar e senti o coração muito acelarado. Parei logo, normalizei a respiração e aos poucos recuperei a cadência do ritmo cardíaco normal. Dentro do carro e já de regresso a casa parece que comecei a ter umas arritmias e fiquei um pouco assustado, mas passou.

Para finalizar adianto que conheço pessoalmente um excelente médico aqui no Porto (que já foi por várias vezes o director do serviço do INEM na região norte) que me disse que quando está de serviço nas urgências dos hospitais onde trabalha, que cada vez mais são recorrentes os casos de pessoas vitimas de enfarte ainda jovens, sendo na maior parte dos casos os homens na casa dos 30 e tal anos onde alguns recuperam, mas outros são fulminantes e mortais.

Já á muito tempo que a principal causa de morte em Portugal são as doenças cardio-vasculares, como a arteriosclerose e os AVC's. Álias estas são também a maior causa de morte nos restantes países europeus e mesmo no mundo inteiro.
 
Last edited:

JNR

New Member
"no mundo inteiro."industrializado (tb quem que não é agora...) mas o quero dizer é que o stress e o restante estilo de vida, claro, pesa muito e quando se fala em ter visitas de 30's nos hospitais é um pouco por isso. tb há os desportistas de fim de semana, do qual eu não fazia parte, mas de há uns anos paar cá não consigo escapar, que fazem um esforço demasiado intenso APENAS naquela altura...e já não temos 20 anos...
 
Infelizmente todos estamos sob risco e, pior nem todos os factores intervenientes (agravantes/atenuantes) são conhecidos.
A maior parte destes factores, são-no por estudos estatísticos e induzidos de correlações entre indutores (alimentação, estilo de vida, fármaco/placebo) e efeitos fisiológicos observados, numa população que por norma geral não está sujeita a exercício físico extremo em esforço e regular, como muitos de nós.

Estou a lembrar-me duma destas correlações, que tem menos ou o mesmo "peso" das demais e que teve a "diferença" de se focar numa população de atletas fezendo suspeitar que determinados fármacos (neste caso anti inflamatórios não esteróides - nimesulide). O efeito adverso do factor trombocitopénico e angioedematoso poderia estar associado a isquémias cardíacas e mesmo alguns casos de falha fatal (este efeito adverso de facto encontra-se mencionado na literatura deste fármaco, mas com um índice de incidência muito baixo para uma população "normal").

Não sou médico (sou paramédico) nem quero exaltar susceptibilidades dos que mais ou memos, por diversas razões, defendem os fármacos, mas sim escrever aqui o que penso - não pratico desporto em esforço, quando estou sob medicação (seja ela qual for - exceptuando os suplementos alimentares) ou num estado fisiológico alterado.
 

JNR

New Member
olha, que essa...bom, na proxima dor de dentes (sim, porque há sempre outra grgrgr) já não vou utilizar o nimed, ou aulin, ou...
Normalmente a minha atenção vai realmente para ler as bulas mas sinceramente a correlação com o esforço fisico nunca a tinha feito...também verdade seja dito que sou muito pouco activo quando tenho que recorrer a fármacos.
 
Top