Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

pamoreira

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AFP70 said:
@pamoreira,
Obrigado por seguir e comentar.
Vejo pelo seu avatar que se encontra pelas Terras Helvéticas.
Por que não agendarmos com os meus outros 3 camaradas uma ida no próximo ano a Verbier, Crans-Montana ou as Portas do Sol (até que nem soa mal :D).

Terei todo o prazer em juntar-me a vós em 2016 numas das vossas aventuras. Conto em breve ir para esses três sitios mas é com os skis :)
 

AFP70

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AFP70

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Em “Paredes de Coura” um bravo não sabe a ponta de um “Corno do Bico”...

Sempre que visito Portugal, tento rolar pelo menos uma vez com os meus companheiros (detesto o prefixo ex.) e acreditem que não é fácil juntá-los, aliás em quase 5 anos foi esta a primeira vez em que conseguimos rolar todos juntos.

Embora esta volta tenha sido realizada em Julho do ano que findou, agora que olho para estas chapas, bate-me uma nostalgia como há muito não sentia.

Acredito que ainda esteja sob o efeito dos líquidos ingeridos durante estas festas pois o facto de ainda estar a destilar talvez origine um circuito fechado em que as partes voláteis, neste caso as mais leves (desculpem a perissologia) voltam a penetrar-me o sistema (deixem-se disso suas mentes pecaminosas :D).

Embora longe da vista destes amigos (Pereira, Viegas e Eduardo) afinal foi com eles que passei ao longo de muitos anos, muitos dos melhores momentos em termos de BTT, pois se o ano tem 52 semanas, eram 52 voltas garantidas. Hoje em dia é o que se vê, não porque a vontade não esteja lá mas quando nos deslocalizamos estamos sujeitos a “certaines contraintes”. Este bravo conseguiu aquando da realização desta volta a proeza de ter somente alapado a peida em cima de uma bicla apenas por 3 vezes, sendo que uma delas foi durante a sua visita em Fevereiro.

Segundo o dicionário, a nostalgia é uma tristeza profunda causada por saudades do afastamento da pátria ou da terra natal ou ainda, um estado melancólico causado pela falta de algo ou de alguém.

No caso em apreço e porque quer queiramos ou não, a cada dia que passa, ficamos mais velhos, apercebemo-nos melhor do que realmente interessa na vida, tal como a família, os amigos verdadeiros e tudo aquilo que por breves momentos nos ocupa o espírito e nos confere alegrias intemporais.

O amigo Pereira como sempre desenhou um track que faz jus ao nome “Bravos do Pelotão”. Como já constataram em diversas ocasiões, não gostamos de voltas fáceis, pelo que acabamos por realizar sob temperaturas por vezes superiores a 30°C cerca de 50 kms para um acumulado positivo de +/- 1.500 mts.

Esta volta iniciou em Paredes de Coura e desenvolveu-se pela zona de paisagem protegida do Corno do Bico. Durante o périplo passamos por diversos miradouros tais como Penedo das Vistas, Penedo de Rebolinho, Miradouro do Alto Riomão, Chão Longo-Vascões e a famosa Anta da Cruz Vermelha (Sim, a cruz é vermelha!), onde aproveitamos para tirar uma chapa para a posteridade, afinal falamos de um monumento com a provecta idade de 4.500 anos.

Confesso que em algumas partes do trilho estive para “dar o peido”, não fosse a insistência do grande timoneiro Pereira e acredito que sem as suas palavras “d’encouragement” teria abortado a volta. Pois é amigos, nestas ocasiões a falta de treino não perdoa!

A altitude mínima foi de 356 mts e a máxima de 856 mts, no entanto esta volta é enganadora pois após 20 kms, aguarda-nos uma subida de quase 10 kms e logo a seguir quase 8 kms sempre a descer. Como constarão pelas chapas há trilhos para todos os gostos e aliás foi numa dessas descidas que falhamos a visita à famosa “Mesa dos Quatro Abades”.

Trata-se de uma mesa em granito que se apoia no marco divisório das quatro freguesias (Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte). Em cada uma das faces estão gravadas as iniciais do nome da freguesia a que corresponde a mesma face.

A mesa é ladeada por quatro bancos também em granito, cada um assente no território de cada freguesia confinante.

A tradição remonta ao Séc.XVII e consta que os representantes de cada paróquia sentavam-se aqui para debater e resolver os mais diversos assuntos, consultando os paroquianos que se encontravam ao seu redor.

De salientar que em algumas partes do trilho temos vistas divinais sobre Ponte de Lima e o rio Lima.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº070).

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Uma vez que estamos no início do ano e sei que muitos de nós enfrentam ou enfrentaram situações menos boas no correr do ano que findou, deixo-vos aqui uma visão de alguém por quem simpatizo e que tal como eu defende e acredita na felicidade como motor da vida.

Longe de mim inculcar o quer que seja a quem quer que seja, mas quiçá estas poucas palavras possam abreviar a dor que muitos ressentem neste momento ou possam ressentir “prochainement” ;)...

“Podes ter defeitos, estar ansioso e viver irritado algumas vezes, mas não te esqueças que a tua vida é a maior empresa do mundo.
Só tu podes evitar que ela vá em decadência.
Há muitos que te apreciam, admiram e te querem bem.
Gostaria que recordasses que ser feliz, não é ter um céu sem tempestades, caminho sem acidentes, trabalhos sem fadiga, relacionamentos sem deceções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter alegria com os aplausos, mas ter alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar ator da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no longínquo de nossa alma.
É agradecer a Deus cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que seja injusta.
É beijar os filhos, mimar aos pais, ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que vive dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para dizer ‘enganei-me’.
É ter a ousadia para dizer ‘perdoa-me’.
É ter sensibilidade para expressar ‘preciso de ti’.
É ter capacidade de dizer ‘amo-te’.
Que tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz…
Que nas tuas primaveras sejas amante da alegria.
Que nos teus invernos sejas amigo da sabedoria.
E que quando te enganares no caminho, comeces tudo de novo.
Pois assim serás mais apaixonado pela vida.
E podes facilmente encontrar novamente que ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para regar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Nunca desistas….
Nunca desistas das pessoas que amas.
Nunca desistas de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível!”

Queria acabar esta crónica, partilhando convosco a mensagem enviada pelo amigo Pereira uns dias após a realização desta volta e que na minha opinião tão bem define o espírito que motiva cada um dos nossos encontros.

“Boa tarde meus senhores,

Foi de facto um dia memorável! Agora já posso descansar em paz, em qualquer altura!... Pois, o dia vivido ficará na minha memória, para sempre…
Mesmo que num futuro próximo ou mesmo longínquo, um encontro desta natureza não volte a acontecer, este dia, valerá sem dúvida, por qualquer impossibilidade de ajuntamento das tropas…

Meus senhores, finalmente aconteceu! Viveu-se uma jornada extraordinária de btt… Um daqueles dias, como disse o Eduardo: “Esta vai ser para emoldurar”.

Como o principal mentor deste evento, embora a vontade de reencontro fosse de todos nós, queria agradecer a vossa disponibilidade, a vossa entrega, sem qualquer tipo de queixa, ao longo dos cerca de 50 km. De vós, também não esperaria outra coisa! Nestes tempos tão conturbados de desemprego, de emigração e de insatisfação profissional, conseguimos, todos nós, ao longo de 9 horas, esquecer a nossa realidade e vivermos, sofrendo em cima de duas rodas, o prazer, que já foi nosso, todos os sábados de cada semana, de cada mês, fizesse chuva, sol, neve, com alertas amarelos, laranjas e outros que tais! Durante várias horas senti-me mais jovem 6/7 anos!

Queria expressar os meus sinceros parabéns ao Eduardo e ao Alex, sendo eles os que menos tem pedalado, menos tem treinado, no entanto, não viraram a cara ao desafio; lutaram com todas as suas forças, conseguindo fazer aquilo que muito boa gente que pedala todas as semanas, não consegue! Parabéns Bravos! Quanto ao Bravo Viegas, venham mais subidas em terrenos todos escavacados, só assim têm interesse; são todas para fazer, mesmo que seja numa outra ocasião, numa outra reencarnação... O falhanço das subidas, não lhe assiste! O Bravo regressará para fazê-la…

O futuro apresenta-se, de uma forma geral negro, até pode ter as cores que quiser, porque um dia como aquele que vivemos, já ninguém no-lo tira! É de todos nós! Até pode vir a ser considerado uma preciosidade, quiçá!

Obrigado a todos.”

Não meu amigo, obrigado a vocês, obrigado por deixarem os vossos afazeres e dedicarem um pouco do vosso tempo a este vosso camarada que nunca vos esquece apesar da distância que nos separa :D

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

ex-bravo

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Caro Alex,
Sabes quando lês uma biografia em que o primeiro capítulo está fora da sequencia cronológica mas, é o primeiro porque descreve a essência do que lerás a seguir e está lá para que o leitor fique imediatamente preso ao resto da história?
Pois é isso que esta crónica é.
Quando publicares o livro, esta tem que ser a primeira. A que define os Bravos do Pelotão e os valores que os unem (no presente porque ser um Bravo é para sempre).
A união faz a força.
Obrigado Alex, Pereira e Zé.

Bravo.
P.S: Depois deste dia deixei de ser ex-bravo!
 

AFP70

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@bravo,

Sabia de antemão que mais tarde ou mais cedo acabarias por comentar, e que comentário, como se diz por aqui “ça m’a fait chaud au coeur”.

Já por diversas vezes, amigos, users deste fórum, seguidores, etc...abordaram a questão do livro, uns dizem que tenho um certo jeito para a escrita, outros dizem que também tenho um certo jeito para a foto, ver as 2 chapas tiradas este fim de semana com o Iphone que a minha entidade patronal tão gentilmente me colocou à disposição de há uns meses a esta parte.

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Sim, porque neste momento devido à queda de neve as voltas em bicla estão fora de questão, daí que tente arranjar outros entretens :D...

Na devida altura (o mais tarde possível) que venha o Diabo e escolha.

De qualquer forma tenho de me preparar para a próxima visita a Portugal a ocorrer em Fevereiro. Sei que se as condições o permitirem, uma volta à “Bravo” encontra-se já na forja. O amigo Pereira não perdoa ;)...

Se estiveres nessa altura por estas paragens e fores suficientemente masoquista, podes juntar-te ao grupo.

Parafraseando alguém, direi apenas “o que fazemos em vida ecoa pela eternidade”.

Aquele abraço,
Alex
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um preview da volta realizada este fim-de-semana para os lados de Allaman, Aubonne e Apples.

Mais uma vez rolei em solitário isto porque acredito que os meus companheiros não veriam com bons olhos que ao fim de 3 horas ainda somente tivesse realizado cerca de 18 kms :D

Cada vez me convenço mais que o meu ritmo não agradará a toda a gente. Como disse certa vez um grande amigo, eu só faço BTT para poder tirar chapas.

Em verdade vos digo, o que me move realmente a cada volta é poder transmitir através das fotos, o que me vai na alma e as paisagens percorridas.

Luís, Angel, Natércio e Paulo, terei todo o gosto em repetir esta volta convosco quando assim o desejarem (sem fotos da minha parte, prometo ;)).

Realizei +/- 42 kms com +/- 915 mts de acumulado positivo. A altitude máxima foi de 730 mts e a mínima de 335 mts.

O episódio caricato desta volta foi logo após ter tirado a primeira foto a máquina chapeira ter ficado sem bateria. Há erros de palmatória e este é mesmo básico, tinha ficado com a ideia que a carga da semana passada dava para esta semana, mas nada.

A sorte é que nunca saio de bicla sem o telemóvel carregado a quase 100%, portanto todas as fotos foram tiradas com a ajuda do meu “efone” (quero dizer o da minha entidade patronal).

Esta foi a primeira volta do ano e decorreram 45 dias desde a última vez que andei de bicla logo pude constatar que afinal não tenho um rabo de betão.

Como sabem, neste momento é impossível rolar acima dos 1.000 mts devido à neve, pelo que decidi enquanto não for possível andar a essas altitudes, encontrar novos trilhos a baixas altitudes. Afinal andei enganado todo este tempo, é possível ser-se feliz abaixo dos 1.000 :D

Deixo-vos algumas chapas que provam o que atrás disse.

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A crónica será colocada online logo que possível, nos locais do costume (Site BDP, Fórum BTT).

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Ontem no regresso de um compromisso que me ocupou o dia inteiro (não pude betetar :)) e como a ânsia de “chapar” era tanta, aproveitei para sacar estas fotos.

Foram tiradas com o famoso “efone” da minha entidade patronal e desde o segundo andar de um autocarro em andamento, cheio de pó colado aos vidros e já no final da tarde, eram para aí umas 17h30, algures na autoestrada que liga Fribourg a Lausanne.

Podem dizer o que quiserem sobre o bicho, mas nem com a minha máquina digital obtinha os mesmos resultados, claro que não podemos menosprezar ou descurar a técnica e o olho do “animal qui appuie sur le bouton” ;)

Espero que gostem e desfrutem enquanto “alinhabo” as ideias para a próxima crónica :p

Cumprimentos,
Alexandre Pereira

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AFP70

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No “Glacier de la Plaine Morte” o infortúnio bateu-nos à porta...

Começo esta crónica com um poema que muitos atribuem a Gabriel Garcia Marquez e que outros tantos, mais puristas, afirmam que o homem nunca poderia ter escrito uma “bostada” desta natureza.

Meus amigos, digam-me lá se após a leitura do “pó da Ema” conseguem ficar insensíveis a este tipo de merdas! “Of course there is shit and shit”.

“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”

Esta volta merecia uma introdução deste nível pois não é todos os dias que tenho o prazer de iniciar uma volta quase perto dos 3.000 mts.

Realizei este trilho em Agosto de 2015 em companhia dos meus dois camaradas. Desta vez e para variar, ao invés de utilizarmos o comboio fomos no “SBBmicra” do amigo Angel. O espaço não abunda neste carro mas mesmo assim consegue-se com a ajuda de um suporte de bagageira colocar 3 biclas e 3 “mangas” com “tout ce qui va avec”.

Mal arrancamos de “Lausanne” e durante toda a viagem até chegarmos a “Crans-Montana” apanhamos dilúvios de chuva. A cada quilómetro percorrido eramos percorridos por aquela sensação de fracasso, de que íamos ter um dia de “merda”, aliás na minha mente tinha sempre a mesma frase a matracar-me a mioleira “se na net diz que vai chover, é porque vai chover, topas, oh inteligente!”. Assim dito, assim feito, a chuva não nos deu tréguas durante o dia, embora em muitas fotos até parece que o dia estava um espetáculo.

Após quase 2 horas e perto de 140 kms chegamos a Montana, apanhamos o teleférico em “Barzettes” a 1.508 mts e daí seguimos para “Les Violettes” a 2.230 mts. Aí mudamos para outro teleférico que nos conduziu ao “Glacier de la Plaine Morte” a 2.927 mts.

Enquanto subíamos fomos avistando ao longe os trilhos que dentro em breve iriamos percorrer e acreditem que havia lá descidas para todos os gostos. O único problema quando se viaja em teleférico é que quando este passa pelas torres parece que se vai desfazer, tal é a trepidação, mesmo habituado sinto sempre um friozinho na barriga.

Lá em cima, fizemos algumas poucas fotos pois o frio que se fazia sentir era tanto assim como a ventania. Parecia que alguém brincava a espetar-nos agulhas nos tímpanos.

Os meus companheiros que por natureza são amantes da descida, meteram os gases e nunca mais os vi, somente lá longe resolveram aguardar por mim (foto 14). Mal tinha iniciado a descida eis que nos bate o primeiro infortúnio, isto é, estávamos numa zona de forte declive e com muita pedra solta à mistura, nisto comecei a notar que a suspensão afunilava, isto é não fazia o retorno e a roda da frente cada vez mais a fugir-me para a direita e ainda por cima para o lado do precipício.

Imaginem a cena, o melro de peida levantada, selim à frente dos órgãos genitais e a cada metro percorrido, a pensar que ia fazer um mortal encorpado à frente. O tempo a passar e eu nas calminhas a descer até que parei e contactei os meus camaradas explicando a situação.
”À vrai dire” esta situação já não era nova para mim, pois por diversas vezes ao longo do ano tive que injetar ar e sabia de antemão que mais tarde ou mais cedo a Lei de Murphy iria entrar em ação. Sem vergonha de o afirmar e porque reconheço que sou um baldas nesse aspeto, este é pois o resultado de 10 anos sem manutenção à suspa.

Como medida preventiva tinha trazido comigo a bomba de calibrar suspensões, pelo que quando cheguei junto dos meus companheiros após aquilo que me pareceu quase uma eternidade; acabei por retirar todo o ar da suspensão e isso para aliviar a moina, pois tinha de ver claramente visto que na pior das hipóteses o pneu nunca tocaria no arco do garfo (acreditem que não sei o nome que se dá a esse arco, “sorry, mais c’est comme ça, chacun son truc”).
Já que a suspensão ia para a “poubela”, dei-lhe ar acima do limite e bloqueei-a, assim já não corria riscos de ficar outra vez sem ar.
Bem sei que vocês sabem que o que acabei de fazer foi um total disparate, mas o certo é que até ao final do dia nunca mais tive problemas com a suspensão.

Após uma multitude de subidas e descidas à mistura e fartos de apanhar chuva lá regressamos pelas 15h00 ao ponto de partida (vejam o grau de inclinação da foto 29, superior ou igual a 45°). Como tínhamos comprado o bilhete de teleférico para o dia e a pedido dos meus companheiros lá fomos via estrada até “Crans”, onde nos aguardava uma cabine que nos conduziria até “Cry-d’Er” a 2.265 mts. O objetivo era fazer a pista vermelha de “downhill”, pois a pista preta estava fora de questão.

Diz o povo e bem que “quem tem unhas, toca guitarra”, pois eu nem unhas, nem guitarra ou como diria o Hélio, “a técnica é uma cena que a mim não me assiste”.
Não me digam que não sabem quem é ou foi o Hélio!

Claro que os meus companheiros já pertencem a outra geração e mesmo sem biclas apropriadas para descidas mais complicadas, estes amandam-se por aí sem pensarem muito nas consequências, isto se a coisa der par o torto.
Como os compreendo, também numa vida anterior já assim fui.

Do alto de “Cry-d’Er”, tem-se uma vista espetacular sobre a barragem de “Tseuzier”, ponto de partida para efetuar a “Bisse du Ro”, ver crónica N°29 (post 193 da pág.20) ou 57 (post 501 da pág.51) no site BDP.
Mal saímos da cabine e como sou o elo mais fraco, combinei com os meus companheiros efetuar apenas uma descida e eles duas ou mais, enquanto os teleféricos “marchassem”. Posto isto e tamanha era a ganância (no bom sentido), os meus companheiros abalaram, claro que ainda os tentei acompanhar mas o risco de ser atropelado por trás como vim a constatar era enorme.

Atentem ao “indibiduo” todo artilhado na foto 33 (oitava a contar do fim), pois ele será o protagonista do segundo infortúnio que atingiu o nosso grupo.
Bem ou mal, com mais ou menos esforço, em cima ou ao lado da minha fiel amiga, lá fui descendo, sempre com muito receio pois o trilho apenas deixava circular em fila indiana e o risco de ser “enrabado” era uma constante.

As fotos não enganam e conseguem ver que os “experts” passavam por mim a altas velocidades.

Impávido e sereno lá fui descendo, ora parando aqui, ora parando ali, até que a certa altura (ver penúltima foto) dou de frente com o Luís e mais à frente encontro o Angel em companhia do “robocop” da foto 33.

Aquilo que eu temia ou seja um “fucking de um accident”, acabou por acontecer numa das poucas zonas em que se conseguia efetuar uma ultrapassagem. Aposto que sem grandes explicações conseguem perceber o que aconteceu, ou seja quem dos dois foi pela beira e quem atravessou por entre as árvores.

O resultado é o que se vê na última foto, uma roda para o galheiro, como se alguém a tivesse cortado com a ajuda de uma cisalha de cortar ferro. Segundo o relato do Luís, o Angel foi abalroado lateralmente, e apesar de ter caído “like a boss” ficou desmaiado por alguns momentos e mesmo à “bofetada”, demorou algum tempo a regressar a si.

O episódio serviu também para o Angel mostrar que aquela barba, aquele look “lumbersexual” ou “lumberjack” tem uma razão de ser, é que em caso de queda, como foi o caso, esta pode servir de amortecedor, para além de que nada melhor para esconder misérias (nem vos conto como o rosto estava inchado na zona dos lábios e das maças).

A queda foi apenas um contratempo menor quando comparado com os quase 3 kms que tivemos de fazer com a bicla à mão a atalhar caminho até regressar ao local de partida, onde tínhamos deixado o nosso “SBBmicra”.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº071).

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Apesar dos dois infortúnios e de somente termos realizado 28 kms, este foi um dia memorável, muito bem passado e com os seguintes acumulados 2.725 mts (-) e 1.380 mts (+).

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

alferes

Member
Bom dia ao fórum,

Caro amigo,

Presenteaste-nos com mais uma soberba crónica, cheia de peripécias… Para além das excelentes fotos (ninguém diria que estava um dia de chuva), a que já estamos habituados, tivemos direito a um relato cheio de acontecimentos! Felizmente tudo se resolveu e se curou na devida altura… Apesar do sucedido, o que interessa, é continuar cá para contar a história!...

Parabéns por mais esta preciosidade! Diria até, por esta pérola… Gosto particularmente, da última foto! O teu amigo Angel que me desculpe, mas não pude deixar de rir ou sorrir ao vê-lo com o pneu numa das mãos e a bicicleta com o aro no chão, na outra…

Continuação de boa estadia pelas Terras Helvéticas.

Um abraço.
 

AFP70

Active Member
@alferes,

É por estas e outras que eu gosto tanto deste desporto, nunca sabemos o que nos vai sair na rifa :D.
Apesar do azar, o Angel soube guardar a boa disposição.
Apraz-me saber que gostou e obrigado por comentar (sabe sempre bem).


@ex-bravo agora bravo,

Amigo, tens de mudar o teu nick, caso contrário tenho de estar sempre a corrigir ;). 
Confesso que após acabar a feitura do texto, achei que a malta não se ia dar ao trabalho de ler, pois não sei escrever condensado :D.
Fico deliciosamente “happy” por voltar a fazer crescer em ti o desejo de voltares às lides como no passado.
Se estiveres interessado, estarei nas Terras Lusas entre os dias 20 e 27.02. Sei de antemão que o amigo Pereira está a programar uma volta digna de registo. Esperemos que o tempo ajude e que nos possámos juntar todos. “Think about it and let us know”.
 

AFP70

Active Member
Do “Lac-de-Bretaye” tentei alcançar a Argentina…

Para variar porque não iniciar esta crónica com algo que vos coloque os neurónios em movimento :D. Prometo que a resposta será dada no decorrer da crónica, não no fim porque era demasiado fácil, isto é, já estou a imaginar a malta a descer até ao fim e depois népias para a crónica, tá quieta, isto é o que muitos desejariam, mas meus amigos, para mal dos vossos pecados vão ter de gramar com a crónica :D

Um homem que tinha 17 camelos e 3 filhos, morreu.

Quando o testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos ficariam para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro.

O que fazer?

Eram dezassete camelos; como dar metade ao mais velho?
Um dos animais deveria ser cortado ao meio?

Tal não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho.
E a nona parte ao terceiro.

É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático.

Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução, já que a mesma é matemática.

Então alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba de camelos, não de matemática".

Procuraram assim o Sheik, homem bastante idoso e inculto, mas com muito saber de experiência feito.

Contaram-lhe o problema.

O velho riu e disse:
"É muito simples, não se preocupem". *


Esta volta realizou-se em finais de Agosto do ano transato e não na companhia dos camaradas do costume (Luís e Angel), uma vez que um estava para os lados da Eurobike e o outro estava com a bicla “abariada”.

Esta volta realizei-a com um novo companheiro, sim, leram bem, um novo companheiro com quem comecei a trocar informações via este Fórum. É que para quem não sabe ou está se borrifando para os números, estas crónicas começam a ser um bom ponto de partida para quem se instala nas Terras Helvéticas :D... Quase que me atreveria a parafrasear o Google ao afirmar que se não está neste tópico, não existe na “Chuicha”, “sorry, I am just kidding”.

Para quem não conhece o Natercio, este é o homem que conduz uma "cãonãodeile" (esta é só para quem esteve atento a posts anteriores). Tratando-se de uma pessoa afável e que tal como eu, sofre da mesma loucura, não foi muito complicado agendarmos uma volta para os seus lados ou seja para “Bex”, quase a entrarmos no Valais.

A ideia era encontrarmo-nos em “Bex” (424 mts) e daí apanharmos o comboio de cremalheira que nos conduziria até “Villars-sur-Ollon” (1.258 mts) onde mudaríamos para outro comboio que nos levaria até ao “Col-de-Bretaye” (1.813 mts) e daí iniciaríamos o nosso périplo.

O objetivo da volta era contornar a montanha “L’Argentine” a 2.422 mts (aposto que ao lerem o título, julgaram que tinha ido pedalar para a Argentina :D ), passando pela “Cabane Barraud” a 2.042 mts. A ideia era interessante, mas como muitas vezes na vida, as ideias não passam de ideias ;)...

Como podem constatar pelas fotos, o dia estava soberbo, melhor era impossível. A volta inicia com uma passagem por 3 lagos muito próximos uns dos outros, “Lac de Betaye” a 1.785 mts, “Lac Noir” a 1.722 mts e “Lac de Chavonnes” a 1.698 mts. Nesta altura do ano cruzamos muitos exemplares de gado vacum a trabalhar para a engorda, pois dentro em breve estes iriam regressar aos estábulos em zonas mais baixas (o chamado “désalpe” que ocorre desde meados de setembro a meados outubro). Durante este período temos de estar sempre alerta quando cruzamos as crias pois o risco de termos de dar à soleta, digo dar à “pneueta”, é enorme.

A volta foi fluindo, ora subindo, ora descendo, ora atravessando imensas florestas, ora atravessando grandes “open-spaces”, mas tendo sempre como pano de fundo as montanhas “Les Diablerets” a 3.210 mts, onde já fui também muito feliz em Agosto de 2013 (ver post 429 ou crónica N°049). As fotos não mentem, “singles” eram mais que muitos!

Pelo meio fomos constatando algumas curiosidades tais como o campo de golf de 18 buracos a 1.660 mts que se vê na foto 15. Diga-se de passagem que está mais alto que o campo de golf de “Crans-Montana”, mas mesmo assim muito abaixo dos 2.000 mts do campo de “Adelboden” (mais alto da Suíça). Tudo isto para vos dizer que na vida tudo é possível, haja mercado, vontade e “loiras”, agora compreendo o porquê do empresário português Armando Pereira ir investir 100 milhões num campo de golfe para os lados de Guilhofrei em Vieira do Minho. “My friend, alembra-te apenas que estás somente a +/- 400 mts above sea level!”

Para não fugir à regra, cruzamos muitos “randonneurs” que como sempre em certos locais de difícil acesso e perigosidade nos olhavam com aquele ar misto de curiosidade e de “unbelievable”; claro que adivinho que muitos estavam apenas à espera ou a desejar a queda dos artistas :D.

Aproveitamos para parar na aldeia de “Taveyanne” a 1.654 mts (foto 26) e meter alguma coisa no bucho.

Daí seguimos até ao “Refuge de Solalex” a 1.463 mts, visível na terceira foto a contar do fim, o conta-quilómetros indicava 27 kms realizados. Este local era a base de partida para a segunda fase da volta, isto é, vencer um desnível de 600 mts que se prolongava por quilómetros intermináveis de subida e que nos permitiria alcançar “L’Argentine”.

Metemos pernas à obra, se bem que do meu lado a vontade fosse nenhuma, pois a falta de treino a estas altitudes não perdoa.
Aqui, foi o Natercio que foi puxando por mim, mas eis que após quase 1 km este recebeu uma chamada da esposa. A chamada em si não era muito importante, mas vocês homens, sabem como uma mulher pode desestabilizar e persuadir ao mesmo tempo, quando um gajo não está perto delas ;)...
O meu amigo tinha-se esquecido que nesse dia era o aniversariante e que portanto “habia” compromissos de horas a respeitar para com as “bisitas” que “binham” a casa jantar e desejar os parabéns (coisas de mulheres :cool:...)

Basicamente tínhamos de fazer uma opção, ou seja, abortar aqui a volta ou correr o risco de um “dibórcio”.
Após longos e penosos momentos de reflexão por parte do Natercio (reparem como o homem é viciado, pois mesmo assim ponderou a continuação da volta), este acabou por decidir não realizar o parto.

Embora na altura ele não soubesse, esta decisão soube-me pela vida. Obrigado amigo, há infortúnios que são benesses dos deuses para outros!

Na penúltima foto podem ver os locais por onde vamos andar em crónica oportuna, sim porque este Bravo assim como o Natercio não se deixaram vencer por esta desdita. Como era espectável, voltamos com todas as tropas para vencer a Argentina e que batalha, por pouco não deixávamos lá o coiro.

*Emprestou um dos seus camelos, eram agora 18 e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito.
Ao segundo coube a terça parte, seis camelos e ao terceiro filho foram dados dois camelos, a nona parte.
Sobrou um camelo, o que foi emprestado.

O velho pegou seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Esta história serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição.

17+1= 18
1º Filho - 18/2= 9
2º Filho - 18/3= 6
3º Filho - 18/9= 2
9 + 6 + 2 = 17 Camelos

(está cumprido o testamento, pois 18 -17 = 1. Sobrou 1 camelo que foi entregue de volta ao seu proprietário)


Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº072).

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Desde o “Refuge de Solalex” até “Bex” foram cerca de 16 kms todos efetuados quase por estrada. Ainda tivemos tempo de dar uma saltada às “Gorges de l’Avançon”, onde o Natercio pousou para a posteridade na ponte suspensa.

Esta volta saldou-se em 44 kms e embora o encurtar da volta nos tenha ficado atravessado na goela, viemos a constatar mais tarde aquando da repetição da mesma que por vezes há decisões que não devem ser mudadas, mas disso vos falarei mais em detalhe em crónica vindoura.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

SeteGu

Active Member
Realmente muito bom... Este tópico é sempre uma lufada de ar fresco. Dá mesmo vontade de sair de casa e ir pedalar!

Faço apenas uma sugestão: porque não colocar as fotos ao longo do texto? É que fica complicado andar a saltitar entre o texto e as fotos e tornaria ainda mais fácil de o ler. Isto na minha modesta opinião, claro.

Não será a Suíça um excelente país para fazer DH? Pergunto porque pela quantidade de teleféricos que me apercebo existirem aí assim como paisagens e montanhas deslubrantes imagino que seja o local ideal para a prática da modalidade.
 

pamoreira

Member
Mais uma excelente crónica Alexandre! Nunca mais chega o bom tempo para eu me juntar a vocês nestas fantásticas voltas :)

@setegu,

A Suiça é um excelente país para se fazer qualquer tipo de BTT, não apenas DH. Montanhas com fartura por todo o lado (e altas que se farta) e para todos os gostos. Claro que para quem gostar de DH ou Enduro, o facto de muitas das estações de ski continuarem a operar as cabines e o resto dos meios mecânicos durante os meses mais quente, abre montes de possibilidades a quem goste de descer :)
 

AFP70

Active Member
@quileptor,
Lamento tê-lo deixado sem inspiração :D
Se esta o deixou assim, aguarde pela sequela pois como disse, quase deixávamos lá o coiro.

@Setegu,
Obrigado como sempre por comentar e seguir. Como sabe não há perguntas estúpidas nem sugestões descabidas de fundamento ou reflexão.
Neste momento este tópico vai na página 60 e post 598. Deixei de comentar as 40 fotos de cada crónica a partir do post 534 do dia 25.05.2015 da página 54, isto pela simples razão de ter falta de tempo.
Fazer ou escrever crónicas desta maneira é uma atividade que requer mesmo muito tempo investido. Quem já escreveu mais do que meia dúzia de linhas ou meia dúzia de fotos, sabe do que falo :D
Para ter uma ideia, neste momento tenho ainda 6 crónicas em atraso (cinco de 2015 e uma de 2016). Penso que esta informação deverá agradar a quem segue este tópico ;)
Aproveito para fazer minhas as palavras do user pamoreira sobre a sua questão do DH na Suíça.

@pamoreira,
Obrigado pelo comentário e por seguires.
Estive ontem à noite em Lausanne na copofonia :cool: com o Angel e Luís e se o tempo o permitir, isto é se não cair neve como neste fim-de-semana para os lados de “Aubonne”, enviar-vos-ei um convite na 5ª para pedalarmos no sábado 12.03. Iremos em principio realizar a volta que relatei (preview) no post 587. Depois envio o track por email. Se for possível traz a tua nova menina a famosa Tobel :D
 

AFP70

Active Member
Bom dia ao Fórum,

No post 512 da página 52 transmiti informações acerca das Aldeias de Portugal da zona Norte e no post 515 as informações eram sobre o restante Portugal.

Como sei que uma imagem vale mais que mil palavras e que todos vós agora com a chegada do bom tempo estais com vontade de partir à descoberta deste país fantástico, cliquem no seguinte link Aldeias de Portugal.

Desde já vos digo que a banda sonora é um espetáculo, são 4 minutos de puro prazer! As imagens falam por si sendo que já fui feliz em muitos desses locais, de bicla, a pé, de carro, de moto4 e inclusivé em cima de cavalos ou burros!

Saboreiem e espero que fiquem contaminados pelo vírus :D

Alexandre Pereira
 

AFP70

Active Member
Boa noite ao Fórum,

Este sábado rolei para os lados de “Aubonne” na companhia do Luís e de um novo companheiro, o Paulo, que conduz a famosa Tobel de roda 29 (8,780 Kg).

Acabamos por repetir a volta efetuada em 30 de Janeiro ver post 587. Tal como prometido apenas tirei 3 fotos, tendo as restantes sido tiradas pelos meus companheiros. As duas últimas estão qualquer coisa e foram tiradas com o Samsung xpto do amigo Paulo (erraste na vocação, my friend).

Cada vez me convenço mais que sou o elo mais fraco :D, pois o Paulo anda para Cara…, mesmo assim acho que não desiludi, pois conseguimos mesmo assim baixar o tempo da volta em cerca de 2h30 (bem sei que sou uma lesma, tartaruga, whatever…).

Venham as próximas voltas e já somos 5…

Cumprimentos,
Alexandre Pereira

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