Adeus rockrider 8.2….
Foi numa manha soalheira de Domingo, 10 de Fevereiro, que a Rockrider 8.2 deu o seu último passeio comigo.
3 Anos depois, com uma pausa de alguns meses pelo meio, cerca de 5000kms, algumas quedas e muitas horas de pedalada e alegria, vou deixá-la, provavelmente de vez…
Diziam os outros, não compres isso, isso não vale nada, isso é de supermercado, isso não dura nada, etc, etc, etc…
O que é certo é que nestes 3 anos todos aqueles que a principio me acompanhavam nas pedaladas e compraram bikes de “marca”, foram abandonando os trilhos, estando as meninas agora lá ao pó. De todos eles só resta um, o meu eterno companheiro de pedaladas…
Já dizia o outro: “isn’t about the bike!”
Mas passemos à frente, porque não foi esse assunto que me levou a escrever aquele que julgo ser o meu primeiro tópico nesta secção.
Sabendo de antemão que aquele ia muito provavelmente ser o último passeio com a 8.2, decidi que havíamos de ir a um sítio que nunca tivéssemos ido.
Oh raio, e onde seria isso sem ter que me deslocar de carro, até porque a manha era curta e as 13h tinha mesmo de estar em casa??
E que tal aquele que julgo ser o ponto mais alto da serra da sicó? Aqui tão próximo e nunca estive lá mesmo no alto.
A 553metros de altitude e daria para um passeio de cerca de 35-40kms, o ideal para uma manhã!
Adivinhava-se uma volta durinha devido a muito sobe e desce, e então a subida ao marco geodésico devia ser das agrestes.
Lá fui idealizando o track no google earth e toca a carregar para o gps.
Outra aventura, ia ser o primeiro passeio guiado pelo gps.
No Domingo de manha por volta das 9horas lá arranco eu e o meu colega de pedaladas, ele ainda não sabia onde íamos…
Lá lhe disse, ele achou boa ideia e então lá fomos nós!
Tudo começa facilmente e sem grandes surpresas, até porque os primeiros kms conhecíamos bem.
Chegamos então a terreno por onde nunca tínhamos andado, aqui acaba a boa vida e a pedalada fácil, mas pronto lá fomos seguindo durante vários kms. A subida era disfarçada, mas estava lá a moer os músculos. Aqui começam os problemas com o gps, a nossa orientação dizia para nós irmos para um lado, o gps dizia para o outro.
Optamos por seguir o gps, não sei se fizemos bem ou não.
A certa altura cada vez nos afastávamos mais do tão desejado topo da serra que queríamos conquistar.
Começamos a descer, estávamos a cerca de 400mts de altitude, ou seja já só faltavam 153mts…quando demos por nós estávamos novamente 130mts de altitude…
Já lá tínhamos estado quase em cima e agora já tínhamos 420metros de altitude para vencer.
Depois de toda a descida rolamos mais uns kms a direito até que chegamos ao desejado e ao mesmo tempo temido caminho que nos iria levar mais perto do céu. Continuávamos nos 130metros…
Lá arrancamos para a derradeira subida, começámos de ânimo leve e com força, os primeiros metros venceram-se facilmente, eram disfarçados, mas estávamos a ficar muito perto do topo e o gps dizia que ainda só íamos nos 180 metros!
O que será que nos esperava depois daquela curva?
Nada de novo… eu já ia a pensar que afinal aquilo até era fácil, eis quando aparece mais uma curva para fazer, e a seguir a esta, o que estaria?
Estava isso mesmo que vocês estão a pensar, os últimos metros com uma inclinação terrível…
Eu já tinha ficado para trás e via o meu colega lá mais em cima parado a descansar.
Tempo para parar e esticar as pernas, comer uma laranjinha para refrescar e tirar uma foto.
Montei de novo, já não via o meu colega, já devia de lá estar em cima.
Lancei-me a ela, já não faltava muito e havia de conseguir vence-la, mas rapidamente me apercebi que não era tão fácil como eu pensava. Ela derrotou-me passados poucos metros. Muita inclinação, terreno solto e com valas a atravessarem constantemente o caminho faziam dispender muitas energias sem progredir grande coisa.
Tive que desmontar e ir o resto a pé. Só já muito perto do topo é que a inclinação acalmou e lá voltei a montar, para desmontar logo a seguir, pois estava no topo e estava feliz, mas cansado…
O meu colega já tinha chegado e estava a voltar para trás para ver se eu já la vinha.
A passagem pelo topo foi rápida e sem tempo para paisagens, mas também tive tempo de as ver enquanto subia a pé.
Passados poucos minutos fizemo-nos ao caminho, esperava-nos agora a descida pela outra encosta da malvada serra.
Tanto esforço a subir e quando fomos descer foi tão rápido 2 minutos e estávamos novamente ao fundo da serra. Nem deu para descansar…
Lá continuamos a seguir o track até que nos deparámos com um problema, estávamos ao pé duma pedreira, e que costuma pedalar perto delas sabe que os caminhos à volta são constantemente mudados. O track que eu tinha desenhado a partir dali estava inacessível. So indo por meio de mato cerrado é que conseguiríamos voltar ao track. Optamos por não o fazer, devido ao adiantar da hora. Tínhamos 1hora para chegar a casa e ainda estávamos longe.
Abandonamos o track e marquei no gps uma rota que me levasse a casa sem muitas voltas.
Isto implicou um regresso quase na íntegra por alcatrão cerca de 20kms de terra negra…
Mas era a única opção que tínhamos. Assim o fizemos, e como devem de imaginar, daqui para a frente não há muito mais a dizer.
Foram 980 metros de acomulado em 40 kms, se bem que os ultimos 20 foram quase sempre a direito e a descer...
Chegamos a casa eram 13:10, não muito atrasados
Encostei a decatlhon e depois de uns momentos a admira-la deixei-a…
Vai ser desmantelada para voltar grande parte do material à poison…
Vais deixar saudades, mas também não te vou vender, a troco de meia dúzia de €€ fico contigo e quem sabe um dia voltas a andar…
Adeus grande companheira de grandes empenos e alegrias, grandes quedas, memoráveis passeios, momentos de sofrimento e tudo isso que muitos de vós sabem.
Fotos para vocês verem são poucas e pirosas, mas eu tambem fui para andar de bike, e não para tirar fotos
Para além disso grande parte da paisagem estava queimada :evil:
O track não vou disponibilizar porque a ultima parte é muito desinteressante
Foi numa manha soalheira de Domingo, 10 de Fevereiro, que a Rockrider 8.2 deu o seu último passeio comigo.
3 Anos depois, com uma pausa de alguns meses pelo meio, cerca de 5000kms, algumas quedas e muitas horas de pedalada e alegria, vou deixá-la, provavelmente de vez…
Diziam os outros, não compres isso, isso não vale nada, isso é de supermercado, isso não dura nada, etc, etc, etc…
O que é certo é que nestes 3 anos todos aqueles que a principio me acompanhavam nas pedaladas e compraram bikes de “marca”, foram abandonando os trilhos, estando as meninas agora lá ao pó. De todos eles só resta um, o meu eterno companheiro de pedaladas…
Já dizia o outro: “isn’t about the bike!”
Mas passemos à frente, porque não foi esse assunto que me levou a escrever aquele que julgo ser o meu primeiro tópico nesta secção.
Sabendo de antemão que aquele ia muito provavelmente ser o último passeio com a 8.2, decidi que havíamos de ir a um sítio que nunca tivéssemos ido.
Oh raio, e onde seria isso sem ter que me deslocar de carro, até porque a manha era curta e as 13h tinha mesmo de estar em casa??
E que tal aquele que julgo ser o ponto mais alto da serra da sicó? Aqui tão próximo e nunca estive lá mesmo no alto.
A 553metros de altitude e daria para um passeio de cerca de 35-40kms, o ideal para uma manhã!
Adivinhava-se uma volta durinha devido a muito sobe e desce, e então a subida ao marco geodésico devia ser das agrestes.
Lá fui idealizando o track no google earth e toca a carregar para o gps.
Outra aventura, ia ser o primeiro passeio guiado pelo gps.
No Domingo de manha por volta das 9horas lá arranco eu e o meu colega de pedaladas, ele ainda não sabia onde íamos…
Lá lhe disse, ele achou boa ideia e então lá fomos nós!
Tudo começa facilmente e sem grandes surpresas, até porque os primeiros kms conhecíamos bem.
Chegamos então a terreno por onde nunca tínhamos andado, aqui acaba a boa vida e a pedalada fácil, mas pronto lá fomos seguindo durante vários kms. A subida era disfarçada, mas estava lá a moer os músculos. Aqui começam os problemas com o gps, a nossa orientação dizia para nós irmos para um lado, o gps dizia para o outro.
Optamos por seguir o gps, não sei se fizemos bem ou não.
A certa altura cada vez nos afastávamos mais do tão desejado topo da serra que queríamos conquistar.
Começamos a descer, estávamos a cerca de 400mts de altitude, ou seja já só faltavam 153mts…quando demos por nós estávamos novamente 130mts de altitude…
Já lá tínhamos estado quase em cima e agora já tínhamos 420metros de altitude para vencer.
Depois de toda a descida rolamos mais uns kms a direito até que chegamos ao desejado e ao mesmo tempo temido caminho que nos iria levar mais perto do céu. Continuávamos nos 130metros…
Lá arrancamos para a derradeira subida, começámos de ânimo leve e com força, os primeiros metros venceram-se facilmente, eram disfarçados, mas estávamos a ficar muito perto do topo e o gps dizia que ainda só íamos nos 180 metros!
O que será que nos esperava depois daquela curva?
Nada de novo… eu já ia a pensar que afinal aquilo até era fácil, eis quando aparece mais uma curva para fazer, e a seguir a esta, o que estaria?
Estava isso mesmo que vocês estão a pensar, os últimos metros com uma inclinação terrível…
Eu já tinha ficado para trás e via o meu colega lá mais em cima parado a descansar.
Tempo para parar e esticar as pernas, comer uma laranjinha para refrescar e tirar uma foto.
Montei de novo, já não via o meu colega, já devia de lá estar em cima.
Lancei-me a ela, já não faltava muito e havia de conseguir vence-la, mas rapidamente me apercebi que não era tão fácil como eu pensava. Ela derrotou-me passados poucos metros. Muita inclinação, terreno solto e com valas a atravessarem constantemente o caminho faziam dispender muitas energias sem progredir grande coisa.
Tive que desmontar e ir o resto a pé. Só já muito perto do topo é que a inclinação acalmou e lá voltei a montar, para desmontar logo a seguir, pois estava no topo e estava feliz, mas cansado…
O meu colega já tinha chegado e estava a voltar para trás para ver se eu já la vinha.
A passagem pelo topo foi rápida e sem tempo para paisagens, mas também tive tempo de as ver enquanto subia a pé.
Passados poucos minutos fizemo-nos ao caminho, esperava-nos agora a descida pela outra encosta da malvada serra.
Tanto esforço a subir e quando fomos descer foi tão rápido 2 minutos e estávamos novamente ao fundo da serra. Nem deu para descansar…
Lá continuamos a seguir o track até que nos deparámos com um problema, estávamos ao pé duma pedreira, e que costuma pedalar perto delas sabe que os caminhos à volta são constantemente mudados. O track que eu tinha desenhado a partir dali estava inacessível. So indo por meio de mato cerrado é que conseguiríamos voltar ao track. Optamos por não o fazer, devido ao adiantar da hora. Tínhamos 1hora para chegar a casa e ainda estávamos longe.
Abandonamos o track e marquei no gps uma rota que me levasse a casa sem muitas voltas.
Isto implicou um regresso quase na íntegra por alcatrão cerca de 20kms de terra negra…
Mas era a única opção que tínhamos. Assim o fizemos, e como devem de imaginar, daqui para a frente não há muito mais a dizer.
Foram 980 metros de acomulado em 40 kms, se bem que os ultimos 20 foram quase sempre a direito e a descer...
Chegamos a casa eram 13:10, não muito atrasados
Encostei a decatlhon e depois de uns momentos a admira-la deixei-a…
Vai ser desmantelada para voltar grande parte do material à poison…
Vais deixar saudades, mas também não te vou vender, a troco de meia dúzia de €€ fico contigo e quem sabe um dia voltas a andar…
Adeus grande companheira de grandes empenos e alegrias, grandes quedas, memoráveis passeios, momentos de sofrimento e tudo isso que muitos de vós sabem.
Fotos para vocês verem são poucas e pirosas, mas eu tambem fui para andar de bike, e não para tirar fotos
Para além disso grande parte da paisagem estava queimada :evil:
O track não vou disponibilizar porque a ultima parte é muito desinteressante