Como repor energias para o BTTista diabético?

Bravellir

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[url said:
http://www.apdp.pt/]O[/url] que é a diabetes de tipo 2
A Diabetes Tipo 2 também conhecida como Diabetes Não-Insulino Dependente, ocorre em indivíduos que herdaram uma tendência para a Diabetes (têm, frequentemente, um familiar próximo com a doença: pais, tios, ou avós) e que, devido a hábitos de vida e de alimentação errados e por vezes ao “stress”, vêm a sofrer de Diabetes quando adultos. Quase sempre têm peso excessivo e em alguns casos são mesmo obesos, sobretudo “têm barriga”. Fazem pouco exercício físico e consomem calorias em doces e/ou gorduras em excesso, para aquilo que o organismo gasta na actividade física. Têm, com frequência, a tensão arterial elevada (hipertensão arterial) e por vezes “gorduras” (colesterol ou triglicéridos) a mais no sangue (hiperlipidemia).


A descrição adapta-se direitinho ao meu caso, excessos alimentares, sedentarismo, etc,etc..
Comecei um tratamento que muito resumidamente, consiste numa dieta muito específica, exercício físico e claro, o adeus ao tabaco. De facto não é um tratamento, foi mais uma mudança no estilo de vida. Para melhor, muito melhor.

A minha presença no BTT deve-se inteirinha a esta companheira indesejada mas que é para o resto da vida. È nestas alturas que nos vem á cabeça o dito “do mal, o menos”.

Bem, mas esta conversa toda porquê? Porque duas das particularidades da dieta de um diabético são a completa ausência de açúcares e a redução drástica no consumo de hidratos de carbono. Isto acarreta um problema. Até agora não foi muito importante, mas conforme me vou aventurando em distâncias mais longas e a de maior duração, sinto que me faltam energias.

O site de onde citei a definição do diabetes tipo 2 tem um artigo interessante sobre o assunto, e eu vou brevemente fazer uma visita ao nutricionista e pedir conselhos, mas lembrei-me ( ou melhor, fui lembrado ) de perguntar se alguém está em situação semelhante á minha e que estratégias usa para lidar com a questão.
 
R

Rusty

Guest
Caro Bravellir,

Na minha opinião, não se deve fazer uma dieta, mas sim uma nutrição adequada a essa situação de diabetes de tipo 2, que é igual há que a minha mãe e que ela controla naturalmente com uma nutrição específica, e é uma nutrição tão avançada que eu a consumo também, é fantástica, a pessoa sente-se cheia de energia e com muita vitalidade.
Gostava de falar melhor consigo sobre este assunto.

Cumprimentos,
Ricardo
 

Rush

New Member
Infelizmente a situação que descreves está-se a tornar comum, alimentação pouco cuidada e falta de exercício físico.

No meu caso tenho diabetes do tipo I, ou seja insulino dependente.
Apareceu sem que ninguém estivesse à espera, e não sou daqueles que comia muitos doces, era obeso, fazia pouco exercício ou tinha alguém da família com o mesmo problema, simplesmente apareceu sem que a causa fosse aparente.

A alimentação em qualquer dos casos, tipo I ou II, tem que ser regrada e isto não quer dizer que seja má, muito pelo contrário, todas as pessoas que se querem manter saudáveis a deveriam fazer.

Em relação ao BTT, aos hidratos de carbono e as longas distâncias nada melhor que contactar um Nutricionista pois cada caso é um caso.
No meu caso, Diabetes tipo II, faço BTT como qualquer outra pessoa "normal" faria, mas com atenção aos níveis de açúcar, e dizer que é proibido tocar-lhes é falso pois quando os níveis começam a descer, derivado ao exercício hidratos de carbono (açucares), é necessário recorrer a estes a questão é saber manter o equilíbrio, como em tudo na vida.
 

Bravellir

New Member
Boas,

É a 2ª vez neste fórum, num espaço de algumas horas que vejo a palavra dieta usada de uma forma que penso, ser um mal-entendido. É associado á palavra a ideia de um regime alimentar disparatado, por oposição a boa nutrição.

Fui inclusive verificar e segundo a Texto Editores:


do Lat. diaeta < Gr. díaita, género de vida

s. f.,
regime especial de alimentação;
abstinência de alimentos ou de parte deles;
selecção planificada ou receitada de alimentos, destinada à perda de peso ou ao controlo de alguma desordem fisiológica (regime especial de alimentação);
conjunto de alimentos normalmente ingeridos por uma pessoa ou animal (regime normal de alimentação).

Mas na verdade, actualmente, com o disparate das anorexias e cia, aceito que a palavra Dieta possa induzir em erro. Sendo assim, corrijo o meu post.

Está como disse planeada uma visita ao nutricionista, porque isso é o correcto a fazer, embora eu acredite que a experiência de terceiros, se utilizada como aprendizagem e não como receita pode ser útil na mesma.

Eu faço ( ou o médico que me acompanha ) distinção entre açucares na sua forma mais pura e de rápida absorção e os hidratos de carbono ( que o nosso corpo transforma em açucares ). De qualquer maneira, no meu regime alimentar eu não toco em alimentos com elevados teores de açucares ( doces, bolos, marmeladas, chocolates, açúcar, etc ). Apenas como alimentos com quantidades de açúcares muito limitadas e preferencialmente se forem frutose.
Da mesma maneira, controlo com muito cuidado os hidratos de carbono, o que não quer dizer que não os consuma. Aliás, esse era um erro que me foi veementemente apontado e corrigido pelo nutricionista logo no início. Como pão ou crakers integrais, arroz, massa, batata, etc... A diferença é que como quantidades muito pequenas destes alimentos.
Se virem um dos meus almoços, por exemplo, vão descobrir que tem um pedaço de peixe grelhado, duas meias batatas pequenas e uma imensidão de vegetais na salada ou cozidos, uma sopa de legumes sem batata e uma peça de fruta para sobremesa.
Quanto ao não tocar no açúcar puro, não é de todo verdade porque inclusive, na situação mais dramática para um diabético que é a hipoglicémia ( desmaio por falta de glucose no sangue ) a solução imediata é ingerir açúcar e por isso é que eu trago sempre comigo no bolso uma saqueta do dito.

Mas, e "bottom line", como diz o Rush, o segredo é manter o equilíbrio. Nem de mais nem de menos.

Voltando ao assunto inicial, nesta semana fiz uma pequena experiência. Meti-me a fazer uma certa quilometragem e num percurso de dificuldade média/alta. O típico percurso em que ao fim de 30 kilometros eu começava a sentir que por mais vontade que tivesse de mexer as pernas, elas não mexiam. Em plano ainda davam, mas se era preciso subir nem que fosse um passeio, nada feito.
Desta vez, fui comendo hidratos a cada 1.30/2 h ( na prática, pão de mistura e umas maças de vez em quando) e resultou lindamente. Ao fim de quase 70 km, estava todo empenado, mas não senti a tal falta de força ou de energia.
Controlei a glicémia antes e no fim do passeio e estava em níveis perfeitamente normais para mim. Cerca de 100. Agora falta mesmo conversar com um especialista e ver o que diz.

Boas voltas
 

jnewton

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Grande brave, é assim mesmo... Eu se fosse a ti acreditava mais nos testes q tu fazes e conheceres cada vez melhor o teu organismo do q nos nutricionistas e médicos....
Acho q se continuares com a dieta q tu tens, com exercício físico, com descanso, vais acabar por ultrapassar esses problemas nas voltas maiores. E esses mesmos problemas q tu tens, tb eu tenho e outros tb têm. Vou-te dar 1 exemplo, na última maratona a q fui, em Antas, q para mim foi extremamente exigente a nível físico, comecei por arrancar mais rápido do q o costume, e tentei aguentar sempre perto das 160 - 170 pulsações. Cheguei perto dos 50 km e tava completamente em baixo, notava 1 falta de açucar no sangue tremenda, estava mesmo rebentado. Comi e bebi bem, reduzi o ritmo e depois encontrei-m novamente.
Penso q mtas vezes o grande problema é sujeitarmos o nosso corpo a 1 desgaste a q ele não está habituado.
Acho q no teu caso, agora q começas a fazer voltas maiores, e d dificuldade maior vais começar a sentir-t bastante melhor
 

sqbltz

Member
BTT & Diabetes

Boas,

Sou diabetico do tipo 1 - insulino-dependente - e gostava de saber se há mais alguem nas mesmas condições.
Como fazem com a alimentação especialmente nas voltas maiores, valores tipicos de glicémia antes e depois, etc.

Cpmts
sqbltz
 
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