Canyon Nerve ES9 - O Mundo É plano...
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Pelo que li no manual, a desmontagem do cubo obriga a ferramenta deles especial. No meu caso, precisava de relubrificar o cubo de trás. ( o barulho está a ficar "demasiado" metálico e segundo eles devia ser lubrificado 2 a três vezes ao ano. ). Essa ferramenta parece que ainda é carota.
Sabes ou ouviste falar de alguma maneira de os desmontar sem o tal kit?
Sabes ou ouviste falar de alguma maneira de os desmontar sem o tal kit?
Não precisa de prensa. Aquilo sai com um martelo de borracha e uma peça de metal que é enfiada no cubo. Depois tem mais umas peças ( no cubo de trás ) que precisa de mais umas ferramentas de metal para as extrair e montar de volta.
O kit é este..
As instruções são tão claras que me parece que se desmontariam fácilmente mesmo sem estas "coisas" e utilizando outras "alternativas", mas nuns cubos tão caros não queria correr muitos riscos...
O kit é este..
As instruções são tão claras que me parece que se desmontariam fácilmente mesmo sem estas "coisas" e utilizando outras "alternativas", mas nuns cubos tão caros não queria correr muitos riscos...
Estive 4 meses à espera da troca de um selim em garantia comprado em Portugal. Não é o sitio, é o serviço que faz a diferença.
Como serviço, disponibilizarem o envio dos rolamentos sem sequer ver a roda não acho que seja mau. Pelo contrário. Não sei quantas lojas o fariam.
Eu sabia que se houvesse problemas tinha de ser mais autonomo do que outros bttistas. Alias.. eu já era. Só fico satisfeito quando for capaz de fazer tudo ou quase tudo em termos de manutenção na bike.
Como serviço, disponibilizarem o envio dos rolamentos sem sequer ver a roda não acho que seja mau. Pelo contrário. Não sei quantas lojas o fariam.
Eu sabia que se houvesse problemas tinha de ser mais autonomo do que outros bttistas. Alias.. eu já era. Só fico satisfeito quando for capaz de fazer tudo ou quase tudo em termos de manutenção na bike.
Kedalivre said:
Olha a mim deixa-me mas é apreensivo pagar o dobro por um produto, sabendo que o posso obter ao preço normal...
Gostava de saber qual a loja que mandava um kit de rolamentos sem sequer olhar para a roda. Ainda há pouco tempo o cubo Mavic dum colega meu pifou e teve de ir 3 vezes à loja até que admitissem que havia problemas com o cubo :s
Quanto à mão-de obra por 10/15€ qualquer loja te troca aquilo, caso como eu não tenhas grande dote para a mecânica.
Convém não esquecer que estamos a falar de bicicletas e não de carros aqui, a dificuldade de manutenção é bem diferente. Acho que por vezes o pessoal não se apercebe bem disso...
Kedalivre said:
Não interpretem mal :mrgreen:
A opção de enviarem os rolamentos foi minha.
A Canyon queria que eu enviasse a roda para Espanha ou Alemanha.
Neste caso, qualquer utilizador com DT Swiss terá as mesmas "facilidades" que eu, por não existir representante em Portugal - ou melhor, pelo representante português ser espanhol... Olé :mrgreen:
Já agora, vamos ver quanto tempo demoram...
vacalouca said:
Eu enviei um vídeo do problema :mrgreen:
Aqui fica
http://www.youtube.com/watch_video?v=yX_6noNbgX0
1200 kms
Pois é, o tempo passa num instante.. ainda no outro dia desesperava que a minha ES9 nunca mais chegava e já estou a fazer o report dos 1200 km.
Quando nos divertimos assim o tempo passa depressa. :mrgreen:
Incidentes, cronologicamente:
+-200 km - Um barulho irritante algures pela zona da pedaleira. Apertei e verifiquei todos os apertos. Até desmontei a pedaleira XT. Depois disso o barulho desapareceu, mas voltou logo a seguir.
A Canyon informou que alguns utilizadores se queixavam deste barulho motivado pela água das lavagens que entra pelo tubo do selim e “limpa” a massa que envolve o eixo da pedaleira.
Coloquei um pouco de óleo pelo tubo do selim abaixo e o barulho desapareceu. Tive de ai em diante mais cuidado com a água que entra pelo tubo e o ruído nunca mais apareceu.
+- 500 kms – Fruto das minha investigações do tal ruído da pedaleira, cheguei mesmo a lubrificar os olhais de apoio do amortecedor. Talvez por causa disso no fim e uma volta reparei que estavam desapertados e com folga.
Após ter recebido por email o torque correcto para estes parafusos ( 8Nm) apertei-os e selei com cola de parafusos. Ficaram perfeitos e nunca mais ganharam folga.
+- 800 km – No fim de um nocturno em Valongo, debaixo de muita água e lama, tive um chain suck daqueles mesmo malvados que obrigou inclusivamente a descravar a corrente para a soltar. O desviador X-0 ficou assustadoramente esmagado entre a escora e a corrente.
Depois disto já aconteceu de novo mais uma ou duas vezes e sempre com a transmissão muito suja de lama.
Penso que o prato do meio está já algo desgastado. Mesmo tendo em conta que eu sou bastante pesado e mudo frequentemente de mudança em carga ( já sei que não o devia fazer
), mesmo assim parece um desgaste rápido demais.Já está planeado, vou usar estes pratos enquanto possível e depois vou mudar para uns pratos TA.
+-1100 km - Desviador X-0. Tenho vindo a reparar em duas anomalias. Uma lentidão na passagem de algumas mudanças e o “encavalitar” da corrente no rolete superior quando se pedala para trás. Depois de numa volta a corrente ter caído para a roda, decidi desmontar, limpar e analisar bem o estado do desviador.
Os roletes, ambos, estavam imundos. A quantidade de lixo dentro deles era surpreendente. Os rolamentos parecem ainda em condições satisfatórias. Já não rodam muito suaves mas ainda rodam bastante bem.
Detectei ainda que uma parte do rolete superior está “moída” terá sido quando ficou esmagado pelo chainsuck??
Limpei, lubrifiquei e montei de novo. Pequeno ajuste nos limites ( não tinha soltado o cabo ) e está a funcionar quase como quando era novo. Os dois problemas desapareceram por completo.
Mas ainda vou um dia destes desmontar e limpar as bichas ( e talvez trocar ). As bichas são integrais, o que, se por um lado não deixa sujar tanto por outro lado aumenta o atrito. Provavelmente bastará lubrificar.
+-1200 km – Detectei que as letras pequeninas no tubo superior do quadro estão a sair. Já enviei email para a Canyon. Sei que isto em nada compromete a robustez e a fiabilidade do quadro, mas um gajo quer é bom E bonito. Vamos a ver a resposta. :|
Durante os 1200 km
O ruído de roçar dos travões. De vez enquanto aparecia e desaparecia um ligeiro ruído de roçar no travão de trás. Definitivamente são os rotores da Avid. Depois que instalei os Hope flutuantes nunca mais o ruído se manifestou.
O aperto do espigão do selim. Desde o quilometro 0 que esta irritação me acompanha. Inicialmente o espigão e tubo traziam massa e estava constantemente a descer durante uma volta. Por mais que apertasse descia na mesma.
Colocar um aperto sem ser dos rápidos estava fora de questão. Transporto a bike sempre na mala dos carros e para isso o espigão tem de sair.
Com tanto abuso no aperto, acabei por o danificar. Uma chapa em cobre que faz de “lubrificante” entre a alavanca e o corpo do aperto moveu-se do sítio e a alavanca acabou por se desgastar um pouco.
Acabei por descobrir que só mesmo desengordurando completamente o espigão e o tubo do selim é que resolvia o problema. De vez em quando ouve-se uns ruídos dessa zona mas pelo menos agora está estável e não preciso de apertar nem metade do que fazia antes.
A Canyon enviou um aperto novo, se bem que do ano passado, mas que deu para ”re-fabricar” o antigo. Troquei a tal chapa entre os dois.
De qualquer maneira, a minha sensação é que o tubo é uns décimos de milímetro excessivamente largo. Será um ponto a rever nestes quadros pela Canyon.
O que correu mal.
Os pedais Crank Brothers foram um falhanço. Não os pedais em si aliás, são excelentes a todos os níveis menos num. Em caso de queda não largam o artista. Para mim e para o uso que lhes dou não servem.
Dei uma queda parado durante a maratona de Idanha e fiquei com a perna presa debaixo da bike com o meu peso todo em cima. Fiquei com uma contusão no joelho que ainda não desapareceu completamente e que podia facilmente ser bem mais séria.
Quando me pus a imaginar o que aconteceria se ficasse assim preso numa queda em andamento, desisti deles. Na hora certa. Logo na saída seguinte dei um trambolhão a boa velocidade e magicamente, foi a bike para um lado e eu para outro. Benditos SPD.
Os punhos de espuma BBB. Não gostei a mal pude troquei pelos Ritchey. Os BBB são um pouco mais moles, e especialmente molhados ficam muito esponjosos.
A venda do selim SLR. Não o vendi. As ofertas por ele eram ridículas. Decidi ficar com ele para reserva.
O Equipamento.
Rodas. 1200 km impecáveis. Aguentam com tudo o que lhes atiro com mais de 110 kgs em cima. Nem o mais ligeiro empeno. O cantar da roda livre está um pouco mais sonoro mas nada de especial. Mas já estou a tratar de obter as ferramentas para quando chegar a altura de lhes fazer a manutenção.
Suspensão e amortecedor. Nada a assinalar. Continuam a funcionar impecavelmente.
Travões. Depois que troquei os rotores não há mais nada a assinalar. Fiáveis e eficientes. Estará em breve na altura de uma limpeza preventiva aos pistões.
Triguers. Nada a assinalar. Perfeitos.
Desviador Frente. Até agora sempre disponível e sem um único falhanço. Se não tiver nada a ver com o chain suck está mais que aprovado.
Desviador de trás. Apenas o problema já reportado associado aos roletes. De resto, tal como o da frente, 1200 km e sem uma única afinação. Com o tratamento que lhe dou acho quase milagrosos o não terem sido afinados. È que nem o natural alongamento do cabo teve de ser compensado. Thumbs up.
Cassete e corrente XT. Nada a assinalar. Limpar lubrificar e andar. A corrente levou um elo rápido sram.
Pedaleira XT. Como o resto. Limpar e lubrificar. Os pratos não serão o mesmo. Se se provar o desgaste, diria que é muito prematuro. A pedaleira merece uma nota especial porque está muito mal tratada. Nesta bicicleta tenho a a sensação que a pedaleira está um pouco mais baixa. Por causa disso, bato com ela e com os pedais muitas vezes no chão. Resultado? Muitos arranhões e mossas.
Pedais. Como disse, falharam redondamente os Crank Brothers C. Neste momento ando com uns Shimano 520 que fazem o que tem a fazer. Na próxima compra vão aparecer uns 540 que irão ser os definitivos.
Caixa de direcção Nada a assinalar. Nada de folgas. Desmontei-a aos 1200 km e estava como nova. Limpei e lubrifiquei.
Guiador, avanço, espigão, apertos, punhos e tampas, etc.. Nada a assinalar. Robustos e confortáveis, cumpriram o que se espera numa bike destas com distinção. O espigão é que é uma pena. É lindíssimo mas infelizmente devido ao problema constante com o aperto e o sobe e desce já mostra sinais de uso o que o torna menos bonito
Selim. Melhor que o modelo do ano passado. Apesar de ter perdido na mesma as letras e a decoração a imitar carbono nos rails, o couro está em muito melhor estado e já fez muito mais quilómetros que o anterior.
Impressão geral.
Foram 1200 km muito agradáveis. A geometria da bike. O slopping, o tamanho mais reduzido aliado ao avanço mais longo. A amplitude do guiador. A leveza “aparente”. A “leitura” que o amortecedor faz a subir terrenos mais técnicos. A generosidade da suspensão a perdoar as asneiras a descer. Tudo isto fez com que eu fizesse quase o dobro da minha média de km e esteja muito mais “desesperado” para sair do que antes. Mal posso esperar pelos próximos 1200.
Só me arrependo mesmo é do tempo que demorei para tomar a decisão de mudar para FS.
Bom, mais do que a qualidade da bike em si, e dos seus componentes, sem duvida o que lhe da um especial encanto é a forma como descreves cada detalhe,angulo,pormenor,defeito o que seja... demonstra não so o orgulho da bike, bem como o grande conhecimento que tens na matéria. Acho que conseguias vender uma bike de supermercado, como pertencente ao "Cantinho do Peso" :mrgreen:
Um grande bem haja, e continua porque é sempre um prazer ler os teus posts.
Jamal
Um grande bem haja, e continua porque é sempre um prazer ler os teus posts.
Jamal