Olá essence_s
Obrigado e ainda não sei se preciso de um disco maior ou não, mas penso que deves ter razão. A ver vamos. Os upgrades foram os permitidos pelo dinheiro que sobrava, lol. Um gajo gosto até tem, agora massa é que é pior. lol.
Hoje dei mais uma volta com 35km mais um amigo veterano nestas andaças com uma bike muito rara no nosso país, uma Conalgo de carbono quase 100% XTR. Além de muito bonita pesa cerca de 8,5kg.
Hoje já tinha a pressão correta na lefty e no amortecedor ao contrário de ontem que tinha pressão a menos que o recomendado.
Começamos por rolar em alcatrão com a lefty e o amortecedor bloqueado. Conclusão, ainda mais dura que a Scale 30 por incrível que possa parecer. A Scalpel é uma suspensão total e consegue ser mais rígida que uma semi-rígida. Não quero com isto dizer que é um defeito, para mim é uma vantagem, pois se eu quiser melhor o conforto basta regular a suspensão e o amortecedor para isso. Outra coisa em que notei uma diferença enorme para a Scale é a rigidez lateral do quadro e passo a explicar. Se em alcatrão zigue-ziguearem de um lado para o outro rapidamente, vão notar que o quadro "dobra", isto quando me aconteceu na Scale a descer a Serra de Candeeiros, cheguei a parar porque pensava que tinha algo desapertado ou com folga. A minha outra bike, a Lapierre de alumínio, não notava nada de especial, agora a Scale... A suspensão Reba, também perdia alguma rigidez notando-se um atraso na resposta. No caso da Scalpel isto não acontece, viramos e imediatamente tudo vira, não há torção.
De seguida fizemos uma parece com cerca de 500m, com inclinação entre os 18% e os 20%. O piso oscila entre terra dura, pedra solta e terra fofa. Subi com a lefty desbloqueada e o amortecedor bloqueado. Mais uma vez não notei diferença para a Scale, tudo muito semelhante. Depois de roermos o osso, comemos a carne, ou seja, descemos. Aqui a lefty tem realmente diferença, lê muito bem o terreno por onde quer que passemos, dá a sensação que não afunda, pela suavidade de reação. Desce e sobe as pedras com suavidade. Chegou-me a parecer que a posição de condução em descida é mais alta que a Scale ou a Lapierre que tinha. Quando cheguei a casa fui ver as medidas que tinha nas bikes anteriores à Scalpel e consegue estar 1cm mais baixa que as outras. Mas devido à "atitude" na lefty a descer isso não parece porque é muito suave a trabalhar, não afunda tanto...Com o amortecedor bloqueado, a traseira fica nervosa como numa semi-rígida perdendo direcionalidade, segurança e retirando alguma confiança, embora seja divertido sentir a traseira a dançar de um lado para o outro.
Depois na volta para casa decidi desbloquear o amortecedor mesmo em alcatrão. O bombear não se sente mas está lá. No final da volta foi a cerca de 30% do curso, faltando muito para o final do seu curso. O conforto regressou e a descer a confiança volta a aumentar porque a traseira rola muito colada ao chão. As derrapagens reduziram-se.
Fiz uma troca de bikes com o meu colega Fernando, a dele é muito pequena para mim, pois ele deve ter 1,67m ou menos um pouco e eu tenho 1,83m. Foi numa descida cheia de pedra e cascalho solto. Em qualquer das formas a suspensão dele, uma Rock Shox Sid XX é muito mais seca que a minha, salta perante as pedras e tem reações menos suaves. A lefty é muito mais suave, e quando digo muito não é exagero. Agora aquilo tem uns travões XTR que é um espanto, nunca tinha experimentado tal coisa. Neste caso a Scalpel com os Avid Elixir 9 está a km de distância, ainda estão em rodagem mas mesmo que melhorem muito não chegam lá.
O Fernando disse-me que a bike é muito boa e ficou muito agradado traçando elogios à lefty "dá muita confiança a descer". Concordo com ele.