Cannondale F29 Carbon 3 2013

[FiCaçador]

Esta é a bicicleta que me acompanha no BTT desde Fevereiro de 2013.
Porque é que só agora é que apareceu por aqui? Porque só agora é que a começo a considerar leve!

Porque quando a comprei, e após alterações mínimas e colocar pedais e porta bidões, esta bicicleta estava assim:

[video=vimeo;59838758]https://vimeo.com/59838758[/video]


E a pesar isto:

Mas não se preocupem, que a bicicleta já emagreceu desde então.
Vou descrever, com fotos à mistura, as alterações que tenho feito e as que estou prestes a fazer, em posts futuros, e depois coloco aqui neste post de abertura o link directo para esses posts, para ficar organizado e fácil de consultar.


Upgrade aos travões

Upgrade aos periféricos

Upgrade à transmissão

Upgrade às rodas



Estado actual da F29:

 

[FiCaçador]

Para os travões, a minha escolha recaiu totalmente para a Hope.

Os discos, que são a versão mais leve da marca, 140 mm atrás e 160 à frente:

E os travões, os Hope Race X2 Evo:

Agora os pesos:

Os parafusos em titânio, ainda sobraram dois:

O adaptador da Trickstuff:

Sobre os travões, não são os mais baratos, nem os mais leves, nem os mais potentes, mas são Hope!
A doseabilidade é excelente, problemas zero, as pastilhas apesar de serem orgânicas e de já terem apanhado lama aos montes ainda são as de origem e estão para durar, e além disso têm aquela sensação mecânica fantástica ao progredir no curso das manetes, que não se encontra nas outras marcas mais industrializadas.
Podiam ser mais potentes, é verdade, mas têm potência suficiente para só com um dedo travar o necessário e pouco mais, para mim chega, embora que em travagens fortes mais prolongadas se comece a notar falta de algo mais.

 

[FiCaçador]

No que toca aos periféricos, também já muita coisa mudou.
Alguns transitaram da Beone, já se está mesmo a ver quais são...


O selim, só podia ser o Tune SpeedNeedle, claro está!

E os pedais, os Egg Beater 2Ti com molas e eixos em titânio e mangas em alumínio:

O espigão de selim é o Easton EC70 zero:

A acompanhar, está o guiador também Easton EC70, com uns punhos Ritchey WCS Ergo:

Os pesos são os seguintes:

O espigão é 27,2 x 400 mm, e ainda pode baixar o peso com uns parafusos em titânio e uns yokes:

Este é pesadinho, mas atenção porque são 720 mm de guiador:

Escolhi o guiador e espigão Easton EC70 por serem em carbono, pelo aspecto, por ser uma marca que não me causa receio ao usar e abusar o material, pelo relativo baixo peso e porque não queria pagar um balurdio.
Os punhos foi para experimentar e estou bastante satisfeito com eles, leves, confortáveis e sem sinais de desgaste prematuro.
Ao mudar de espigão troquei um espigão com recuo por um direito e isso nota-se mais do que pensava em subidas mais inclinadas com pouca tracção, ficam mais fáceis. Além disso o acréscimo de conforto é notório a flexão do espigão parece-me até ser visível a olho nu quando o forço em andamento.

 

[FiCaçador]

Em relação à transmissão, também já muito mudou.


Vieram uns manípulos XTR, que actualmente apenas uso um deles:

A segurar o cabo estão uns restos de espiral Yumeya que tinha sobrado há uns anos atrás:

Os cranks Rotor 3DF:

Com um prato Race Face narrow/wide 32T:

Juntos com uns parafusos Prototype verdes, o resultado é este:

Para trás tenho um adaptador SNV 42T RE:

Pega-se neste adaptador, numa cassete XT 11-36, num carreto XT 16T, deixa-se de parte o 15T e o 17T, e o resultado é este:

Aspecto geral:

Sobre a transmissão e esta adaptação, é preciso afastar muito o desviador para a caixa não roçar no 42T, e com isso perde-se precisão e rapidez nas mudanças traseiras.
Sobre os limites, para mim está óptimo, subo quase quase tudo (já encontrei a excepção) e rolo a 40 km/h sem problemas, o que pode não chegar para algumas maratonas rolantes de suposto BTT, mas para aquelas que me interessam chega perfeitamente.
Para XCO chega e sobra, aliás, para XCO uso a cassete 11-36 normal, sem adaptações, com o mesmo prato 32T na frente.
Para quem tiver interesse nesta solução / adaptação, já analisei a coisa de forma um pouco mais extensa aqui.



E é assim que a bicicleta tem rodado em treinos e a competir nos últimos meses:

Mais novidades para breve...

 

[lstzr]

Bela maquina que tens afinado nestes ultimos meses. Esta sim muito bonita e ao meu gosto Coloca ai o peso dela neste momento.

Cumprimentos, vou seguir o topico.

 

[essence_s]

Bem bonita e com uns "truques porreiros"!

 

[G1zm0]

Essa opção 1x10 esta bem engraçada e acaba até por ser low-cost...
Esta muito engraçado

 

[Radonbiker]

Bem vindo de novo a este cantinho Ficaçador!
Já conhecia teu projecto daqui do lado mas realmente acho que fica melhor aqui !
Cumps

 

[Insignia]

Boa máquina, adoro essa bike, e o 1x10 ficou muito porreiro.

 

[FiCaçador]

Obrigado, a bike está de facto a ficar bonita e leve, mas ainda não mostrei tudo, ontem passei a tarde a tratar das novidades.

O 1x10 está aprovado. Com a cassete normal 11-36 funciona tudo na perfeição, com a adaptação perde-se qualquer coisa, mas funciona.
Ontem tive a tratar também disso, desbastei um bocado à placa interior da caixa do desviador, para poder aproximar um pouco mais o desviador sem a placa roçar no 42T. Adiantou qualquer coisa mas não muito, porque agora é o próprio prato e a roldana que entram em conflito na mudança mais leve se aproximar mais o desviador, e quanto a isso nada a fazer.
Além disso meti roldanas novas e uma corrente nova que deixei com mais um elo que a anterior.
Vou rodar entre correntes diferentes, uma com 2 elos a menos para usar com a cassete normal 11-36.
O que considero quase obrigatório nesta adaptação é um carreto 16T, sem ele não só fica um salto enorme no andamento de 15T para 19T, como o próprio desviador tem dificuldade em fazer subir a corrente para o 19T.



Agora vamos ás novidades...
Como era de esperar, porque já não sobra muito mais para alterar, chegaram rodas novas. A acompanhar vieram também uns pneus novos.

Não vou já mostrar as novidades porque ainda não andei com elas e quero ter uma pequena análise para escrever quando as apresentar.


O que tenho é uma bicicleta montada, pronta a pedalar, e pronta também a pesar.

Este é o peso na versão para maratonas, com o 42T na cassete e dois porta bidões:

Já dentro e com alguma margem do que considero leve para uma hardtail.
Os pneus são pneus a sério, não pensei (muito) no peso quando os escolhi.
Nas rodas já pensei um pouco mais no peso, mas sem por de parte a fiabilidade e qualidade dos cubos, e sem equacionar aros demasiado estreitos.

Logo à tarde já vou testar e depois digo coisas.

 

[magrof]

FiCaçador podes indicar-me por mp onde compraste o carreto 16T?

obg

 

[tinric]

Só eu é que não consigo ver as fotos?

Aparece-me um proibido em vez da foto.

 

[Radonbiker]

Não és só tu...eu tb não consigo ver.

 

[FiCaçador]

Acho que já está corrigido o problema das fotos.

magrof, o carreto XT de 10v 16T comprei na bike-components, mas neste momento nem nessa loja, está com previsão de 20 dias ou mais. Procurei noutras lojas online e ou não vendem ou não têm previsão sobre a disponíbilidade. Numa loja portuguesa ficas dependente do importador, também aí não deves ter muita sorte, mas nada como tentar.
A melhor alternativa neste momento é tentar com um carreto 16T de 10v de estrada, um Ultegra ou Dura Ace, só tem o problema de além de serem mais caros terem menos pontos de contacto com o cepo (não percebo porquê) e por isso devem deixar lá marcas maiores.



Sobre as rodas...

Os cubos são Dt Swiss 240s

Os raios e cabeças de raio são também Dt Swiss, Revolution e Prolock em alumínio, tudo em preto.


Os aros é que não são Dt Swiss, nem NoTubes, nem BOR, nem Roval carbon dos chineses...

São os Ryde Trace XC 29er, com 21 mm de largura interna, 100 kg de peso máximo, peso anunciado de 340 g.
E com um pormenor único, o perfil é assimétrico, o circulo onde se encontram os furos para os raios está descentrado em relação à largura do aro.

A vantagem disto é simples, se repararmos os flancos dos cubos não estão à mesma distância do centro do cubo, devido ao espaço que a cassete exige trás e o disco à frente, no entanto o aro tem que ficar centrado e isso faz com que as inclinações dos raios sejam diferentes dos dois lados, com também diferentes tensões dos dois lados.
Este aro descentrado não resolve isso, mas atenua. O aro de trás tem os furos mais para a esquerda e o da frente para a direita.

Pelo perfil também dá para ver que a dobra no final do flanco do aro é mínima e que entre essa dobra e o fundo no interior do aro há muito pouco espaço, o que quer dizer que é tão difícil colocar lá pneus Continental como é fácil depois enche-los como tubeless, especialmente a versão Protection que é um autentico pneu tubeless, até o consegui encher sem líquido só com uma bomba de pé e ele aguentou-se. Claro que depois meti-lhe à mesma o líquido.


Vamos a pesos:


Roda da frente:

Roda de trás:

O que dá um total de 1390 g, sem fitas nem válvulas.


Um Continental XKing 2.2 RaceSport para a frente:

E um Continental RaceKing 2.2 Protection para trás:

Aqui podia ter arriscado mais, até porque quando andei com Schwalbe Evo e Performance atrás nunca tive problemas, mas 629 g para um pneu deste tamanho e com esta robustez é excelente.


Depois da volta de hoje ficou tudo aprovado, apesar de ter tirado meio quilo só nas rodas, não senti grandes melhorias em aceleração nem a subir, mas também já não andava nesta bicicleta há quase duas semanas, fica difícil fazer comparações.
A volta meteu muitos trilhos, muita pedra, muito sobe e desce, o habitual nas minhas voltas para os lados da Glória do Ribatejo. Não notei falta de rigidez nas rodas e no final os raios continuam todos no sítio, o que é sempre bom! A roda de trás ficou com um muito ligeiro empeno, tendo em conta que é a primeira vez que andam depois de enraiar e a dose de porrada que apanhou, não está mau.

Os pneus são excelentes, rolam um pouco melhor que os rivais da Schwalbe, o XKing dá tanta confiança como o Rocket Ron mas merece-a mais porque é menos falso, O Race King na medida 2.2 dá outro conforto a andar e pelo menos em terreno seco não perde para o Racing Ralph em tracção a subir, a travar é que perde um pouco, mas não se pode ter tudo.

 

[RTC]

Sim senhor, belas rodas. Muitos bonitos esses aros. Esse Ryde não são feitos pela empresa que fazia os Rigida?
Tenho aqui em casa umas rodas de estrada Bontrager de 2005 com esse sistema de colocação dos furos para os raios, assimétrico na roda traseira.
Boa opção pelos cubos e espero pelos pneus.

 

[G1zm0]

Passando da teoria à pratica, irás notar algo com esses aros assimétricos?
Mais rigidez talvez?

 

[A.Moura]

Ficaçador então quais os carretos da tua cassete ?

 

[HYPPERSONIC]

Bela máquina com pormenores interessantes, nomeadamente os aros, prato e travões.

Qual o motivo da mudança para 29 ?

 

[FiCaçador]

RTC, sim a Ryde está de alguma maneira relacionada com a Rigida, ou foi renomeado ou a Rigida é uma sub marca, é qualquer coisa do género.

G1zm0, em principio sim, tensão mais equilibrada de ambos os lados, mais rigidez para a mesma tensão máxima, mas claro não deve ser nada de muito notório, senão já todos faziam os aros assim.

A.Moura, a cassete é uma XT 11-36, só que com um 42T antes e com um 16T em vez do 15T e 17T.

HYPPERSONIC, o motivo da mudança para 29er é o mesmo que quase toda a gente: É claramente superior na globalidade da utilização que dou à bicicleta, em relação às rodas mais pequenas.
Os aspectos em que é indiscutivelmente superior são muitos: conforto, tracção, sobreposição de obstáculos, rolar em terreno acidentado ou areia solta, confiança e estabilidade a descer.
Também é indiscutível que terá pior agilidade e aceleração, embora nunca tenha sentido falta desses aspectos na minha F29.
E já que falo de 29er's, aproveito para voltar a insistir que todas as possíveis vantagens e desvantagens dos diferentes tamanho de roda não dependem da altura do atleta!


Agora voltando à F29, faltava o que é talvez o mais importante, fotos de corpo inteiro da bicicleta.
Ainda não tinha tirado nenhuma, estava à espera da oportunidade certa, após a lavar.

Nas fotos está com os pedais Egg Beater 1, que pesam 280 g e são os pedais que uso quando não é para competir.
Com estes pedais a bicicleta está a pesar exactamente 9 kg.

 

[pimentoski]

se não tivessem gozado comigo num representante da cannondale tinha um igualzinha a essa... mas deram-me 250 euros pela minha 26". Noutra marca que começa por S deram-me quase 4 vezes mais pela mesma bicicleta no mesmo dia. Nem pensei duas vezes e o prazo de entrega foi 5 minutos, na cannondale iam ser 3/4 meses. Mas apesar de estar muito bem servido admito que ainda ando atravessado com a lefty, um dia tenho de ter uma