BTT vs Estrada

PauloGt

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Meus caros , tanto uma como outra modalidade são cansativas, não vamos aqui dizer que uma é mais cansativa que outra, o que importa realçar é que cada vez á mais pessoal a practicar o ciclismo em geral (apesar de eu perferir o Btt pois para mim a unica diferença é o constante contacto com a natureza e a descoberta constante de novos trilhos e desafios longe da poluição urbana)

Força Pessoal do Ciclismo temos é de estar mais unidos para nos criarem melhores condições para quem practica e não ser-mos constantemente ignorados por parte das entidades competentes, tenho dito!!!
 

RUI SOUSA

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BOAS PESSOAL, eu sei que este topico nao tem respostas ja a algum tempo mas nao pude deixar de comentar visto que ha pessoas que conheco que nao percebem as coisas e por vezes é preciso fazer um desenho . o ciclismo è feito em alcatrao , onde a bike è preparada para o efeito mais leve , velocidades mais altas mas com grande ritmo e quase nunca se abranda o ritmo da pedalada e cardio , penso que da mais resistencia nas pernas altissima mais do que o btt, embora seije um bocado monotono , mas com a sua graca depende do gosto de cada um, enquanto que no btt è necessario outras qualidaes , forca , resistencia nao so nas pernas como nas costas , e bracos , aqueles percursos mais puxados puxa muito pelos bracos e ha que ter tecnica nas descidas e subidas com valetas a meio etc , e nem sempre vamos a mesmo ritmo por isso nao è tao desgastante em termos de pernas , nem podemos ir na roda sem tar a gramar o vento , no btt cada umpor si , que tem pernas acelera onde pode , uns sao mais tecnicos descem mais rapido , conta as pernas e a tecnica ! no btt faz bons km , 50 , 80 ate 100 km , mas em estrada o minimo è 100 km ,e feitos por pessoal mais velho que parecem que vao de mota ! lol è desportos parecidos mas que rquerem diferentes preparacoes , mas nao deixam de utilizar a bike que é o que une aqui o pessoal , importa è andar e o resto è conversa !!! boas pedaladas pessoal e desculpem o discurso :mrgreen:
 

rufus

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No fundo a questão da estrada tem a ver com o historial da modalidade, com os milhões envolvidos, contratos de televisão e publicidade e com os heróis que existem na modalidade. Infelizmente no BTT isto ainda não existe, a modalidade ainda vive um pouco do amadorismo e nem mesmo o Absalon consegue dar o impulso que o BTT merece.
Gosto das duas modalidades, da estrada pela velocidade e pela preparação física que me proporciona e o BTT pelo contacto com a natureza, zonas técnicas e maior convívio com os amigos. Ambas são modalidades que adoro e recomendo a todos.

Antigamente só fazia BTT, agora não posso de deixar de fazer as duas
 

ESTIMA

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O que me fascina no ciclismo de estrada é a estratégia e o esforço de equipa, coisa que não existe no BTT (isto a nivel de espectador), além de que é mais facil aproximarmo-nos de uma estrada e ver os ciclista do que ir para o meio do mato a pé para ver uma maratona.
Eu pessoalmente pratico as 2 modalidades e posso dizer que com a bike de btt com 22D frente e 34D a trás é possivel subir paredes, agora com 39D frente e 28D trás a coisa complica, apesar de eu ter colocado um carreto de btt a trás para facilitar as subidas.
Quem costuma subir o Caramulo ou ir para os lados de Oliveira de Frades entende esta dificuldade, isto saíndo de Águeda, é claro que puxar por 100Kg monte acima também não facilita nada :oops: :lol:
 
De facto o ciclismo de estrada tem um historial próximo dos 120 anos, enquanto o BTT é algo de recente! Mas na minha perspectiva, no futuro, o BTT; mesmo com a explosão recente de popularidade e sobretudo no caso das "Maratonas"; terá sérias dificuldades em igualar ou superar a popularidade do ciclismo de estrada, porque:

- O BTT, sobretudo na vertente das "Maratonas", é quase tecnicamente impossível de transmitir em directo pela televisão! Num pequeno circuito de Cross-Country ou descida de Downhill, ainda é possível fazer uma cobertura aceitável com umas 8-15 câmaras fixas de TV! Mas nas maratonas de BTT, dado o tipo de terrenos, não é possível ter no percurso 4 ou 5 motas de imagem! Pode-se ter 4 ou 5 helicópteros, mas os custos são incomportáveis, face aos retornos! Mesmos as grandes voltas de estrada, só têm normalmente uns dois helicópteros, sendo um para captar imagem e o outro para retransmitir o sinal daquele e das motos! Claro que no futuro pode surgir algum UAV, tipo pequeno helicóptero ou dirigível telecomandado, para captura de imagens, que possibilitem uma revolução técnica e permitam a transmissão em directo de uma Maratona de BTT!

Sem transmissões em directo pela TV, não há milhões de fãs (para além dos praticantes e alguns aficionados), nem há patrocínios milionários!
:mrgreen: :shock: :mrgreen:

- Uma etapa de uma prova de ciclismo de estrada de 200 km, costuma passar por inúmeras localidades, incluindo vilas e cidades; enquanto o BTT normalmente só passa na localidade onde há a partida e chegada e algumas aldeias no meio do percurso! Assim, para além dos milhões de telespectadores, uma etapa de ciclismo de estrada consegue ter dezenas de milhares de espectadores ao vivo! E assim têm o "glamour" da caravana publicitária, dos carros das equipas carregados de mensagens publicitárias, logo mais uma razão para ter patrocínios milionários! :shock:

Quanto ao pessoal que acha que o ciclismo de estrada sempre foi fácil, sugiro por exemplo que leia algo sobre os primeiros anos do Tour de France! Várias etapas de 300 a 482m km (em que o vencedor fazia 14-21 horas, mas com 1 ou 2 dias de descanso entre essas etapas), estradas péssimas de saibro ou macadame (incluindo nas altas montanhas), bicicletas de mais de 20 kg, ausência de apoio técnico (só o ciclista podia tocar na sua bicicleta e tinha de levar todas as ferramentas e câmaras)! Mesmo no Tour "fácil" de 2000, existiu uma etapa de 249,5 km em alta montanha, com contagens especiais e de 1ª. categoria em altitudes como 2361m, 2250m e 2109m; sendo que o vencedor levou 7h56m a concluir a etapa! Quem se safar com o Francês, pode-se instruir em http://www.memoire-du-cyclisme.net! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 

Telmo Silva

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BTT sem dúvida, o contacto com a natureza é algo de íncrivel e é uma coisa que nao fazes todos os dias... E todos os rides e montes são diferentes...

Estrada, estas num meio de todos os dias, cidade, carros.... não digo que não preste porque até gosto de ver a Volta a frança mas na minha opinião o btt é melhor...
 

Mário72

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sport 7.3 said:
Boa noite. Em questão ás relações: a primeira vez que subi a Arrábida foi de estrada 52-42 28-12 passados 2 1/2mêses de a comprar...... sacrificio tal que nunca mais me esqueci desse dia. Óbvio que foi em "primeira" e sempre de pé a deitar os bofes pêla boca. Agora raciocinem comigo; 42 dentes tem a talêga do BTT , a cassete na altura tinha 28 dentes por que já vinha assim (que sorte :mrgreen:). Passado este tempo todo já subo "quase" sempre sentado (que alivio) e tirei o carreto 28 e meti mais um entremédio. Agora tenho 24-12. Quem só tiver Btt ponha pneus slick e suba na talêga!! A diferença do tamanho da roda é de apenas 6cm e estão proibidos de meter carreto 30 ou 32. Abraços, a subida é aquela que começa na porta da Secil e acaba onde o pessoal se atira de Asa-Delta e Parapente :pesquisa:

Viva

A 1ª vez que subi Arrábida tinha 14 anos e foi numa BMX, alguns dos meus amigos tinham bicicletas de estrada, e eu fiquei a deitar os bofes por fora e a empurrar a bicla nas subidas mais difíceis.

No ano seguinte tinha a minha bicicleta de estrada com 52-48, com estas relações não era fácil de subir, mas muito mais fácil que a BMX.

20 Anos depois com uma BTT de "supermercado", curiosamente da mesma marca da minha de estrada, mas apesar de ser alumínio é mais pesada que a minha de estrada de aço. Após alguns treinos para habituar as pernas ao esforço, já se faz bem a serra com a BTT de 15 kg. Se eu dava aquela volta só com o meu par de ténis e uma garrafa de água em cerca de 2 h, tenho a obrigação de fazer 1:30 desde casa mesmo com a BTT.

Estou a recuperar a minha velhinha bicicleta de estrada para dar este tipo de volta, para ver se a faço mais depressa.

Em relação ao tópico, estou arrependido de ter comprado uma BTT, sinceramente gosto mais do esforço contínuo da estrada, pulsações sempre elevadas, tal como na corrida de fundo, pode ser uma ajuda para ganhar endurance para a maratona (atletismo) preparando o metabolismo para esforços prolongados.

O BTT nos trilhos, para mim é uma desilusão (é engraçado mas...), não substitui os meus treinos de atletismo, não me esforça a caixa, não consigo andar mais depressa em percursos técnicos, prefiro correr no mato, posso correr depressa, fazer treinos de 20 ou mais km basta levar o abastecimento comigo. O outro inconveniente, suja-me a bicicleta, fico com a corrente suja de areia, e tenho de a limpar depois de cada treino, não tenho vontade para isso. Espero que a minha velhinha esmaltina fique porreira (mais rápida que a BTT) para andar na estrada com ela.

até mais ver, boas pedaladas.
 

Mário72

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sport 7.3 said:
Boa noite. Em questão ás relações: a primeira vez que subi a Arrábida foi de estrada 52-42 28-12 passados 2 1/2mêses de a comprar...... sacrificio tal que nunca mais me esqueci desse dia. Óbvio que foi em "primeira" e sempre de pé a deitar os bofes pêla boca. Agora raciocinem comigo; 42 dentes tem a talêga do BTT , a cassete na altura tinha 28 dentes por que já vinha assim (que sorte :mrgreen:). Passado este tempo todo já subo "quase" sempre sentado (que alivio) e tirei o carreto 28 e meti mais um entremédio. Agora tenho 24-12. Quem só tiver Btt ponha pneus slick e suba na talêga!! A diferença do tamanho da roda é de apenas 6cm e estão proibidos de meter carreto 30 ou 32. Abraços, a subida é aquela que começa na porta da Secil e acaba onde o pessoal se atira de Asa-Delta e Parapente :pesquisa:

Não costumas fazer ao contrário? Creire-Portinho-Solitário-Convento- Rampa do parapente?

Na minha opinião é muito mais difícil, a subida da mata do solitário só tem 2 km, mas a inclinação na parte final é de matar. Quando voltas para o convento parece que o resto é a descer! DEpois levas com a subida do convento que também não é fácil, mas faz-se bem melhor. A pior que apanhei foi em sesimbra na última saída no poente, os 1ºs 500 m foram de Matar, eu não gosto de desistir, mas passou pela minha cabeça se aquela inclinação continuasse por mais 100 m eu saltava da bicicleta.
 

rpfmartins

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Boas pessoal! Este tópico interessou-me bastante! Pelos vistos, anda malta aqui (felizmente muito poucos) que acha o ciclismo em estrada fácil! Há uma máxima no ciclismo de estrada que diz o seguinte: " Todas as subidas são fáceis, a dificuldade está na velocidade com que elas são feitas." No BTT é um pouco diferente porque há subidas mesmo dificeis de fazer a pé :twisted:! Se não fosse um problema de joelhos que actualmente tenho, provávelmente começaria a praticar BTT como complemento, pois noto que o pessoal do BTT quando vai para a estrada tem uma facilidade muito maior em rodar!Como costumo dizer, os Bttistas são os Reis da pedalada! O ciclismo de estrada é tudo menos fácil!
Para responder ao tópico gostaria de frisar o seguinte. A dificuldade em transmitir uma prova de BTT, que não seja em circuito fechado, não tem que ver com a tecnologia que há. O rally Dakar é um bom exemplo. Há helicopteros e algumas câmeras fixas, em alguns pontos de passagem da prova, que captam imagens da mesma. No inicio ou fim das etapas também é possivel falar com os pilotos, fazer reportagens, etc... No BTT é possivel fazer isto, o problema é mesmo o retorno porque é preciso dinheiro para pagar todo o staff da cobertura televisiva. E quem paga tudo isto são os patrocinadores! É tudo uma questão de dinheiro! Agora não venham é com essa história de que o protagonismo vai para as Voltas a França, Espanha etc SEM ASPAS. O BTT até pode utilizar o ciclismo de estrada para se promover, basta haver um pouco de criatividade! O ciclismo de estrada deve ser visto como um apoio e não como um empecilho. O autor deste tópico devia preocupar-se é com o protagonismo dado ao futebol, esse sim é gritante.
 

el gato

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Em relação ao tópico, estou arrependido de ter comprado uma BTT, sinceramente gosto mais do esforço contínuo da estrada, pulsações sempre elevadas, tal como na corrida de fundo, pode ser uma ajuda para ganhar endurance para a maratona (atletismo) preparando o metabolismo para esforços prolongados.

O BTT nos trilhos, para mim é uma desilusão (é engraçado mas...), não substitui os meus treinos de atletismo, não me esforça a caixa, não consigo andar mais depressa em percursos técnicos, prefiro correr no mato, posso correr depressa, fazer treinos de 20 ou mais km basta levar o abastecimento comigo. O outro inconveniente, suja-me a bicicleta, fico com a corrente suja de areia, e tenho de a limpar depois de cada treino, não tenho vontade para isso. Espero que a minha velhinha esmaltina fique porreira (mais rápida que a BTT) para andar na estrada com ela.

Eu também faço estrada e adoro. Agora essa história do esforço continuo e que o btt não serve ... experimenta fazer maratonas ou um percurso menor a um ritmo forte e diz-me alguma coisa !! O sujar da bicicleta é como tudo na vida ou seja nós todos cagamos mas temos que limpar o cú...

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 

karne

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Mário72 said:
sport 7.3 said:
Em relação ao tópico, estou arrependido de ter comprado uma BTT, sinceramente gosto mais do esforço contínuo da estrada, pulsações sempre elevadas, tal como na corrida de fundo, pode ser uma ajuda para ganhar endurance para a maratona (atletismo) preparando o metabolismo para esforços prolongados.

O BTT nos trilhos, para mim é uma desilusão (é engraçado mas...), não substitui os meus treinos de atletismo, não me esforça a caixa, não consigo andar mais depressa em percursos técnicos, prefiro correr no mato, posso correr depressa, fazer treinos de 20 ou mais km basta levar o abastecimento comigo. O outro inconveniente, suja-me a bicicleta, fico com a corrente suja de areia, e tenho de a limpar depois de cada treino, não tenho vontade para isso. Espero que a minha velhinha esmaltina fique porreira (mais rápida que a BTT) para andar na estrada com ela.

até mais ver, boas pedaladas.

Boas,
Para esta resposta só te posso propôr um "negócio", visita a Serra de Aire e Candeeiros, que para mim é uma das "capitais" do BTT em Portugal e vais ver o que é esforçar a caixa. Queres esforços contínuos, então vem subir paredes com inclinações brutais e piso super técnico e depois já vez o "não me esforça a caixa".
Como é evidente, BTT e ciclismo pouco têm em comum, à parte as duas rodas e os pedais. Julgo que um complementa-se ao outro e não é só por uma questão de poupança de euros em desgaste de material que muitos do BTT também fazem estrada e vice-versa.

Boas pedladas,
Até.
 

GeoGama

Member
karne said:
Boas,
Para esta resposta só te posso propôr um "negócio", visita a Serra de Aire e Candeeiros, que para mim é uma das "capitais" do BTT em Portugal e vais ver o que é esforçar a caixa. Queres esforços contínuos, então vem subir paredes com inclinações brutais e piso super técnico e depois já vez o "não me esforça a caixa".
Como é evidente, BTT e ciclismo pouco têm em comum, à parte as duas rodas e os pedais. Julgo que um complementa-se ao outro e não é só por uma questão de poupança de euros em desgaste de material que muitos do BTT também fazem estrada e vice-versa.
Boas pedladas,
Até.

Fui buscar o que já foi dito atras e achei a resposta ideal:
Code:
Dou um exemplo, numa descida em btt geralmente é deixar a gravidade funcionar... e os amortecedores e suspensao, enquanto que na estrada por vezes ate a descer se anda no limite cardio.

Ou seja, mesmo que esforces ao máximo a subir, depois terás de descer e aí é ver as pulsações a descer.....
Isto sou eu a dizer, que nem tenho estradista, mas dos percursos que faço em asfalto, mesmo com btt noto isto: na estrada é batimentos sempre sempre lá em cima (+90%), no BTT, mesmo em provas a rasgar em todas as rectas, curvas e ups&downs, tens momentos que desce pra 80%.

Para adicionar ao tópico tenho a dizer que no mato é diversão garantida, na estrada.. só se for com um grupo "ambicioso" :D
 

PRODIGY

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picardias á parte e por expriencia um pode complementar o outro ambos são diferentes mas...tem duas rodas e pedais é como ter um desportivo e outro todo terreno :mrgreen: haja pernas..
 

El Giant

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Aproveito o início de mais uma edição da Volta a Portugal para divulgar uma entrevista do grande Marco Chagas, da qual realço o último parágrafo.

"Vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta por quatro vezes, o comentador de ciclismo da RTP é hoje um apaixonado pelo BTT.

Entrevista dada a Dica de semana

Dica da Semana – Que expec­tativas tem para a 71ª Volta a Portugal em Bicicleta? Marco Chagas – Espero que seja uma volta bem disputada, na sequência do que tem acon­tecido nos últimos anos. O facto de não haver uma empresa com o nome associado à Volta é o maior sinal das dificuldades que existem neste momento, mas mesmo sendo um ano de crise acho que no aspecto desportivo vai ser uma grande Volta a Por­tugal em Bicicleta.

DS – Quais são os ciclistas com maior potencial para vencer a Volta a Portugal deste ano?

MC – Cândido Barbosa (Tavira), pela sua classe e anos de expe­riência, e Tiago Machado (Boa-vista), um jovem que na minha opinião é o melhor ciclista portu­guês da actualidade a correr em Portugal, são os dois corredores nacionais que mais se têm des­tacado. No entanto, a Volta será difícil para Cândido Barbosa, com a chegada à Senhora da Graça no início e a chegada ao alto da Torre no penúltimo dia. Por outro lado, Tiago Machado desgasta-se demais nas provas ao longo do ano e quando chega à Volta a Portugal não tem a fres­cura suficiente para ser candidato à vitória. É evidente que nos tem faltado um vencedor português, porque são normalmente corre­dores de outras nacionalidades que têm ganho e o mais provável é ganhar um corredor espanhol de uma equipa portuguesa. O vencedor do ano passado, David Blanco (Tavira), continua a ser, quanto a mim, um sério candi­dato à vitória na Volta. São tam­bém potenciais , vencedores da Volta dois corredores da Liberty Seguros, Héctor Guerra e Rubén Plaza, actual campeão nacional de Espanha.

DS – O que é que distingue a Volta de hoje da do tempo em que era ciclista?

MC – Por ter entrado no calen­dário internacional, a Volta tem um menor número de dias e nos últimos 20 anos houve uma me­lhoria da qualidade das estradas, dos equipamentos e das bici­cletas. No entanto, nos anos em que competi, havia mais pessoas nas estradas e maior protagonismo dos ciclistas na comunicação social. Isso perdeu-se talvez por falta de corredores portugueses com nomes firmados e porque a televisão transmite as etapas da Volta.

DS – Venceu quatro Voltas a Portugal em Bicicleta. Qual foi a vitória mais marcante para si?

MC — Todas as vitórias são im­portantes, mas aquela que foi mais marcante foi a quarta Volta a Portugal que venci. Como nin­guém tinha ganho quatro Voltas, nunca esquecerei o dia em que consegui chegar a essa vitória difícil, até porque só venci com uma diferença muito pequena no contra-relógio.

DS – A sua carreira foi ensombrada pelos casos de doping, que lhe retiraram uma vitória na Volta a Portugal e a possibilida­de de competir em mais duas. Como recorda esses aconteci­mentos?

MC - São também momentos marcantes, mesmo que negati­vamente. Há 30 anos estávamos no início do combate contra o doping e havia muita falta de conhecimento. Na primeira situa­ção de doping, assumo a minha responsabilidade, por desconhe­cimento e falta de rigor em rela­ção às águas e outros produtos que consumíamos. Nos outros dois casos, que me retiraram a hipótese de ganhar quando in­tegrava o Sporting ainda não en­contro até hoje explicação para o aparecimento de uma substân­cia, que eventualmente integra a composição dos xaropes para a tosse, que não consumi. •

DS – O que é que o levou a abandonar as corridas de ci­clismo?

MC — Tinha 33 anos de idade e tinha começado no ciclismo muito novo, com 15 anos, por isso já sentia alguma saturação para continuar a treinar. Muitos me questionam por que não voltei, como fez agora Lance Armstrong, mas nunca senti esse "chamamento" para voltar.

DS – Como é que recorda a sua experiência enquanto treinador?

MC – Foi uma experiência de que gostei, mas que não tenho interesse em repetir. Vivia aquilo de uma forma tão intensa que me custaram mais os cinco anos como treinador do que os 18 anos como ciclista, porque quando se é treinador estamos dependentes dos resultados dos outros. Em cinco anos de treinador, por quatro vezes um corredor meu conseguiu o segundo lugar na Volta a Portugal, o que se tornou frustrante.

DS – Para quando um livro de memórias?

MC – Para qualquer dia. Já tive jornalistas e pessoas amigas que me tentaram convencer a es­crever um livro, mas continuo a achar que sou muito novo. Tenho 52 anos e quando tiver 6o eventualmente pensarei nisso, se tiver saúde e disponibilidade. Até lá continuo ligado a modalidade como comentador. Guardo sem­pre as boas e as más memórias, mas ainda não é altura de as passar a livro.

DS – Hoje em dia, continua a andar de bicicleta?

MC - Hoje em dia, sou um fã das bicicletas de todo-o-terreno (BTT) e raramente pego numa
bicicleta de estrada. Ando regu­larmente de BTT e participo em meias maratonas da modalidade. Acho que é uma variante do ci­clismo que está em franca ex­pansão e que possivelmente trará muitos jovens para o ciclismo de alta competição."
 

Arpeggio

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Eu prefiro estrada, sem dúvida. É mais rápido, mais potente, consigo mais adrenalina, sinto mais o ciclismo que o BTT, embora também goste de desgraçar bicicletas no mato... :lol:
Os carros não me incomodam, para falar verdade raramente os encontro (na maior parte das estradas onde ando). Adoro subir serras e rolar, e o apoio que os velhotes nos dão quando passamos por eles nas tascas é fantástico; o ciclismo de estrada tem mais adeptos. :twisted:
 

drezinho

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como muitos participantes do forum já referiram o cilclismo tem mais historia que o BTT mas desde há uns anos tem vindo a evoluir muito o BTT em todos os aspectos, no numero de praticante e maior diversidade de lojas de BTT

Na minha opinião o BTT sem duvida esta a crescer mais ainda vai crescer muito

abraço e boas pedaladelas :D
 

Artur_btt

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Eu ja fiz competição em btt e agora vou para a estrada e acho que ambas são muito fixes mas o btt é mais dinâmico mas o estrada em competição também não fica muito a trás apesar do btt ser mais difícil
 

FRTT

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Simples! Além da história o facto de ser mais clássico e menos radical. O boom dos desportos mais radicais/off-road é muito recente e como tal só mais recentemente se pós os olhos no btt. E dps a velha questão dos sponsors que também só mais recentemente se viraram para o radical ( Red Bull) apesar de os patrocínios se materem ainda na estrada. Eu sinceramente tenho grande gosto pela estrada mas os animais de carro estragam tudo. Vivendo eu numa zona urbana sei do que falo e vejo que não tenho qualquer hipótese de rolar como bem me apetecer. Ainda noutro dia fui entalado contra um carro e no dia seguinte o meu primo não foi atropelado porque ia com muiita atenção.
 
Boas people...

Ambas as modalidades tem um caracter fisico exigente, no entanto o BTT parece que é necessario uma força mais explosiva e muita tecnica, no ciclismo a rotação é a frase do dia, o ideal será complementar o BTT com treinos de estrada para uma boa forma fisica.
No entanto prefiro o BTT pelo seu encanto, pelos trilhos, pelas bikes , etc etc etc
No entanto gostaria de deixar uma pergunta no ar? Porque motivo os grandes Betetistas vão para a estrada, dá que pensar não é........

Um abraço a todos
Ricardo
 
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