Bem Feito ou Mal Feito ?

Moniz82

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Neste tópico será possivel fazer uma analise de pontos fortes, pontos fracos, criticas, sugestões no que ao BTT competitivo diz respeito.

O objectivo será clarificar o estado do BTT nacional e internacional no presente e perspectivas Futuras, de modo a solucionar problemas do agora e evitar futuros.
 

Moniz82

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Breve Introdução

Caros e estimados colegas do mundo das bicicletas, lancei o repto de se perceber o que está bem feito e o que está mal feito ao nivel de BTT Nacional COMPETITIVO, em prol do aumento da qualidade deste desporto em todas as suas variávieis, quer sejam da parte da organização, da Federação, do acompanhamento dos atletas etc. Como ex atleta e atento que estou, apercebo-me que um dos grandes problema do BTT Nacional é de cariz estrutural, com falhas a nivel operacional, a nível financeiro e a nivel estratégico. Contudo o problema é mais profundo e mais dificil de solucionar do que se possa imaginar. Não é fáciil mudar a mentalidade de um povo que se refugia no superfluo, em desdém do profundo, um povo em geral sem opinião propria, que se agarra a uma sociedade padronizada e segue esse padrão quase que religiosamente ( Casos como o Futebol e as Novelas ), num país como este não é fácil vingar naquilo que se opõe à Carneirada Social. E esta mentalidade joga contra o nosso desporto bem como para todos os outros que não o Futebol. Como acima referi não é facil, contudo não é impossivel e é aqui nesta brecha de esperança que nós podemos entrar, vestindo todos ( Atletas, Federação, organizadores, treinadores, espectadores) a mesma camisola, com o objectivo comum de no fim podermos dizer que realmente foi compensador e que o nosso nivel, qualidade e brio profissional estão pelo menos alinhados, com o que de melhor se faz por esse mundo BTTistico.

PS: Escrevam educadamente, dêem exemplos, procurem soluções, os organizadores e Federação que APROVEITEM.
 

Moniz82

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SEGURANÇA

PONTO FRACO
Uma das coisas que mais me irritava quando competia era o facto, de não existir gente da organização bem como Bombeiros estrategicamente colocados em zonas problematicas do percurso e quando existiam não ficavam até ao fim, até à ultima volta.

PROBLEMA:
- Um atleta pode cair ou ter o infortúnio de um qualquer problema de saude sem que seja assistido prontamente.
- A Falta de vigia por parte dos elementos da organização é propicia a atalhos.
- O controlo do público é reduzido.
- A informação ao público também vem assim diminuida.
- O controlo de actos ilegais (como assistência fora da zona de assistência) deixará de existir.

SOLUÇÕES/SUGESTÕES:
- Distribuir um certo número de elementos da organização, bem como pessoal dos primeiros socorros pelas zonas mais problemáticas.
- Fazer munir TODOS esses colaboradores de um sistema de comunicação de canal aberto.
- Fazer munir a esse colaboradores mapas do percurso informando assim ao Publico as zonas mais espectaculares, bem como em caso de qualquer anormalidade ser possivel identificar rapidamente o local e contactar ajuda se necessário a um nivel, que assim virá mais preciso.
- Abandonar a area apenas e só apenas quando o ultimo atleta passar.
 

paulo marinheiro

Utilizador Banido
CIRCUITOS

PONTO FRACO
Uma das situações prácticas que pesam mais na balança na evolução do nosso btt tem a ver com os circuitos. Sendo o XCO, e só falarei por ele, uma vertente eminentemente técnica, onde a destreza técnica do atleta marca definitivamente a diferença, deverá ser feito um trabalho neste sentido por quem tem essa responsabilidade, de forma a que a melhoria nos circuitos eleve o nível técnico dos nossos atletas, levando-os também e pelo motivo de os circuitos serem dificies, a treinar essa parte muitas vezes esquecidas nas suas planificações de treino, sendo que é muito focada a parte fisica com muitos treinos em estrada descurando a essencia do btt, que leva a que, aquando de confrontos internacionais em pistas mais ao jeito sério do XCO, os nossos atletas levem desvantagem e se sintam menos à vontade. Como exemplo entre vários dou o do Paco Mancebo ou Francisco Mancebo, um super trepador de estrada, melhor atleta de sempre a correr em Portugal contratado este ano pelo Paredes Rota do Móveis e principal candidato à vitória na Volta a Portugal deste ano, que pratica XCO de competição para treinar, e em Córdoba no Open de Espanha, não conseguiu colocar os seus muitos e muito superiores a todos os do BTT argumentos fisicos, tendo feito uma classificação fraquinha, e no final em conversa comigo me confidenciou que aquele circuíto era mesmo para quem sabia andar de bicicleta muito bem e ele embora estivesse forte fisicamente levava desvantagem para os atletas que faziam vida de XCO... se ele corresse em Portugal em Tábua ou em Porto de Nós do ano passado já não sentiria essa dificuldade e... ganharia com toda a certeza que alí moram Watts de profissional de estrada de topo. O mesmo se passará em atletas portugueses da especialidade que não tendo acesso a circuitos com o mesmo nível técnico e de dificuldade técnica, sentem também estes problemas de igual forma. Todos os atletas de topo e profissionais de XCO são "malabaristas" com a bicicleta, e quando digo isto refiro-me a técnica de pliotagem rápida em circuitos técnicos, até em questão de poupança de energia, não a figuras de estilo, tipo cavalos e outras em que também eles são peritos.

Problema que contém logo a sugestão da resolução do mesmo:

- Circuítos demasiado planos, com desníveis muito aquém do que se deveria fazer, na maioria dos circuítos nacionais da actualidade.
- Circuitos com excesso de estradões, mesmo que a subir ou descer muito, como os casos de Guimarães e Ribeira de Pena. Deveria apostar-se muito mais em Single-Track, tanto a subir como a descer, com zonas mesmo endiabradas. No Troféu Massi em Banyoles este ano, havia uma grande e inclinada descida em Single, que dava mesmo medo só de ver, e que imaginem: no meio do estreito single aos esses era um rego coberto folhas que encobriam pedras, nos lados do rego, uma parede pequena e inclinada a descair para o rego onde aí sim se podia andar, mas se não fosses com velocidade a sério caías para o rego, e nas curvas dos esses tinhas que aproveitar o relevê para a fazer bem depressa. No fim dessa descida mais ou menos longa, quem tivesse boa condução chegava cá a baixo com menos quase 1 minuto para quem descesse pior, logo mesmo quem estivesse bem fisicamente, perdia a prova para quem conduzisse bem. Por norma nos circuitos portugueses não se pode aplicar esta equação, pois ganha mesmo quem estiver bem fisicamente, pois raros são os casos em que a técnica marca a diferença. Exemplo nacional que conheço: O circuito de Colares quando havia... só para quem sabia conduzir, podendo atém um atleta pouco treinado, mas bom plioto, ganhar fácilmente, e isto só é entendido por quem fez ou viu sequer esse fantástico circuíto, inimaginável para quem não esteve lá, com descidas quase em drop de 20 metros que faziam alguns atletas acordarem à noite com pesadelos, pois se fizessem o caminho alternativo, perdiam muitos segundos só aí... mais ou menos como a descida louca de La Rioja no Open de Espanha deste ano, que marcava a diferença de que sabe andar de bike e quem não.
- Excesso de falta de Drops pequenos, médios e grandes, e passagens dificeis em zonas de raízes, e pedras, principalmente que essas dificuldades fossem colcadas em zonas longas de alta velocidade, para que a condução e destreza marquem a diferença no cronómetro. Peço isto, pois quem já viu Houfallize e Offenbourg, sabe que se não souber descer rápido neste tipo de zonas numca poderá ombrear com nenhum espanhol sequer. Não adianta fazer isto em pouco espaço que marcará diferenças de poucos segundos entre o mais ténico e o menos técnico.
- Falta de zonas técnicas de velocidade. O exemplo de Castro-Marim que é um circuíto extremamente técnico... mas em "rodriguinhos" demasiado lentos que marcam muito pouca diferença entre o bom piloto e o mau, pois o super rápido passa no limite máximo pelo fechado das curvas a 8km/h e o menos técnico a 9km/h.
- Extrema falta de subidas técnicas. Subidas técnicas são aquelas tão inclinadas e escorregadias, que mais uma grama de "rabo" atrás ou uma crencada mais forte farão virar um looping, onde se abusar-mos ou não soubermos fazer, perdemos a tracção e... acabamos irremediávelmente a pé. O atleta nacional quando se deslocar lá fora vai por certo encontrar disto, e terá que estar preparado... e isto é XCO.


O melhor exemplo de que é possível fazer circuítos de nível dos melhores do Mundo esteve em Stª Maria da Feira em 2006, num circuíto fantásticamente trabalhado, que serpenteava com o de Down-Hill, e que ficou na memória de todos quantos sabem andar de bicicleta e tiveram prazer em correr naquele sublime circuíto, feito pela mesma organização que os faz actualmente, o que prova que é possível... é preciso é haver mais vontade.

O atleta ao deparar-se por norma com este tipo de circuítos terá que natural e obrigatóriamente cuidar desse aspecto na sua planificação de treino, algo que denoto pelo que vou sabendo e pelo que vou vendo nas poucas passagens ténicas, que não está a ser cuidado e entende-se porquê. O atleta de XCO com os circuítos que tem apanhado, para andar na frente, não sente necessidade, tal como o atleta de estrada não vê naturalmente interesse em saber dropar bem. E com isto é cada vez mais raro ver atletas com a técnica e destreza, pilotos mesmo, como o Ricardo Ribeiro por exemplo, assim como tantos outros forjados em duríssimas pistas de outros tempos. Exemplo práctico disso, foi o já muito bom circuíto de Aviz deste ano que tinha 2 ou 3 subidas das que refiro atrás e todo o pelotão ficou pregado a pé... a ver passar um jovem que não digo o nome, e um menos jovem crossista e actualmente dedicado ao DH, Fernado Rosado, ex-campeão nacional de XCO nas categorias jovens (ex não, que um campeão é-o para sempre) mas da escola dos crossistas dos circuítos duros, a subir tranquilamente a rir, todas as empenas em que todos... mas todos mesmo que eu estava lá a ver, ficavam a pé... numa demonstração que a escola é tudo, e que os que lá ficavam pregados não eram menos do que eles... tiveram foi uma escola diferente.

paulo marinheiro

ps- concordo inteiramente com o propósito e regras deste tópico. Quebrei por ele uma decisão de deixar a coisa como está, nada mais postando, pois a paciencia esgotou-se pelo facto de cada post meu que só tinha intenção de alertar para o que está mal e leva a esta inércia do BTT nacional e dar com os meus conhecimentos, o contributo para que algo mudasse, fossem muitas vezes maldosamente interpretados como o puxar da brasa à minha sardinha. Aqui neste tópico de grande interesse para o futuro do BTT nacional, pois como disse sempre, todos os agentes decisores e todos os atletas aqui vêem ao forum, colocarei ao longo do tempo e no formato objectivo, pragmático e sem intenção de ofender ninguém, mas de mostrar o que pode ser melhorado, as minhas ideias, neste formato de critica/solução e até acho que mesmo algum atleta ou agente ligado à modalidade pode criticar sem dar solução, pois pode destrinçar o o problema e não ter capacidade ou ideias ou conhecimentos para o resolver, deixando o que acha mal, para quem de direito poder melhorar. Colocarei muitas ideias, que mais uma vez não são mais do que aquilo que sei de ver lá fora e daquilo que sei por outros canais, pois sou um apaixonado pelo XCO de alta-competição, procuro muita informação, mas só o farei até ao exacto ponto em que me façam ataques pessoais a mim ou ao meu atleta por pessoas que se sentirão visadas pela crítica, sempre construtiva, e que se não forem esses ataques pessoais moderados mediante as regras deste tópico bem explicitas em cima, deixarei de vez de postar o que sei, pois o que posto é para interesse de todos, pois eu já vou aos bons circuítos e aos bons países do BTT, e posto porque gostaria que também o nosso país fosse dos bons, mas se essa minha vontade chocar com alguns interesses que me ataquem pessoalmente, todos deixarão de contar com a minha visão de outros vales e montanhas que com muito prazer costumo ir... e me preparo para ir mais... e mais além.
 

Moniz82

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CIRCUITOS

PONTO FORTE
Os circuitos que em Portugal me pareceram melhor construidos e nos quais participei foram os seguintes:

Porto de Mós - Circuito do Campeonato da Europa
Santa Maria da Feira - no ano do trofeu Nokia
Avis - no ano do trofeu Nokia
Obidos - no ano do trofeu Nokia
Tabua - no ano do trofeu maxxis
Colares - no ano do trofeu Nokia
Jamor - no ano do trofeu Nokia

Todos estes circuitos tinham em comum o facto de estarem bem enquadrados com o que é o verdadeiro BTT, subidas e descidas alucinantes, caracteristicas tecnicas de relevo, uma envolvencia campo/"cidade" bem conseguidos excepto Tabua, Jamor e Porto de Mós.

SOLUÇÕES/SUGESTÕES
- Se está bem feito continuar assim procurando sempre melhorar um ou outro aspecto que não esteve tão bem.
- Se estes circuitos são bons tentar perceber porque são bons, depois tentar construir outros, não digo iguais, mas pelo menos com o mesmo nivel.

Ps: se tivesse que escolher o melhor circuito onde participei, escolheria sem qualquer sombra para dúvidas, Santa Maria da Feira no ano do trofeu Nokia. O percurso era duro, o castelo é lindo, o Bosque é espectacular, a zona de Meta estava montada num sitio espectacular, pena que não tenha tido uma afluencia de publico ainda maior, pois assim o espectaculo ainda seria maior.

Saudações caros BTTistas
 

Moniz82

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AVALIAÇÃO DA PROVA DE PORTO DE MÓS XCO 2008

Desloquei-me ao circuito de Porto de Mós com o intuito de rever antigos colegas, de apoiar a equipa CEF e de visualizar in loco o espectaculo que é o BTT, será digno deste tópico fazer uma avaliação dessa mesma prova.

PONTOS FORTES

- Single Tracks bastante interessantes tanto em subida como em descida com um forte componente tecnica pois a presença de pedra era uma constante.
- Presença de Drops de uma forma bem estruturada.
- Padock montado numa zona bastante engraçada pois permitia junto da meta de xco uma visualização total das equipas presentes.
- Sinalização dos Kms que faltavam percorrer, aspecto que nunca antes tinha visto em Portugal e que me parece de notavel importancia.
- Sinalização das descidas mais perigosas bem efectuada.

PONTOS FRACOS

- Sinalização nas estradas no caminho a efectuar até junto da prova, existente mas de fraca visibilidade pois o seu tamanho era reduzido e o suporte neste caso papel era de fraca consistencia.
- Não se verificou qualquer publicidade digna de destaque nas povoações vizinhas, sou de fátima que fica a 14 kms e por cá não se divulgou a prova.
- O percurso tinha uma recta muito extensa logo a seguir à meta, cerca de 1 km, parece-me que é demasiado pois num circuito salvo erro com 6 kms ter uma recta de 1 km é desproporcional, não é equilibrado.
- Existiam algumas zonas problematicas que não tinham ninguém da organização.
- O Publico na zona de meta do Downhill diversas vezes "invadia" o percurso do cross que ainda tinha atletas em prova.
- Pouca afluência de Publico no cross.
- Inexistencia de um mapa explicativo do percurso que me pudesse ilucidar sobre as zona mais espectaculares.

SOLUÇÕES/SUGESTÕES

- Fortificar as Sinalizações nas estradas com direcção à prova, aumentar o seu tamanho e identificar que se trata da Taça de Portugal de BTT.
- Fazer posters Imprimir e colocar em zonas de grande afluencia de pessoas num raio de 30 Kms do local da prova com 1 mês de antecedencia, pode-se delegar essa tarefa a algum agente camarario ou fazer um qualquer arranjo com os municipios. A uma semana do evento entrar com as radios locais. Tentar arranjar vários numeros de Telemovel de residentes na zona e enviar mensagens a divulgar a prova, fazem constantemente isso comigo para ir a discotecas não faço ideia como conseguiram o meu numero.
- Equilibrar melhor o percurso o Km existente poderia ser transformado por exemplo nos seus ultimos 600 metros numa subida de 400 metros e depois numa descida de 200 metros, ficando assim apenas 400 metros de recta logo após a meta.
- Colocar pessoal da organização estrategicamente em zonas problemáticas (verifiquei que existiam alguns escuteiros mas em altura oportuna colocarei aqui uma foto que comprova o cansaço dos mesmos, certamente que com a vossa alegria propria saberão gracejar sobre a situação).
- Maior Controlo sobre o Publico com mais atenção por parte dos elementos da organização fazer sentir presença fisica.
- Criar um mapa com o percurso (hoje um GPS julgo que faz isso facilmente) e no mesmo identificar as zonas mais espectaculares identificando a distância a que ficam da meta.

Ps. Parabéns ao David Rosa que ganhou e ao Filipe Oliveir que fez 4º, Rui Fonseca azares acontecem para a proxima o desviador da tua bike não será atingido por alguma roda.

Saudações aos intrépidos BTTistas
 

Moniz82

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SELECÇÃO NACIONAL

Hoje farei uma breve abordagem ao que considero ser primordial para uma digna selecção nacional.

Um coordenador de BTT a nivel Nacional deverá ter presente que a sua tarefa é de pura gestão e gerir não é mais do que utilizar o esforço dos outros para atingir objectivos. Entenda-se por outros: Atletas, médicos, massagistas, treinadores, mecanicos, patrocinadores, organizadores de provas etc.

Os objectivos devem de ser Datados, Especificos, Mensuraveis, Ambiciosos e Realizaveis. É por aqui que se tem de começar, defenindo objectivos.

- Se uma selecção pretende campeões terá de os procurar e deve começar pelas escolas através de programas de captação de talentos.
- Depois deve procurar oferecer um acompanhamento adequado e persistente a esses talentos/projectos( cadetes, Juniores).
- Deve estabelecer critérios válidos e justificados dos atletas a escolher para representar a nação.
- Deve apostar em corridas de alto nivel onde participem atletas de topo.
- Aí peneirar os melhores e oferecer condições com um profissionalismo ao mais alto nivel, primitindo que estes atletas participem em todas as provas da Taça do mundo, Campeonatos do Mundo e Europa , bem como algumas provas tidas como convenientes pelo seu grau de competitividade.

Para toda esta breve e ambiciosa descrição de boas intenções são precisos recursos financeiros e uma boa utilização dos mesmos.

Juntar esses recursos financeiros será uma tarefa ardua, defendo a politica Alberto João Jardim de espalhafato mais espalhafato mas o que é certo, é que o dinheiro vem e com força. Bater a todas as portas com um excelente plano estrategico, amealhar o mais possivel alocando de forma equilibrada a quantia disponivel.
A diversificação do risco de resultados deve ser equilibrada, pois minorar o mesmo para um atleta( em condiçoes normais) que fica a 3 voltas do vencedor é sem duvida uma má aposta ja que os recursos são limitados, pois caso fossem ilimitados seria interessante seleccionar Portugal inteiro.


Saudações aos Maqueavélicos BTTistas
 

Moniz82

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Foto tirada numa das zonas Problemáticas (cruzamento do percurso) da prova de XCO em Porto de Mós, a bela escuteira apresentava claros sinais de cansaço, dormindo profundamente.Julgo que neste local deveria estar um elemento da organização, não que tenha algo contra os escuteiros mas parece-me mais adequado. Hehehehehe

 

paulo marinheiro

Utilizador Banido
"SELECÇÃO NACIONAL"...

Sobre tudo o que o caro colega de forum Moniz82 diz no seu post sobre este problemático tema tenho 2 comentários:

- Estão espectaculares as ideias e não são nem mais nem menos que a Suiça, a França, a Itália, a Eslováquia, a Rússia, a China, a Espanha, a Alemanha assim como muitos outros fazem no BTT, e que Portugal tão bem se faz na... estrada. Trabalho de base com jovens de valor, com pessoal qualificado e altamente interessado, e apoio forte aos já formados... com real valor, como também temos, mesmo já.

- Para que se perceba a vida de um atleta de XCO de altíssimo nível em Portugal, é só ler a entrevista a um dos nossos melhores atletas de sempre nas últimas página da BikeMagazine deste mês, e perceber o apoio que este teve da Selecção... e tendo o cuidado de guardar esta revista, dentro de meia dúzia de anos é fácil a qualquer um recortar fotos, e mudando apenas os nomes e as fotos... aproveitando todo o mesmo texto com as mesmíssimas palavras do atleta, e fazer nova publicação de entrevistas aos actuais juniores e sub-23 que em pouco tempo dirão o mesmo. E este atleta é o nosso Candido Barbosa (referencia de todos quanto conheço, pela humildade, prestabilidade e simpatia) e imagine-se... mesmo sem ter tido nenhum apoio bate-se e ganha a um dos melhores corredores de estrada, atleta do grande SLB até ao ano passado. Se este atleta ia à Selecção há uns anos atrás e teve pouco apoio, os novos ainda têem menos, pois nessa altura mesmo mal apoiados ainda tinham grandes técnicos a acompanhá-los, como o Prof. José Luis Algarra entre outros de uma grande equipa. Hoje o atleta de Selecção, não tem treinos, apoio médico ou sequer a nível de fisiologia, onde nada se sabe sobre as capacidades fisicas dos atletas pois testes vários que determinam vias de trabalho, consumos máximos de oxigénio, resistencia, capacidade de subir, que nesses tempos eram feitos e nesses testes era baseada a planificação de treino entregue a cada atleta, feitos pelo referido Professor espanhol, com a correcta individualização e progressividade no tempo, e que o atleta podia dar feed-back, podendo alterar algo, por alguma razão. Hoje infelizmente os nossos rapazes não têem o básico do ciclismo... massagista para lhes prepararem as pernas para os duros embates. É efectivamente necessário fazer muito mais que o simples levar a rapaziada à pista dos grandes campeonatos, servindo este estado actual apenas de meio de transporte, como se de um táxi se tratasse. O ciclismo, seja de Btt ou de estrada, é muito mais que o que se está fazendo actualmente.

Penso que está bem explícito no último parágrafo, o que eu acho que deveria ser melhorado, mas passo a citar a este propósito de Selecção Nacional:

- Antes demais, elaboração de um calendário de objectivos, que deverão ser provas com dificuldade progressiva, começando por taças nacionais de nível médio/alto, mas fora do país que eu já ví a nossa actual selecção nacional a correr em Portugal, onde já estavam garantidas as presenças dos atletas pelas suas próprias equipas.
- Estágio no inicio de época com os atletas, para determinação de capacidades físicas e apresentação de calendários e objectivos.
- Entrada em contacto com os respectivos responsáveis pelo treino dos atletas, por forma a calendarizarem e todos harmonizarem objectivos, ou seja, quando os seus atletas se deverão apresentar na melhor forma, que deveria ser nos objectivos propostos pela equipa nacional, acima de qualquer outro objectivo pessoal ou de equipa se possível. O assumir por parte da Selecção, da planificação dos atletas que não têem treinador, que terá que ser feito por pessoa altamente qualificada, com o mínimo de nível 3 de curso de treinador, já para não falar em pessoa licenciada em educação física com especialidade em ciclismo tirada e com experiencia vasta.
- Acompanhamento regular pelos novos meios à disposição, dos atletas, para que estes sintam fazer parte de algo que existe o ano todo, não só no dia da corrida que a Selecção marcou, e que servirá para sentir o atleta, a sua motivação, e ajudar nas suas normais dificuldades. A equipa técnica da Selecção deveria sempre estar representada nas provas nacionais, para motivação dos atletas do projecto, e dos outros que teriam sempre que sentir que podem também entrar, pois... são vistos a correr.
- Ter um departamento médico ou apoio externo, por exemplo no Centro de Medicina Desportiva que regularmente analise os atletas, que essas análises sejam vistas pelos médicos desportivos desse centro e que ditarão que suplementação e vitaminas esses atletas necessitam. Deveriam também ser realizados 3 testes de esforço para determinar parametros como as vias de treino, limiares e consumos de oxigénio, 1 no 1º estágio em principio de época, 1 a meio mda época para ver evolução, e 1 mês antes do grande objectivo da selecção, por forma a preparar e individualizar correctamente o treino para retirar o máximo rendimento proframado para esse ano para esse atleta.
- Fazer as tais provas mais de preparação para os grandes embates, tentando colocar os atletas em hoteis de nível "honroso" mas a poupar que os recursos são sempre poucos, evitando caros hoteis, que todos compreenderiam, e aceitariam, por via de poderem assim fazer mais provas. Nessas provas terá que haver obrigatóriamente um mecanico e um massagista, que actualmente um atleta tem que massajar as suas próprias pernas e tem que saber de mecanica. Como exemplo apenas, na estrada o atleta junior é rei... tem quem trate da bike e é massajado por um grande e simpático profissional da Federação, cabendo-lhe apenas o papel de corredor. NO btt terá que ser assim também, pois esta é a única fórmula do ciclismo, seja qual for a vertente.
- 1 mês e pouco antes do grande objectivo da equipa nacional, teria que ser feito um estágio de altitude (já se fez com o Btt em outros tempos em que houve algumas condições de algum nível já e que referí atrás) com vista a preparar a máquina corpo para os grandes feitos. Este estágio, sendo muito sensível, deverá ser da responsabilidade, ainda que em prescrição de treinos, de um fisiologista capaz, ou de um treinador capaz com extrema experiencia no assunto, pois em 10 dias, um trabalho mal feito em altitude deita por terra um atleta por 1 ano. Aqui na alta montanha não há lugar ao actual amadorismo, pois é da saúde dos rapazes que falamos, mais que a sua performance.
- Nos dias que antecedem os grandes embates devem ser dadas todas as condições para que o atleta se sinta bem e apoiado, o que em abono da verdade, neste aspecto nada há a melhorar pois exceptuando a falta de massagista e mecanico, tudo o resto é extremamente bem feito, e os atletas da Selecção, em prova têem todas as condições necessárias.
- No final de época, deixar a abertura da motivação de um projecto real que motivará um atleta, que sentindo que o projecto está lá, será um grande atleta concerteza. Na actualidade, um atleta acaba uma época e não sabe sequer se para o ano poderá correr um Mundial, sequer se deve reservar energias para esses Mundiais que por norma são em setembro (a excepção é o ano olimpico, e nem sempre) colocando em causa por essa reserva outros objectivos, e depois não há mundial. A incerteza leva a um desleixo também por parte do atleta.
- Tudo terá que começar com dinheiro, e aí nem eu nem ninguém que seja um profissional de Marketing ou de gestão, poderá dar opinião nehuma, sendo que a única que tenho nesse aspecto é que o 1º homem a contratar para a equipa da selecção nacional deverá ser um profissional do ramo do Marketing e publicidade, para fazer bem o trabalho que saberá fazer, batendo nas portas grandes e certas.

Isto é um projecto BTT nacional, o que os outros fazem, é só ver a publicidade nas camisolas da equipe francesa, é só ir a uma SwissCup e ver lá todas as Selecções com os seus atletas juniores e subs... o que se vai fazendo por cá, perdoem-me mas eu não vou mentir para agradar, mas não é projecto, é amadorismo puro, e que não dará resultados, e actualmente infelizmente para os actuais atletas, vivemos a fase neste aspecto mais negra desde que eu conheço, pois noutros tempos bem recentes já houve garndes condições, onde todos vimos a nossa selecção no open de espanha, na volta a valladolid, no troféu coronas, entre outros e muitas vezes. Conheço atletas com 17 internacionalizações... os actuais levariam 8 ou mais anos a fazer isso, pois saiem em média 1 a 2 vezes por ano com a selecção, contráriamente à estrada que sái... dezenas, com as suas 2 categorias de formação. E não adianta dizer que o tempo faz, e que temos que ter alguma paciencia, pois neste momento regredimos, pois já tivemos e sempre... muito mais, o que leva a pensar que a calma e paciencia só levarão a pior. Não há que acatar... há que forçar, diplomáticamente, mas forçar, forçar, forçar.

Por isto, por esta visão do que é o Btt, do que deveria ser o Btt de competição em Portugal... anda muita gente zangada comigo... mas não será por isso que eu vou achar certo que se continue a menosprezar o BTT, a deixar isto ao abandono e carolice, pois quem de bem, vê que é assim que se faz, dá trabalho mas é assim que se faz... os outros... nem me interessam.

Paulo Marinheiro

ps- a menina a dormir... mesmo que não estivesse a dormir, alguém viu algum rádio na mão deste bons escuteiros? Se o atleta tomba e está mal, o sistema de comunicação é o antigo "...corre a vai avisar o pai..."????!!! Continua-se a brincar com o fogo. Continua-se a não zelar pela segurança dos atletas, e os Directores desportivos, continuam a não obrigar quem de direito a cumprir regras de segurança, por forma a que corram em segurança os filhos de quem lhes confiou os atletas, pensando estes estarem bem entregues e em segurança concerteza. Se era no Down-Hill, onde já há uma forte união entre atletas que estão extremamente bem organizados e falam a uma só voz, a voz do seu interesse geral, se não houvesse condições de segurança... não havia prova... no cross calaram o único que falava... problema resolvido!!!
 

Moniz82

New Member
O PADOCK e ALGUMAS IDEIAS

No meu entender na area destinada ao Padock, (devidamente sinalizada com fitas ou baias) devem apenas e só apenas figurar as equipas portadoras de uma estrutura ( Barraca destinada ao aquecimento dos atletas), a organização deverá reservar os lugares mediante inscrição, as estruturas mais viaturas devem se possivel ficar alinhadas de forma igual entre si, devendo criar um corredor no meio para passagem do publico e atletas. Num dos topos do padock colocar 3 casas de banho, duas para homens uma para Senhoras, no centro desse corredor colocar vários caixotes do lixo como se ve na praia. Tb nesta área se poderá colocar um ou vários representantes de marcas de bicicletas e acessórios, com test drives de alguns modelos e porque não um local de distracção com jogos, sorteios etc. Tb poderia existir um genero de area de serviço para bicicletas, com lavagem das mesmas, uma bomba de ar e algumas ferramentas de emergencia.



Tentar trazer elementos femininos de qualidade reconhecida vestidos de forma adequada à tentação, com o intuido de nos minutos antecedentes da partida, junto do atleta LÍDER se fazerem acompanhar de um guarda sol como se ilustra tão bem e sempre na Formula 1, esses mesmos elementos teriam tb a função de entregar os prémios aos atletas dando dois beijos e também poderiam estar responsaveis pela distribuição de brindes ao publico bem como de um mapa informativo do percurso. Penso que um atleta perante tal confronto irá dar o tudo por tudo para ser o proximo líder, aumentando assim a competitividade.



Saudações aos perseverantes BTTistas
 

Paulo.Cabanas

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"...devem apenas e só apenas figurar as equipas portadoras de uma estrutura"

E eu? a equipa é pobre. Não entro? não tenho direito a aquecimento?

O atleta lider são vários. Alguns nem têm direito à placa de lider quanto mais ao chapéu de sol. Mas a intensão é boa.
 

Moniz82

New Member
Claro que sim que tem direito a aquecimento, mas se não tem estrutura( barraca ) terá de o fazer fora do padock, faz sentido, mostra brio profissional, mostra organização, mostra que o BTT não é uma balda, dando boa imagem. Além do mais a menina seria facultada pela organização e não pelas equipas como é obvio.
Mundial e nacional de enduro é assim, mundial e nacional de rallies é assim, mundial de motocross é assim, é assim no Hipismo e no BTT ja foi assim quando era a Gesport. Uma estrutura digna de entrar num padock custa entre 30 e 50 euros, são meia duzia de ferros e uma lona por cima e serve para se entender, expor os seus patrocinadores. E garanto-lhe as televisões e fotografos gostam muito de gabar um bom padock.


Um abraço

António Moniz
 

marau

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épha com essas meninas no padock vou ter que começãr a andar bem melhor. bem eu acho uqe as ideias que são aqui paresentadas são bem bas. mas ate fazelas ainda irá demorar o seu tempo. eu vejo no dwonwill melhores padock do que no cross.
 

Narciso Magalhães

Active Member
Penso que um atleta perante tal confronto irá dar o tudo por tudo para ser o proximo líder, aumentando assim a competitividade.

É melhor não se avançar com esta ideia senão o pessoal começa a treinar quem nem uns desalmados. :lol: :lol: :lol:
 

Marreiros

Active Member
Sem dúvida excelentes ideias Moniz82! Só falta alguém com esta ideologia na federação.
Não deixes de postar.
 

Moniz82

New Member
QUESTÕES ATINENTES...

FISCALIDADE ( a apresentar ao Ministro das Finanças e ao Secretário de Estado da Juventude e Desporto )


- Como bem se sabe, as equipas Portuguesas de BTT e não só, sobrevivem quase exclusivamente de uma forma de comunicação empresarial , à qual se dá o nome de Patrocinio. Julgo que uma empresa que patrocine uma equipa deverá ter beneficios fiscais com um peso significado, fazendo com que se torne compensador apostar em determinadas quantias, garantido assim uma realidade de não despesa mas antes de investimento, até porque poderá a entidade ver assim os seus resultados financeiros melhorados. Uma determinada organização que patrocine uma determinada equipa e que na data do processamento da informação financeira apresente lucro, deveria ver a sua taxa de IRC minorada, como recompensa pelo investimento efectuado, estimulando assim outras entidades em situação semelhante a optarem pelo mesmo.
- Todo o material desportivo relativo a bicicletas e incluindo as mesmas, deveria ver reduzida a taxa de IVA normal, para intermédia isto é de 20% para 12%, o nosso normativo nacional não ilude sobre estas questões, é portanto omisso, porque provavelmente nunca foram discutidas pelos governos e legisladores ou simplesmente não lhes convém.
- A entidade Patronal sempre que deparada com um Trabalhador/atleta, deveria ver os seus encargos relativos a esse trabalhador/atleta reduzidos, falo concretamente da Segurança Social.


AUTO ESTRADAS ( a apresentar à BRISA )

- Todas as viaturas das equipas deveriam ser portadoras de via verde e no inicio da época apresentavam um plano das entradas e saidas nas autoestradas (mas que a competições e estágios digam respeito) com as devidas datas, no final do ano comparavam-se os registos da Brisa com os do plano inicial sendo que os concordantes seriam sujeitos a um desconto ou mesmo a uma total comparticipação por parte da Brisa.
- Todas essas viaturas seriam decoradas com um pequeno dizer do estilo: " A BRISA APOIA O DESPORTO".

SEGUROS ( a apresentar às companhias de seguros )

- As nossas bicicletas como sabem são de valor elevado existe aqui uma oportunidade de mercado para as seguradoras pois não conheço nenhum produto dos mesmo que salvaguarde uma reparação resultante de um acidente, que salvaguarde danos causados a terceiros, um roubo etc.
- Já existem alguns produtos do sector dos seguros que cobrem os atletas, contudo são produtos muito restritivos e isso deveria ser revisto.


Com estas politicas, por um lado as equipas conseguiriam um desafogo financeiro pela parte da poupança e da entrada de receitas(Patrocinios), por outro viam os seus direitos melhor acautelados.


Saudações aos legitimos BTTistas
 

Moniz82

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DECLARAÇÕES

Pois bem, aqui aos senhores apresento as declarações do campeão ALVES BARBOSA, que hoje foi convidado da emissão da eurosport relativa ao TOUR DE FRANCE.


" Em Portugal o ritmo de competição é de passeio, a Federação Portuguesa de Ciclismo não tem verdadeiros objectivos internacionais, os treinos são feitos a 40 km/h, quando deveriam ser feitos a 60 km/h. Há Federação Portuguesa de Ciclismo nada tenho a agradecer, a minha carreira internacional fui eu que a construi viajando pela Europa com a bicicleta as costas "

Estas declarações surgiram a proposito de uma questão lançada se bem me recordo pelo Ricardo Martins o qual perguntou porque razão Portugal não tinha equipas ou atletas a participar no Tour de France.


Onde é que eu ja vi isto...

Saudações aos Submissos BTTistas
 
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