Etapa 5 – Leon – Ponferrada
O desafio desta etapa era a Cruz de Ferro. Devido à forma como a etapa anterior foi realizada, esta tornou-se mais lúdica, mais agradável, mas não menos proveitosa dos nossos objetivos.
A subida para a Cruz de Ferro faz-se, fazendo-se! Ou seja, a subida é muito progressiva, mas a espaços apanha-se com umas belas dumas paredes à frente e é inevitável ter que desmontar das bikes.
Almoçamos em Astorga, numa praça bem agradável. Eu pedi uma salada de entrada que deixou os meus companheiros cheios de inveja!!! Apesar de também estarem bem servidos.
Para além de algumas mazelas físicas que já todos nós nos queixavamos, juntavam-se ainda uns vermelhões na pele fruto da exposição solar! A partir de Leon apanhamos sempre dias quentes e no fundo, estavamos praticamente sempre bastante expostos.
Já na subida para a Cruz resolvemos parar na tasca, “O cowboy”. Foi a sobremesa merecida, um geladinho que soube mesmo bem. Na TV espanhola estava a passar a série “Marés Vivas” o que já de si é digno de registo nesta crónica, mas então dobrado em castelhano…
O dono do “Cowboy” tinha mais ar de xerife do que outra coisa, tal não era a forma como se dirigia às pessoas!
Como “depois da tempestade vem a bonança” nada como iniciar o processo de descida. Afinal estávamos a 1500 metros de altitude e o nosso destino seria à cota 500. O trilho é em quase toda a sua extensão, bastante largo, mas como é necessário escolher criteriosamente a melhor forma de a abordar, torna-se impossível a circulação das bikes lado a lado. Temos que seguir em fila. Como são esperados saltos e ressaltos, os meus colegas mandam-se seguir na frente, uma vez que eu era o único que levava um suporte preso ao espigão do selin. Era mesmo o que queria ouvir!
Numa primeira abordagem ao tipo de terreno / inclinação do trilho, o pensamento que nos invade é: "será que passa?!"
Já mais tarde, e porque as bikes vão passando por todo o tipo de terreno e empredado, a questão torna-se: "será que aguentam?"
Tudo passaram, tudo aguentaram. São 14 Km de descida frenética, o terreno é pedra, pedra e mais pedra.
Tecnicamente foi a melhor etapa para a pratica de BTT.
Dados da etapa:
Distância total: 104,78 Km
Tempo total: 10 horas
Em movimento: 7:30 horas
Vel. Média em mov. 14,0 Km/H
Acumulado: 1229 m