Ajuda a desconhecidos nos trilhos: ingorancia ou obrigação?

[njsfer84]

Boas, hoje fui a um passeio (trilho dos moinhos) e aconteceu-me uma coisa que eu achei caricata.
Sou novo nestas andanças do BTT, mas já participei em varios passeios.
O que aconteceu então foi o seguinte; a meio do passeio vi um ciclista com a corrente na mão que estava a perguntar se alguém tinha elos de engate rapido. Como tinha no camelbak, disse que tinha e prontifiquei-me a ajudar. O que acontece é que eu cedi-lhe os elos de engate rapido e este depois de o receber disse apenas um "obrigado". Eu fiquei a olhar para ele e acabei por seguir caminho.
Eu queria era saber se é normal o pessoal ceder este tipo de coisas a desconhecidos sem esperar receber algo em troca, ou se ele deveria ao menos perguntar quanto era.

Cumps

 

[Jota 21]

Complicado... Não sei quanto custam mas não ficava mal ter perguntado quanto era. Só faz com que da próxima vez sigas em frente sem ceder o teu material que te custou dinheiro. Infelizmente há muitos que vão a simples passeios para competir, portanto não levam material nenhum suplente porque pesa nas costas ou na bike. E com mais 300 ou 400 gramas a prestação desportiva já não é a mesma... Pena que a maior parte deles não tenha andamento para competir a sério, em provas de competição. Assim é vê-los a abrasar nos passeios BTT, muitas vezes não respeitando quem anda simplesmente a passear numa de simples convívio...

 

[PenduluM]

Bem, é assim eu não percebi bem o que querias dizer, ele estava a pedir os elos, tu deste-lhe um, e depois? Esperavas que ele tivesse levado dinheiro para te pagar? O maximo que ele poderia fazer era procurar-te no fim para perguntar quanto era.

Eu se ficar com a corrente partida ou furado não vou andar a pedir nada a ninguem pois ninguem tem de parar para me ajudar, do mesmo modo se vir alguem parado e com uma corrente partida, não vou parar para o ajudar pois normalmente não levo material, mas se levasse dava um elo rápido na boa.

O ciclismo é mesmo assim, um dia dás tu um elo e no outro pode ser que o recebas. Agora não acho que estar a fazer juizos de valor acerca de uma pessoa que nem se conhece não é muito bonito. O colega em cima acha que quem não leva material é que está mal, são uns doidinhos que se acham profissinais, andam nos passeios a competir porque não têm pernas para competição.

Bem, na prova referida estavam muitos atletas federados e equipas profissionais, não creio que nenhum deles tenha interferido um segundo que seja com as pessoas que foram so pelo convivio, mas essa é a minha maneira de ver as coisas.

Eu não me acho mais esperto do que os outros por levar isto ou aquilo ou achar que certas coisas são superfulas.

 

[tonyV]

Não é normal (pelo menos para mim).

Se pediu, perguntava quanto era.

Já ajudei um rapaz que desconhecia com problemas de corrente e coloquei-lhe um elo rápido. Neste caso como me prontifiquei a prestar ajuda sem que me tenham pedido não estava a contar com algo de volta. O pai do miúdo veio perguntar-me quanto era. Como não quiz nada, no final do passeio ofereceu-me o lanche/jantar.

 

[canuco]

É como em tudo na vida. se fosse comigo, ou não dava, ou se desse também não ficava á espera de nada em troca de uma ajuda...

As atitudes ficam com quem as praticam.

 

[Jota 21]

Eu ando sempre com um mínimo de material. Não pesa muito e pode dar muito jeito. Também ando sempre com dinheiro, pouco, mas pelo menos 15 ou 20€. Não pesa. Se alguém me fornecer alguma coisa, perguntarei quanto custa.
Reconheço que fui um pouco duro no comentário anterior. Mas já fui afastado de trilhos pelos mais apressados. Aos quais dou sempre passagem, não gosto de atrapalhar ninguém. Mas pronto, 95% da malta que anda aí a pedalar é 5 estrelas. Não se pode dizer o mesmo de outros desportos.

 

[tpfernandes]

Acho que a questão aqui não se trata de receber nada em troca, mas faz parte da boa educação perguntar quanto é, ou se deve alguma coisa, mesmo sabendo que não lhe ias levar nada pelo elo...

 

[njsfer84]

Pois, eu fiz a pergunta porque segundo a minha educação, o normal seria perguntar se era alguma coisa pelo menos. Eu ajudei de boa vontade e provavelmente não pediria nada em troca, apenas achei um bocado descarado o rapaz não se ter prontificado a perguntar se era alguma coisa. Provavelmente ele até nem tinha dinheiro e para nos encontrarmos no fim era complicado, pois um passeio com mais de mil participantes é complicado encontrar alguém. Isto só fez com que para a próxima talvez sigua o meu caminho sem ajudar.
Obrigado pelas oniniões

Cumps

 

[Marco Nunes]

Boas.
Estas coisas vão na maneira de ser de cada um. Ao auxiliares alguém como o fizes-te cumpriste a 100% a tua mostra de companheirismo, civismo e boa educação em ajudar o próximo, neste caso uma colega de pedalada. A maneira de cada um agradecer, vai na maneira de ser de cada um, estado de espirito no momento, etc. Acredito que o tal "obrigado" até tenha sido sincero mas depende da situação. Se não foi um obrigado com sinceridade e verdadeiro agradecimento penso que pessoas assim não são dignas de serem ajudadas. A meu ver, cada caso é um caso e qualquer ajuda num caso de aflição ou enrrascanso é de agradecer. Depois a compensação vai na possibilidade, tempo, disponibilidade, bom senso de cada um. Deixa lá, não fiques aborrecido pois agis-te correctamnte (nem todos o fazem) e és bem merecedor da ajuda alheia se for o caso.

Fica bem.

 

[JoaoBaleiras]

Eu sei bem o que é ajudar e nem um obrigado ouvir, fico lixado na altura e tal, mas depois passa, porque a nossa parte foi cumprida, ajudámos no que podíamos quem pediu e apesar de nem um obrigado ouvir, ver que o que fizemos ajudou recompensa..

 

[leoeagle]

Na minha opinião acho que todos os betetistas devem levar um mínimo de material quando participam num passeio/maratona... Uma vez emprestei uma bomba a estrear a um companheiro que não tinha bomba e quando necessitei de bomba ela estava avariada! Noutro parei para reparar uma corrente partida a um participante que não tinha ferramentas e quando o tipo apanhou a corrente arranjada nem esperou que eu guardasse as ferramentas... Agora só paro em casos excepcionais ou quando conheço a pessoa em questão... Foi o caso de hoje em Ourique em que parei para emprestar um alicate a um companheiro que estava em dificuldades(só eu para ir carregado com um alicate para uma maratona) e depois emprestei a bomba a um companheiro que teve um furo e a bomba dele berrou. Sempre ouvi dizer que quem vai para o mar avia-se em terra

 

[Soulsilent]

Não concordo com a pessoa que nem sequer disse um obrigado pelo menos nem a atitude da pessoa que emprestou os elos. Os Materiais custam dinheiro pouco ou muito custam. Não é uma esmola que se dá a um pobre. Quem investe em bikes caras certamente que tem dinheiro para manter a bike com componentes acessórios etc.
Eu se me aleijar de uma perna tenho de andar de moleta por isso não posso correr na maratona tenho que desistir.

Concordo que tenhamos que ser uns para os outros, entre amigos, quem sabe se um dia não serei eu que tenha que precisar de ajuda!!! Agora dar material?!!! a custo zero!!! Meus Caros quem não tem dinheiro não têm vicios quem não tem bike anda a pé, quem não tem material desiste, pega na bike á mão e vem para casa que se amanhe.

Agora se cedermos o material e a pessoa não tiver dinheiro na altura não custa nada trocar os contactos e pagar depois. e um Obrigado fáz parte da boa educação e do humanismo das pessoas.

 

[stradivarius]

ando nisto do btt a pouco mais de ano e de inicio mal sabia mudar uma camara de ar, uma outra vez ja mais recente parti uma corrente e apesar de ja me terem dito q isso se resolvia no local, nao tinha material nem sequer sabia o q fazer se o tivesse. dentro do grupo ou fora dele, sempre tive ajuda e aprendi tb a parar para ajudar.
bem sei q apenas faço passeios e poucos deles com tempo cronometrado, mas sempre q tenho possibilidades de ajudar faço-o quanto mais nao fosse para honrar aqueles q em tempo me ajudaram tb.
gosto de participar pela camaradagem, o convivio e pelo passeio em si. chegar 10 ou 20 lugares depois é-me indiferente. 2.50€ por uma camara ou por um elo tb, mas poder concluir a prova com um companheiro desses e beber uma bejeca juntos no final nao tem preço.

 

[SEVEN7]

Boa tarde
Acho que este assunto não deve ser visto como obrigagação. Mas simplesmente, pela forma de auxílio a um colega.
Nunca se sabe quando vamos precisar de ajuda.
Já por 2 ou 3 vezes ajudei colegas de vício que não conhecia de lado nenhum, e acabei por ficar amigo deles.
Nunca se sabe o que nos vai acontecer. E quando estivermos em apuros, de certeza que gostamos de ser ajudados.
Além de não custar nada, faz parte nós ajudarmos quem precisar.
Pelo menos a mim, ensinaram-me assim.
Boas pedaladas
SEVEN7

 

[pauloreis]

Boas malta: quando saio para pedalar, vou sempre prevenido, hábitos de muito tempo, pois quando comecei a pedalar era sempre sozinho!! hoje em dia já tenho malta para pedalar, mas não abdico de umas tiradas sozinho. Se vejo um bttista sozinho, a primeira coisa que reparo é se tem a bolsinha de selim ou mochila, caso contrário nem faço caso. Por norma a malta que precisa de alguma coisa, tem um canhão de bicicleta e não pode andar com ferramenta/ câmaras/etc porque pesa!?! Eu sou "burro de carga" mas nunca fiquei mal!!

 

[sam_pnunes]

Paulo , eu não tenho bolsinha ou mochila... como fazias? normalmente levo sempre quebra correntes e bomba.. camara de ar deixei de usar , pois as ultimas 3 que comprei foram usadas noutras bikes e só de uma vez ( maratona do regional santarem) o miudo me procurou para me dar/pagar a camara , ao qual eu respondi que naquele dia ele amanhã podia ser eu.... se tenho meios ou material ajudo , senão sigo viagem mas prontifico-me para ajuda de mão de obra.... estou no btt pelo convivio e pelo bem estar

 

[vitor nherf]

Boas, na minha opinião e experiência, acho que alguns merecem ajuda outros nem por isso, pois como em tudo também no Btt existem bons companheiros e maus, aconteceu-me num dos passeios que fiz, a saída de uma curva estava um colega com a roda na mão já com o pneu sacado fora mas com a câmara furada, eu perguntei-lhe, há azar? ele respondeu que era a segunda câmara que furava e que não tinha mais nenhuma pois tinha trazido só uma suplente, eu não era para ajudar por causa de também não ter a bolsinha do piquenique por baixo do banco, mas como ele disse que era a segunda câmara eu decidi dar a minha suplente que trazia porque apesar de usar tubless ando sempre com uma câmara suplente, perguntei-lhe se precisava de alguma coisa mais mas ele agradeceu e disse que assim já ficava desenrascado, e eu segui a minha vida e ele também, já no final e depois do banho tomado o dito colega veio ter comigo e entregou-me uma câmara de gel que valia 3 vezes mais que aquela que eu lhe tinha dado, eu disse-lhe que não era preciso pois nesse dia tinha sido ele mas outro dia podia ser eu, também já fiquei sem uma câmara e uns desmontas mas não me aborreci com isso, fico de consciência tranquila pois ajudei alguém, isto para dizer que acho que nos devemos prevenir antes de zarpar, mas azares todos temos e se eu posso carregar com o material mínimo para não ficar a pé todos podem e de facto alguns colegas nem uma bomba levam para uma eventualidade.
Ajudar depende do critério de cada um, agora se param ajudem, ou se não querem ajudar não digam nada, acho um absurdo alguns colegas verem um gajo enrascado, passam gritam a perguntar se está tudo bem, mas a parte do bem já se ouve lá longe, nesta situação não digam nada sigam é o que eu faço, se não tenho intenção de ajudar, não digo nada.

 

[Mach 4]

Aqui temos de ver bem a diferença entre emprestar e ceder (dar).
Eu já emprestei a minha mini-bomba mais que uma vez, mas qualquer que seja outro material SÓ cedo se tiver suplente, senão depois sou eu quem pode ficar mal.
Usando um termo brasileiro, para mim resumir com um simples obrigado ao colega que nos ajuda "não tá com nada".
Parece que somos obrigados a ajudar e eles simplesmente a agradecer e pronto.
Fica sempre bem a quem pede a peça/ferramenta perguntar qual a melhor maneira de retribuir o favor prestado, principalmente se não conhecemos o colega pessoalmente. No fim da prova podem-se sempre encontrar e resolver essa questão fácilmente.

Quem andou na tropa (infantaria) ainda se deve lembrar do "burnal", uma pequena mochila que tinhamos de levar sempre conosco. Lá dentro tinhamos de ter uma lista dos objectos que deveriam andar sempre lá - 1 apito, umas acendalhas, umas ligaduras, uns pensos rápidos, 1 agulha + linha, etc. Lembro-me uma vez em o meu tenente decidiu fazer uma revista ás mochilas todas, e por 1 ou 2 camaradas estarem em falta com 1 apito e 1 kit de curativos...todos os outros 60 tiveram de "encher" umas boas flexões.
Já estão a imaginar a cara da maior parte do pessoal...

 

[STIG_73]

Eu ainda este domingo no Eiras Single Track cedi o meu elo rápido a um companheiro que estava com a corrente aberta, fiquei feliz por isso e ele apenas me disse obrigado.
Ambos seguimos o nosso caminho felizes e contentes, agora chamem-me tótó, não faz mal, na altura senti-me bem e ainda sinto por ter pudido ser útil.

 

[pauloreis]

Boas sam_pnunes...o meu comentário não tem o objectivo de "mandar" uma mensagem a alguém, mas sim uma opinião pessoal. Apesar de tudo faço sempre a pergunta: com bolsa: precisas de alguma coisa? | sem bolsa: tá tudo bem?
Eu também ando nestas andanças pelo convívio, bem estar e saúde, mas infelizmente este meu comportamento/ frieza deve-se ao facto de ter apanhado muitas (quer a nível pessoal como profissional).