paulo_mg_ribeiro
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Eram 6h30 da manhã-mais coisa menos coisa – quando saímos do Vale de Santarém tendo como destino Porto de Mós.
O tempo indefinido àquela hora não nos fazia adivinhar nem chuva, frio ou calor.
Afinal acabámos a ter um prato misto mas maioritariamente recheado de uma fresca brisa.
A viagem iniciou-se com uma subida em alcatrão em direcção à Póvoa da Isenta passando pela Quinta da Fonte Boa – estação Zootécnica Nacional agora em estado quase vegetativo se comparado com a importância de outras épocas e de outras opções governamentais mais viradas para a agricultura e a investigação a ela relacionada.
Adiante ...
Depois da Isenta, descemos por um caminho inclinado até à antiga ferrovia que ligava as Minas do Espadanal (Rio Maior) à linha do Norte no Vale de Santarém,
Aqui fomos seguindo sempre por esta antiga via ladeados ou por mato cerrado ou por mato recentemente desbastado, vinhedos, pinhal e pauis e por entre buracos – alguns autênticas crateras- e canaviais.
Já depois da Louriceira e de São João da Ribeira, passámos também pela quinta da Ferraria onde os senhores proprietários insistem em manter fechados dois portões que impedem a passagem por um caminho que é PÚBLICO !!!. o que vale é que alguém deitou abaixo as frágeis vedações o que permite ladear os portões e continuar a usufruir de algo que é de TODOS !!!
Depois de Anteporta fomos forçados a abandonar a antiga ferrovia para entrarmos em alcatrão até Rio Maior e em direcção ao ainda e sempre saboroso pão com chouriço.
Já com o estômago mais repleto saímos Em direcção a Freiria e depois de deambularmos por caminhos rápidos entre pinhais e eucaliptais entrámos junto às salinas de Rio Maior.
Depois de umas fotos da praxe para memória futura seguimos por algum alcatrão e depois por entre os predominantes eucaliptais “ilustrados” pelo cheiro das imensas pecuárias que se “escondem” por ali .
Fomos assim passando de raspão ou pelo meio das localidades de Lobo Morto e Teira. Na Gançaria pudemos observar e fotografar uma réplica em ruínas de uma caravela quinhentista que em tempos se mostrou num 10 de Junho em Santarém.
Pouco depois de Sourões e já em Mata do Rei iniciámos- literalmente- a subida da “Via Sacra”; um percurso sempre ascendente em estradão de brita e que se faz ilustrar por cruzes com a numeração romana das estações da "Via Sacra”.
Entre a IX e a X estações deixámos a penosa subida e enveredámos por um trilho “atapetado” por pedra disforme e ladeado pelos típicos muros de pedra do Parque Natural das Serras de Aire e de Candeeiros (PNSAC).
Neste particular dirigíamo-nos à Serra da Lua componente da Serra dos Candeeiros. Mas até ao alto dela nos alcandorarmos ainda houve muito que penar .
“No pain, no gain” e o ganho foi a fabulosa vista lunar da serra, os seus trilhos de pedra e a vertiginosa mas traiçoeira descida que nos deixou na lagoa pequena do Arrimal.
Nesta localidade, a dificuldade em encontrar água potável e um estabelecimento aberto que a vendesse, fez-nos retroceder para fora da rota traçada e andarmos à procura do restaurante Norpizzas,o único na zona que tinha o milagroso líquido à venda.
Já reabastecidos rumámos em direcção a Alqueidão do Arrimal, e depois àinterminável subida alcatroada que nos leva ao topo (???) da Portela do Vale de Espinho, seguidamente Vale da Portela e já em Bezerra iniciámos a ascensão à Serra da Mina (ou da Corredoura) onde vagueámos por estradões em brita e pedra autóctone, rodeados pela magnificência da paisagem altaneira e sempre refrigerados pela amigável brisa fresca que se fazia sentir no topo da serra. Foi um momento de puro gozo Betetístico.
Depois de passarmos pelos moinhos em ruínas na serra, um deles no topo do túnel do antigo caminho de ferro Mineiro do Lena, chegámos ao miradouro e descemos pela actual ciclovia- ainda em preparação- e por um single track apertadinho e movediço, a requerer a atenção que o cansaço por mais de 80 quilómetros já poderia negar.
Lá se fez, no entanto, sem incidentes e “deixou-nos em Ribeira de Cima de onde seguimos para de aí a poucos quilómetros “alcatroados” estarmos em Porto de Mós, cansados mas satisfeitos por mais esta jornada de puro BTT.
Foram 88 quilómetros com 1221 metros de acumulado de subida .
Aqui fica o link para o track GPS:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gwynubumrxsftgrc
Descida para a ferrovia
Ladeados pelo paúl
Porque aqui passava em tempos idos o comboio a carvão do Ramal de Rio Maior-Vale de Santarém
salinas de Rio Maior
entre Lobo Morto e Gançaria, campos de milho, uma raridade onde o eucaliptal é rei
réplica de caravela em Gançaria
"Via Sacra" pouco depois de Sourões
ao fundo as serras que faltavam transpor; Serra da Lua e Serra da Mina
Final da ascensão à Serra da Lua
Serra da Lua
antigo poço comunitário em Portela de Vale de Espinho
Serra da Mina (ou da Corredoura)
ciclovia da Corredoura
O tempo indefinido àquela hora não nos fazia adivinhar nem chuva, frio ou calor.
Afinal acabámos a ter um prato misto mas maioritariamente recheado de uma fresca brisa.
A viagem iniciou-se com uma subida em alcatrão em direcção à Póvoa da Isenta passando pela Quinta da Fonte Boa – estação Zootécnica Nacional agora em estado quase vegetativo se comparado com a importância de outras épocas e de outras opções governamentais mais viradas para a agricultura e a investigação a ela relacionada.
Adiante ...
Depois da Isenta, descemos por um caminho inclinado até à antiga ferrovia que ligava as Minas do Espadanal (Rio Maior) à linha do Norte no Vale de Santarém,
Aqui fomos seguindo sempre por esta antiga via ladeados ou por mato cerrado ou por mato recentemente desbastado, vinhedos, pinhal e pauis e por entre buracos – alguns autênticas crateras- e canaviais.
Já depois da Louriceira e de São João da Ribeira, passámos também pela quinta da Ferraria onde os senhores proprietários insistem em manter fechados dois portões que impedem a passagem por um caminho que é PÚBLICO !!!. o que vale é que alguém deitou abaixo as frágeis vedações o que permite ladear os portões e continuar a usufruir de algo que é de TODOS !!!
Depois de Anteporta fomos forçados a abandonar a antiga ferrovia para entrarmos em alcatrão até Rio Maior e em direcção ao ainda e sempre saboroso pão com chouriço.
Já com o estômago mais repleto saímos Em direcção a Freiria e depois de deambularmos por caminhos rápidos entre pinhais e eucaliptais entrámos junto às salinas de Rio Maior.
Depois de umas fotos da praxe para memória futura seguimos por algum alcatrão e depois por entre os predominantes eucaliptais “ilustrados” pelo cheiro das imensas pecuárias que se “escondem” por ali .
Fomos assim passando de raspão ou pelo meio das localidades de Lobo Morto e Teira. Na Gançaria pudemos observar e fotografar uma réplica em ruínas de uma caravela quinhentista que em tempos se mostrou num 10 de Junho em Santarém.
Pouco depois de Sourões e já em Mata do Rei iniciámos- literalmente- a subida da “Via Sacra”; um percurso sempre ascendente em estradão de brita e que se faz ilustrar por cruzes com a numeração romana das estações da "Via Sacra”.
Entre a IX e a X estações deixámos a penosa subida e enveredámos por um trilho “atapetado” por pedra disforme e ladeado pelos típicos muros de pedra do Parque Natural das Serras de Aire e de Candeeiros (PNSAC).
Neste particular dirigíamo-nos à Serra da Lua componente da Serra dos Candeeiros. Mas até ao alto dela nos alcandorarmos ainda houve muito que penar .
“No pain, no gain” e o ganho foi a fabulosa vista lunar da serra, os seus trilhos de pedra e a vertiginosa mas traiçoeira descida que nos deixou na lagoa pequena do Arrimal.
Nesta localidade, a dificuldade em encontrar água potável e um estabelecimento aberto que a vendesse, fez-nos retroceder para fora da rota traçada e andarmos à procura do restaurante Norpizzas,o único na zona que tinha o milagroso líquido à venda.
Já reabastecidos rumámos em direcção a Alqueidão do Arrimal, e depois àinterminável subida alcatroada que nos leva ao topo (???) da Portela do Vale de Espinho, seguidamente Vale da Portela e já em Bezerra iniciámos a ascensão à Serra da Mina (ou da Corredoura) onde vagueámos por estradões em brita e pedra autóctone, rodeados pela magnificência da paisagem altaneira e sempre refrigerados pela amigável brisa fresca que se fazia sentir no topo da serra. Foi um momento de puro gozo Betetístico.
Depois de passarmos pelos moinhos em ruínas na serra, um deles no topo do túnel do antigo caminho de ferro Mineiro do Lena, chegámos ao miradouro e descemos pela actual ciclovia- ainda em preparação- e por um single track apertadinho e movediço, a requerer a atenção que o cansaço por mais de 80 quilómetros já poderia negar.
Lá se fez, no entanto, sem incidentes e “deixou-nos em Ribeira de Cima de onde seguimos para de aí a poucos quilómetros “alcatroados” estarmos em Porto de Mós, cansados mas satisfeitos por mais esta jornada de puro BTT.
Foram 88 quilómetros com 1221 metros de acumulado de subida .
Aqui fica o link para o track GPS:
http://www.gpsies.com/map.do?fileId=gwynubumrxsftgrc
Descida para a ferrovia
Ladeados pelo paúl
Porque aqui passava em tempos idos o comboio a carvão do Ramal de Rio Maior-Vale de Santarém
salinas de Rio Maior
entre Lobo Morto e Gançaria, campos de milho, uma raridade onde o eucaliptal é rei
réplica de caravela em Gançaria
"Via Sacra" pouco depois de Sourões
ao fundo as serras que faltavam transpor; Serra da Lua e Serra da Mina
Final da ascensão à Serra da Lua
Serra da Lua
antigo poço comunitário em Portela de Vale de Espinho
Serra da Mina (ou da Corredoura)
ciclovia da Corredoura
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