Castelo de Vide – Évora, 172 km com 2986 metros de acumulado
Castelo de Vide – Évora, 172 km com 2986 metros de acumulado
Não há dúvida que o Alentejo é das regiões mais bonitas de Portugal. A Transportugal GARMIN mostra sempre as regiões mais recônditas do nosso país e este ano estamos a ser particularmente sortudos naquilo que a natureza nos está a oferecer, com o constante pasmar da caravana face às paisagens encontradas pelo Portugal profundo.
Hoje foi a etapa mais longa da Transportugal 2010, e a verdade é que foi quase um passeio de para o grupo dos atletas mais bem classificados. Apesar de ser difícil dizer isto relativamente a uma etapa de 172 km e quase 3000 metros de acumulado, o que aconteceu hoje foi que os atletas mais bem posicionados na classificação geral rolaram num grupo numeroso, que se deslocou Alentejo abaixo de forma descontraída e num ritmo muito diferente e abaixo do habitual. Neste grupo só não estavam Greg Anderson e Ricardo Melo, que seguiam mais à frente, mas já lá vamos.
A etapa saiu de Castelo de Vide muito cedo, para fazer frente a um dia muito longo pelas planuras e agruras do alto e médio Alentejo. Logo no início, a calçada à saída de Castelo de Vide, ofereceu aos atletas um bom aquecimento até ao alto. De seguida desceu-se para de novo se subir para Carreiras e para a serra de São Mamede, mesmo antes da descida rumo a Alegrete e ao CP6A. Aqui, todos os anos os fotógrafos da prova recolhem bonitas imagens, e este ano não foi excepção, com o esplendor da primavera a brindar de novo a corrida com imagens lindíssimas.
O grupo seguiu rumo a Monforte e às planícies da região de Sousel, mesmo antes de passar pelo CP6C, em Santa Vitória do Ameixial, onde existiram algumas subidas para as desgastadas pernas do pelotão da Transportugal.
A seguir vinha a grande dificuldade do dia, com a duríssima subida para Évoramonte. A aldeia alentejana oferece tanto de beleza como de dureza, é sempre assim. Como se de uma conquista se tratasse a chegada ao alto é uma glória, depois de serem galgados os quase 4 kms de subida, 3 dos quais com fortes inclinações, que se vão acentuando cada vez mais até à chegada ao alto, situada a quase 500 metros de altitude.
Depois de conquistada Évoramonte é rolar até Évora. Aqui houve mexidas no grupo dos atletas mais rápidos, tendo Milan Spolc conseguido escapar e chegar isolado à cidade de Évora. No entanto já tinha chegado Greg Anderson que, depois de passar em Évoramonte com cerca de 20 minutos de vantagem para o grupo perseguidor, percebeu que podia vencer a etapa em Évora, o que acabou por acontecer. Ricardo Melo seguia numa posição intermédia e fez um esforço imenso para se chegar a Greg Anderson e para não ser apanhado pelo grupo que vinha atrás. Acabou segundo atrás do Sul Africano. Milan Spolc foi terceiro, depois de fugir do grupo. O quarto foi Lionel Marchesin e o quinto Marco Almeida. No entanto os atletas que seguiam em grupo entraram juntos na meta em Évora, numa atitude de perfeito “fair play”.
Amanhã temos a etapa Évora – Albernoa, com passagem em mais alguns “hot-spots” do Alentejo profundo. São esperados os campos de girassóis a perder de vista e os céus azuis carregados a contrastar com o branco e o laranja das casas nas aldeias alentejanas. Os pontos altos da etapa são a passagem ao largo de Viana do Alentejo, com as vistas da sobre a albufeira do Alvito, os extensos campos do Alentejo, com os girassóis a colorirem a paisagem e todas as passagens pelas típicas aldeias alentejanas. Com 107 km e 1269 metros de acumulado será um dia muito fácil relativamente ao que os atletas têm vivido até aqui. Digamos que será uma etapa de contemplação e recuperação para a dura jornada Albernoa – Monchique, que no sábado levará a Transportugal GARMIN para a região do Algarve e para a dureza da passagem na serra algarvia.
Não deixe de acompanhar a prova online no Web site da Transportugal GARMIN
Agnelo Quelhas
Classificações:
Etapa 6
Geral após etapa 6
Media:
Fotos do Carlos Dias
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